sábado, 7 de novembro de 2015

Ikea pede aos clientes devolução de produto à base de frutos secos


     
Emanuel Costa Emanuel Costa | 06/11/2015 11:55 7701 Visitas   


1 / 2A mistura Russin e Mandel pode ter mais do que passas e amêndoas


A Ikea informou esta sexta-feira que está a pedir aos clientes que devolvam um lote específico de frutos secos, uma mistura de passas e amêndoas. O alimento não é perigoso, diz a marca sueca, mas não estão identificados todos os ingredientes, que podem afectar algumas pessoas que sejam alérgicas.

O pacote em causa é o Russin & Mandel, uma mistura de passas e amêndoas que pode ter outros ingredientes
O pacote em causa é o Russin & Mandel, uma mistura de passas e amêndoas em embalagem vermelha. O lote específico é o L33573, com data de validade de 6 de abril de 2016, e o código de produção é o 5 169.

A Ikea explica que a mistura pode conter outros frutos secos ou vestígios dos mesmos, como castanhas-do-Brasil, cajus, nozes e avelãs. Nenhum dos ingredientes está contaminado de alguma forma, sendo seguro para a maioria das pessoas. No entanto, o facto de esses ingredientes não estarem listados na embalagem, pode trazer riscos de saúde para pessoas que sejam alérgicas a alguns desses frutos secos.

As embalagens podem ser devolvidas nas lojas da Ikea, garantindo a marca sueca a devolução do valor na totalidade. A Ikea remete também os clientes para a sua linha telefónica de apoio, através do 707 20 50 50.


EUA já vale um quinto das exportações de cortiça portuguesa

05.11.2015  11:21  

Vendas alcançaram os 95,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2015. 

Os Estados Unidos são o principal mercado de destino da cortiça portuguesa, representando mais de 20% do total exportado, com as vendas a alcançarem os 95,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2015. Segundo dados fornecidos pela FILCORK (Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça), entre janeiro e junho, as vendas de cortiça ao estrangeiro totalizaram 473,2 milhões de euros, crescendo 7,8% em valor face ao período homólogo. No que respeita ao volume exportado, a tendência foi contrária, com um decréscimo de 2,6% entre 2014 e 2015 (de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares). No mesmo período, Portugal importou 31,8 milhares de toneladas de cortiça que custaram 64,7 milhões de euros, correspondendo a uma redução homóloga de 9,2% em volume e a um aumento de 4,2% em valor. França, que foi em 2014 o principal destino dos produtos de cortiça portugueses, passou para segundo lugar no primeiro semestre deste ano, com 18,9% das exportações, no valor de 89,4 milhões de euros. As rolhas são o produto de cortiça mais exportado (quase três quartos do total), com 342,1 milhões de euros exportados nos primeiros seis meses de 2015, seguindo-se os materiais de construção com 117,8 milhões de euros. As exportações de cortiça têm vindo a aumentar desde 2010, tendo em 2014 crescido 1,5% em relação ao ano anterior.

Vencedores do Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa já são conhecidos

 Revista de Vinhos atribuiu cinco 'Grande Prémio' e 74 'Prémio Escolha da Imprensa'
Vencedores do Concurso de Vinhos "A Escolha da Imprensa" já são conhecidos
 
Os vencedores do Concurso de Vinhos "A Escolha da Imprensa", organizado pela Revista e Vinhos no âmbito do Encontro com o Vinho e Sabores 2015, são já conhecidos. Subiram ao pódio para receber o 'Grande Prémio' nos espumantes, o Murganheira Cuvée Reserva Especial branco 2004 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa . região Távora Varosa); nos brancos, o Muros de Melgaço Alvarinho 2014 (Anselmo Mendes Vinhos . região Vinhos Verdes); nos rosés, o MR Premium 2014 (Sociedade Agrícola D. Diniz . região Alentejo); nos tintos, o H.O. Grande Escolha 2012 (Casa Agrícola Horta Osório . região Douro); e nos fortificados, o Vau Porto Vintage 2011 (Sogrape Vinhos . região Douro). Do painel de vinhos a concurso foram ainda distinguidos 74 néctares com o 'Prémio Escolha da Imprensa' (lista completa abaixo).
 
