segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Criado novo formulário para declaração de quantidades de leite de ovelha e cabra vendidas


por Ana Rita Costa
1 de Setembro - 2014
O IFAP criou um novo formulário para declaração das quantidades de leite de cabra e ovelha comercializadas durante 2014. A criação deste formulário surge no âmbito do apoio específico a tipos de agricultura economicamente vulneráveis no setor dos produtos lácteos, nomeadamente na produção de leite de ovelha e cabra e no quadro do processo de modernização da Administração Pública.

 
O acesso a esta funcionalidade vai realizar-se através de "O Meu processo /Animais(Beneficiários)" e pela aplicação iDigital (Entidades), na Área Reservada do Portal do IFAP.

Este formulário estará disponível de 1 de setembro 2014 a 28 de fevereiro 2015 e o prazo máximo de receção do formulário é de 30 dias após a submissão na aplicação iDigital, sendo a data limite de receção dos mesmos 15 de março de 2015.

DRAPC promove Dia Aberto do Arroz


por Ana Rita Costa
27 de Agosto - 2014
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro vai promover no próximo dia 4 de setembro, no Campo do Bico da Barca, em Montemor-o-Velho, o Dia Aberto do Arroz.

 
Em discussão estará a Cultura do Arroz no Baixo Mondego. Durante o evento haverá lugar para uma vista aos ensaios e campos de arroz.

Para mais informações contacte o Telefone 239 497 860 ou o email antonio.jordao@drapc.min-agricultura.pt

Leite: transformações no sistema produtivo mudam paradigma na produção

29 DE AGOSTO DE 2014 AGROTEC

Decorreu ontem, no âmbito da AgroSemana, feira que decorre durante este fim de semana em Vila do Conde, o Seminário "O Empresário Produtor de Leite: Realidades e Tendências", onde se debateu a evolução económica da produção de leite na região do Norte de Portugal e o comércio e volatilidade de preços dos cereais na fileira de produção de leite.

Relativamente à evolução económica da fileira, foi discutido o facto da transformação que tem ocorrido no sistema produtivo, desde que se iniciou a massificação da silagem como base da alimentação das vacas, e a concentração da produção em vacarias cada vez de maior dimensão, ter vindo a retirar a competitividade aos produtores leiteiros da Região Norte.

Foi mencionado que, em Portugal Continental, a manutenção da produção de gado em sistemas de confinação total, extremamente dependentes da silagem de milho, fenos e palhas (por vezes importados) e concentrados, encontra as melhores condições na  região  do Ribatejo, onde a produção de milho se pode fazer de forma mais económica, graças ao clima que permite ciclos longos e à estrutura fundiária, além de um mais fácil acesso aos meios de produção (cereais, palhas, bagaço de soja), pelo que os produtores nortenhos poderão seguir um exemplo de uma escola agrícola francesa que, depois de um ano de prejuízo, adotou uma estratégia assente em 3 pontos: redução do número de animais; passagem para um sistema baseado na erva pastada, durante a maior parte do ano; alteração do arraçoamento para nenhuma vaca passar os 10.000 kg e média de 7.000 kg.

Como resultado, os animais alimentados só em pastagens de qualidade têm um potencial de pordução ótimo entre os 6 e os 7.000 kg (305 kg), mas o custo de produção pro hectolitro cai a pique, a sanidade dos animais aumenta significativamente e também a rentabilidade por cabeça e trabalhador.

No final, ficou a ideia de que será difícil mudar a mentalidade dos agentes da fileira, mas que esse será o caminho do futuro para dar mais rentabilidade e qualidade de vida aos produtores.

Agrobótica, o novo suplemento da agrotec

1 DE SETEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
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No próximo número da revista AGROTEC sairá, conjuntamente com a Pequenos Frutos e a Grandes Culturas, o novo suplemento Agrobótica, dedicado à Agricultura de Precisão.

A nova marca editorial Agrobótica abordará as tecnologias inovadoras associadas à otimização da produção, controlo e tomada de decisão no exercício da atividade agrícola, agropecuária e florestal, abordando técnicas inovadoras associadas ao uso de tecnologias informáticas, telecomunicações, eletrónica e mecânica.

Temas como sistemas e software de de gestão, monitorização, automação, sistemas de visão, eficiência energética e energias alternativas, deteção remota, Internet, infraestruturas de frio e armazenagem e mecanização de operações serão algumas das áreas abordadas.

A Agrobótica é um projeto fiel à linha editorial da revista Agrotec, com a qual será distribuída como suplemento, apresentando, todavia, uma linha editorial autónoma.

A primeira edição da revista Agrobótica sairá já no início do mês de setembro, juntamente com a edição número 12 da AGROTEC.

Para assinar a revista AGROTEC e respetivos suplementos, clique aqui.

Colóquio: desafios para a região do dão perante os cenários das alterações climáticas


29 DE AGOSTO DE 2014 AGROTEC

A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, em colaboração com o Município de Nelas, leva a efeito no próximo dia 5 de Setembro de 2014, a partir das 9h00, o Colóquio:

"Desafios para a região do Dão perante os cenários das alterações climáticas".

Esta iniciativa, integrada no programa oficial da Feira Vinho do Dão 2014, vai decorrer no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, em Nelas.

A sessão é aberta a todos os interessados.

PROGRAMA

09.00  Receção

09.15  Sessão de Abertura com a presença de: Adelina Martins, diretora regional da DRAPCentro; Arlindo Cunha, presidente da CVRDão; José Borges da Silva, presidente do Município de Nelas

Moderador: José Paulo Dias

09.45  Alterações climáticas em Viticultura: Estratégias de adaptação – Carlos Lopes

10.15  Avaliação dos impactos das alterações climáticas na região vitivinícola do Dão com recurso a novos Índices Bioclimáticos – Ricardo Egipto

10.45  Intervalo

11.00  A Touriga Nacional e a sua readaptação no Dão – João Paulo Gouveia

11.15  A  desfolha: Uma técnica cultural fundamental na qualidade da uva na região do Dão – Vanda Pedroso

11.30  O papel das castas e porta-enxertos na qualidade do vinho do Dão –  Jorge Brites

11.45  Novos desafios fitossanitários para a viticultura do Dão – Jorge Sofia

12.00  Debate

Para mais informações clique aqui.

Incêndios: Mês passado foi o Agosto com menos fogos da última década


O mês passado foi o Agosto com menos incêndios na última década, registando-se menos de duas mil ocorrências, disse à Lusa fonte da Protecção Civil, que aponta o Verão atípico e comportamentos mais responsáveis como principais razões.

"Este mês de Agosto é o melhor ano desde que há registos, desde 2003. Até esta data são os valores mais baixos registados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas em relação ao número de ocorrências e de área ardida", garantiu à Lusa o comandante adjunto de operações da Autoridade Nacional Protecção Civil, Carlos Guerra.

De acordo com o responsável, a situação meteorológica -- em Agosto passado, as temperaturas estiveram mais baixas do que costumam -- pode ter ajudado a que o número de fogos não tenha passado dos 1.937, mas outros factores também contribuíram.

Fonte:  Lusa

Vindimas já começaram do Douro ao Alentejo. Não faltam programas

Vila Santa, de João Portugal Ramos, em Estremoz tem visitas guiadas, provas e petiscos para turistas


João Portugal Ramos, produtor de Vila Santa 
28/08/2014 | 15:03 |  Dinheiro Vivo
Setembro está aí. E com ele, as vindimas que atraem sempre o interesse de muitos portugueses, mas sobretudo estrangeiros, que podem aumentar com mais uma distinção para Portugal. Veja-se a eleição do Alentejo como melhor região de enoturismo do mundo para visitar pelo jornal norte-americano USA Today.
Para aprofundar este potencial, vários produtores lançam programas bem interessantes com as vindimas como pretexto. É o caso da Adega Vila Santa, de João Portugal Ramos, que dispõe de visitas guiadas às caves, circuitos a pé pelas vinhas e uma passagem por Estremoz histórico.
Assim, a Adega tem um pacote de vindima pensado para grupos pequenos (máximo 8 pessoas) que inclui: Vista panorâmica às nossas vinhas, participação na vindima manual, pisa a pé em lagares de mármores, visita à adega e almoço (dois menus à escolha).
Mas qualquer pessoa pode apreciar três tipos de provas de vinhos, acompanhadas de pão e queijo alentejano e que incluem uma visita guiada à adega, com três programas de almoços com preços diferentes.
De destacar que o Alentejo acaba de ser eleito pelo site de viagens do jornal norte-americano USA Today a melhor região de enoturismo do mundo, um prémio é de extrema importância.
"É o reconhecimento a nível mundial da qualidade e da atratividade de uma região como destino de enoturismo, da excelente qualidade dos nossos vinhos e da gastronomia o que potencia o desenvolvimento da região e leva a que cada vez mais os portugueses e estrangeiro se rendam aos encantos do nosso país e do mundo do vinho", reage o enólogo João Portugal Ramos.
Este produtor sabe do que fala, pois à sua unidade em Estremoz chegam, além dos portugueses, sobretudo suecos, brasileiros, franceses e americanos, com idades entre os 40 e 60 anos.
Mais a norte, sobre o Rio Douro e lado a lado com as históricas caves de vinho do Porto, o The Yeatman dedica uma homenagem às vindimas, através da Harvest Wine Party, dia 4 de setembro, a partir das 19 horas.
Para a Harvest Wine Party, a diretora de vinhos Beatriz Machado vai reunir alguns dos melhores vinhos portugueses e o chef Ricardo Costa vai preparar uma grande variedade de petiscos.
Entre os parceiros vínicos estão J. Portugal Ramos, Oboé, Irmãos, Solar dos Lobos, Vale dos Ares, Quinta do Ameal, Quinta Nova, Romaneira, Borges e Herdade do Arrepiado Velho.
Segundo a organização, a música estará a cargo de DJ convidado e o cenário idílico é garantido pelo rio Douro e pela ribeira do Porto.

