quinta-feira, 17 de setembro de 2015

FPAS: Governo não pretende apoiar carne de porco

 14-09-2015 
 

 
A Ministra da Agricultura e Mar anunciou a decisão do Conselho de Ministros sobre o destino a dar ao envelope correspondente a Portugal dos 500 milhões de euros libertados pela Comissão Europeia, no qual não estão previstos apoios aos produtores suinícolas, o que motivou reacção imediata da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores.

Na sequência da reunião de ministros da Agricultura Europeus do passado dia 7 de Setembro e da manifestação de agricultores realizada em simultâneo, em Bruxelas, na qual a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) se fez representar, no sentido de se exigir uma solução para que as consequências do embargo russo não se reflictam exclusivamente na produção primária e particularmente no sector da carne de porco, a Comissão Europeia anunciou um pacote de medidas no valor de 500 milhões de euros a serem distribuídos pelos Estados-Membro, os quais, de forma autónoma os alocarão aos sectores produtivos mais afectados.

Têm-nos entretanto chegado informações de que é intenção do Ministério da Agricultura de Portugal não contemplar o sector da carne de porco neste pacote de ajudas, o que nos deixa deveras apreensivos.

O sector da carne de porco tem sofrido severamente as consequências do embargo russo, como aliás relembrou a Senhora Ministra na Cerimónia Oficial de Abertura do VII Congresso Nacional de Suinicultura, referindo que o sector da carne de porco é «uma das áreas onde mais exportávamos para a Rússia e estávamos a crescer a dois dígitos».

Relembrou ainda as dificuldades internas pelas quais o sector tem passado, como as novas exigências relacionadas com os investimentos no âmbito do bem-estar animal e do REAP, a relação com a Grande Distribuição que faz da carne de porco o seu produto âncora favorito nas promoções e, acima de tudo, os preços pagos aos produtores, que se encontram, há vários meses, abaixo do custo de produção.

Posto isto, A FPAS quer crer o Ministério vai ter, como tem tido, a sensibilidade de ajudar o sector neste momento muito difícil.

Fonte: FPAS

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