Este ano foram batidos todos os recordes: de participação e de jurados. Foram 357 os vinhos avaliados em prova cega por um grupo de 34 provadores de todo o leque de órgãos de comunicação social do país, que inclui imprensa da especialidade, mas não só, e bloggers de assumidamente pendor vínico. Não faltou um provador de Taiwan, Wade Wan, que escreve sobre vinho no seu país. Uma estreia internacional neste concurso.
 
A somar à quantidade de vinhos – que ultrapassou em 87 a edição de 2014 –, a grande qualidade dos mesmos, que levou a organização a atribuir um maior número de prémios. Falando em regiões vitivinícolas, a participação foi ainda mais diversa, com a estreia dos Açores, que desde logo colocou no dois vinhos no pódio. Uma conjuntura que obrigou a competição a decorrer em duas fases. Uma primeira, em que foram provados todos os vinhos. E uma segunda, realizada dias depois, onde os três mais pontuados em cada categoria foram novamente avaliados numa finalíssima, composta por um conjunto de 9 provadores. A única excepção aconteceu nos rosés, onde o director técnico da prova e director da Revista de Vinhos, Luís Lopes, decidiu avançar com dois finalistas. Verdade seja dita que a participação de rosés, a maior de sempre, é ainda exígua se comparada com as outras categorias.
 
A entrega de prémios teve lugar na sexta-feira, no primeiro dia do 'Encontro com o Vinho e Sabores', no Centro de Congressos de Lisboa. Os vinhos premiados estiveram em degustação livre e não só foram alvo de muita curiosidade do público em geral como também de vários enólogos e produtores, provavelmente curiosos em verificar os gostos dos jurados.
 
Este é um concurso com um conceito original e único no país, pela heterogeneidade do painel de jurados, que representa de uma forma "mais" fidedigna as escolhas dos consumidores e as tendências do mercado. É organizado por uma revista da especialidade que convida os colegas do meio para provarem alguns dos melhores vinhos do maior evento de vinho do país. O facto de nele participarem vinhos topo de gama, que habitualmente não vão a concursos, torna também esta uma competição especial.
 
CONCURSO DE VINHOS "A ESCOLHA DA IMPRENSA"
VENCEDORES
 
ESPUMANTES (11)
 
GRANDE PRÉMIO ESCOLHA DA IMPRENSA (1)
Murganheira Cuvée Reserva Especial Távora-Varosa branco 2004 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
ESCOLHA DA IMPRENSA (10)
Adega d´Palmela Moscatel branco (Adega Cooperativa de Palmela)
Aliança Vintage Bairrada branco 2010 (Aliança - Vinhos de Portugal)
Murganheira Assemblage Távora-Varosa Grande Reserva branco 2000 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
Murganheira Blanc de Noirs Távora-Varosa Touriga Nacional branco 2008 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
Primavera Baga-Bairrada branco 2013 (Caves Primavera)
Quinta da Calçada Cuvée de Choix Reserva rosé (Agrimota)
Raposeira Peerless Super Reserva branco 2009 (Caves da Raposeira)
Raposeira Super Reserva Blanc de Blancs branco 2011 (Caves da Raposeira)
Regateiro Bairrada branco 2013 (Ares da Bairrada)
São Domingos Cuvée Bairrada branco 2011 (Caves do Solar de São Domingos)
 
BRANCOS (22)
 