Lourinhã cria negócios a partir da aguardente

CRIATIVIDADE

por LusaHojeComentar

Lourinhã cria negócios a partir da aguardente
Fotografia © MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Uma das três da Europa classificada como região demarcada, a Aguardente da Lourinhã está a despertar a criatividade da economia local na criação de produtos, que estão a conquistar consumidores.
Pedro Ferreira, proprietário de uma pastelaria do centro da Lourinhã, tenciona alargar ao país e até internacionalizar o negócio de venda do pastel de aguardente, cujo sabor da bebida e da amêndoa considera serem "inconfundíveis".
Há ano e meio que decidiu, à experiência, confecionar uma receita antiga, que aperfeiçoou juntando alguns segredos à farinha, amêndoa, açúcar, ovos, margarina, coco, leite e aguardente e começou por dar a provar aos clientes. 
Mas rapidamente começou a comercializá-los, vendendo por dia uma centena de pastéis. 
"Não esperava que tivesse o impacto que teve. Há pessoas que não apreciam aguardente nem outras bebidas alcoólicas, sobretudo senhoras, mas gostam de comer um pastel de aguardente a acompanhar o café. De igual forma, quem conhece bem a aguardente vem também à procura do pastel", conta o pasteleiro.  
Além de vender ao balcão a turistas e imigrantes naturais do concelho, o comerciante recebeu pela Internet pedidos de encomenda para a França e para a Alemanha. 
"Tenho tido um bom retorno. Apesar da crise, este foi um dos melhores verões à conta dos pastéis. Produzimos dia sim, dia não", sublinha Pedro Ferreira. 
A aguardente despertou também a faceta empreendedora e criativa de Sílvia Baptista, que, em oito meses, abriu atividade de venda ao público, criou duas marcas já registadas de bombons de chocolate, cujo recheio é feito a partir de aguardente (e de café, no caso de um deles) e vende já mais de uma dúzia de bombons diferentes. 
"Quando estive em casa de licença de maternidade, decidi ir aprender e fazer uns bolos para ocupar o tempo. Quis aperfeiçoar e fui para a Academia Profissional de 'Cake Design', onde aprendi a trabalhar com o chocolate. Comecei a pensar no que podia fazer para divulgar a minha terra e aí surgiu a ideia de bombons de aguardente da Lourinhã", explica. 
Após dar a provar a familiares e amigos, começaram a surgir encomendas e, por mês, confeciona cerca de meio milhar de bombons, cuja aceitação pelos consumidores é "muito positiva". 
Nos últimos dois séculos, a aguardente da Lourinhã era vendida para a produção do Vinho do Porto e era escolhida como digestivo pelos consumidores, antes da liberalização do mercado dos vinhos e da entrada do 'whisky' nos mercados. 
Em 1992, viu a sua qualidade reconhecida, com a publicação de legislação que veio criar a respetiva Região Demarcada e a Denominação de Origem Controlada, única em Portugal e terceira na Europa, a par do 'cognac' e do 'armagnac'.
Nos últimos anos, passou a ser vendida nos principais hipermercados nacionais e há um ano internacionalizou- com exportações regulares para Macau, mas está longe de ser conhecida dos consumidores como as concorrentes francesas.

Russos estavam rendidos à carne mirandesa

Há encomendas feitas que não podem ser despachadas devido ao embargo em vigor
Cooperativa Mirandesa sente efeitos do embargo da Rússia

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31/08/2014 | 14:40 |  Dinheiro Vivo
A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) está a sentir o impacto do embargo da Rússia aos produtos agropecuários ocidentais, país com o qual matinha relações comerciais, e para o qual exportava subprodutos de carne bovina mirandesa.
"Com o embargo da Rússia perdemos mercado naquele país, principalmente, em produtos ultracongeladas como dobradas, rins, coração ou mão de vaca, tudo o que era produzido neste segmento ", disse hoje à Lusa o administrador da CAM, Nuno Paulo.
A CAM iniciou a exportação de carne de bovino de raça mirandesa para a Rússia, país que começou a dar "nota positiva" a esta raça autóctone do Nordeste Transmontano no início das transações comerciais, com cerca de 30 toneladas de produtos congelados.
"Desde a anexação da Crimeia e do conflito no Leste da Ucrânia que começamos a sentir quebras das exportações, já que havia encomendas fixas e estas ficaram de imediato bloqueadas. Os negócios começaram a correr mal no início do corrente ano, já que apenas fizemos uma venda em janeiro e pouco mais", acrescentou o responsável.
A informação foi avançada no decurso do Concurso Nacional de Raça Bovina Mirandesa que hoje termina em Miranda do Douro e que juntou mais de duas centenas de animais desta raça autóctone.
O responsável da cooperativa adiantou ainda que há encomendas feitas que não podem ser despachadas devido ao embargo em vigor.
Assim, os responsáveis pela CAM já anunciaram que vão começar a procurar outros mercados para os produtos que eram exportados para aquele mercado.
As exportações para a Rússia eram feitas através de uma plataforma comercial existente no Luxemburgo e o retorno estava-se a revelar "muito promissor", explicou Nuno Paulo.
Segundo o responsável, os russos estavam a "render-se" ao paladar desta carne produzida e embalada na região de Trás-os-Montes.
Outros do produtos comercializados para a Rússia, "por via indireta", eram as gorduras e os ossos das carcaças de animais de raça bovina mirandesa para a confeção de rações para animais.
Países como Angola ou o Dubai já fazem parte da lista de clientes da carne mirandesa.
No mercado europeu, a CAM já exporta de forma regular carne para países como a França.
O mercado francês já representa cerca de oito por cento das vendas de carne mirandesa da cooperativa, que atualmente comercializa mais de 2.500 carcaças por ano.

Tejo estima vindimar uva para 50 milhões de litros em 2014


As vindimas na região do Tejo já iniciaram em meados de Agosto e a CVR Tejo estima que a colheita venha a permitir a produção de cerca de 50 milhões de litros, um valor muito semelhante ao de 2013.

 
Para a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), o mais importante é que os produtores mantenham a mesma qualidade do vinho conseguido nos últimos anos e que tem reposicionado a região a nível nacional para níveis de elevada qualidade.
 
«A melhoria da qualidade é uma preocupação constante dos produtores que são os responsáveis pelo prestígio alcançado pelos vinhos da região nos últimos anos e o nosso papel é aumentar a penetração e notoriedade a nível nacional e internacional», explica João Silvestre, director geral da CVR Tejo.
 
Segundo a entidade certificadora dos vinhos do Tejo, as previsões da produção a nível nacional apontam para uma quebra de 6% face à campanha anterior.
 
Este ano o Verão registou temperaturas amenas e noites frias, pelo que a maturação das uvas tem ocorrido de uma forma gradual, aliado ao facto do seu estado sanitário ser excelente.
 
«Esperamos qualidade muito boa e, segundo informação já recolhida junto de produtores, os mostos brancos apresentam-se muito equilibrados e com uma acidez natural alta, o que é um garante de vinhos brancos frescos e frutados», explica o mesmo responsável.
 
A CVR Tejo estima ainda que este desempenho irá manter fortes as exportações e a afirmação da marca «Wines of Portugal».  
 
Os vinhos do Tejo atingiram, pela primeira vez na história, o número recorde de 189 medalhas, de Janeiro a Julho de 2014, em concursos nacionais e internacionais, contra as 142 de 2013, no mesmo período.
 
