quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Um ano "fora do normal" para setor do vinho em Portugal


29 DE AGOSTO DE 2017 - 17:20
As vindimas foram antecipadas como não há memória, devido ao calor e à seca. A produção deverá aumentar. Ainda é cedo para avaliar os tintos, mas os vinhos brancos deste ano são de excelência.


Os primeiros sinais não podiam ser melhores. A época de vindimas ainda não acabou, mas para o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Frederico Falcão, a qualidade da colheita está à vista.

"Os vinhos brancos já estão colhidos e a qualidade é excelente. A produção é das melhores dos últimos anos. Quanto aos tintos ainda é cedo, mas tudo indica que também será um ano de qualidade".

Frederico Falcão, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, fala num "ano anormal" para o setor do vinho

O Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho fala num ano com mais qualidade e com mais quantidade. No início do verão, o instituto estimava um aumento da produção de vinho, na ordem dos dez por cento. A seca pode ter baralhado as contas. Frederico Falcão sublinha que as contas finais vão refletir a singularidade de cada região.

"Na região centro, na Bairrada e no Dão, a estimativa é de um crescimento entre 17 a 20 por cento e achamos que se vai concretizar. No Alentejo, devido à seca, a produção deverá ficar abaixo das previsões".

2017 fica, ainda, marcado pela antecipação das vindimas. O presidente do Instituto da Vinha e do Vinho não se lembra de um ano assim. "As vindimas começaram muito mais cedo. Nesta altura todas as regiões do país estão a vindimar. Não me lembro de um ano assim. As vindimas começaram com duas a três semanas de antecedência".

Frederico Falcão explica as causas deste calendário antecipado, "a primavera foi muito quente, sobretudo o mês de maio. Depois veio o calor e a seca. O ciclo das plantas adiantou com estas condições".

Em algumas regiões, as vindimas começaram logo nos primeiros dias de agosto, alastrando depois de forma gradual ao resto do país. Por tudo isto, Frederico Falcão fala num "ano fora do normal" para o setor do vinho.

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