segunda-feira, 23 de novembro de 2015

FAO declara 2016 Ano Internacional das Leguminosas


Nov 13, 2015


Alertar a sociedade para os benefícios nutricionais das leguminosas é um dos objectivos do Ano Internacional das Leguminosas (AIL) que se assinala em 2016, segundo declarou a 12 de Novembro a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

AnoInternacionaldasLeguminosas2016_LogoA iniciativa irá também alertar para a importância destas culturas na sustentabilidade agrícola e o seu contributo para uma segurança alimentar efectiva.

«O Ano Internacional das Leguminosas será uma oportunidade para potenciar o uso das leguminosas nas rotações agrícolas e discutir os desafios da comercialização», esclarece a FAO em comunicado.

Segundo a FAO, apesar dos seus grandes benefícios, o seu valor nutricional não é reconhecido e há centenas de variedades que podem ser cultivadas.

Os legumes são ricos em proteínas, contêm o dobro das encontradas no trigo e três vezes que as do arroz. Também são ricos em micronutrientes, aminoácidos e vitaminas do grupo B, elementos chave de uma dieta saudável.

Aprovados 33 novos programas de promoção


Novembro 16
15:15
2015

A Comissão Europeia aprovou, em 12 de Novembro, 33 novos programas de promoção para produtos agrícolas europeus.

Estes programas foram aprovados no quadro da regulamentação 2008, que será substituído a 1 de Dezembro e que previa uma parte das ajudas serem comunitárias e a outra dos Estados Membros. A partir de 1 de Dezembro o financiamento dos programas será totalmente comunitário e abrangerá uma maior linha de produtos, tendo, para 2016, um reforço de verbas, que irá totalizar 111 milhões de euros.

Vinte destes programas visam a promoção dos produtos agrícolas no mercado interno da União Europeia, enquanto 13 são para mercados externos, tais como a China, o Médio Oriente, a América do Norte, o Sudeste Asiático, o Japão, a Coreia do Sul, a África, a Rússia, o Cazaquistão, a Austrália, a Noruega e os Balcãs.

Grandes marcas de azeite italianas suspeitas de fraude


Novembro 16
15:14
2015

Foi aberto, no dia 10 de Novembro, pelas autoridades italianas, um inquérito de fraude contra várias marcas de azeite italianas, das quais algumas muito conceituadas, que são suspeitas de vender azeite de qualidade inferior por azeite extra-virgem.

Segundo o Ministro da Agricultura, Maurizio Martina, é importante clarificar o mais rapidamente possível esta situação, de modo a tranquilizar os consumidores e a manter a credibilidade do azeite italiano.

Sendo o segundo produtor mundial, a seguir à Espanha, a Itália é, também, o primeiro importador de azeites para misturar com o produto local, o que é uma situação que desagrada profundamente à Confederação dos Agricultores Italianos (COLDIRETTI), que afirma existirem cerca de duzentos e cinquenta milhões de oliveiras em Itália, que necessitam de 50 milhões de dias de trabalho.

Candidaturas ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha VITIS campanha 2016-2017

As candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS), Campanha 2016-2017, decorrem entre 15 de novembro e 15 de dezembro de 2015, sendo submetidas on-line na Área Reservada do Portal do IFAP, em O Meu Processo > Candidaturas > VITIS > Campanha 2016-2017 > Entregar/Alterar/Consultar.

Chama-se a atenção que previamente à submissão das candidaturas os viticultores que pretendam candidatar-se devem:

Proceder à sua inscrição como beneficiários IFAP para obtenção de NIFAP, ou procederem à atualização de dados, nomeadamente do NIB e/ou endereço eletrónico;
Efetuar a inscrição ou atualização dos dados da exploração, no Sistema de Identificação do Parcelário (iSIP) do IFAP;
Providenciar a atualização do Registo Central Vitícola, o pedido de emissão de direitos de plantação e a georreferenciação das parcelas (nos casos de relocalização de vinhas);
Obter os pareceres relativos às vinhas em área classificada e vinhas no alto douro vinhateiro (se aplicável) ou outros documentos constantes das normas complementares, necessários à correta submissão das candidaturas.
Para mais informação poderá consultar a Portaria n.º 357/2013, alterada pela nº Portaria 67/2014, de 12 de março e pela Portaria nº 219/2015, de 23 de julho, bem como o Aviso de Abertura de Candidatura

Agricultura: Portugal recebe quase €6,5 milhões de Bruxelas



 22 Novembro 2015, domingo

Portugal vai receber quase 6,5 milhões de euros de ajudas no âmbito do fundo de reserva para crises no setor agrícola, que reverte para os agricultores se não for utilizado, segundo um regulamento hoje adotado. 
Com base nas declarações de despesas, Portugal vai receber 6.448.884 euros de um montante de reembolsos total de 409,8 milhões de euros «da disciplina financeira aplicada no exercício financeiro de 2015», segundo o regulamento, que deve ser aplicável a partir de 1 de dezembro. 
Os montantes têm que ser pagos aos agricultores até 16 de outubro de 2016. 
«Desde a reforma da Política Agrícola Comum [PAC] de 2013, tem sido deduzido anualmente um montante significativo aos pagamentos diretos aos agricultores, no sentido de constituir uma reserva anual para eventuais crises agrícolas», explica o comunicado de Bruxelas. 
«Se não for utilizado até ao final do ano, esta reserva é devolvida aos agricultores». O que aconteceu no ano financeiro de 2015. 
Mas de Bruxelas veio também na passada sexta-feira uma fatura: Portugal tem devolver 1,9 milhões de fundos por utilização incorreta dos fundos. 
Ao todo são 19 dos Estados-membros da União, um dos quais Portugal, utilizaram mal o financiamento disponibilizado, elegendo incorretamente despesas ao Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e pelo Fundo Europeu Agrícola de desenvolvimento Rural (Feader). 
Bruxelas «reclama aos Estados-membros [visados] os fundos da PAC que foram gastos indevidamente», escrevem os serviços da Comissão, acrescentando que a medida «tem um impacto financeiro de 276 milhões de euros» no total. 
No caso português, a quantia ascende a 1.906.177,80 euros e remete para «irregularidade» na aplicação da regulamentação, questões associadas à certificação e a "«deficiências no Sistema de Identificação de Parcelas» - o parcelário agrícola é fundamental para a atribuição de verbas de ajuda direta - com pedidos efetuados ente 2009 e 2011, no anterior quadro comunitário de financiamento à agricultura (2007-2014). 
A decisão abrange, além de Portugal, a Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Suécia e Reino Unido. 
«A aplicação da decisão sobre a Grécia foi adiada até 2017», acrescenta a Comissão. 
Fonte: Lusa/Jornal de Negócios



Está aberta a submissão de Iniciativas na "Bolsa de Iniciativas para a constituição de grupos operacionais"

Publicado em segunda, 16 novembro 2015 23:09
 

Bolsa de Iniciativas para a constituição de grupos operacionais

A partir de hoje podem ser submetidas iniciativas por parcerias que pretendam desenvolver, em cooperação, um plano de ação para realizar projetos de inovação que respondam a problemas concretos ou oportunidades que se colocam à produção e que contribuam para atingir os objetivos e prioridades do Desenvolvimento Rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias pelo setor tendo em vista a produtividade e sustentabilidade agrícolas, conforme consideradas na PEI-AGRI.

A Bolsa de Iniciativas tem como objetivo:

Promover o encontro entre interessados em desenvolver iniciativas de inovação no sector, bem como a aglomeração destas iniciativas em torno de objetivos semelhantes; 
Preparar a constituição de Grupos Operacionais para o apoio previsto na ação 1.1., «Grupos Operacionais», do PDR 2020 e da Medida 16 – Cooperação, do PRORURAL+ e do PRODERAM 2020.

domingo, 22 de novembro de 2015

Jovens agricultores lideram procura de 15 mil hectares da Bolsa de Terras


20-11-2015 
 

 
A bolsa nacional de terras já integra quase 15 mil hectares de solos que são procurados especialmente por jovens agricultores, disse um responsável da entidade gestora nacional deste projecto criado há dois anos.

Realizado no ano passado, o primeiro concurso para conceder terrenos agrícolas e florestais, por compra ou arrendamento, «teve grande sucesso«»com a apresentação de 160 candidaturas, adiantou Norberto Correia à agência Lusa.

Este representante da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Entidade Gestora Nacional da Bolsa de Terras, falava a propósito de uma sessão de esclarecimento sobre esta matéria, que decorreu esta quinta-feira, na Lousã.

Criada pelo Ministério da Agricultura, em Maio de 2013, apenas para Portugal Continental, a bolsa «acaba por ser um bom repositório de terras» e revela «um crescimento consolidado», afirmou.

Após o concurso de 2014, a adesão teve «acréscimos significativos e consistentes» do lado da oferta, com o Alentejo a liderar as adesões, em número mais elevado «nas proximidades do Alqueva», sendo a abundância de água da barragem também determinante para um aumento da procura.

Nessa região, os interessados «são sobretudo espanhóis», com projectos nas áreas da olivicultura e da produção de frutos vermelhos, por exemplo, além de investidores oriundos da Holanda e do Reino Unido, entre outros países da União Europeia.

A adesão à Bolsa de Terras, que inclui propriedades do Estado, «é um processo voluntário para os privados» donos de campos de cultivo e terrenos com aptidão florestal que não estão a ser utilizados.