O grande contributo para este resultado adveio da aposta na qualidade e na exportação, que os produtores da região vitivinícola do Tejo têm vindo a fazer desde 2009.
 
Estes resultados foram conseguidos num total de 10 concursos, 2 nacionais, o Concurso Nacional de Vinhos e o Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo, e oito internacionais, International Wine Challenge, International Wine & Spirit Competition, Concurso Mundial de Bruxelas, Mundus Vini, Vinalies International, Seliezione del Sindaco, Challenge International du Vin e Decanter.
 
Ao todo foram distinguidos 123 vinhos tintos da região Tejo, 63 brancos e 3 rosés, num total de 3 medalhas de excelência, 5 de grande ouro, 57 de ouro, 80 de prata e 44 de bronze.
 
Desde 2009, os vinhos da região do Tejo já conquistaram mais de 800 medalhas, num total de 12 concursos nacionais e internacionais, resultados que acompanham o crescimento na exportação, que de 2008 a 2013 aumentou 78%.
 
A Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo) é a entidade responsável pela promoção e certificação dos vinhos da região. A região dos vinhos do Tejo é composta por um total de 17 mil hectares, que produzem, anualmente cerca de 550 mil hectolitros. Os três maiores mercados da região foram, em 2013, Angola, Suécia, China, sendo que os EUA, Polónia e Brasil, revelaram-se nesse ano os melhores mercados da região.

Anpromis e Agromais promovem ações científicas para uma maior competitividade da cultura do milho

 
No âmbito da sua política de crescimento, inovação e apoio ao sector, a Anpromis e a Agromais desenvolvem no próximo dia 04 de Setembro, em parceria com a consultora Manuela Varela Unipessoal, o projecto MaisMilho, cujo objectivo é contribuir para o conhecimento e divulgação de alguns factores que possam ser limitantes para a competitividade da produção de milho.

Destinado a produtores, técnicos e todos os profissionais ligados ao sector de produção de milho, a acção de formação conta com várias visitas guiadas aos diversos campos de ensaio, onde é possível analisar as várias opções escolhidas para tentar minimizar os estragos provocados pelo Cefalosporiose.

Entre as questões abordadas está a análise de variedades tolerantes, os resultados de lavouras em dois anos consecutivos, os meios de luta química e biológica, o efeito de diferentes tipos de adubação e o comportamento da doença ao longo dos anos.

Segundo Luís Vasconcellos e Souza «é fundamental apoiar tecnicamente os nossos produtores de forma a garantir a sua constante competitividade. Apesar do milho possuir um elevado potencial de produção, há que não esquecer as possíveis adversidades com que nos poderemos deparar e para as quais é importante saber responder, recorrendo aos meios técnicos e ao conhecimento científico de uma cultura extremamente importante para a competitividade da nossa agricultura».

Fonte: ANPROMIS

domingo, 31 de agosto de 2014

Os agricultores e as políticas agrícolas

OPINIÃO

ARMANDO SEVINATE PINTO 30/08/2014 - 15:52

Não é difícil imaginar-se quais os objectivos principais que deveriam estar associados às políticas agrícolas, numa perspectiva meramente nacional.

A forma mais sintética de o dizer será que as políticas agrícolas devem contribuir para o desenvolvimento da agricultura (entendida como agricultura, floresta e agro-indústria), de forma sustentável, viável e durável, em todo o território nacional.

Até aqui, tudo fácil e talvez até consensual. Mesmo aqueles que gostam do detalhe e de intermináveis listas de objectivos associados a qualquer política encontrarão nesta fórmula a abrangência suficiente para cobrir os seus desejos.

O problema é como organizar os meios e os instrumentos para atingir, na prática, aqueles objectivos.

A primeira, e talvez a maior dificuldade, é que os agricultores (estou sempre a pensar em Portugal) não são todos iguais e estão muito longe de o serem.

São todos importantes. Contudo, têm estruturas diferentes, meios diferentes, conhecimentos diferentes, necessidades e objectivos diferentes.

Uns são pequenos e muito pequenos agricultores que visam a subsistência; outros são agricultores de pequena ou de média dimensão que exercem a actividade apenas com a ajuda da sua família, já com alguma orientação para o mercado; outros são agricultores de média e/ou grande dimensão, organizados em termos empresariais; outros são grandes agricultores, ou sociedades, muitas vezes multinacionais, orientados exclusivamente para o mercado, às vezes apenas para o mercado externo.

Para se ter uma ideia da realidade em presença, vejamos apenas o número e a dimensão física das 304 000 explorações recenseadas, relativamente ao total da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) que é de 3,7 milhões de hectares: 21% das explorações têm menos de 1 ha e ocupam 1% da SAU; 54% têm de 1 a 5 ha e 9,9% da SAU; 17,1 % têm entre 5 e 20 ha e 13,4% da SAU; 5,2% têm entre 20 e 100 ha e 18,1% da SAU; 1,9% têm entre 100 e 1000 ha e ocupam 45,7% da SAU; 0,1% têm mais de 1000 ha e ocupam 12% da SAU.

Enquanto a uns interessa sobretudo o custo dos factores de produção, porque consomem o que produzem, a outros interessam também os preços a que podem vender os seus produtos, bem como financiar os seus investimentos, e a outros também os câmbios e as condições dos mercados para onde podem exportar os seus produtos.

Naturalmente que uns trabalham directamente a terra, outros gerem aparelhos produtivos, mais ou menos complexos, enquanto outros o fazem muito indirectamente, ou até muito longinquamente, exclusivamente preocupados pela remuneração dos capitais investidos.

Também há meros proprietários de terra que gostam de se dizer agricultores, sem verdadeiramente o serem. A sua importância, no contexto das políticas agrícolas, existe apenas na medida em que ponham os meios de produção, de que são proprietários, à disposição de outros que deles possam criar valor e utilidade social.

Como será então possível gerir este conjunto muito heterogéneo de condições e de interesses, em benefício do país? Isto é, com a melhor relação custo/ benefício público possível, tendo naturalmente em conta as realidades económicas, sociais e ambientais, de cada região?

A meu ver, nunca com uma política única, monolítica, igual para todos. Mas sim com um conjunto de instrumentos e de acções que tenha em conta a diversidade em presença, no pressuposto, que partilho, de que todas as realidades antes mencionadas são importantes para que os objectivos possam ser alcançados.

Esse conjunto ideal é hoje possível, tendo em conta os fortes apoios europeus, a que se deve juntar a vontade política de os completar com recursos nacionais, sempre que os primeiros revelem limitações para fazer face às nossas necessidades especificas.

 Não se pode ignorar os grandes agricultores, no pressuposto de que estes disporão dos meios suficientes para dispensar o apoio público, tal como não se pode ignorar os pequenos e muito pequenos agricultores, economicamente muito frágeis, desconhecendo a sua enorme importância no tecido socioeconómico de muitas regiões, onde exercem, muitas vezes, funções essenciais não remuneradas pelo mercado.

Contudo, entre uns e outros, poucos interesses serão comuns. Enquanto aos primeiros interessa sobretudo que o Estado não dificulte, que a burocracia não atrapalhe e que haja apoio aos investimentos (que, em alguns casos, deveria ser quantitativamente limitado, porque desnecessário), aos segundos interessa sobretudo os subsídios ao rendimento, que haja serviços de proximidade que os apoiem, que haja Segurança Social que os seus fracos rendimentos não podem pagar e que não os embrulhem em inexplicáveis sistemas fiscais para venderem nas feiras "dois molhos de couve".

Entre uns e outros, há uma enorme massa de agricultores activos cuja existência é vital para o nosso desenvolvimento.

São agricultores empresários, que não podem dispensar, quer os apoios ao rendimento, quer os apoios aos investimentos, uns e outros funcionando com eficácia e previsibilidade.

Além disso, para eles, que deverão constituir um dos alvos principais das políticas, é vital a existência de enquadramentos associativos dinâmicos, de uma investigação actualizada e pragmaticamente orientada, bem como de um sistema público que produza e disponibilize conhecimento técnico.

Por outro lado, esses agricultores suportam bastante mal os sobrecustos, quer dos equipamentos, quer de alguns factores de produção, que não podem dispensar, bem como as dificuldades em encontrar quem esteja disponível e disposto a trabalhar na agricultura.

Este último aspecto é agravado pela quase inexistência de prestadores de serviço, eficientes e profissionais, que, em Portugal, nunca foram objecto de consideração ou de apoio público directo.

Como em política e em economia, também conta a distribuição dos meios públicos ao seu serviço, essa distribuição, tem de ser justa, isto é, deve ser proporcional aos objectivos correspondentes ao interesse nacional e deve resultar de um debate aberto, e fundamentado, com representantes de todos os interesses.