GRANDE PRÉMIO ESCOLHA DA IMPRENSA (1)
Muros de Melgaço Vinho Verde Alvarinho 2014 (Anselmo Mendes Vinhos)
ESCOLHA DA IMPRENSA (21)
Adega Mãe Regional Lisboa Viosinho 2014 (Adega Mãe)
Aveleda Reserva da Família Bairrada 2014 (Aveleda)
Borges Colheita Tardia Dão 2010 (Sociedade dos Vinhos Borges)
Catarina Regional Península de Setúbal 2014 (Bacalhôa Vinhos de Portugal)
Herdade Monte da Cal Saturnino Regional Alentejano Grande Reserva 2013 (Herdade Monte da Cal)
Mirabilis Douro Grande Reserva 2014 (Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo)
MR Premium Regional Alentejano 2013 (Sociedade Agrícola D. Diniz)
Mula Velha Premium Regional Lisboa 2014 (Quinta do Gradil)
Nostalgia 10 Barricas Vinho Verde Alvarinho 2013 (Lua Cheia em Vinhas Velhas)
Portal do Fidalgo Vinho Verde Alvarinho 2014 (Provam)
Pousio Regional Alentejano Reserva 2014 (Casa Agrícola HMR)
QM Vinho Verde Alvarinho 2014 (Quintas de Melgaço)
QM Vinhas Velhas Vinho Verde Alvarinho 2013 (Quintas de Melgaço)
Quinta das Cerejeiras Óbidos Reserva 2012 (Companhia Agrícola do Sanguinhal)
Quinta dos Carvalhais Branco Especial Dão (Sogrape Vinhos)
Quinta dos Carvalhais Dão Reserva 2011 (Sogrape Vinhos)
Rozès Noble Late Harvest Douro 2011 (Rozès)
Serras de Grândola Edição Especial Regional Península de Setúbal 2014 (Maria Jacinta N. C. S. da Silva)
Terras de Lava IG Açores Colheita Selecionada 2014 (Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico)
Titular Dão Encruzado 2014 (Caminhos Cruzados)
Vila Santa Regional Alentejano Reserva 2014 (J. Portugal Ramos Vinhos)
 
ROSÉS (5)
 
GRANDE PRÉMIO ESCOLHA DA IMPRENSA (1)
MR Premium Regional Alentejano 2014 (Sociedade Agrícola D. Diniz)
ESCOLHA DA IMPRENSA (4)
Casa do Lago Regional Lisboa 2014 (DFJ Vinhos)
JP Azeitão Regional Península de Setúbal (Bacalhôa Vinhos de Portugal)
Pluma Vinho Verde 2014 (Casa de Vila Verde)
Quinta do Poço do Lobo Bairrada Baga Pinot Noir Reserva 2014 (Caves São João)
 
TINTOS (30)
 
GRANDE PRÉMIO ESCOLHA DA IMPRENSA (1)
H.O. Douro Grande Escolha 2012 (Casa Agrícola Horta Osório)
ESCOLHA DA IMPRENSA (29)
2221 Terroir Cantanhede Bairrada 2011 (Adega Cooperativa de Cantanhede)
Adega de Borba Alentejo Garrafeira 2009 (Adega Cooperativa de Borba)
Adega de Pegões Regional Península de Setúbal Alicante Bouschet 2012 (Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões)
Blog Regional Alentejano Alicante Bouschet + Syrah 2012 (Tiago Mateus Cabaço e Cabaço)
Cartuxa Alentejo Reserva 2012 (Fundação Eugénio de Almeida)
Casa Santos Lima Regional Lisboa Reserva 2012 (Casa Santos Lima)
Conde d ´Ervideira Private Selection Alentejo 2012 (Ervideira)
Consensus Regional Lisboa Pinot Noir & Touriga Nacional 2008 (DFJ Vinhos)
Dona Berta Douro Tinto Cão Reserva 2011 (Hernâni A.M Verdelho)
Dona Maria Regional Alentejano Grande Reserva 2010 (Júlio Bastos)
Elpenor Dão 2011 (Júlia Kemper Wines)
Foral de Cantanhede Gold Edition Bairrada Baga Grande Reserva 2009 (Adega Cooperativa de Cantanhede)
Herdade da Ajuda Regional Alentejano Syrah & Touriga Nacional 2009 (Herdade da Ajuda Nova)
Monte Branco Regional Alentejano 2011 (Luís Louro)
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador Dão 2009 (Paço de Santar -Vinhos do Dão)
Pai Chão Regional Alentejano Grande Reserva 2011 (Adega Mayor)
Poliphonia Regional Alentejano Reserva 2013 (Granacer)
Quinta da Gândara Dão Touriga Nacional Reserva 2011 (Sociedade Agrícola de Mortágua)
Quinta da Romaneira Regional Duriense Petit Verdot 2012 (Sociedade Agrícola da Romaneira)
Quinta da Touriga-Chã Douro 2013 (Jorge Rosas)
Quinta das Corriças Trás-os-Montes Reserva 2011 (Sociedade Agrícola Quinta das Corriças)
Quinta do Grifo Reserve Douro 2011 (Rozès)
Quinta do Quetzal Alentejo Reserva 2011 (Quinta do Quetzal)
Quinta do Serrado Dão Touriga Nacional 2010 (Sociedade Agrícola Castro de Pena Alba)
Quinta Seara d´Ordens Vinhas Velhas Douro Reserva 2012 (Sociedade Agrícola Quinta Seara d´Ordens)
Titular Dão Reserva 2012 (Caminhos Cruzados)
Velhos Bardos Douro Reserva 2013 (Vasques de Carvalho)
Villa Oliveira Dão Touriga Nacional 2011 (O Abrigo da Passarela)
Vinhas Antigas da Beira Interior by Rui Madeira Beira Interior 2011 (Rui Roboredo Madeira)
 