As terras podem ser compradas ou arrendadas por pessoas singulares ou colectivas, «sem qualquer restrição» quanto ao país de origem, desde que cumpram as exigências legais do Estado português, esclareceu Norberto Correia. «Entre Setembro e Outubro, houve um acréscimo de 100 hectares, na sequência das acções de sensibilização realizadas», salientou.

Em 31 de Outubro, a DGADR registou 14.800 hectares de terrenos disponibilizados por particulares e por organismos públicos, «dos quais 3.600 já foram transaccionados», o que equivale a uma taxa de cedência de 24 por cento. «Nos privados, 75 por cento das terras foram vendidas e as restantes arrendadas», informou.

O segundo concurso para atribuição de terrenos vai decorrer de 25 de Novembro a 10 de Dezembro, esperando a Entidade Gestora Nacional por «novas adesões e indicadores muito importantes» até ao final deste mês.

«Sabemos que há mais terras que não estão a ser utilizadas, incluindo as que pertencem a emigrantes», realçou. Até ao momento, segundo Norberto Correia, «não houve qualquer adesão» das assembleias de compartes dos baldios, situados sobretudo no Centro e no Norte.

Além das acções de sensibilização que está a promover de norte a sul do país, a DGADR vai contactar as embaixadas e consulados no sentido de divulgarem a Bolsa de Terras junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

A sessão de ontem foi organizada pela Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), na qualidade de Gestora Operacional da Bolsa de Terras, em colaboração com o Ministério da Agricultura.

Fonte: Lusa


Afinal o glifosato não é cancerígeno


Novembro 16
15:16
2015

A European Food Safety Agency (EFSA) publicou o tão esperado relatório sobre a probabilidade de o glifosato ser ou não cancerígeno, na sequência do anúncio, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considerou que este produto tinha forte probabilidade de provocar cancro.

O relatório da EFSA, pelo contrário, considera improvável que o glifosato constitua um perigo cancerígeno para o homem.

Como se sabe, a autorização para a venda do glifosato termina a 31 de Dezembro, tendo sido prorrogada até 1 de Junho, aguardando a Comissão este relatório para tomar uma decisão.

O Centro Internacional de Investigação do Cancro da OMS (IARC) classificou o glifosato como cancerígeno provável para o homem, que é o último degrau antes da classificação de produto cancerígeno. A EFSA reuniu o parecer dos peritos de todos os Estados Membros, e à excepção de um, todos foram unânimes em dizer que nem os dados epidemiológicos, nem os elementos obtidos em estudos em animais, demonstraram uma ligação entre a exposição ao glifosato e o desenvolvimento do cancro nos homens.

Em Bordéus investigam-se novas cepagens para fazer face ao aquecimento global


Novembro 17
15:03
2015

Bordéus é uma das regiões de maior prestígio vitivinícola da Europa e do mundo, mas, neste momento, os responsáveis locais do sector começam a ficar muito preocupados com o eventual efeito negativo que o fenómeno de aquecimento global possa vir a ter nas uvas produzidas e, consequentemente, na qualidade do vinho.

Para fazer face a esta situação, já está em marcha um plano de investigação para adaptar as vinhas às novas realidades climatéricas, que passa, necessariamente, pela introdução de novas cepagens.

As variedades mais precoces vão ser as mais atingidas e, dentro delas, está o Merlot, que ocupa uma grande parte da superfície de vinhas.

A ideia é de desenvolver bacelos que levem a produção de uvas de ciclo mais longo e as variedades que melhor se podem adaptar são o Cabernet Sauvignon e o Petit Verdot.

É, no entanto, necessário ir mais longe na investigação e, hoje, a grande aposta está no bacelo português "Tinto Cão", que é um bacelo utilizado nas vinhas do Porto.

Neste momento, muitos viticultores querem autorização para fazer ensaios em 1% a 2% da sua área de vinha, mantendo a denominação de origem do vinho.

As medidas do greening vão ser alteradas


Novembro 19
13:06
2015

O Comissário Phil Hogan prometeu uma alteração das medidas do greening, mas avisou que essas alterações não seriam propostas antes de 2017.

Com esta posição, o Comissário tenta acalmar a voz de vários Estados Membros, que há meses vêm reclamando uma verdadeira revisão destas medidas.

Esta posição não agradou, no entanto, às organizações de produtores, que têm alertado para os problemas causados ao sector pelo sistema de greening e queriam propostas muito mais rápidas e não somente para 2017.

Continua a ser exigida uma simplificação dos controlos administrativos ao nível dos Estados Membros e uma maior flexibilidade na aplicação de eventuais penalizações.

Imagem - thejournal.ie

Campanha inglesa de incentivo à compra de produtos nacionais



Novembro 20
13:23
2015

O grupo de distribuição Fodder está a lançar uma campanha nas suas lojas, no sentido de incentivar o consumidor a comprar produtos ingleses.

Assim, no que diz respeito ao leite e produtos lácteos, todos são rotulados com o país de origem e, existem grandes cartazes promovendo o produto inglês.

A campanha tenta mostrar o quão importante é para a sobrevivência do sector inglês do leite a preferência do consumidor pelos seus produtos.

Pretende-se que outras lojas adiram, pondo em destaque nas suas prateleiras estes produtos.

Entretanto, os produtores querem uma maior clarificação na rotulagem, de modo a que a rotulagem, autorizada na Europa, não provoque confusão no consumidor.

Imagem - express.co.uk

Situação do mercado agrícola europeu permanece critica

 19-11-2015 
 

 
Os presidentes da COGECA e do COPA alertaram os ministros da Agricultura da União Europeia sobre a tendência para uma baixa dos mercados agrícolas devido ao impacto do embargo russo às exportações.

A situação do mercado agrícola europeu permanece crítica, pelo que os representantes das duas organizações consideram ser necessárias medidas para aliviar a pressão nos sectores do leite e da carne de porco já no próximo mês de Dezembro e também para a simplificação da Política Agrícola Comum (PAC).

Na reunião de alto nível com a presidência luxemburguesa da União Europeia (UE), O presidente da COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia), Christian Pèes, destacou a importância do exercício de simplificação da PAC lançado pelo comissário europeus da Agricultura, Phil Hogan. Segundo Pèes, os procedimentos administrativos travam a inovação, a competitividade e a qualidade de vida.

Por conseguinte, o COPA e a COGECA transmitiram à Comissão Europeia (CE) uma lista global de propostas para simplificação da PAC, entre outras, ligadas às medidas "Greening", a norma das três culturas padrão, a definição de pastagem permanente e temporária e a ajuda ligada voluntária. Todas cruciais, segundo Christian Pèes, «para reduzir a burocracia e permitir aos agricultores continuarem a gerir o seu negócio».

Pèes instou ainda os ministros a permanecerem atentos nas conversações sobre o comércio internacional, lamentando os aumentos das tarifas impostos pela administração americana às exportações europeias de manteiga, considerando que demonstra a falta de compromisso por parte dos negociadores norte-americanos para concluir o acordo de livre comércio com a União Europeia (UE).

O presidente da COGECA, organização da qual a CONFAGRI faz parte, destacou ainda os benefícios de um acordo comercial global na Ronda de Doha sobre as conversações de liberalização do comércio mundial, acrescentando que os resultados da Conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Nairobi, entre 15 e 18 de Dezembro, serão decepcionantes.

O responsável pediu ainda à presidência da UE para fazer mais de forma a limitar as actividades de exportação das empresas estatais no Canadá e Austrália durante a Conferência ministerial.

Por seu lado, o presidente do COPA, Martin Merrild, declarou que é clara uma forte tendência em baixa no sector da carne de porco comunitário, em parte como consequência do veto russo às exportações e devido à falta de medidas a curto prazo para abordar a difícil situação do mercado, assinalando que o pacote de ajudas não basta para resolver os problemas no mercado da carne de porco.

Martin Merrild referiu também a sua preocupação em relação à situação do sector do leite europeu. Com a chegada do Inverno, o problema de liquidez agrava-se e os produtores estão sob pressão. O pacote de ajudas foi um passo na boa direcção para ajudar a melhorar a situação, pelo que se deve garantir que os Estados-membros aproveitem em pleno as medidas disponíveis, como por exemplo a possibilidade de antecipar os pagamentos directos aos agricultores, apelando a uma reflexão sobre o valor do nível do preço garantido pela rede de segurança da UE em tempos muito difíceis, concluiu o responsável.

Fonte: Copa-Cogeca

Portugal Agro: O melhor de Portugal na FIL a partir deste sábado

 18-11-2015 
 

 
Portugal Agro: O melhor de PORTUGAL

Inicia-se este Sábado na FIL

Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar

 
A 2ª edição do Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar, organizado pela FIL – Feira Internacional de Lisboa, é um evento que pretende, pelo segundo ano consecutivo, mostrar a agricultura portuguesa na sua diversidade e riqueza, mas também na sua forte vocação empresarial a que não é alheia a dimensão internacional.
 
 
 
É um projecto transversal a toda a fileira agro-alimentar, que promove a capacidade produtiva nacional, as suas regiões, características e raízes, a excelência e qualidade dos seus produtos e seus produtores.
 
A CONFAGRI, irá marcar presença no Portugal Agro com um stand próprio, onde informará e esclarecerá os agricultores sobre as questões mais importantes da actualidade do sector, para além de entregar aos visitantes do seu stand um conjunto de material informativo, incluindo a sua revista "Espaço Rural".
 
Associada à participação da CONFAGRI, destacamos ainda, a presença da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, da Cooperativa Agrícola do Távora e da Adega Cooperativa do Cadaval.
 