Infelizmente, ainda existem em Portugal dirigentes associativos, sem actividade agrícola conhecida, que reivindicam sem justificar e, pior ainda, se põem propositadamente fora do debate, não fosse um eventual acordo manchar-lhes o prestígio de litigantes compulsivos. Preferem, por isso, os insultos públicos dirigidos a quem com eles deveria dialogar. É estranho que assim consigam manter os empregos, prestando sempre um péssimo serviço àqueles que ilusoriamente se julgam bem representados.

Engenheiro agrónomo (ISA) 

Gatos e porcos controlam ataques de serpentes em Moçambique


Publicado às 09.48
 

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Gatos caçadores e porcos conseguiram controlar ataques de serpentes no distrito de Guro, Manica, centro de Moçambique, e reduziram para mais de metade o número de mortes por veneno de mambas.

Em 2009, uma praga de serpentes eclodiu no distrito de Guro e provocou dezenas de mortos e feridos.

O Governo decidiu então introduzir porcos - que se alimentam das crias das serpentes - para controlar a população dos répteis. Em 2010, foram também colocados em ação gatos caçadores para diminuir os ataques.

Em 2009, eram registados em média 15 casos de mortes e dezenas de pessoas feridas devido a ataques de serpentes, tendo o número baixado para três em 2013, segundo dados do Governo.

"Os ataques de serpentes reduziram muito. Este ano apareceram dois casos de ataques isolados, muito longe dos dados de 2009 quando eclodiram os ataques. A medida dos gatos e porcos foi reforçada com medicamentos e pessoal qualificado nos hospitais locais, por isso não temos mortes agora", declarou Deolinda Vissai, a administradora local.

Os ataques, disse, decorrem da disputa de habitat, já que em tempo de chuva as serpentes procuram locais para se alimentar próximo das aldeias.

As mambas são uma espécie de serpente altamente venenosa e de grande dimensão (conseguem engolir um cabrito) e muitas pessoas têm sofrido ataques, quando são enroladas pelo animal, só conseguindo escapar com a ajuda de terceiros.

Deolinda Vissai disse que entre as vítimas mortais e feridos graves figuram crianças e mulheres que foram atacadas nas florestas de Nhamassonge, região considerada ecologicamente fértil para a multiplicação de serpentes e de outros répteis.

"Alguns costumes tiveram que ser alterados nestas regiões. Agora os homens vão apanhar a lenha e tirar água, pois era nestes locais que ocorriam muitos ataques a mulheres e crianças, pela sua fragilidade física", disse à Lusa Florinda Tibua, uma residente da região, que perdeu a filha num ataque de serpente.

A pressão exercida pelas queimadas sobre as florestas, segundo Diolinda Vissai, está a a aproximar espécies perigosas dos locais onde vivem as populações, na medida em que é dizimada a vegetação para animais que servem de alimentação para os herbívoros e carnívoros de grande porte, que povoam as matas da província do centro de Moçambique.

Nem temos nem tivemos ministros da Agricultura


Sáb,30 Ago 2014


Valdemar_carneiro_2010
Valdemar Carneiro
Como todos os agricultores do país pensam e dizem em voz alta que a nossa agricultura costuma ser esquecida pelos sucessivos governos e, na minha opinião, está mais que esquecida. Como poderemos importar mais produtos agrícolas, do que produzir? O que é verdade é que os agricultores estão revoltados e com muita razão. Na nossa região, aquando da colheita da batata, os nossos agricultores têm mais despesas do que lucros. Como pode isto acontecer? Fácil. Vem a batata espanhola, ou de outro país, muito mais barata, mas, de certeza, com menor qualidade.
É lamentável que os alemães não tenham a mínima a atenção a esta fraude que dão aos nossos produtores. Depois temos a chegada das vindimas, da colheita da fruta, dos legumes e a esse ritmo cada vez vemos mais os terrenos abandonados, onde os proprietários dizem chegada das vindimas, da colheita da fruta, dos legumes e a esse ritmo cada vez vemos mais os terrenos abandonados, onde os proprietários dizem chegada das vindimas, da colheita da fruta, dos legumes e a esse ritmo cada vez vemos mais os terrenos abandonados, onde os proprietários dizem chegada das vindimas, da colheita da fruta, dos legumes e a esse ritmo cada vez vemos mais os terrenos abandonados, onde os proprietários dizem
A Ministra teve aquela ideia para as grandes superfícies, aquele famoso imposto sobre todos os produtos agrícolas e um imposto terrivel para distribuir aos agricultores em dificuldades. Pergunto eu, quanto já foi distribuído? Só treta barata de políticos que só falam para dentro e com palavras de governo falando como sempre a seu favor.
Este ano tem havido menos incêndios. Pergunto, o que há para queimar? Só se for a Assembleia da República. É uma vergonha para o governo dizer tal barbaridade. Acho que nem dizem o que pensam, nem pensam o que dizem. A maioria do país está mais parecido com um churrasco, bem grelhado. Estão tão longe da realidade estes políticos, que estão à frente deste país, e têm memória de minhoca, porque a minhoca não tem cérebroEste ano tem havido menos incêndios. Pergunto, o que há para queimar? Só se for a Assembleia da República. É uma vergonha para o governo dizer tal barbaridade. Acho que nem dizem o que pensam, nem pensam o que dizem. A maioria do país está mais parecido com um churrasco, bem grelhado. Estão tão longe da realidade estes políticos, que estão à frente deste país, e têm memória de minhoca, porque a minhoca não tem cérebroQuero deixar aqui uma informação. Por estes dias tenho estado na Barragem de Valdanta, que é de Curalha, e estão por ali umas senhoras expostas ao Sol, descontraídas e com prazer de se bronzearem. Porém, o meu espanto é que, de repente, chegaram homenzitos, sem cultura, nem educação, que passam e voltam a passar, até levarem os carros mesmo até à margem da água. As senhoras sentem-se mal, deixam o espaço e vão-se embora. É triste termos pessoas com esse comportamento.

Embargo da Rússia já se faz sentir em Portugal


     
SOL com Lusa SOL com Lusa | 31/08/2014 10:47:00 30 Visitas   
A CAM perdeu mercado na Rússia Shutterstock
Embargo da Rússia já se faz sentir em Portugal
A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) está a sentir o impacto do embargo da Rússia aos produtos agropecuários ocidentais, país com o qual matinha relações comerciais, e para o qual exportava subprodutos de carne bovina mirandesa.

Espalhados por todo o país estão mais de 5.100 animais de raça bovina mirandesa
"Com o embargo da Rússia perdemos mercado naquele país, principalmente, em produtos ultracongeladas como dobradas, rins, coração ou mão de vaca que vendíamos para este mercado, tudo o que era produzido neste segmento ", disse hoje à Lusa o administrador da CAM, Nuno Paulo.

A CAM iniciou a exportação de carne de bovino de raça mirandesa para a Rússia, país que começou a dar "nota positiva" a esta raça autóctone do Nordeste Transmontano no início das transacções comerciais, com cerca de 30 toneladas de produtos congelados.

"Desde a anexação da Crimeia e do conflito no Leste da Ucrânia que começamos a sentir quebras das exportações, já que havia encomendas fixas e estas ficaram de imediato bloqueadas. Os negócios começaram a correr mal no início do corrente ano, já que apenas fizemos uma venda em Janeiro e pouco mais", acrescentou o responsável.

A informação foi avançada no decurso do Concurso Nacional de Raça Bovina Mirandesa que hoje termina em Miranda do Douro e que juntou mais de duas centenas de animais desta raça autóctone.

O responsável da cooperativa adiantou ainda que há encomendas feitas que não podem ser despachadas devido ao embargo em vigor.

Assim, os responsáveis pela CAM já anunciaram que vão começar a procurar outros mercados para os produtos que eram exportados para aquele mercado.

As exportações para a Rússia eram feitas através de uma plataforma comercial existente no Luxemburgo e o retorno estava-se a revelar "muito promissor", explicou Nuno Paulo.

Segundo o responsável, os russos estavam a "render-se" ao paladar desta carne produzida e embalada na região de Trás-os-Montes.

Outros do produtos comercializados para a Rússia, "por via indirecta", eram as gorduras e os ossos das carcaças de animais de raça bovina mirandesa para a confecção de rações para animais.

Países como Angola ou o Dubai já fazem parte da lista de clientes da carne mirandesa.

No mercado europeu, a CAM já exporta de forma regular carne para países como a França.

O mercado francês já representa cerca de oito por cento das vendas de carne mirandesa da cooperativa, que actualmente comercializa mais de 2.500 carcaças por ano.

O Solar da Raça Mirandesa, que engloba os concelhos nordestinos de Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, dispõe de um efectivo pecuário de cerca de 4.000 vacas.