FORTIFICADOS (11)
 
GRANDE PRÉMIO ESCOLHA DA IMPRENSA (1)
Vau Porto Vintage 2011 (Sogrape Vinhos)
ESCOLHA DA IMPRENSA (10)
Alves de Sousa Porto Vintage 2009 (Domingos Alves de Sousa)
Blackett Porto 30 anos (Alchemy Wines Port)
Blandy ´s Madeira Bual 2002 (Madeira Wine Company)
Duorum Vinha de Castelo Melhor Porto Vintage 2012 (Duorum Vinhos)
Lajido Pico Vinho Licoroso Seco Superior 2003 (Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico)
Niepoort Porto Crusted (Niepoort (Vinhos)
Quinta do Seixo Porto Vintage 2013 (Sogrape Vinhos)
Quinta Seara d´Ordens Porto Vintage 2012 (Sociedade Agrícola Quinta Seara d´Ordens)
Vasques de Carvalho Porto 30 anos (Vasques de Carvalho)
Vasques de Carvalho Porto Vintage 2013 (Vasques de Carvalho)
 

Adega de Vidigueira convida para o "Mês do Vinho"


 

A Adega de Vidigueira promove pelo segundo ano consecutivo o "Mês do Vinho", uma iniciativa que convida a conhecer e celebrar as tradições vínicas da região.  Entre 6 de novembro e 6 de dezembro são diversas as atividades que irão decorrer na própria Adega, como visitas, Cante Alentejano, petiscos, apresentação de novos produtos, e claro a prova de vinho novo de Talha, que acontece a 11 de novembro, dia de S. Martinho. 

                                                                        

A finalidade do "Mês do Vinho" é «chamar as pessoas a conhecer a Adega, dar continuidade à tradição e apresentar novos produtos, proporcionando experiências únicas», refere José Miguel Almeida, presidente da Adega de Vidigueira.


http://www.adegavidigueira.com.pt/Home



domingo, 1 de novembro de 2015

Apicultores põem a Comissão Europeia em Tribunal

Outubro 30
14:41
2015

Os apicultores europeus resolveram apresentar queixa no Tribunal Europeu contra a Comissão Europeia, devido à aprovação de um pesticida que pode ser bastante nocivo para as abelhas.

O pesticida da Dow AgroSciences, Sulfoxaflor, tinha tido um parecer desfavorável por parte da EFSA (European Food Safety Authority) e acabou aprovado pela Comissão.

Este pesticida é muito similar aos neonicotinóides, que estão provados serem um dos elementos causadores da elevada mortalidade das abelhas.

Segundo os apicultores, o Sulfoxaflor é um produto absorvido pelas plantas e fica retido no pólen, sendo, assim, altamente tóxico para as abelhas. Também é considerado tóxico a médio prazo para os solos e água.

Nos Estados Unidos este pesticida foi proibido em 10 de Setembro deste ano, com uma decisão do tribunal, que o considerou causador da morte das abelhas.

Está, desta forma, lançado um processo judicial que, seguramente, será seguido de muita polémica.

Mais19 OGM’s aprovados na UE


Outubro 29
15:28
2015

A Comissão Europeia informou que foram aprovados, para consumo, mais 19 produtos OGM's.

Estes produtos são originários da Monsanto, Dupont, Bayer e BASF e destinam-se à alimentação humana, animal e flores de corte.