Este ano, pela primeira vez, a Portugal Agro e a Alimentaria&Horexpo Lisboa - Salão Internacional da Alimentação, Hotelaria e Tecnologia para a Indústria Alimentar unem-se para dar maior expressão ao sector agroalimentar nacional.
 
A Portugal AGRO tem início a 21 de Novembro, terminando no dia 23 de Novembro (Sábado a Segunda-feira) e está aberto ao público e a profissionais.
 
A Alimentaria&Horexpo Lisboa realiza-se de 22 a 24 de Novembro (Domingo a Terça-feira), exclusivamente para profissionais.
 
Venha visitar!
 
Fonte: CONFAGRI

“A ironia trágica é ter 70% dos agricultores do mundo com fome”

ANA RUTE SILVA 16/11/2015 - 09:41

Eric Holt-Gimenez, presidente da Food First, organização não-governamental americana, defende que a forma como hoje a comida chega ao prato, num complexo percurso que vai do campo ao supermercado, tem de sofrer "reformas estruturais" e não ficar refém dos 1% mais ricos do planeta.

 
Eric Holt-Gimenez é presidente da ONG Food First RUI GAUDÊNCIO

O pretexto para a vinda de Eric Holt-Gimenez a Portugal era uma conferência sobre o polémico Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento que está a ser negociado entre os Estados Unidos e a União Europeia. O convite partiu do CIDAC (Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral), e, em conversa com o PÚBLICO, o presidente da organização não-governamental Food First, defensora da soberania alimentar, traçou o seu retrato do que é hoje o sistema alimentar do mundo, ou seja, a forma como a comida nos chega ao prato: Agricultores com cada vez menos terra para cultivar (a maioria hipotecada e vendida nos mercados de crédito internacionais), que comercializam os seus produtos a preços cada vez mais reduzidos. Quando chegam às prateleiras, os alimentos são ultra-processados para que possam aguentar ciclos longos de distribuição, num mundo em que se come soja plantada no Brasil, processada nos EUA e consumida na China.

Defende que há um sistema alimentar capitalista a operar no mundo. O que é que isso significa?
Trata-se de um regime alimentar corporativo. Basicamente há uma série de instituições e regras que determinam a forma como cultivamos, processamos, vendemos e consumimos a nossa comida. Este é o terceiro de três sistemas. O primeiro foi o colonialista, no qual os países do Sul forneciam alimentos baratos e matérias-primas à indústria do Norte, para que o Norte se pudesse industrializar. A revolução industrial teve sucesso porque as matérias-primas e a comida eram muito baratas e não era preciso pagar muito aos agricultores. A cesta básica era muito barata. O segundo sistema nasce depois da II Guerra Mundial. Os Estados Unidos criaram uma capacidade industrial tremenda depois da guerra, que permaneceu intocável, assim como uma capacidade tremenda de produzir comida. Acumulou nitratos, que transformou em fertilizantes, e venenos que transformou em insecticidas. Estes produtos geram uma produção massiva de alimentos. Chegou à Europa, durante a reconstrução.

Até essa altura não se usavam fertilizantes e insecticidas?
Havia mas não eram baratos, e tornaram-se baratos depois da Guerra. Os Estados Unidos emprestaram dinheiro à Europa para que reconstruísse e a Europa comprou estes químicos e rapidamente começou a produzir em excesso. Foi, por isso, preciso exportar esta comida para o hemisfério Sul, que até agora tinha alimentado os Estados Unidos e a Europa. O Norte teve de tornar o Sul dependente no acesso a alimentos, tudo ajudado pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. O regime alimentar corporativo nasce depois de meio século de produção alimentar excessiva. Há, agora, a globalização do controlo corporativo. Existem cadeias longas de abastecimento, mas concentradas em poucas mãos. Produz-se soja no Brasil, que é processada por uma empresa norte-americana e é enviada para a China onde é usada para alimentar para animais. Dá-se ainda a emergência das grandes cadeias de distribuição alimentar, como a Tesco, a Walmart ou a Carrefour, que controlam grande parte da cadeia de valor. São monopólios.

Os acordos de comércio "determinam o preço das sementes em todo o mundo e nada disto é democrático, não o votámos"

Algumas dessas empresas também estão a investir na produção alimentar. Em Portugal, por exemplo, um dos maiores operadores é dono de uma fábrica de transformação de leite. Não estão apenas a distribuir, estão a produzir.
Essa é uma tendência muito perigosa, porque a comida passa a ser controlada por muito poucas mãos. A comida não é uma commodity elástica, comemos até um certo ponto e tendemos a entrar em fases de produção excessiva. O que se faz com toda esta comida? O único mercado que está a crescer é o dos pobres. De repente torna-se muito importante alimentar os pobres. Isto é cíclico. De tempos a tempos, quando o mercado precisa de se expandir, preocupamo-nos muito com os pobres. Actualmente, a pobreza está a crescer 13% ao ano e não podemos vender-lhes iPads ou carros Tesla. Mas podemos vender-lhes comida, sementes e fertilizante. Há muitos monopólios hoje: o das sementes, o dos supermercados, as instituições como o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos [USDA na sigla inglesa] que é global. As regras em vigor são as dos acordos de comércio livre, a da Política Agrícola Comum na União Europeia ou a do Farm Bill nos Estados Unidos [lei agrícola]. Determinam o preço das sementes em todo o mundo e nada disto é democrático, não o votámos. Nada disto é feito por necessidade e há [795 milhões] de pessoas com fome no mundo.

Ao mesmo tempo, temos um elevado desperdício alimentar.
Produzimos 1,5 vezes mais de comida do que o necessário por cada mulher e criança no planeta. Fazemos isso há meio século porque a comida não é distribuída com base na necessidade. É distribuída com base na procura. Há fome porque as pessoas não têm dinheiro para comprar alimentos, não por falta de comida.

Os consumidores das sociedades desenvolvidas abastecem-se nas grandes cadeias de distribuição. Estão também a contribuir para esta realidade?
Absolutamente. Os supermercados dependem dos clientes e mantêm os preços baixos. E isso faz com que tenham de esmagar os lucros dos produtores e, ao mesmo tempo, tirar vantagem de uma enorme economia de escala. Para garantir essa economia de escala têm de usar muitos conservantes nos alimentos, processam muita comida, o que faz com que contribuam de forma expressiva para o aparecimento de doenças relacionadas com a alimentação. Doenças cardíacas, obesidade, diabetes… Produzem comida em massa que está a ser cada vez mais consumida pelos pobres, que representam a maioria da população do planeta. São muito poucos os que podem pagar comida de qualidade…

Refere-se a comida biológica, produtos frescos…
Sim, comida produzida localmente, diversidade nos vegetais, na carne. Esse tipo de dieta está apenas disponível a uma classe média alta.

Não acho que o poder esteja nos consumidores. Penso que são os cidadãos que têm o poder. É um problema estrutural e não vamos poder votar com o nosso garfo porque a maioria das pessoas do mundo são demasiado pobres para o fazer. Não têm o poder de compra que pode fazer mudanças.

O acesso a terra não poderia mudar essa realidade? Numa lógica de produção para auto-sustento?
A ironia trágica é ter 70% dos agricultores do mundo com fome. E a maioria são mulheres. Podemos dizer que a maioria das pessoas que alimentam o mundo têm fome e são mulheres. Este é um problema de injustiça e de alocação de recursos. Porque hoje os produtores já não têm terra suficiente. Têm cada vez menos terra para cultivar, vendem os seus produtos mas não têm capacidade financeira para os comprar. As diferentes crises e as bolhas (a tecnológica, a imobiliária, a financeira) fazem com que a riqueza fique concentrada num número muito pequeno de pessoas. Perante a insegurança, já não há onde investir esse dinheiro e não é sensato, como capitalista, manter a riqueza em forma de dinheiro.

Por isso compram terra?
Exacto. Há aquisições de terra por todo o mundo, não necessariamente para produção. Há compras de terra para produzir, sobretudo, soja ou óleo de palma, mas parte é pura especulação. É um bom local para investir em tempos de grande volatilidade.

Quem lidera essas aquisições de terra?
Os 1% da população mais rica do mundo.

O TTIP "vai fazer descer os preços pagos à produção, vai fazer aumentar a volatilidade do preço dos alimentos, vamos assistir a uma concentração da posse de terra e a uma 'financeirização' da terra".

O consumidor não terá o poder de inverter essa lógica ao, por exemplo, escolher produtos produzidos de forma socialmente responsável, ou exigindo à indústria preços justos aos produtores?
Não acho que o poder esteja nos consumidores. Penso que são os cidadãos que têm o poder. É um problema estrutural e não vamos poder votar com o nosso garfo porque a maioria das pessoas do mundo são demasiado pobres para o fazer. Não têm o poder de compra que pode fazer mudanças. Não digo que não devemos comer de acordo com determinados valores, se tivermos essa capacidade financeira, mas isso não vai resolver o problema. O que vai resolver são reformas estruturais no sistema alimentar que vão afectar o sistema político e financeiro.