Espalhados por todo o país estão mais de 5.100 animais de raça bovina mirandesa, uma espécie autóctone protegida por denominação comunitária e que já esteve ameaçada de extinção.

Para satisfazer as necessidades do mercado externo será preciso aumentar o efectivo de animais e, para o efeito, é "importante incentivar os produtores a criarem mais animais", já que se trata de uma raça "com potencial de mercado", frisou o responsável da cooperativa.

Lusa/SOL

GNR registou 115 mortes em 256 acidentes com tratores agrícolas em ano e meio


A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou entre janeiro de 2013 e julho deste ano 256 acidentes com tratores agrícolas no continente, que provocaram 115 vítimas mortais e 83 feridos graves, segundo dados facultados à agência Lusa.
Em 2013, nos 18 distritos do país ocorreram 122 acidentes com tratores em terreno agrícola/privado, que causaram a morte a 52 pessoas, ferimentos graves em 24 vítimas e ferimentos leves noutras 44. Este ano, até maio, registaram-se 66 acidentes em terrenos agrícolas, que provocaram 22 mortos, 13 feridos graves e 33 feridos leves.
Em relação aos acidentes com tratores ocorridos na via pública, a GNR registou de norte a sul, em 2013, 48 acidentes, 26 mortes, 23 feridos graves e 11 feridos leves. Até julho deste ano, a GNR tem a informação de 20 destes acidentes, os quais causaram 15 vítimas mortais, 23 feridos graves e dois feridos leves.
Os dados disponibilizados pelo Comando-Geral da GNR demonstram que a maioria dos acidentes com tratores acontece em terrenos agrícolas/privados, local onde se verifica também a grande maioria das vítimas mortais.
Leiria (16), Guarda (13), Viseu (12) e Santarém (nove) são os distritos onde se verificaram mais acidentes em terrenos agrícolas em 2013, com a Guarda a registar nove mortos, seguida de Viseu e Coimbra, distritos que registaram, cada um, oito mortes.
No primeiro semestre deste ano, Bragança (nove), Viseu (oito) e Santarém (sete) são os distritos com mais acidentes em terrenos agrícolas. Bragança lidera igualmente a lista das vítimas mortais, com cinco já registadas.
De acordo com o Comando-Geral da GNR, as causas dos acidentes com tratores agrícolas devem-se a vários fatores.
"A falta de manutenção do veículo, a falta de uma estrutura de proteção (o denominado 'arco de Santo António´), a fadiga provocada por excesso de horas de trabalho, a condução sob o efeito de álcool e o excesso de carga", aponta a GNR.
A Polícia de Segurança Pública registou, na sua área de intervenção de Portugal continental, entre 2011 e o primeiro semestre deste ano, 116 acidentes, dos quais resultaram três mortos, dois feridos graves e 15 feridos leves, segundo informação enviada à Lusa.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) diz que os acidentes com tratores agrícolas não são um assunto que "esteja na ordem do dia" nem é uma das preocupações dos agricultores.
"Não é um assunto que nos chegue a nós como uma preocupação dos agricultores. Há cada vez mais mecanismos de segurança nos tratores porque são obrigatórios por parte das autoridades nacionais, mas sobretudo por serem obrigatórios em termos da transposição da legislação comunitária", sublinha o presidente da CAP, em declarações à Lusa.
João Machado acrescenta que há cada vez mais formação profissional nesta área e que, em matéria de acidentes com tratores agrícolas, Portugal tem evoluído.
"Há uns anos este era um problema recorrente que nos chegava em termos de preocupação dos agricultores e deixou de ser um problema. Deixou de haver um reporte à CAP de acidentes graves e com mortes. Claro que existem, mas já não na dimensão que havia anteriormente", sustenta.
Diário Digital com Lusa

sábado, 30 de agosto de 2014

Destruídos ninhos de vespa asiática a 10 minutos do Porto


Publicado em 2014-08-28
 

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Os bombeiros de Lordelo, Paredes, localidade a cerca de 10 minutos do Porto, destruíram nas últimas semanas sete ninhos de vespa asiática, um dos quais com um metro de comprimento.

 
foto PAULO JORGE MAGALHÃES / GLOBAL IMAGENS
Destruídos ninhos de vespa asiática a 10 minutos do Porto
Ninho de vespas asiáticas
 
Segundo Pedro Alves, comandante dos bombeiros de Lordelo, o caso mais complicado aconteceu na localidade de Parteira, a cerca de seis quilómetros do centro de Lordelo.

Os bombeiros foram alertados para a existência de vespas asiáticas e, à chegada, depararam-se com um ninho com mais de um metro de comprimento e 80 centímetros de largura.

"Nesse caso, tivemos de pedir permissão ao proprietário do terreno para derrubar a árvore", contou Pedro Alves.

Contudo, acrescentou, nessa operação "o ninho partiu-se a meio e algumas vespas fugiriam e começaram a fazer ninhos em habitações das redondezas".

No mesmo dia, a corporação destruiu mais três ninhos. "Conforme somos alertados, procedemos à destruição dos ninhos, mas algumas vespas conseguem fugir e começam a fazer ninho noutros locais", alertou.

De acordo com Pedro Alves, a "situação não está sanada".

Na região do Tâmega e Sousa, outros concelhos têm sido afetados pela vespa asiática.

Em Amarante e Celorico de Basto, vários ninhos já foram destruídos pela proteção civil.

No concelho do Marco de Canaveses, os bombeiros relataram à Lusa uma situação, na freguesia de Constance.

Também em Paredes, os Bombeiros de Baltar foram também acionados para destruir um ninho de vespas asiáticas.

Na quarta-feira, em Penafiel, o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza avançou à Lusa que, em setembro, serão anunciadas ações concretas para monitorizar e controlar a vespa asiática em Portugal. "Esperamos apresentar as atividades que vão ter lugar no território", explicou Miguel de Castro Neto, acrescentando que o Governo "está a acompanhar a situação", num trabalho que envolve várias secretarias de Estado.

O secretário de secretário de Estado admitiu a necessidade de "dar informação, segurança e proteger pessoas e bens". Defender a atividade económica associada, que é a apicultura, é outro objetivo do plano, assinalou.

Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas no Montijo Visita floricultoras do concelho



Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas no Montijo<br>
Visita floricultoras do concelhoA ministra Assunção Cristas mostrou-se bastante interessada por este sector de atividade e incentivou o associativismo dos produtores como forma de facilitar o acesso a apoios financeiros
Recorde-se que, a região do Montijo é a maior produtora de gerberas da Península Ibérica e responsável por 60% da produção nacional de flores em estufa.

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, marcou presença, no dia 27 de agosto, na visita da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, a duas floricultoras do concelho. 
A convite da Associação Portuguesa de Produtores de Flores Naturais (APPFN), a ministra visitou as empresas Florineve e Florisul para conhecer este sector económico que é uma das principais atividades empresariais do concelho do Montijo. 
"Quisemos mostrar a força que o sector tem e pode vir a ter na economia regional e nacional, inclusive ao nível da exportação. Em dois anos reduzimos as importações de flores em 20% e aumentámos as exportações em 10%", realça Victor Araújo, vice-presidente da AFFPN e proprietário da Florineve. 
Durante cerca de duas horas, a ministra Assunção Cristas e o presidente da Câmara Nuno Canta constataram o dinamismo do sector, a forma de produção, a sua capacidade de inovação e, também, alguns dos condicionalismos que afetam o crescimento da atividade. 
Tal como explica Victor Araújo, é necessário uma "clarificação da legislação, uma orientação a nível nacional que possibilite a resolução da questão do licenciamento de estufas que diverge de município para município". 
A este propósito, o presidente Nuno Canta salientou a alteração ao Plano Diretor Municipal do Montijo que está a ser promovida pela câmara "no sentido de aumentar a taxa de ocupação do solo permitida para as estufas", assegurando que "havendo leis devidamente claras, a autarquia continuará empenhada em ser um parceiro ativo dos floricultores do concelho na resolução dos seus prolemas".
Para além da questão dos licenciamentos, os produtores de flores informaram a ministra da Agricultura e do Mar das dificuldades relacionadas com os custos de produção: "durante o Inverno ainda não conseguimos ser competitivos devido aos custos do gás natural e da eletricidade", afirmou o vice-presidente da APPFN.
A ministra Assunção Cristas mostrou-se bastante interessada por este sector de atividade e incentivou o associativismo dos produtores como forma de facilitar o acesso a apoios financeiros
Recorde-se que, a região do Montijo é a maior produtora de gerberas da Península Ibérica e responsável por 60% da produção nacional de flores em estufa. A região tem mais de 30 empresas dedicadas à produção e comércio de flores e gera mais de 1000 postos de trabalho diretos. 

