terça-feira, 9 de julho de 2013

Quercus quer dados de consumo de combustível e emissões mais próximos da realidade

ONTEM às 10:24

Os consumidores portugueses podem conhecer em www.topten.pt a lista
actualizada de automóveis energeticamente mais eficientes do mercado
português, sendo esta uma das categorias de produtos mais procuradas
nesta ferramenta online gerida pela Quercus.

No total foram seleccionados 68 modelos, distribuídos por sete
categorias, sendo a Toyota, a Ford e a Volkswagen as marcas com mais
modelos representados, com 11, 8 e 6 respectivamente. Esta selecção
com base na análise de parâmetros como as emissões de dióxido de
carbono e de outros poluentes atmosféricos, o nível de ruído produzido
e os recursos utilizados na produção dos veículos.

O Topten.pt está inserido no Euro-Topten Max, um projecto europeu
financiado pelo Intelligent Energy Europe, que reúne 21 parceiros de
18 países com o intuito de mostrar aos consumidores que estes têm um
papel activo no combate às alterações climáticas, através das escolhas
que fazem no seu dia-a-dia em termos de impacto ambiental. Esta
pretende ser também uma ferramenta de pressão junto dos fabricantes,
para incentivar a uma melhoria contínua dos equipamentos à venda no
mercado. Em Portugal, o projecto é gerido pela Quercus e apoiado pela
ADENE – Agência para a Energia, podendo ser consultado em
www.topten.pt.


De acordo com um estudo recente realizado pela Federação Europeia para
os Transportes e Ambiente (T&E), existe uma discrepância entre os
dados relativos ao consumo de combustível e emissões de CO2 divulgados
por vários fabricantes europeus de automóveis e aqueles que se
verificam depois em condições reais de condução.

Marcas automóveis como a BMW, Audi, Vauxhall/Opel (GM) e a Mercedes
(Daimler) são as que apresentam maiores diferenças, tipicamente entre
os 25% e os 30%. Outras marcas, como a Renault, a Peugeot Citroen
(PSA) e a Toyota são as que apresentam menores diferenças, em média
15%. O estudo mostra ainda que os fabricantes automóveis com melhor
desempenho ambiental (mais eficientes e com menores emissões
poluentes) das suas frotas manipulam menos os resultados.

Em média, apenas 55% das melhorias obtidas em testes em laboratório
resultaram em reduções efectivas de emissões poluentes e de consumo de
combustível em condições reais de condução, comparando a evolução do
mercado entre 2005 e 2011, com consequências ao nível da transparência
e confiança dos consumidores nas marcas.

A inovação da indústria automóvel pode ajudar a criar entre 500.000 e
1.1 milhões de novos empregos na União Europeia até 2030. É o que
mostra outro estudo europeu, realizado recentemente por várias
consultoras e especialistas na área dos transportes.

O sector poderá também contribuir para revitalizar a economia europeia
através do desenvolvimento e da implementação de novas tecnologias
para reduzir o consumo de combustível e de emissões de CO2 nos
veículos. Esta melhoria tecnológica poderá ajudar a reduzir as
importações de combustíveis fósseis para a Europa, com uma poupança
que pode variar entre 58 e 83 mil milhões de euros por ano, dando um
forte contributo para a mitigação das alterações climáticas.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=643180

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