Que reformas são essas?
Primeiro que tudo, os agricultores devem receber um preço justo pelos seus produtos, o que não acontece hoje. Falamos muitos em subsídios para compensar, sobretudo, os maiores produtores, e isso tem como consequência o aumento do preço dos alimentos. Mas a verdade é que a maioria do valor de um alimento é gerado no processo de transformação e distribuição. Em segundo lugar, o poder político dos monopólios na alimentação deveria ser retirado. O que pode ser produzido localmente, deve ser produzido localmente. Isto deve ser incentivado e a melhor forma de o fazer é tornar o campo um bom local para viver. Por outras palavras, melhorar os salários, ter bons sistemas de saúde, água, saneamento, estradas no campo para que as pessoas não tenham de sair para ter uma vida boa. Em terceiro lugar, a comida não devia estar sob alçada da Organização Mundial do Comércio (OMC). Diria até para acabarmos com a OMC. Outra medida seria anular os acordos livres de comércio e imediatamente suspender as negociações do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento [TTIP na sigla inglesa]. São muito perigosos para as economias locais, que podemos ajudar a reconstruir, reparando o sistema alimentar.

A negociação do TTIP tem gerado muita polémica. Qual é a leitura que faz do impacto deste acordo para os agricultores?
Vai fazer descer os preços pagos à produção, vai fazer aumentar a volatilidade do preço dos alimentos, vamos assistir a uma concentração da posse de terra e a uma "financeirização" da terra. O que se passa agora nos Estados Unidos é que a maior parte da terra agrícola é hipotecada. Essas hipotecas são vendidas nos mercados internacionais de crédito. São divididas, distribuídas e vendidas no mundo continuamente. Pequenos pedaços de terra são vendidos à volta do globo e é do interesse do sector financeiro fazer aumentar o seu preço. O valor da terra está, por isso, a aumentar. Contudo, devido à volatilidade do preço dos alimentos, o valor da produção (que é excessiva) é muito inferior ao da própria terra. Com o TTIP é de esperar a "financeirização" da terra na União Europeia, como aconteceu nos Estados Unidos.

O que se passa agora nos Estados Unidos é que a maior parte da terra agrícola é hipotecada. Essas hipotecas são vendidas nos mercados internacionais de crédito. São divididas, distribuídas e vendidas no mundo continuamente.

Os alimentos deveriam ser protegidos dessa volatilidade, tratando-se de bens essenciais à sobrevivência humana?
Mais importante do que isso, são os salários justos. Se as pessoas fossem remuneradas de forma justa não teriam de se preocupar com o preço da comida. O maior empregador privado do mundo é a Walmart. E sempre que esta cadeia de supermercados americana abre uma loja, a comunidade paga um milhão de dólares de subsídios. É dinheiro público. Quem trabalha no Walmart não ganha dinheiro suficiente para comprar coisas na loja e precisam de recorrer aos vales de refeições. Se o Walmart fosse forçado a pagar um salário mínimo, os cofres públicos não teriam de suportar esses vales. A questão do preço é, por isso, uma questão laboral.

Qual é a diferença de preço entre o que o produtor ganha e o que o consumidor paga?
Há 50 anos os produtores recebiam 80 cêntimos por cada dólar, ou seja, 80%. Agora recebem 10%. O restante fica nas mãos da indústria transformadora e da distribuição.

 

Notícia corrigida: Há 50 anos os produtores recebiam 80 cêntimos por cada dólar e não oito cêntimos como erradamente se escreveu

Sistema solar para secar plantas ganha EDP Inovação J

JOÃO PEDRO PEREIRA 19/11/2015 - 20:06 (actualizado às 11:14 de 20/11/2015)

O black.block nasceu para colmatar necessidades próprias, mas foi patenteado e começou a ser vendido no ano passado.

 
O Prémio EDP Inovação distingue ideias na área da energia NUNO FERREIRA SANTOS
 
Gonçalo Costa Martins, 48 anos, arquitecto paisagista, estava a gerir uma exploração de plantas aromáticas quando começou a pensar num sistema que lhe permitisse secar este tipo de plantas, mas que tivesse custos energéticos mais reduzidos. O que era inicialmente uma solução para um problema próprio acabou por se transformar num negócio.

Em parceria com Margarida Soromenho, engenheira agrícola, criou o black.block, um método que permite a secagem de produtos hortofrutícolas aproveitando energia solar e reduzindo os gastos de electricidade. O conceito, que já está no mercado e pensa agora internacionalizar-se, ganhou a edição deste ano do Prémio EDP Inovação, atribuído nesta quinta-feira à noite, em Lisboa, e que distingue ideias na área da energia. O premiado ganha 50 mil euros e um ano na incubadora EDP Starter.

O black.block é um sistema em que a secagem é feita em contentores, num processo controlado por um algoritmo que vai escolhendo um de três métodos, consoante aquele seja mais eficaz num dado momento. O processo pode ser monitorizado e ajustado através da Internet. Está a ser usado em explorações de plantas aromáticas e medicinais, e de frutos.

"Reciclamos contentores, colocamos-lhes chapas de policarbonato por fora e transformamo-los em câmara de secagem", explicou Gonçalo Martins ao PÚBLICO. Aquele material é responsável pelo aquecimento do ar. "No fundo é uma mini-estufa entre o painel de policarbonato e o contentor", resume o empresário.

Durante o dia, o sistema usa a luz solar para aquecer o ar, que é depois canalizado, através de ventoinhas de aspiração, para dentro do contentor, onde a humidade relativa se aproxima de zero.  Durante a noite, ou em dias sem Sol, são ligados desumidificadores (e, eventualmente, sistemas de aquecimento), que recorrem a electricidade. Contudo, o facto de estes equipamentos serem necessários sobretudo em períodos nocturnos permite o recurso a tarifas bi-horárias, com o objectivo de poupança de custos. O sistema recorre também ao método de diferencial térmico: quando a temperatura está demasiado alta, o ar é expelido e introduzido ar do exterior. O processo pode ser consultado num computador, smartphone ou tablet, e o método foi patenteado.

Para além da poupança energética, o sistema reduz a emissão de dióxido de carbono. "A emissão de CO2 é de cerca 9,5 quilos por 400 quilos de matéria verde a secar", indica a informação do projecto. "Face aos sistemas convencionais, a redução por ano ronda as duas toneladas, considerando oito meses de laboração, o que se traduz numa redução superior a 70% nas emissões".

A solução está a ser comercializada desde o ano passado. A dupla de criadores vendeu 12 contentores, a um preço médio de 14 mil euros. O sistema é modular, o que significa que o tamanho destas câmaras de secagem – tal como o preço – pode variar. 

"O prémio vai dar-nos uma exposição muito grande", refere Gonçalo Martins, acrescentando que os planos de expansão são os mesmos que tinham antes de vencerem o concurso, mas agora com "o selo de qualidade" e a possibilidade de contactos que é aberta pela distinção da EDP.

Em 2016, o objectivo é aumentar as vendas em Portugal, preparando a expansão internacional. Os planos passam por arrancar em 2017 para Espanha, seguindo-se, nos anos seguintes, França e Itália. São todos países com climas parecidos com os de Portugal e onde, explica Gonçalo Martins, existe procura para soluções de secagem.

Para além disto, o conceito poderá estender-se ao mercado doméstico. "Estamos a desenvolver estes sistemas para os aplicar a casas", diz o empresário. "Nesse caso, é o mesmo princípio de aquecimento de ar, mas não substitui por completo um sistema de aquecimento central".

Tomate de indústria e maçã com produções recorde até final de Outubro

JORNAL I
18/11/2015 13:40

O tomate para indústria e a maçã atingiram os níveis de produção mais altos de sempre até 31 de Outubro, ao contrário da pera que deve registar perdas em torno dos 30%, indicam as previsões agrícolas do INE.

O mês de Outubro chuvoso e quente obrigou a algumas interrupções pontuais, mas não causou grandes constrangimentos no desenrolar dos trabalhos agrícolas, permitindo ainda recuperar as reservas hídricas, destacou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O tempo seco que se verificou ao longo do ciclo de desenvolvimento do tomate para indústria beneficiou esta cultura, que obteve uma produtividade próxima das 90 toneladas por hectare e deverá ultrapassar 1,7 milhões de toneladas.

Nos pomares de maçã, a escassez de precipitação foi ultrapassada por uma gestão adequada da rega, permitindo alcançar uma produção histórica superior a 300 mil toneladas.

No caso das peras, as previsões apontam para uma redução de 30% face a 2014, devido às condições climáticas adversas nos períodos de floração e vingamento e à presença de uma doença com o nome de estenfiliose, que impossibilita a comercialização dos frutos.

Já para os olivais as perspectivas são animadoras, prevendo-se um aumento de produtividade de 25% na azeitona para azeite e 15% na azeitona de mesa face a 2014.

As chuvas outonais foram também benéficas para o vinho, perspectivando-se um aumento de 10% da produção, e da castanha, que deve recuperar da fraca campanha de 2014, alcançando 24 mil toneladas (30% acima do ano passado).

A produção de girassol também aumentou, pelo quarto ano consecutivo (21 mil toneladas), ocupando muitas áreas antes ocupadas pelo milho, cuja produção voltou a cair (-21% face a 2014) e deve ficar pelas 713 mil toneladas, o nível mais baixo dos últimos quatro anos.

A produção de kiwi aumentou 5%, mas ficou, ainda assim, aquém das expectativas.