Todos estes OGM's foram considerados seguros para o ambiente e saúde pública.

Foram, assim, autorizadas variedades de milho, soja, colza e algodão, bem como bolbos de flores de corte.

A organização Greenpeace já reagiu desfavoravelmente, acusando a Comissão de fazer o jogo da Monsanto e não de estar ao lado do consumidor europeu.

Segundo esta ONG, esta decisão tem como objectivo agradar aos Estados Unidos, no momento em que decorrem as negociações para o acordo comercial denominado TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership).

Produção de castanha em Marvão prejudicada pelo tempo

31/10/2015, 10:11

A produção de castanha na zona de Marvão, no Alentejo, foi muito prejudicada pelo tempo seco e quente. Produtores também se queixam da pouca procura.

A produção deste ano de castanha na zona de Marvão, no Alto Alentejo, foi prejudicada pelo tempo seco e quente. Para além disso, a campanha está a ser marcada pela pouca procura do mercado, segundo os produtores. "A campanha está a ser má, devido ao calibre fraco da castanha e à pouca animação do mercado", disse à agência Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola Cerealicultores de Porto da Espada (CACPE), Fernando Alfaiate. 

De acordo com o responsável, a castanha, "pouco podre", mantém "a boa qualidade", mas apresenta um "calibre fraco" por causa do tempo seco durante a primavera e por se ter vivido um verão "demasiado quente". Com cerca de 20 associados produtores de castanha, a cooperativa de Marvão, a única zona a sul do Tejo onde se verifica a existência de castanheiros, vê predominar nos seus campos as espécies Bária e Clarinha.

Fernando Alfaiate alegou não dispor ainda de números quanto à quebra da produção, uma vez que a campanha continua até à terceira semana de novembro, sobretudo em relação à espécie Clarinha, mas prevê uma redução "muito elevada", o que resulta num "ano para esquecer".

"A perspetiva da campanha quanto à espécie Clarinha poderá ser um pouco melhor, pois as últimas chuvas influenciaram o tamanho, mas não prevemos grande produção devido à má criação do ouriço (cápsula onde se encontra a castanha)", explicou. Além das condições atmosféricas, o presidente da CACPE lamentou a "falta de animação do mercado", considerando que a procura este ano é "muito reduzida".

"A maior parte da castanha produzida pela nossa cooperativa tem ido para a indústria, pois o mercado, a fresco, aqui na região não teve procura", indicou o responsável, referindo que o fruto este ano foi comercializado para a indústria a cerca de 80 cêntimos por quilo.

Em 2014, lembrou Fernando Alfaiate, a castanha foi vendida para o mercado entre "1,20 euros e dois euros o quilo" e para a indústria entre "70 e 80 cêntimos". No Alto Alentejo, o micro clima da Serra de São Mamede, propício à produção de castanha, já levou a que as entidades que tutelam o setor considerassem a castanha de Marvão como de "origem protegida".

Para meados de novembro, está marcada a Feira da Castanha, promovida pelo município e, à semelhança de anos anteriores, a CACPE é a principal fornecedora, com mais de cinco toneladas de castanha. A 32.ª Feira da Castanha de Marvão, nos dias 14 e 15 de novembro, apresenta-se como a "grande mostra" de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, onde os visitantes podem encontrar também produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de restauração.

Pelas ruas da vila histórica, vão estar espalhados quatro magustos onde os visitantes poderão saborear as castanhas assadas e os vinhos produzidos na região. Do ponto de vista cultural, os visitantes poderão apreciar exposições, assistir a espetáculos de animação circense, teatro de rua ou música popular em vários espaços.

Regadio do Alqueva chega a 10 mil hectares de Reguengos de Monsaraz


Outubro 29
15:51
2015

Num projecto promovido pela empresa gestora do empreendimento, uma área de cerca de 10 mil hectares no concelho de Reguengos de Monsaraz, Évora, vai poder ser regada pelas águas da albufeira do Alqueva.

Irá ser apresentada, pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), na terça-feira, uma solução-base para o Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz e respectivo Bloco de Rega.