Fonte- CMM

Câmara de Porto confirma destruição de dois ninhos de vespas asiáticas

HOJE às 18:221

Câmara de Porto confirma destruição de dois ninhos de vespas asiáticas

A Câmara Municipal do Porto confirmou a identificação e destruição de dois ninhos de vespas asiáticas até sexta-feira à tarde, seguindo o plano nacional de ação para a também designada vespa velutina.
"Relativamente à vespa velutina, foram identificados na cidade de Porto dois casos até ao momento, tendo os mesmos sido erradicados. Existe um plano nacional de prevenção e combate, atualizado ainda muito recentemente e que é da responsabilidade da Direção Geral de Alimentação e Veterinária e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. O município do Porto segue esse mesmo plano", respondeu à Lusa por escrito o Departamento Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos da autarquia, na sexta-feira.
Da parte da empresa Enxame d'Abelhas, Pedro Santos disse à Lusa que, na sexta-feira à noite, se procedeu à destruição de um terceiro ninho no concelho do Porto, "um dos maiores" encontrados na cidade até aqui, com 50 centímetros de diâmetro.
O responsável da empresa, que iniciou os seus serviços no ano passado por detetar uma lacuna no espaço urbano nesta área, realçou que já foram detetadas vespas asiáticas também em Vila Nova de Gaia.
"As vespas atacam as abelhas (e outros invertebrados) para se alimentar, regra geral individualmente. É entre junho e novembro que se regista maior pressão de predação, associada ao crescimento dos ninhos pelo que o crescimento exponencial da colónia no verão e outono está associado a ataques a apiários da abelha europeia", pode ler-se no plano de ação para a vespa velutina.
Esta semana, o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza revelou, em Penafiel, que em setembro serão anunciadas "ações concretas" para monitorizar e controlar a vespa asiática em Portugal.
"Esperamos apresentar as atividades que vão ter lugar no território", explicou Miguel de Castro Neto, acrescentando que o Governo "está a acompanhar a situação", num trabalho que envolve várias secretarias de Estado.
A vespa asiática tem sido localizada, nas últimas semanas, no Alto Minho, mas também em vários concelhos do distrito do Porto, como Amarante, Paredes e Marco de Canaveses. Em Celorico de Basto, no distrito de Braga, também foram avistados vários ninhos.
Diário Digital com Lusa

Juntar leite e cereais é o modelo mais rentável

Agros convidou especialistas para debater o problema da rentabilidade das explorações leiteiras


Custos de produção sobem, leite desce
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29/08/2014 | 00:00 |  Dinheiro Vivo

Com o fim das quotas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente dos cereais com que os animais são alimentados, os produtores de leite portugueses temem pelo futuro das suas explorações. O abandono da atividade tem sido crescente, nos últimos anos e foi para debater alternativas que se juntaram, ontem, no Espaço Agros, produtores, investigadores e responsáveis cooperativos nacionais e internacionais.
"O modelo que tenho encontrado na Europa que melhor resiste é o que associa o cultivo de cereais à produção de leite", resumiu Christian Pèes, presidente da Confederação Europeia das Cooperativas Agrícolas. "Perante o fim das quotas, a Europa está dividida: os países do Norte estão felizes e querem produzir ao máximo e o Sul, onde a França se inclui, está apreensivo com o fim das quotas, que atenuavam a volatilidade nos preços do leite", adiantou o responsável.
Tendo em conta que os investimentos na agricultura são sempre realizados a longo prazo, a incerteza dos custos de produção (onde os cereais estão afetados pelo embargo russo e pela especulação dos mercados) e do preço de venda (o fim das quotas pode inundar o mercado de leite, perdendo valor), a sobrevivência de agricultores e de produtores de leite está mesmo em risco nos países periféricos.
Do debate moderado pelo subdiretor do JN, Paulo Ferreira, nasceu um apelo: "Não podemos andar a fazer experiências de rentabilidade, precisamos de uma estação experimental no Norte", desafiou Carlos Neves, presidente da Associação dos Jovens Agricultores. "Faz todo o sentido", concordou o presidente da Agros, José Capela. Santos Gomes, presidente da Confederação das Cooperativas Agrícolas, recordou que o modelo cooperativo é também parte da solução, permitindo aos agricultores "ganhar massa crítica", devendo continuar o movimento de "concentração".
Até domingo, a Agros é anfitriã da 2ª AgroSemana, nas suas instalações em Argivai, Póvoa de Varzim.

Desgosto amoroso pode ter levado bombeiro a atear fogo


     
SOL   SOL, | 29/08/2014 11:18:35 622 Visitas   
Desgosto amoroso pode ter levado bombeiro a atear fogo
Um bombeiro de Vila Pouca de Aguiar foi preso pela Polícia Judiciária de Vila Real por atear um incêndio na freguesia de Capeludos. De acordo com o Correio da Manhã, um desgosto amoroso pode estar por detrás do comportamento de Júlio Santos, de 34 anos.

O incêndio ocorreu a 17 de Agosto consumiu uma pequena área de mato e pinheiro bravo. 

A mesma publicação diz que Júlio afirmou que não ia aos bombeiros há três meses e que tinha pedido a dispensa do trabalho. Segundo amigos e familiares do detido, a única explicação para o acto deste bombeiro é um namoro conturbado, "com um fim igualmente tempestuoso", lê-se no CM.

A mãe de Júlio Santos diz que o bombeiro estava diferente desde que tinha acabado a relação. 

O detido, que vai ser hoje ouvido no Tribunal de Instrução Criminal, não tem cadastro e confessou a autoria do incêndio às autoridades.

Empresa da Universidade de Coimbra quer fomentar produção de oliveiras nacionais

Uma empresa "spin-off" da Universidade de Coimbra, criada em 2013, e incubada no Instituto Pedro Nunes (IPN), quer apostar na produção "in vitro" da oliveira galega, de forma a "garantir a identidade" do azeite português.

"Muitos agricultores e produtores compram oliveiras em Espanha e está a perder-se a variedade nacional e a identidade" do azeite português, sublinhou Mónica Zuzarte, uma das fundadoras da empresa de biotecnologia vegetal Quality Plant, que pretende "recuperar e apostar" na produção da oliveira galega, através da técnica "in vitro".

Segundo a responsável, a oliveira galega "era uma variedade que se estava a perder", querendo a empresa combater "a tendência de aposta nos produtos mais usados" e reforçar a produção de "espécies locais".

A oliveira galega "é da maior importância para o país, porque, caso se usa a oliveira espanhola, o azeite [português] perde qualidade e identidade", frisou.

A empresa usa a metodologia de "cultura 'in vitro'", em que a planta cresce num ambiente "estéril, sem contaminações e com todas as condições ideais reunidas", nomeadamente luz, nutrientes e temperatura, aclarou Mónica Zuzarte à agência Lusa.

A Quality Plant gera plantas "geneticamente iguais" a uma planta-mãe, "sem que haja modificação genética".

As plantas, ao saírem da cultura "in vitro" para o solo, passam por uma fase de aclimatização, podendo depois ser vendidas a agricultores ou a viveiristas.

"A vantagem do uso desta técnica é que as plantas, quando chegam aos agricultores, são geneticamente uniformes e vão isentas de doenças", salientou a responsável.

Para além da produção de plantas em cultura "in vitro", a Quality Plant presta ainda serviços na conservação de espécies locais, armazenando as plantas "num banco de germoplasma, sendo depois usadas pelos agricultores, caso a cultura existente se perca com uma intempérie ou uma praga", referiu.

"Isto permite que possa haver uma aposta nos produtos nacionais, em condições que permitem a produção de variedades regionais em grande quantidade", explicou Mónica Zuzarte.

A empresa, sediada no IPN e com o polo de investigação em Seia, já venceu o prémio da Universidade de Coimbra Arrisca C 2011 para ideia de negócio e prémio Arrisca C 2012 para prova de conceito.

A 6 de Setembro, a Quality Plant realiza no Centro de Interpretação da Serra da Estrela um dia aberto para dar a conhecer a sua actividade a agricultores e viveiristas.

Fonte:  Lusa

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Portugal e Espanha. Animais doentes servem de ração

Espanhóis descobriram que uma fábrica estaria a fazer rações com animais doentes. Casos semelhantes foram detectados em Portugal

E se a ração para o seu cão ou gato for feita com restos de animais doentes? Pior, e se os animais que acabam no seu prato se alimentarem com farinhas feitas à base de gorduras de vacas ou porcos com doenças? Apesar de a legislação europeia ser apertada quanto ao destino a dar às sobras de produtos de origem animal, o certo é que as autoridades portuguesas e espanholas encontraram vários exemplos de más práticas em fábricas de transformação na Península Ibérica. Segundo as autoridades e a Quercus, o uso de animais doentes para fazer farinhas de ração aumenta o risco de inserir várias doenças na cadeia alimentar do Homem.