A falta de chuva não afectou a produção de amêndoa que deve atingir as nove mil toneladas.

sábado, 21 de novembro de 2015

A cortiça e o vinho

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 29 de Outubro de 2015



Miguel Mota

O número 148 da "Ingenium", a revista da Ordem dos Engenheiros, referente aos meses de julho e agosto de 2015, tem como tema os Clusters do vinho e da cortiça.
Além do Editorial, assinado pelo Bastonário, Eng.O Carlos Matias Ramos, um lote de excelentes artigos, da autoria de engenheiros agrónomos e outros técnicos, dá-nos um excelente panorama da situação actual desses dois sectores da economia em que Portugal está na linha da frente a nível mundial.
De cortiça, como já se aprendia na escola, somos o maior produtor mundial. Produzimos tanto como todos os outros países juntos. E a cortiça é a da melhor qualidade. De vinho, além do incomparável vinho do Porto, sempre tivemos bons vinhos, que nas últimas décadas, ainda sofreram notáveis melhorias.
Em termos económicos, o valor da cortiça exportada em 2014 foi de 840 milhões de euros. Desse total, 70% foi em rolhas que, apesar de variados ataques, continuam a ser um vedante imbatível.   De vinho exportámos 731 milhões de euros em 2014. E os nossos vinhos classificam-se entre os melhores, ganhando prémios em todo o mundo.
Em relação à cortiça, além do muito que tem sido feito ultimamente, admito ser possível melhoria. A maior parte dos nossos montados não é o que podia ser. No artigo "O montado português" (Linhas de Elvas de 25-3-2010), cito um vídeo, produzido poucos anos antes pela Fundação João Lopes Fernandes, em que se mostram imagens de um montado plantado em 1957 em Montargil por aquele agricultor, com aconselhamento de dois muito ilustres agrónomos, o Prof. Vieira Natividade e o Eng.º Sardinha de Oliveira. Do artigo transcrevo:
"Que diferença em relação à enorme maioria dos montados que vemos em Portugal! Árvores bem alinhadas e com o espaçamento certo. Cada uma com um tronco direito e alto, só então ramificado, ainda jovens (para a normal longevidade do sobreiro) mas já a darem longas e perfeitas pranchas de cortiça. Valia a pena que alguém medisse a produtividade de cada hectare daquele montado e a comparasse com a dum hectare de qualidade média, com árvores mais ou menos irregularmente implantadas, muitas delas de tronco tortuoso, ramificado a baixa altura e dando certamente menos e pior cortiça."
Não pode ignorar-se a magnífica actuação da grande empresa Corticeira Amorim, que tem tido uma notável actividade. Além de exportar para mais de 100 países, com um volume de negócios de mais de 500 milhões de euros, tem realizado investigação, com novas utilizações da cortiça e dando aconselhamento – gratuito – aos agricultores. Recentemente, promoveu a plantação de 2700 sobreiros na Serra da Peneda.
É consolador, no país em estado miserável, ver que há sectores em que estamos entre os melhores, no caso da cortiça o melhor – e  a grande distância de todos os outros.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Edgar Silva denuncia “grosseira violação” da Constituição no apoio a agricultores


4/11/2015, 13:23
O candidato às eleições presidenciais de 2016, Edgar Silva, denunciou o que disse ser uma "grosseira violação" da Constituição na falta de apoio aos pequenos e médios agricultores, conforme decorre do texto constitucional.

Partilhe

Autor

O candidato às eleições presidenciais de 2016, Edgar Silva, denunciou o que disse ser uma "grosseira violação" da Constituição na falta de apoio aos pequenos e médios agricultores, conforme decorre do texto constitucional.

Em declarações à agência Lusa, em Coimbra, no final de uma reunião de trabalho com a Confederação Nacional de Agricultura, o candidato apoiado pelo PCP frisou que o artigo 97.º da Constituição diz que o Estado "apoiará preferencialmente os pequenos e médios agricultores".

Edgar Silva sublinhou, a esse propósito, que a Constituição "não é neutra, não é neutral" na visão que tem sobre o investimento público em setores da economia como a agricultura, argumentando que 5% dos grandes produtores concentram 80% dos apoios, sendo a realidade "exatamente o oposto do que decorre da Constituição".

"Por erros de opção de Governo, por uma grosseira violação da Constituição, através de uma escandalosa deturpação do texto constitucional, chegamos a uma situação em que os órgãos de soberania que estavam obrigados a dar cumprimento a estas orientações da Constituição, estão a fazer exatamente o contrário", acusou.

Edgar Silva defendeu um Presidente da República que se constituía como um "primeiro provedor do povo da República, mais interventivo", na defesa do que disse ser a soberania alimentar e o interesse nacional.

CAP: Frente de esquerda “sem coesão indispensável para governar” Portugal


11 Novembro 2015, 13:07 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

12Enviar por emailReportar erro

Confederação dos Agricultores, "preocupada com o futuro de Portugal", convocou um conselho de presidentes das associações filiadas para 24 e 25 de Novembro, 40 anos após ter nascido.
A Confederação dos Agricultores de Portugal, parceira social, emitiu esta quarta-feira, um dia depois da queda do XX Governo Constitucional de coligação PSD/CDS-PP, um comunicado em que se demonstra "preocupada com o futuro de Portugal".

Na comunicação enviada esta manhã às redacções, a CAP é clara na tomada de posição face à actual situação política do país, afirmando logo de início: "Esquerda une-se para derrubar governo ao fim de 10 dias, mas sem coesão indispensável para governar um país em recuperação de uma grave crise".

Relembrando que nasceu em Novembro de 1975, a direcção da CAP, liderada actualmente por João Machado, afirma que coincidindo com a data em que a confederação comemora "a resistência à colectivização forçada da sua agricultura", a "evolução política do país após eleições legislativas confronta-o com uma inesperada frente política de esquerda".

Frente esta, continua a presidência da CAP na nota referida, "em que se reúnem de modo contranatura uma força de longo historial de combate pela democracia, tradição europeísta e crente na economia de mercado, com outras, extremistas, de cariz inequivocamente totalitário, anti-europeu e colectivista".

"No entender da CAP, a solução governativa alternativa que se desenha merece a maiores reservas políticas e suscita sérias preocupações sobre aquele que poderá ser o seu quadro de actuação".

[Há] claro desrespeito da vontade electiva expressa pelos portugueses, erigindo-se em alternativa à força vencedora das eleições um dos mais minoritários governos da história da democracia portuguesa.
Direcção da CAP


Para os dias 24 e 25 de Novembro, em Tomar, a direcção da CAP convoca então um "conselho de presidentes de todas as suas associadas", com o "objectivo de analisar a situação do país e da agricultura portuguesa".

Confederação com assento no Conselho Económico e Social, a CAP é a confederação com maior representatividade do sector no país. A agricultura tem mais duas confederações de âmbito nacional e representação junta da Comissão Europeia: a CNA – Confederação Nacional da Agricultura (nascida em 1978) e a Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (nascida em 1985).

Frequentemente crítica da tutela da Agricultura em praça pública, nos últimos anos a direcção da CAP só entrou em confronto directo com a antiga ministra Assunção Cristas, do CDS-PP, aquando da discussão inicial do banco de terras (em Maio de 2012), a propósito da intenção do Estado incluir terras ainda em litígio judicial pelas expropriações da reforma agrária de 1975. 

O peso do Ministério como fora desenhado no início do Executivo de Pedro Passos Coelho (ainda com o Ordenamento do território), o atraso na resolução do problema dos seguros agrícolas e na adopção do modelo de programa do plano de desenvolvimento rural (2014-2020) também serviram de alertas da CAP à tutela nos últimos quatro anos.

Com os últimos governos socialistas, só com António Serrano a ruptura assumida com Jaime Silva (por ambas as partes) foi sanada. Recorde-se que o primeiro ministro da Agricultura de José Sócrates retirou as parcerias com as confederações agrícolas para ajudar os agricultores a candidatarem-se aos fundos europeus – em pleno período de arranque de novo quadro de apoio -, ao mesmo tempo que reduziu substancialmente os meios humanos do Ministério.

Em 2013, em entrevista em que recusava a conotação partidária da CAP ao CDS-PP, João Machado defendia que "o PS e o PSD devem ir à vez para o Governo, deixando como alternativa da democracia o outro partido na próxima eleição". Já o CDS, na sua visão, poderia ser "um aliado de ambos os partidos", defendeu então.

Évora lidera investigação apoiada pela UE sobre pequena agricultura em 13 países


Lusa 10 Nov, 2015, 18:27 | Economia

A importância social e económica da pequena agricultura em nove países europeus, como Portugal, e em quatro africanos vai ser investigada num projeto liderado pela Universidade de Évora, com cinco milhões de euros de financiamento comunitário.

O projeto SALSA -- "small farms, small food businesses and sustainable food security" -- envolve um consórcio de 17 entidades em nove países europeus (Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Escócia, Noruega, Roménia, Polónia e Estónia) e em quatro africanos (Cabo Verde, Tunísia, Quénia e Gana).

Trata-se do primeiro projeto coordenado por uma instituição portuguesa, a Universidade de Évora (UÉ), a ser aprovado no âmbito do "Desafio Societal 2" do Horizonte 2020, o programa de investigação da União Europeia de 2014 a 2020.

"Já há investigadores portugueses a participarem em projetos do Horizonte 2020. O que é novo é que este é o primeiro a ser coordenado por uma equipa portuguesa", disse hoje à agência Lusa a investigadora Teresa Pinto Correia, da academia alentejana.

A iniciativa, cuja aprovação foi agora divulgada, é liderada por uma equipa do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da UÉ, da qual Teresa Pinto Correia está à frente.

Reunindo universidades, entidades governamentais, uma associação de agricultores, uma empresa e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o projeto conta com cinco milhões de euros de financiamento global, para quatro anos.

O trabalho, segundo a UÉ, pretende "avaliar o papel das pequenas empresas agroalimentares no fornecimento de alimentos de qualidade provenientes de uma agricultura sustentável e culturalmente adequada".