A área abrangida, segundo a empresa, é de aproximadamente 10 mil hectares de bons solos agrícolas, os quais poderão ter, como origem de água, o Sistema Primário de Alqueva.

Os olivais e as vinhas, que originam os famosos vinhos produzidos no concelho de Reguengos de Monsaraz, vão poder ser regados pela água da barragem de Alqueva.

Lusa

Selo para proteger vinho português das falsificações chinesas


Outubro 29
15:44
2015

O vinho português está a ser cada vez mais apreciado na China aumentando, assim, as exportações para este país, mas, em contrapartida, aumenta também a contrafacção. Por este motivo, o empresário português Rui Ribeiro investiu num sistema para dificultar as falsificações.

O caso não é inédito, os franceses têm também enfrentado alguns problemas com falsos "Château Laffitte", um vinho de reconhecida qualidade e preço elevado, produzido na região de Bordéus.

E foi precisamente em França que surgiu a solução, um selo que promete "tecnologia impossível de reproduzir", baseada numa dispersão aleatória de fibras coloridas associadas a um código 2D (duas dimensões) em série, que cria "uma impressão digital única de cada etiqueta".

O selo "Made in Portugal Authentic", que está a ser desenvolvido pela empresa portuguesa Portucrown e pela francesa Prooftag, destina-se a produtores que queiram exportar para mercados internacionais, como a China, com a garantia de que os seus produtos chegam ao consumidor final inviolados e inalterados.

Lusa

Governo dos Açores antecipa o pagamento das ajudas aos sectores do leite, da carne e do ananás



Outubro 29
15:41
2015
O Governo dos Açores anunciou, hoje, a transferência, na próxima sexta-feira, de cerca de 54 milhões de euros, referentes à antecipação de pagamentos nos sectores do leite, da carne e do ananás.

Segundo a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, o executivo "garantiu o processamento atempado de mais de 18 mil candidaturas a medidas do POSEI e do PRORURAL+ [programas de fundos comunitários], permitindo a transferência, na sexta-feira, 30 de Outubro, de cerca de 54 milhões de euros de antecipação de pagamentos, que englobam os sectores do leite, da carne e, pela primeira vez, do ananás".

O executivo explica que, no âmbito do programa de apoio às regiões ultraperiféricas (POSEI), "e na percentagem máxima permitida pela legislação comunitária", serão transferidos pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, 70% dos pagamentos dos prémios à vaca leiteira (cerca de 8,4 milhões de euros) e aos produtores de leite (cerca de 14,4 milhões de euros).

"Em 2014 e no âmbito das medidas preventivas tomadas face ao fim do regime de quotas leiteiras, o executivo regional negociou em Bruxelas, na revisão do POSEI acordada com as associações do sector, o reforço do prémio aos produtores de leite em cerca de dois milhões de euros, aumento esse que se reflecte no pagamento que vai ser efectuado".

Além disso, tendo em conta os efeitos negativos do prolongamento do embargo russo a produtos alimentares europeus e a recessão dos mercados emergentes nos preços pagos à produção na Europa, o Governo dos Açores vai reforçar este ano, como já tinha sido anunciado, o prémio à vaca leiteira.

Segundo a proposta de orçamento regional para 2016, este prémio passa a ser de 190 euros em todas as ilhas, numa medida que se vai estender no próximo ano.

Num "esforço financeiro suplementar superior a três milhões de euros totalmente suportado por fundos regionais, os produtores de S. Miguel e da Terceira, que representam 87,2% do efectivo leiteiro do arquipélago, vão receber já este ano mais 45 euros por cada animal", recorda a Secretaria.

Quanto ao sector da carne, serão pagos 6,3 milhões de euros correspondentes a 70% do prémio à vaca aleitante.

Será também antecipado, "na percentagem máxima permitida", o pagamento de 2,2 milhões aos produtores de ananás.

Já no âmbito do programa PRORURAL+, vão ser adiantados aos agricultores açorianos 85% dos pagamentos agroambientais e das Medidas de Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas (MAAZD)".

Os apoios relativos às MAAZD passam a "abranger mais cerca de dois mil agricultores açorianos", representando um aumento de cerca de cinco milhões de euros/ano durante a vigência do novo Programa de Desenvolvimento Rural, até 2020.

