sábado, 26 de maio de 2012

Portugueses desenvolvem técnica para evitar fertilizantes

Publicado ontem


Um grupo de estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto vai à Macedónia, no âmbito de uma competição, apresentar um
projeto que permite que plantas cresçam sem fertilizantes.

Em declarações à agência Lusa, Mariana Osswald, da equipa de
finalistas de bioengenharia, relatou que o projeto consiste na
alteração de plantas, nomeadamente para fins agrícolas, para que
captem o azoto, sem utilizarem fertilizantes.


"O conceito consiste numa tecnologia de interesse agrícola de não usar
fertilizantes de azoto no crescimento das plantas", explicou a
investigadora, referindo que estes produtos representam um "grande
gasto" para os agricultores.


foto RUI COUTINHO/GLOBAL IMAGENS

Estudantes vão defender projeto na Macedónia

Além do proveito ecológico, há ganhos financeiros e uma maior
produtividade e a inovação pode acelerar o tempo de maturação,
acrescentou.

Mariana Osswald precisou que, para crescer, as plantas precisam de
azoto e não é comum o solo ter quantidade suficiente deste elemento
para dispensar fertilizantes.

Os investigadores pretendem alterar as plantas para que sejam
autossuficientes e obter do ambiente o azoto necessário para
crescerem.

A planta escolhida para o projeto, iniciado em setembro, foi a canola,
utilizada em áreas diferentes, desde a produção de biodiesel à
indústria alimentar.

A equipa ainda não patenteou a tecnologia e não teve qualquer contacto
de interessados em Portugal, mas admite a possibilidade de criação de
uma empresa para comercializar o projeto.

"O plano, em princípio, era criarmos uma empresa com um laboratório
para desenvolver a planta, que podia ser comercializada", explicou
Mariana Osswald à Lusa.

Entre 3 a 6 de julho, os estudantes portugueses vão estar a defender o
seu projeto na Macedónia e Mariana Osswald garantiu que já está ganha
a experiência e o trabalho feito.

O projeto foi batizado como N2Fix: "O N2 é a fórmula química do azoto
e o '2Fix' (para fixar) refere-se à fixação do azoto", refere outro
investigador, André Meireles, citado numa informação divulgada pela
Universidade do Porto.

A equipa que segue para a competição europeia, no âmbito do Junior
Achievement, na Macedónia, inclui André Meireles, José Nuno Leitão,
Paulina Carvalho, Mariana Osswald, Maria João Gomes e Sofia Santos.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=2546461&page=-1

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