O "ponto de partida", de acordo com Teresa Pinto Correia, é o "reconhecimento" de que a pequena agricultura, tanto "na Europa", como "provavelmente noutras regiões do mundo", tem "muito mais importância do que, normalmente, lhe é atribuída".

"É um tipo de agricultura que foge a todas as estatísticas. São pequenos produtores, muitas vezes uma agricultura familiar, nem sempre exercida a tempo inteiro, portanto, não é declarada como atividade económica", afirmou.

Contudo, frisou, "tem um papel fundamental na segurança alimentar e na soberania alimentar a nível local", pois, "os produtos, apesar de, muitas vezes, não serem vendidos no mercado global, são trocados ou circulam nos mercados mais pequenos", constituindo "uma grande parte da alimentação da população de várias regiões".

"Estes pequenos produtores e empresas podem não aparecer nas estatísticas, nem nos modelos económicos, ao contrário das grandes empresas, mas nós queremos saber mais sobre eles e sobre o fenómeno e o respetivo peso social e económico", afirmou.

O estudo, cujos trabalhos no terreno devem arrancar "talvez em março" de 2016, vai analisar 30 regiões de referência na Europa e em África, utilizando uma abordagem transdisciplinar e recorrendo a diversos métodos qualitativos, consultivos e quantitativos.

"Vamos tentar perceber qual é a alimentação da população destas regiões e qual o peso social e económico da pequena agricultura", explicou a investigadora, referindo que, em Portugal, a equipa prevê analisar duas regiões, umas delas o Alentejo.

O consórcio, acrescentou, vai ainda tentar perceber "quais os mecanismos necessários para permitir manter ou criar novas condições para manter esta pequena agricultura e empresas de transformação e comercialização a ela ligadas, tendo em conta a sua importância, que muitas vezes não é reconhecida".

Angola: Administrador da Agro-lider diz que país tem clima para agricultura

18 Novembro de 2015 | 00h59 - Actualizado em 18 Novembro de 2015 | 00h59
Luanda - O administrador da fazenda Agro-lider, João Marcelo, considerou nesta terça-feira, em Luanda, que Angola tem condições e clima suficiente para se fazer agricultura e rápido, mas é preciso que haja empresários com vontade e conhecimento para fazer.


JOÃO MACEDO, ADMINISTRADOR DA EMPRESA AGRO-LIDERFOTO: ANTONIO ESCRIVAO

Ao falar no debate na conferência sobre Angola nos próximos 10 anos oportunidades e desafios, por ocasião do lançamento da revista da Forbes Angola, ressaltou a agricultura não é uma ciência exacta porque o seu estado muda toda hora.

"Praticar agricultura não é como ter uma empresa ou uma qualquer fábrica e dizer hoje vou embora de férias e não querer saber da agricultura durante uns 15 dias", acrescentou.

Referiu que se agricultura não for feita como se deve fazer, e estar toda hora e momento acompanhar não é possível ter sucesso devido as suas constantes mudanças.

Salientou que com a contenção financeira a sua fazenda decidiu investir fortemente na agricultura por ser umas das áreas mais importantes de um país, porque é dela que se vive e se desenvolve um país.

Afirmou que desde 2009 conseguiram ser o maior produtor de hortofrutícolas de Angola, bem como puderam no ano passado produzir cerca de 106 mil toneladas e este ano puderam produzir aproximadamente 150 mil toneladas de produtos agrícolas.

Agricultura atraiu €10 mil milhões em cinco anos



16.11.2015 às 12h159


 
O investimento em projetos agrícolas e agro-industriais somaram €10 mil milhões desde 2010. O sector cresceu em contraciclo com o resto da economia e abriu 80 novos mercados para as exportações

Vítor Andrade

Jornalista

Nos últimos cinco anos foram investidos €10 mil milhões no sector agrícola e agroindustrial. Só ao abrigo do antigo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural), que terminou em 2014, o investimento acumulado ascendeu a €5,8 mil milhões, dos quais €3 mil milhões em subsídios. O restante foi investimento privado.
Os dados fornecidos ao Expresso pelo Ministério da Agricultura atestam ainda que, só da parte de jovens agricultores, foram investidos mais de €1000 milhões, dos quais €627 milhões alavancados por apoios europeus.
Em média, desde 2010, foram aplicados €500 milhões por ano em projetos agrícolas e €1500 milhões/ano em explorações agroindustriais.
As áreas da floresta e do regadio estiveram entre as mais concorridas para novos investimentos, com €642 milhões e €628 milhões, respetivamente, só ao abrigo do Proder.

Crescer em contraciclo

São números nunca vistos nesta área de atividade em Portugal e que colocaram o sector a crescer em contraciclo com o resto da economia, nomeadamente nos anos 2011 a 2013, no pico da crise. Enquanto a economia no seu todo passava por uma recessão profunda (a cair 3,2% em 2012), a agricultura registava crescimentos da ordem dos 2,8% ao ano.
Foi também durante esses anos mais críticos que, em cada empresa que fechava, abriam outras sete no sector. No país inteiro batiam-se recordes de desemprego, mas nos campos havia (e continua a haver) falta de mão de obra. Muitos empresários agrícolas recorreram a ainda recorrem a mão de obra importada não apenas dos países do Leste europeu mas também da Ásia, com a Tailândia e o Paquistão à cabeça.
Nos últimos quatro anos, o défice alimentar caiu à razão de €400 a €600 milhões por ano. A taxa de cobertura das importações pelas exportações relativa ao período de janeiro-agosto deste ano, para os produtos agroalimentares, bebidas e tabaco, passou de 62,5% (em 2014) para 64,5% (em 2015).

Exportações crescem 7,2%

As exportações agroalimentares aumentaram 7,2% entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com a secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar (SEAIA). Isto num contexto de fecho dos mercados russo e também angolano, embora por motivos diversos. O primeiro devido ao embargo à compra de produtos europeus e o segundo devido à crise económica provocada pela quebra do preço do petróleo nos mercados internacionais. As exportações portuguesas para Angola caíram 28,9% durante os primeiros 10 meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014.
Outro constrangimento mais recente às exportações alimentares nacionais tem a ver com o Brasil, também envolto em crise económica e social. Muitas das empresas portuguesas que vendem para aquele país estão a receber tardiamente os pagamentos pelos produtos exportados ou, em alguns casos, nem sequer recebem.
Nuno Vieira e Brito, que geriu a 'pasta' do agroalimentar deste o início de 2013, garante que, apesar de tudo, a tendência de crescimento foi reforçada em setembro, com Portugal a exportar €560 milhões (um aumento de 20% face ao mês anterior), e espera que as vendas ao exterior voltem a ultrapassar os €6 mil milhões em 2015, como, de resto, aconteceu no ano passado.

Mais de 80 novos mercados abertos

Dados da SEAIA indicam ainda que, nos últimos anos, Portugal abriu mais de 80 mercados à exportação de 222 produtos ou grupos de produtos.
A carne, a fruta e os produtos hortícolas foram os que mais cresceram face a setembro de 2014 (30%), seguindo-se os produtos da pesca (17%) e alimentares (5%).
O mercado europeu continua a ser o principal motor deste crescimento, destino de €3,2 mil milhões nos primeiros nove meses do ano, com França e Alemanha à cabeça, para onde as vendas cresceram 30% e 41,5% respetivamente. Para fora do espaço comunitário foram exportados €1,2 mil milhões nos primeiros nove meses de 2015, com os mercados da América Latina a liderar.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Município de Palmela aposta na defesa e valorização da Floresta Autóctone

Comemorações abrangem todos os públicos

 
O Município de Palmela associa-se às comemorações do Dia da Floresta Autóctone, assinalado no dia 23 de novembro, contribuindo, também, para a iniciativa "Semana da Reflorestação Nacional", dinamizada pelo movimento "Plantar Portugal".
No dia 22 de Novembro, a autarquia promove a iniciativa "Uma mão pelos trilhos", uma ação de limpeza, com partida da Alameda 25 de abril, às 9h00 e que decorrerá na Serra do Louro.
No âmbito da "Semana da Reflorestação Nacional", o programa comemorativo integra, também, um conjunto de iniciativas dirigidas ao público escolar, entre 23 e 27 de novembro, com a plantação de cerca de oito dezenas de árvores, nomeadamente, plátanos, olaias, freixos comuns, amoreiras e mélias, em núcleos urbanos do concelho (Aires, Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo), com o objetivo de sensibilizar para a importância da conservação da floresta autóctone. 
Destaque, ainda, para a iniciativa "O meu banco de sementes – variedades tradicionais", que decorre no dia 5 de dezembro, às 15h00, na Biblioteca Municipal de Palmela.
Mais informações e inscrições nas iniciativas (ver programa), através do telf. 212336692 ou do e-mail drodrigues@cm-palmela.pt.
Metade dos 460 km2 do concelho de Palmela é constituída pela estrutura biofísica fundamental de valorização e proteção ambiental. Esta estrutura reparte-se pelo Parque Natural da Arrábida, Reserva Natural do Estuário do Sado, Reserva Ecológica Nacional, Reserva Agrícola Nacional e Espaços Florestais, com destaque para as manchas de Montado de Sobro, Pinheiro Manso, Pinheiro Bravo e Eucalipto. Palmela possui três árvores classificadas – dois sobreiros e um pinheiro –, que se destacam, a nível nacional, pelo seu porte, idade e desenho. A floresta  - que ocupa 100 km2 no concelho de Palmela - assume, para a Câmara Municipal, um valor ambiental, patrimonial e económico de relevo, reafirmando, através das comemorações, o  compromisso com a sua defesa e valorização.
 
