segunda-feira, 19 de março de 2012

Espanha pede a Bruxelas que adiante 5.500 milhões por causa da seca

19 Março 2012 | 10:21
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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Espanha e Portugal fazem "frente comum" para pedir à Comissão Europeia
que adiante as vebas para fazer face aos efeitos da seca, diz a
imprensa espanhola
O Governo espanhol pretende que a Comissão Europeia adiante 5.500
milhões de euros em ajudas aos agricultores. De acordo com a imprensa
espanhola, Miguel Arias Cañete fará hoje com Portugal uma "frente
comum" para pedir dinheiro a Bruxelas.
O El País explica que a proposta espanhola será formalizada no
Conselho de Agricultura e Pesca, que reúne durante dos dias os membros
do governo de 27 países.

Espanha espera que a Comissão adiante 7.500 milhões de euros, dos
quais 5.500 milhões são ajudas directas a agricultores. A proposta
prevê que o pagamento destas verbas, que em princípio seriam
atribuídas no final do ano, seja antecipado para antes do Verão.
Espanha é o segundo país da União Europeia que recebe mais verbas de
apoio à agricultura, logo a seguir a França, explica o mesmo jornal. A
política agrária comum distribui, anualmente, quase 60 mil milhões de
euros entre todos os estados-membros, absorvendo 40% do orçamento
comunitário.
A reunião dos ministros da Agricultura e Pescas, que dura dois dias,
começa hoje, mas só amanhã será debatida a questão da seca. Assunção
Cristas inicia hoje uma visita a Angola, pelo que segundo explica a
agência Lusa caberá ao secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, representar Portugal.
Portugal pretende compensações aos agricultores pelo aumento dos
custos de produção provocados pela situação de seca, e designadamente
pela "antecipação dos pagamentos directos e ligados" e ainda
"derrogações no âmbito dos prémios ligados à produção animal".
De acordo com um documento citado pela agência portuguesa de notícias,
Portugal vai informar o Conselho que "as previsões de chuva para os
próximos dez dias, em Portugal, são nulas e para as próximas quatro
semanas são abaixo do normal", uma situação que tem "impacto directo
no sector agroflorestal, fazendo-se sentir desde já ao nível da
escassez de alimentos naturais para os animais (forragens, prados e
pastagens permanentes).
Uma situação que induz "o aumento generalizado do preço dos alimentos
grosseiros e obrigando ao consumo das reservas de alimentação que
estavam previstas para o Verão", acrescenta o documento.
Fontes comunitárias citadas pela agência Lusa explicam que a Comissão
Europeia poderá aceitar o aumento do tecto das ajudas mínimas das
ajudas de Estado, que se cifra em 7.500 euros por três anos, bem como
a antecipação dos pagamentos directos, para ajudar à liquidez dos
agricultores. Admite-se ainda uma adaptação de fundos de programas de
desenvolvimento rural.
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