quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Proteção Civil destaca resposta do dispositivo, apesar do aumento de fogos

04-08-2015 
 

Fonte: Lusa

O número de incêndios florestais mais do que duplicou este ano em relação a 2014, tendo-se registado 10.695 ocorrências de fogo, valor superior à média dos últimos 10 anos, segundo dados hoje apresentados.

Numa conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, afirmou que a resposta do dispositivo de combate tem sido "notável" e de "sucesso", apesar do aumento do número de ocorrências de fogo, num balanço do primeiro mês da fase mais crítica em incêndios florestais.

"A resposta tem sido notável, para mais do dobro de ignições, a reposta ser o que é, eu concluo que na resposta do dispositivo nada falhou, pelo contrário, tudo melhorou para conseguirmos ter estes resultados. Agora o número de ignições não está nas nossas mãos", disse José Manuel Moura, destacando que este ano ainda não ocorreu um incêndio com mais de 24 horas de duração.

De acordo com os números divulgados, 10.695 incêndios registaram-se entre 01 de janeiro e 31 de julho, enquanto no mesmo período do ano passado tinham deflagrado 4.165.

A área ardida mais do que triplicou este ano, tendo os incêndios florestais atingido uma área de 27.921 hectares, enquanto no mesmo período de 2014 as chamas consumiram 7.575.

O comandante adiantou que "o número de ignições e área ardida" foi superior à média dos últimos 10 anos entre janeiro e junho, mas, em julho, os fogos atingiram valores próximos, enquanto a área ardida foi inferior.

José Manuel Moura referiu que 2014 foi "o melhor ano de sempre, desde que há registo", devendo-se, por isso, fazer-se uma comparação a 10 anos.

Explicando que a severidade meteorológica é este ano a mais grave dos últimos 16 anos, o comandante sublinhou que, em julho, o primeiro mês da fase mais crítica em incêndios florestais, ocorreram 3.500 fogos, número idêntico aos valores de 2012 e 2013. Já a área ardida foi a quinta mais baixa dos últimos 10 anos.

Segundo José Manuel Moura, mais de metade da área ardida registou-se fora do período critico.

O comando reafirmou que o objetivo principal do dispositivo deste ano é a "permanente segurança das forças" no terreno, avançando que "alguns bombeiros já sofreram queimaduras" e atualmente está um internado no hospital.

Durante a fase charlie de combate a incêndios florestais, que começou a 01 de julho e termina a 30 de setembro, estão operacionais 2.234 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.721 operacionais e 2.050 veículos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

O DECIF estabelecia também 49 meios aéreos, mas a fase crítica em fogos conta com 47, estando inoperacionais dois helicópteros Kamov da frota do Estado.

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