Programa:
 
 
Dia 22 de Novembro
9h00 | Alameda 25 de Abril, Palmela (ponto de partida)
"Uma mão pelos trilhos" | Ação de limpeza na Serra do Louro
 
De 23 a 27 de novembro
Palmela e Águas de Moura
"A nossa árvore"
Escolas Básicas e associações de idosos do concelho apadrinham uma árvore existente no espaço público, instalando, no local, uma planta alusiva ao exemplar escolhido.
 
De 23 a 27 de novembro
Plantação de árvores em espaços públicos do concelho
 
Dia 24 de novembro
10h00 | Urbanização Vila Paraíso, Pinhal Novo
Plantação de espécies cedidas ao abrigo do Projeto "Floresta Comum", pelos alunos da Escola Básica Salgueiro Maia.
 
Dia 29 de novembro
9h00 | Alameda 25 de Abril, Palmela (ponto de partida)
Caminhada "Floresta Autóctone"
Caminhada no âmbito do programa "Mexa-se", na Serra do Louro. Sesinbilização para o impacto dos incêndios florestais na vegetação autóctone e a sua posterior regeneração.
 
Dia 5 de dezembro
15h00 | Biblioteca Municipal de Palmela
"O meu banco de sementes – variedades tradicionais"
Ação de sensibilização, dirigida ao público em geral, sobre a importância das variedades tradicionais e promoção da recolha e preservação de sementes contra a contínua perda de biodiversidade genética agrícola.
Frequência gratuita, mediante inscrição.

Edição Limitada Comemora os 70 Anos da Marca Guloso



A marca portuguesa GULOSO acaba de lançar no mercado retalhista uma Edição Limitada comemorativa dos seus 70 anos. O Sumo de Tomate com Hortelã conta ao consumidor a história de 7 décadas a ajudar com gosto e acrescenta-lhe ainda inovação numa fórmula que junta ao sabor único do tomate do Ribatejo também a frescura da hortelã. Para celebrar com os seus consumidores os 70 anos de experiência a embalar o sabor do tomate do Ribatejo a GULOSO lançou o Sumo de Tomate com Hortelã, edição especial comemorativa, composto por tomate (99%), hortelã, limão, pimenta e sal. Com este novo produto, que estará disponível em ponto de venda do canal retalhista por período temporal limitado, a marca fabricante líder de mercado na categoria de produtos à base de tomate aventura-se com uma oferta inédita na categoria de bebidas.


domingo, 15 de novembro de 2015

UE proíbe pesticida usado em citrinos importados


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

A Comissão Europeia decretou que a partir de 2016 será proibida a utilização do pesticida 'acetato de guazatina', um químico bastante comum nos citrinos importados de países terceiros.

De acordo com o portal Agrodigital, esta medida surge como resposta a uma reclamação formulada em 2014 pela Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA), que defendeu que era um paradoxo e uma injustiça o facto de a UE proibir aos agricultores e operadores comerciais do seu território a utilização de uma substância ativa alegando toxicidade e ao mesmo tempo tolerar a mesma aos países concorrentes nos seus envios de citrinos para a Europa.

O regulamento comunitário agora aprovado equipara o limite máximo de resíduos (LMR) do acetado de guazatina em todos os citrinos comercializados no mercado europeu, independentemente do país de origem, situando-o em 0,05 miligramas por kg.

Comunidades rurais querem ver os seus interesses contemplados nas políticas comunitárias


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

É já esta semana que decorre, na Áustria, mais uma edição do 'Parlamento Rural Europeu', iniciativa que reúne representantes da população rural de 40 países europeus como culminar de uma campanha de um ano que pretende reclamar um acordo que garante uma melhoria nas condições de vida destas populações.

De acordo com a Federação Minha Terra, que divulga um comunicado da iniciativa, a campanha, lançada por três redes rurais europeias, pretende "fortalecer a voz das populações rurais, para garantir que os seus interesses são refletidos nas políticas nacionais e europeias, e para promover a entreajuda e a cooperação entre as comunidades rurais."

Nos dias de 'Parlamento'(4, 5 e 6 de novembro), com a participação de 250 pessoas de 40 países, irão debater-se os principais temas decorrentes da campanha e definir-se-á um Manifesto Rural Europeu que estabeleça uma agenda das políticas e ações a desenvolver ao longo dos próximos anos.

Em cima da mesa estarão questões como "a preocupação das pessoas em muitas regiões rurais sobre as limitações da economia rural, a falta de bons empregos, a perda de população jovem, a redução de serviços rurais, o sofrimento dos mais velhos, a pobreza e a exclusão social da população desfavorecida e das minorias étnicas", "o direito das comunidades rurais a uma qualidade de vida e a um padrão de vida igual à das populações urbanas, e o direito à plena participação nos processos políticos" e "uma visão para o futuro das comunidades rurais, inclusivas e sustentáveis, apoiada por economias rurais diversificadas e pela gestão efetiva das paisagens e do património cultural."

Numa altura em que se prepara a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, "as áreas rurais podem desempenhar um papel importante no combate às alterações climáticas e na sustentabilidade dos recursos ambientais. Mais de 40% das terras da Europa são florestas, que capturam carbono e produzem matérias-primas renováveis. As zonas rurais estão bem posicionadas para atender à crescente procura por energia renovável a partir de fontes eólica, hídrica, solar, térmica e biomassa", defende o Parlamento Rural Europeu.

Regina Lopes, Presidente da Federação Minha Terra, representante da iniciativa em Portugal, refere que "estamos muito satisfeitos por participar neste exercício pan-Europeu porque é muito importante que as comunidades rurais sejam ouvidas na definição das políticas e soluções para os seus territórios. Os habitantes dos territórios rurais e as organizações que os representam têm de ser considerados parceiros na construção dessas soluções, pois são quem melhor conhece a realidade e quem melhor pode participar na implementação local das medidas e ações. A nossa delegação irá levar ao Parlamento Rural Europeu as conclusões do processo de consulta promovido pelas Associações de Desenvolvimento Local portuguesas, contribuindo para reunir boas ideias de toda a Europa sobre como promover os interesses das populações rurais".

Candidaturas para os prémios por vaca em aleitamento para 2016 abertas


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
vacas leiteiras - pasto

Já está disponível no portal online do IFAP o formulário de candidatura para os prémios por vaca em aleitamento, para vaca leiteira e por ovelha e cabra para o ano de 2016. As candidaturas decorrem até ao dia 31 de dezembro de 2015 e destinam-se apenas aos novos produtores que não apresentaram candidatura a estes prémios no Pedido Único de Ajudas em 2015.

O IFAP explica também que o formulário está disponível para os produtores que pretendem candidatar-se ao prémio por ovelha e cabra para as seguintes situações:

no caso dos produtores que se candidataram no Pedido único 2015 para atualização do número de fêmeas elegíveis que pretendem deter no dia 1 de fevereiro de 2016 (esta atualização é obrigatória para o pagamento do prémio);
no caso de novos produtores para alteração do número de fêmeas elegíveis declaradas.

Bolsa de Terras e Santa Casa da Misericórdia do Porto estabelecem parceria


por Ana Rita Costa- 3 Novembro, 2015

A Bolsa Nacional de Terras e a Santa Casa da Misericórdia do Porto estabeleceram um acordo de parceria que pretende contribuir para o alargamento do universo de entidades privadas e públicas que utilizam a plataforma, quer na disponibilização de mais terras como na facilitação do acesso às mesmas.

"Esta iniciativa marca o arranque de uma parceria de colaboração, que por um lado se pretende que também seja de sucesso, como as restantes já concretizadas, mas por outro lado que se deseja que possa ser alargada a mais instituições desta natureza, espalhadas por todo o país, permitindo que o seu património seja rentabilizado através da publicitação da existência de terras com condições de poderem ser aproveitadas, com recurso à Bolsa de Terras, contribuindo desta forma para o aumento da oferta de terras disponibilizadas a todos os interessados em utilizá-las de forma produtiva", explica a Bolsa Nacional de Terras.

Neste sentido, as propostas de arrendamento da Quinta de Juncainho, em Vila Nova de Famalicão, com uma área de 6,10 hectares e colocada recentemente na Bolsa de Terras, devem agora ser enviadas à Santa Casa da Misericórdia do Porto até ao dia 18 de dezembro.

"Esta colaboração com a Santa Casa da Misericórdia do Porto vem acrescentar ainda mais credibilidade e notoriedade ao projeto inovador do Ministério da Agricultura e do Mar, que se pretende que tenha a maior visibilidade possível junto de todos os proprietários de terras e os potenciais interessados na sua utilização e exploração, através deste mecanismo de facilitação do conhecimento das terras disponíveis, em suporte informático e com uma rede de entidades gestoras operacionais no terreno, contribuindo para o cumprimento da Estratégia de Dinamização e Divulgação da Bolsa Nacional de Terras", conclui a entidade.

Adega Cooperativa de Monção: «O nosso segredo é ter boas uvas e bons meios»

13-11-2015 
 

 
Armando Fontainhas está na adega há vários anos para onde veio como vice-presidente da direcção anterior. Tomou posse em Janeiro de 2001 e esteve até Dezembro de 2013, em entrevista ao "mundo português".