"A afectação de 15% de fundos regionais necessários ao pagamento de ajudas inscritas no PRORURAL+ e a boa gestão nos Açores do processo de análise, controlo e aprovação das candidaturas garantem, assim, que mais de três mil agricultores açorianos possam aceder antecipadamente a verbas significativas, contribuindo, também por esta via, para que os empresários agrícolas vençam os desafios que actualmente se colocam ao sector".

Segundo o regulamento europeu, a antecipação destas ajudas pode ser feita em Outubro e até 30 de Novembro, para os pagamentos que, normalmente, seriam concretizados a partir de 01 de Dezembro e até 30 de Junho do ano seguinte.

 Lusa

Porque não se deve entrar em pânico com as carnes vermelhas

Outubro 29
15:35
2015

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde emitiu um comunicado, considerando o bacon e os enchidos como alimentos potencialmente cancerígenos de categoria 1, equiparados aos cigarros.

Esta declaração, apesar de ser, como é lógico, completamente ridícula, vem colocar em causa o sector mundial de produção animal.

Os consumidores podem ficar confusos, mas este relatório não traz nada de novo, nem tem qualquer base científica que prove as afirmações proferidas.

De realçar, também, que afirmações similares já tinham sido proferidas em 2007 e, por não terem qualquer base científica, caíram por terra.

É, de facto, uma realidade que a ingestão em quantidades anormais de um alimento pode provocar obesidade e ser mau para a saúde. Portanto, o bacon e enchidos ingeridos em quantidades exageradas podem ser prejudiciais para a saúde. O importante é que, ingeridos em quantidades normais, não têm qualquer problema e são, ainda, benéficos.

Estas notícias saem de tempos a tempos, pois alguns cientistas, que não sabem o que fazer para justificar os salários, lançam notícias bombásticas, sabendo que saem sempre impunes.

Estas declarações fazem-nos lembrar o que aconteceu em 2000, quando, com a doença das vacas loucas, vários cientistas vaticinaram que, oito a nove anos depois, dezenas de milhares de pessoas morreriam com a doença de Creutzfeldt-Jakob. Na prática, passados quinze anos, tal não aconteceu e ninguém foi responsabilizado pelos prejuízos brutais causados aos produtores de bovinos nessa altura.

A publicação deste relatório parece não ser inocente, pois acontece um mês antes da conferência mundial sobre o clima, em que várias ONG's querem uma redução da produção animal, para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

Ministra da Agricultura e do Mar na abertura do ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’


 
·       Mais antigo e maior evento vínico e gastronómico reúne cerca de 400 produtores e põe à prova mais de 2000 vinhos

 
Assunção Cristas acaba de confirmar a sua presença, amanhã dia 30 de Outubro às 19h00, na abertura do 'Encontro com o Vinho e Sabores 2015', evento que decorre no Centro de Congressos de Lisboa (CCL), na Junqueira em Alcântara. A Ministra da Agricultura e do Mar vai assim estar em contacto com a fileira do vinho nacional nesta que é 16.ª edição do mais antigo e maior evento vínico e gastronómico do país, onde aos mais de 2000 vinhos de cerca de 400 produtores se junta uma mostra de gins e uma completa oferta de sabores. Vinhos e Sabores nacionais e estrangeiros no mesmo espaço para proporcionar momentos de prazer a quem por lá passar. Uma iniciativa promovida e organizada pela mais conceituada publicação do sector, a Revista de Vinhos.
 
À semelhança do que aconteceu na edição anterior e se revelou uma opção acertada, o  EVS 2015 ocupa três pavilhões, o que permite uma visita mais "desafogada" e cómoda. No Pavilhão do Rio o vinho é "rei e senhor". No "segundo" pavilhão os sabores – queijos, fumados, enchidos, azeites, doces, delicatessens e muito mais – vão conviver com acessórios de vinho e uma zona lounge, ideal para recarregar baterias. O terceiro pavilhão vai ser o palco de actividades paralelas, como provas especiais, seminários e iniciativas promovidas por entidades do sector. De destacar o anúncio e a entrega de prémios de três Concursos: o 'Concurso de Vinhos "A Escolha da Imprensa"' (sexta-feira, às 20h00), 'Concurso Cartas de Vinhos' (segunda-feira, às 15h00), e 'Concurso Queijos de Portugal' (segunda-feira, às 15h30).
 