Do outro lado da fronteira, em Sevilha, uma investigação concluiu que a empresa Dasy, do Grupo PGG, estaria a usar cadáveres de cães, cavalos e de animais doentes no fabrico de granulados para animais domésticos, galinhas, vacas e porcos. O dono da empresa, José María Gimeno Borras, está actualmente obrigado a apresentações periódicas por alegados crimes de falsificação de documentos e contra a saúde pública.

Mas este não é um problema vizinho. Fontes ligadas ao sector explicaram ontem ao i que o mercado dos subprodutos - restos de origem animal que não podem ser consumidos ou que não o foram por razões comerciais - não tem fronteiras na Península Ibérica. Há sobras que de Portugal vão para Espanha para serem transformadas e vice-versa.

É por isso que as autoridades nacionais, sobretudo a ASAE e a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, têm estado em alerta máximo com os operadores que actuam em Portugal neste sector. Isto porque os subprodutos são divididos em três categorias, sendo o patamar 1 o mais perigoso e o 3 o que pode ser usado para alimentação de animais.

20 PROCESSOS CONTRA ORDENACIONAIS De acordo com os dados da ASAE, nos últimos meses foram instaurados 20 processos de natureza contra-ordenacional a operadores deste sector, sendo as infracções mais frequentes: a mistura de subprodutos de várias categorias, a actividade sem licenciamento, e o incumprimento de normas europeias. "No âmbito destas acções foram também instaurados três processos crime por fraude de mercadorias", esclareceu fonte oficial da ASAE.

Um estudo da Quercus, elaborado este ano, conclui que "actualmente não existem dados oficiais conhecidos sobre os subprodutos de origem animal recolhidos nas superfícies comerciais da grande distribuição", ou seja nos hipermercados. As conclusões deste estudo vão ainda mais longe e referem que se desconhece "o nível de cumprimento da legislação por parte destas entidades, as quantidades recolhidas e as quantidades enviadas para os respectivos destinos possíveis."

A associação ambientalista defende que esta falta de controlo representa riscos para a saúde pública, nomeadamente no que respeita à propagação da BSE - conhecida como a doença das vacas loucas. Há alguns dias, o director-geral de Saúde, Francisco George, afirmou ao "Correio da Manhã" que esta doença não está erradicada, adiantando ainda assim que existem poucos casos.

A Quercus assegura que em Portugal foram detectados alguns problemas nas empresas Sign Mais e Luís Leal & Filhos. Contactada pelo i, a ASAE não explicou a que empresas foram instaurados autos de contra-ordenação por desrespeito da legislação.

Em Portugal além do ETSA, o maior grupo nacional que faz transformação de subprodutos e que também actua em Espanha, existem dois operadores: Luís Leal & Filhos e Savinor. A Sign Mais é um agente que transporta os subprodutos para que sejam transformados em Espanha. Neste momento, a empresa tem um dos seus armazéns com actividade suspensa por determinação da ASAE.

Ao i, a ASAE explicou que notificou também os seus responsáveis da "suspensão de utilização de uma viatura para transporte de subprodutos, por falta de autorização da Direcção Geral e Agricultura e Veterinária" e apreendeu "2580 quilos de subprodutos pela verificação de infracções contra-ordenacionais".

O i contactou com João Pereira, administrador desta empresa, que esclareceu que as contra-ordenações nada tiveram que ver com a mistura de animais doentes nos subprodutos da categoria 3 (a mais segura): "É 100% mentira que fizéssemos misturas, as contra-ordenações aconteceram por desrespeito a algumas normas de higiene no armazém do sul", justificou, garantindo que o profissional que geria aquele armazém foi entretanto afastado.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PJ deteve bombeiro suspeito de atear fogo em Vila Pouca de Aguiar

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um bombeiro voluntário de 34 anos suspeito de ter ateado um incêndio na localidade de Capeludos, concelho de Vila Pouca de Aguiar.

A detenção foi efetuada pela Unidade Local de Investigação Criminal da PJ de Vila Real que, este ano, já deteve 10 suspeitos do crime de incêndio florestal na sua área de intervenção.

Em comunicado a Judiciária referiu que o detido de Vila Pouca de Aguiar, um construtor civil e bombeiro voluntário, está "fortemente indiciado pela prática do crime de incêndio florestal".

Fonte:  Lusa

Bruxelas anuncia medidas de apoio ao sector leiteiro face a embargo russo

A Comissão Europeia anunciou hoje medidas urgentes de apoio específico ao sector leiteiro, face ao impacto que o embargo decretado pela Rússia já começa a ter no mercado europeu de lacticínios.

O executivo comunitário precisou que as medidas de apoio agora decididas visam especificamente apoiar o armazenamento privado de manteiga, leite desnatado em pó e certos queijos, "de modo a aliviar o impacto das restrições russas às importações de produtos lácteos da União Europeia e a limitar os efeitos negativos no mercado interno".

Comentando que os preços no mercado de lacticínios europeu "mostram que o embargo russo começa a atingir o sector", o comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, garantiu ainda que, complementarmente aos apoios urgentes agora concedidos em particular ao leite em pó, manteiga e queijos de exportação, mais medidas de apoio se seguirão, no quadro da nova Política Agrícola Comum, se tal se revelar necessário.

Fonte:  Lusa

Pastor de 84 anos atropelado mortalmente


     
28/08/2014 22:49:27 842 Visitas   
Pastor de 84 anos atropelado mortalmente
 Um pastor de 84 anos foi hoje atropelado mortalmente junto ao cruzamento de Brunhoso, concelho de Mogadouro, quando este deslocava o gado junto berma da estrada, informou à Lusa fonte dos bombeiros de Mogadouro.

O atropelamento aconteceu cerca das 21:00.

A vítima ainda foi transportada pela Ambulância de Suporte de Vida do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) para a Urgência Básica de Mogadouro onde viria a ser confirmado o óbito.

Os bombeiros de Mogadouro também deslocaram uma ambulância e três homens para o local do acidente.

A GNR de Mogadouro tomou conta da ocorrência.

Lusa/SOL


Assunção Cristas diz que não haverá cortes no Ministério da Agricultura

ORÇAMENTO DO ESTADO 2014
 
13:53 27.08.2014

Entre os membro do executivo, apenas Assunção Cristas teve agenda no dia de hoje. A ministra da Agricultura remeteu explicações sobre o Orçamento para a colega das Finanças, mas avançou que no Ministério que tutela não haverá cortes.

Rendeiros da Herdade dos Machados contra fim de contratos de arrendamento

quarta-feira, 27/08/2014



A Comissão de Rendeiros da Herdade dos Machados (Moura) acusa o Governo de querer "retirar a terra a quem ainda a trabalha" ao acabar com os arrendamentos a reformados.
Em comunicado enviado à Agência Lusa, a comissão refere que os rendeiros reformados estão a receber cartas do Ministério da Agricultura com a informação de que a tutela considera resolvidos os contratos de arrendamento rural das parcelas do Estado que exploram na herdade, no concelho de Moura, e que até 31 de Outubro têm de entregar as terras.
Segundo a comissão, que diz contar com o apoio da Confederação Nacional da Agricultura, trata-se "de mais uma tentativa de retirar a terra a quem ainda a trabalha" no Ano Internacional da Agricultura Familiar, ou seja, "a rendeiros que já estão reformados há alguns anos", mas que não estavam quando receberam as terras.
O Governo PSD/ CDS-PP justifica a resolução dos contratos com um decreto-lei de 1991, segundo o qual "os reformados não podem ser beneficiários de entrega para exploração", explica.
Trata-se "de mais uma tentativa de o Estado reaver as terras sem fundamento legal", porque os rendeiros não estavam reformados quando receberam as terras e celebraram contratos de arrendamento, acusa.
A comissão manifesta "total discordância e descontentamento" com a medida e informa que na segunda-feira, 1 de Setembro, a partir das 18h00, junto à Câmara de Moura, irá realizar-se um plenário para "reunir rendeiros, familiares e amigos contra esta denúncia dos contratos de arrendamento rural da Herdade dos Machados por parte do Ministério da Agricultura".
No mesmo dia, a partir das 17h00, a Câmara de Moura irá reunir em sessão extraordinária na Herdade dos Machados para analisar e tomar uma posição sobre o caso, disse à Lusa o presidente do Município, Santiago Macias.
O caso já levou o deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, a questionar o Ministério da Agricultura sobre a decisão de acabar os contratos com os rendeiros reformados.
Também a concelhia de Moura do PS, "ciente das dificuldades" que a iniciativa do Governo "traz aos rendeiros da Herdade dos Machados", informou em comunicado que vai realizar em Setembro um encontro entre os rendeiros e responsáveis do partido.
Entretanto, o Ministério da Agricultura já veio a público esclarecer que "apenas está a cumprir a lei" ao acabar com contratos de arrendamento de parcelas da Herdade dos Machados, que são detidas pelo Estado e exploradas por rendeiros reformados.
Questionado pela Agência Lusa, o Ministério esclareceu que "apenas está a cumprir o estipulado na lei", porque "deverá haver lugar à resolução" do contrato "sempre que se verifica o conhecimento comprovado de que o rendeiro não pode ser beneficiário de entrega para exploração", segundo um decreto-lei de 1991, que estipula que os reformados não podem ser beneficiários de entrega para exploração.
O Ministério explicou que, "tendo tomado conhecimento da atitude voluntária de aquisição da qualidade de reformado de alguns rendeiros", tem vindo a notificá-los "da situação de incumprimento" do decreto-lei e para que possam pronunciar-se sobre "o pretenso incumprimento".
"Nos casos em que os fundamentos comunicados não são postos em causa, a intenção de resolução converte-se em decisão definitiva e deverá haver lugar à resolução do contrato com restituição do prédio", referiu.
Até ao momento, a tutela já notificou 16 rendeiros por "ter tomado conhecimento da sua atitude voluntária de aquisição da qualidade de reformado" e caso se "verifiquem as condições para resolução do contrato será pedida a restituição do prédio".
Segundo o Ministério, naqueles casos, "reconhecendo" e para "garantir" o direito do rendeiro em "colher os frutos pendentes" da exploração das parcelas, a restituição das terras só deverá ser feita no fim do ano agrícola, ou seja, a 31 de Outubro.
Actualmente, 54 rendeiros têm contratos de arrendamento com o Estado para exploração de parcelas na Herdade dos Machados, num total de 1.649 hectares, indicou a tutela.