Em 2013 candidatou-se a presidente e tomou posse em 2014. O seu principal problema é a dimensão da adega que factura 13 milhões de euros, mas os sócios têm explorações de pequena dimensão. Estamos no norte de Portugal onde o minifúndio impõe a sua lei e como nos diz Armando Fontainhas: «Só para se ter uma ideia refira-se que para uma área um pouco superior a 1.200 hectares, temos 1.800 sócios a entregar uvas».

Que problemas traz à Adega a pequenez da dimensão das parcelas?

A nossa exploração é boa porque estamos aqui na zona do Alvarinho onde as uvas são muito bem remuneradas o problema maior são os custos de exploração por causa da pequenez das parcelas e dos custos mais elevados daí resultantes.

Como foi o caminho da Adega de Monção a descobrir a exportação?

Foi uma necessidade e no fundo respondendo a uma procura pelos nossos produtos por parte da diáspora portuguesa. Percebeu-se por outro lado que era a única maneira de aumentar as vendas. Só para lhe dar um exemplo refiro que no ano passado as nossas vendas aumentaram sete por cento, e na exportação aumentaram 19 por cento, ou seja neste momento a empresa está a ser alavancada pelas vendas na exportação.

Quem bebe o vinho de Monção no estrangeiro?

São os estrangeiros os portugueses, temos por isso dois tipos de clientes. Temos os mercados tradicionais como é o caso do francês onde há imensos portugueses. Mas estamos também a investir em mercados novos como na Polónia e na Rússia. Nos Estados Unidos estamos com uma aposta muito forte principalmente com os vinhos produzidos com a casta Alvarinho que são muito apreciados, e que nos estão a trazer um elevado retorno.

Qual é actualmente o grande produto da adega?

É sem dúvida o "Muralhas de Monção", pela relação preço-qualidade. Estamos a falar de um vinho que é feito com 85 por cento de casta alvarinho e 15 por cento de trajadura. É um bom vinho, com um óptimo nariz e uma boa boca, com uma grande frescura, daí a grande aceitação nas nossas comunidades emigrantes, porque nós portugueses usamos o vinho à refeição e o "Muralhas de Monção" é muito indicado para acompanhar a gastronomia portuguesa, dos peixes aos mariscos e por isso é um vinho imbatível.

Sendo o Alvarinho uma casta tão nobre, porquê 15 por cento de Trajadura?

É o que lhe confere aquela frescura ímpar, para o corpo e intensidade aromática do Alvarinho. E o mercado reconhece e gosta.

Ainda há o fenómeno dos portugueses emigrados levarem vinho da Adega quando vêm a Portugal?

Sim ainda se vê, quando vêem de férias, visitam a adega e costumam levar vinho. E curiosamente também acontece com muitos estrangeiros que passam e levam vinho aqui da adega, embora seja meramente simbólico porque neste momento já temos os nossos vinhos em quase todos os países do mundo através da nossa rede de distribuidores, não sendo portanto preciso levá-lo. É uma questão de gosto das pessoas que nos visitam, levar um vinho do local onde foi produzido.

Actualmente a Adega de Monção exporta cerca de 20 por cento de toda a produção e está a apostar muito no mercado das Américas e também no mercado inglês para aumentar a exportação..

Por outro lado, assinala Armando Fontainhas, «temos neste momento boas parcerias na Polónia, onde inclusivamente já introduzimos marcas específicas, mais adaptadas ao gosto do mercado. O mercado alemão, que muito embora ainda represente pouco nas nossas exportações tem potencial de crescimento para 2015 e 2016, e logicamente o mercado francês que é muito forte pelo peso da diáspora. Há muitos restaurantes portugueses e qualquer um deles tem sempre um "Muralhas de Monção».

 

E o mercado Chinês de que toda a gente fala?

Quanto ao mercado chinês, adianta que ainda não exportam praticamente nada para a China. Considera que é um mercado que ainda não está amadurecido no que respeita ao vinho, embora sejam grandes consumidores de vinhos franceses não o são ainda em relação aos vinhos portugueses. «Ainda estamos noutros desafios até porque segundo os números oficiais que temos, mostram que este é um mercado ainda muito embrionário. Interessa-nos mais os mercados africanos de expressão portuguesa, que embora não sejam muito grandes para no momento, têm mais expressão, o próprio mercado brasileiro que é um mercado tradicional de Alvarinho e por consequência da Adega de Monção, que exporta para o Brasil há muitas décadas. A nossa aposta é sempre em mercados maduros onde o vinho é já um produto comum e com bons níveis de consumo».

A Adega de Monção tem estado sempre presente no SISAB PORTUGAL?

Sempre, posso até dizer que a Adega de Monção é parceira do SISAB PORTUGAL desde a primeira edição, e tem-se visto uma evolução notável no SISAB PORTUGAL a todos os níveis. É um bom exemplo de empreendedorismo em Portugal.

E tem sido importante para a adega, tem concretizado negócios?

O SISAB PORTUGAL para nós tem duas vertentes, Por um lado permite-nos um grande e eficaz acompanhamento aos clientes mais distantes e que sempre encontramos no certame. E também para a aquisição de novos clientes, já que todos os anos conhecemos três ou quatro clientes novos. É uma feira de muito trabalho e é por isso que lá vamos.

Voltando ao vinho, qual é a grande razão para se preferir um verde?

Pode consumir-se verde em todas as circunstâncias mas o importante começa por ser uma prova antes da refeição, ser usado como aperitivo. Ao final da tarde pode experimentar-se um "verde rosé", recomendo aqui o Muralhas para beber entre amigos no final de tarde. Mas vai para além disso porque o Muralhas acompanha qualquer refeição de uma forma fantástica. Curiosamente os nossos emigrantes têm um certo gosto pelo verde tinto, com que nós minhotos acompanhamos a nossa comida tradicional, desde as sardinhas ao bacalhau, aos rojões, entre outros. Neste momento já produzimos também espumantes de Alvarinho, um rosé e um tinto, já temos igualmente jeropiga de Alvarinho o que permite igualmente acompanhar as sobremesas, e claro para o café temos as aguardentes Alvarinho. Toda a refeição pode ser acompanhada pela fantástica gama dos nossos vinhos verdes.

E é fácil vender tanto vinho? Não há stocks?

É uma questão de desenvolver algum trabalho, mas vai-se vendendo toda a nossa produção, e por isso as contas com os agricultores estão em dia. É uma tradição pagar uma parte antes do Natal e outra antes da Páscoa.

Qual é o segredo para tantos prémios que têm conquistado?

Recordo que a Adega de Monção é PME excelência e de facto o ano passado foi um ano de muitas medalhas de ouro em todos os concursos em que entrámos. Só o "Deuladeu" teve 13 medalhas de ouro em concursos diversos. Este ano o Muralhas também já se distinguiu por diversas vezes. E o segredo é a elevada qualidade dos nossos vinhos que é obtida por remunerar muito bem os agricultores, trabalharmos com um excelente quadro técnico, que está há muitos anos na adega. Temos boas uvas, bons meios e por isso fazemos bons vinhos a um óptimo preço e esse é o segredo do sucesso desta casa.

Fonte: jornal mundo português

Capoulas Santos nomeado Membro Efectivo e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar

13-11-2015 
 

 
Luís Capoulas Santos foi nomeado como Membro Efectivo e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar e Membro Suplente da Comissão de Negócios Estrangeiros.

Em declarações na sua página do Facebook, Capoulas Santos afirma que irá exercer os mesmos com empenho e dedicação, a partir de hoje, dia 13 de Novembro.

Fonte: CONFAGRI

Plano de investigação prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos

 06-11-2015 
 

Fonte: Lusa

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça preparou um plano de investigação e inovação que visa melhorar a cortiça e obter montados mais produtivos e resistentes ao longo de três ciclos de produção (27 anos).

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça (Agenda 3i9), que foi apresentada em Lisboa, envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cinco planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e ação territorial.

O acrónimo Agenda 3i9 reflete o horizonte temporal da intervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos.

O documento destaca que esta fileira tem "características únicas para Portugal", mas apresenta também "algumas fragilidades decorrentes da sua concentração geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida dimensão global".

Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final de cada triénio "para redefinição do rumo e estratégia, ficam "definidas as bases para, de acordo com o protocolo de formalização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários".

O setor vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira "não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem", realça a A3i9.

Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região mediterrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portugal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006.

A Agenda 3i9 acrescenta que os montados "são ecossistemas estáveis, ricos e complexos" que constituem "uma barreira efetiva contra a desertificação" e "desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono".

sábado, 14 de novembro de 2015

Espanha aumenta produção de pistácio


por Ana Rita Costa- 6 Novembro, 2015

Espanha tem vindo a aumentar a produção de pistácio e no último ano a superfície aumentou 1 500 hectares, situando-se agora num total de 10 000 hectares, um crescimento de 25% face ao período homólogo.

De acordo com a Agrotec, apesar da produção estar a aumentar, o crescimento dos preços não está a abrandar, estando agora entre os 4,5 e os 8,8 euros/kg de produto seco e descascado, uma das produções mais rentáveis.

De acordo com Esaú Martínez Burgos, diretor do Centro de Investigação Agroalimentar de Castilla La Mancha, uma das regiões espanholas que mais produz pistácio, "não há perspetivas de colapsar o mercado e uma boa gestão de cultivares e espécies está a permitir superar os problemas de podridão das terras. De facto, seria necessário plantar mais de 120 000 hectares de pistácio apenas para cobrir a procura atual da UE-28, o nosso primeiro consumidor."