Governo anuncia em Setembro plano de monitorização e controlo da vespa asiática


O secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza revelou ontem, em Penafiel, que em Setembro serão anunciadas "acções concretas" para monitorizar e controlar a vespa asiática em Portugal.

"Esperamos apresentar as actividades que vão ter lugar no território", explicou Miguel de Castro Neto, acrescentando que o Governo "está a acompanhar a situação", num trabalho que envolve várias secretarias de Estado.

Em declarações à agência Lusa à margem de uma visita a Penafiel, Miguel de Castro Neto admitiu a necessidade de "dar informação, segurança e proteger pessoas e bens".

Defender a actividade económica associada, que é a apicultura", é outro objectivo do plano, assinalou.

Para o secretário de Estado, há o "risco grande" de as pessoas confundirem a vespa asiática com a vespa europeia, como aconteceu em França e em Espanha.

Por isso, insistiu, há a necessidade de dar mais informação.

A vespa asiática tem sido localizada, nas últimas semanas, no Alto Minho, mas também em vários concelhos do distrito do Porto, como Amarante, Paredes e Marco de Canaveses. Em Celorico de Basto, no distrito de Braga, também foram avistados vários ninhos.

Os serviços de protecção civil daqueles municípios têm procedido à destruição dos ninhos.

Fonte:  Lusa

Portugal e Moçambique fecham acordo na área alimentar

Portugal e Moçambique fecharam um protocolo visando o apoio nas áreas da sanidade vegetal e saúde animal, bem como o levantamento de barreiras comerciais à exportação de produtos moçambicanos, disse o secretário de Estado da Alimentação.

Segundo Nuno Vieira e Brito, que terminou ontem uma visita a Moçambique, o protocolo fitossanitário foi fechado na segunda-feira e permite também a possibilidade de exportação de produtos moçambicanos para Portugal, dentro dos critérios da União Europeia.

O secretário de Estado referiu o caso da banana de Moçambique, que segue actualmente para a Irlanda, e que, se for do interesse comercial das autoridades moçambicanas, pode passar a ser exportada para Portugal, "sendo bem-vinda para os consumidores portugueses por ter uma qualidade notável".

Vieira e Brito chegou no sábado à noite a Maputo com o secretário de Estado da Inovação, Pedro Gonçalves, ambos integrados numa comitiva liderada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e que esteve na inauguração, na segunda-feira, da Feira Internacional de Maputo (Facim) e desenvolveu contactos com autoridades moçambicanas.

Durante a sua visita, Portas avistou-se com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, com os ministros das Finanças, Manuel Chang, e da Agricultura, José Pacheco, e ainda com Filipe Nyusi, candidato presidencial da Frelimo, partido no poder, às presidenciais de 15 de Outubro.

Os dois secretários de Estado seguiram ontem para a África do Sul e na quinta-feira Vieira e Brito tem prevista uma reunião com o ministro sul-africano da Agricultura para "sensibilizá-lo também para este mercado de exportações", em particular os casos da carne de aves, a pêra e a maçã, que Portugal deseja começar a vender naquele país.

Fonte:  Lusa

Comer tomates reduz risco de desenvolvimento do cancro da próstata

Homens que comem mais de 10 porções de tomates por semana têm um risco 18 por cento menor de desenvolver cancro da próstata, sugere uma nova pesquisa realizada pelas universidades britânicas de Cambridge, Oxford e Bristol.

Segundo o estudo publicado na revista médica Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention, que pertence à Associação Americana de Pesquisa do Cancro, homens que comem essas porções de tomate e seus derivados semanalmente demonstraram ter menor risco de aumentar cancro da próstata, a segunda variedade de tumor maligno mais comum nas pessoas de sexo masculino em todo o mundo.

Os pesquisadores das universidades de Cambridge Oxford e Bristol avaliaram as dietas e estilo de vida de 1.806 homens com idades entre 50 e 69, com cancro da próstata, e compararam com a dos outros 12.005 homens sem a doença.

A equipa de investigadores avaliou o estilo de vida dos dois grupos, nomeadamente se na sua dieta se incluía o selénio, cálcio e alimentos ricos em licopeno, produtos associados à prevenção do cancro da próstata.

E no final, apurou-se que os homens que tiveram ingestão ideal desses três componentes alimentares tiveram um menor risco da doença, refere a revista médica Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention.

A redução do risco do desenvolvimento da doença deve-se ao licopeno, um antioxidante que repele as toxinas que podem provocar danos nas células e ADN, disse a pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Bristol, Vanessa Er, que liderou o estudo.

"Os nossos resultados sugerem que o tomate pode ser importante na prevenção do cancro da próstata. No entanto, mais estudos precisam ser realizados para confirmar os nossos resultados, especialmente por meio de testes em humanos. Os homens ainda devem comer uma grande variedade de frutas e legumes, manter uma alimentação saudável, controlar o peso e manterem-se activos", afirmou Vanessa Er.

Fonte:  Lusa

Bloqueio russo penaliza vinho


     
Sara Ribeiro Sara Ribeiro | 26/08/2014 22:38:21 264 Visitas   
Em 2013, foram importadas pela Rússia 199 mil caixas de vinho português Foto: Shutterstock
Bloqueio russo penaliza vinho
A proibição imposta pela Rússia à importação de produtos agro- alimentares da União Europeia vai custar a Portugal 16,7 milhões de euros. E o sector vinícola não escapa a impactos da medida.

O bloqueio russo "será mais uma 'pressão' para que os produtores e suas associações se orientem para mercados alternativos"
Em 2013, foram importadas pela Rússia 199 mil caixas de vinho português, no valor de 6,8 milhões de euros, segundo dados da ViniPortugal. Estes números colocam Portugal como o 15.º fornecedor de vinho do país de Leste.

"No período de 2003 a 2013 as importações de vinho, pela Rússia, aumentaram mais de 10 vezes no volume e no valor, correspondendo-lhe taxas médias de crescimento anuais de 26%", disse ao SOL Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal.

Tendo em conta estes números, "o impacto será, antes de mais, resultado da duração do embargo", explica o responsável. "Numa leitura imediata", continua, "Portugal terá de encontrar mercados alternativos para compensar uma eventual queda na ordem dos 6,8 milhões que exportou em 2013".

O presidente da ViniPortugal sublinha, no entanto, que o bloqueio russo "será mais uma 'pressão' para que os produtores e suas associações se orientem para mercados alternativos, evitando ficarem na expectativa que possa terminar".

O embargo alimentar deverá durar um ano. Segundo o Ministério da Agricultura, a carne de porco e derivados, leite e frutas serão os produtos portugueses mais afectados.

Quanto a futuros fundos de apoio, o ministério garante que irá "auxiliar as empresas em função do que é relevante, observando os tempos mais próximos para depois tomar as decisões mais adequadas".