Este ano a compra de vinho vai ser mais acessível. Os visitantes vão poder comprá-los directamente ao produtor, podendo levá-los consigo na hora ou subscrever um serviço de entrega ao domicílio, assegurado pela Vinha e gratuito para compras superiores a €25,00. Os enófilos vão assim ganhar outra disponibilidade – física, e até mental, porque não têm que andar carregados de garrafas – para interagir com os produtores e degustar alguns dos mais de 2000 néctares à prova. Para além dos vinhos, também as pessoas vão ter a vida facilitada. O EVS volta a ter uma acção de sensibilização com a chancela "Wine In Moderation", com a presença de "brigadas" a fazerem testes de álcool à saída do evento. Quem não estiver apto "tem as portas abertas" para a DrivU, que através de um serviço de motorista privado conduzirá o cliente no seu próprio carro, fazendo jus à assinatura desta empresa: You Enjoy, We Drive. O custo é de €1,80 por quilómetro (ou €1,5 para sócios do ACP), tendo um valor mínimo de €10,00. Para usufruiu deste serviço basta dirigir-se ao espaço da DrivU no CCL, ligar para o número 915 099 904 ou descarregar a aplicação da DrivU na Play Store ou na Apple Store.
 
Um dos pontos altos deste evento são as "Provas Especiais". Assim se intitulam os pequenos seminários com provas de vinhos especiais e, em alguns casos, raros e preciosos, orientados por especialistas que ajudam a contar as histórias e a descobrir os segredos que os tornam néctares ímpares. Este ano são oito e comportam vinhos portugueses, mas também estrangeiros (consultar programa e site da Revista de Vinhos). Têm um custo de €35,00 e a compra é feita junto da Revista de Vinhos. A inscrição nas provas dá acesso gratuito à feira de vinhos e sabores, evitando a compra do bilhete, mas não a compra do copo. Quem se inscrever em mais do que uma prova beneficia de 20% de desconto nas inscrições.
 
O 'Encontro com o Vinho e Sabores 2015' está aberto ao grande público na sexta-feira, das 18h00 às 22h00, e no Sábado e Domingo, entre as 14h00 e as 20h00; a segunda-feira está reservada a profissionais, entre as 11h00 e as 18h00. O bilhete custa €10,00 e permite a degustação dos néctares e iguarias expostas, sendo a prova dos vinhos assegurada mediante a compra de um copo, vendido no local por €3,00. Podem usufruir de um desconto de 50% no preço do bilhete os leitores da Revista de Vinhos, mediante a apresentação do cupão publicado na edição de Outubro, e os clientes Millennium BCP, ao apresentarem o respectivo cartão de crédito no acto de compra do ingresso. Aos que optarem pela compra on-line através do site da Revista de Vinhos, a organização oferece um bilhete na compra de outro.
 
PROGRAMA
 
SEXTA-FEIRA . 30 OUTUBRO 2015
18h00 – Abertura
18h30-20h00 – Prova Especial :: 25 Anos de Duas Quintas . ESGOTADA
Histórica prova vertical de uma das maiores marcas portuguesas, por João Nicolau de Almeida.
20h00-21h30 – Prova Especial :: Fonseca, a Prova do Bicentenário . ESGOTADA
A expressão máxima desta mítica casa de vinho do Porto, por David Guimaraens.
20h00-20h30 – Entrega de Prémios :: Concurso de Vinhos "A Escolha da Imprensa" . Entrada Livre
22h00 – Encerramento
 
SÁBADO . 31 OUTUBRO 2015
14h00 – Abertura
14h00-15h00 – Prova dos Vinhos Premiados no Concurso "A Escolha da Imprensa" . Preview Comunicação Social
15h00-18h00 – Prova dos Vinhos Premiados no Concurso "A Escolha da Imprensa" . Visitantes do EVS
14h30-16h00 – Prova Especial :: Vinhos Tokay, Hungria, Tokaj Classic . ESGOTADA
Prova dirigida por um dos casais proprietários da marca, Andras e Phyllis Bruhacs, com a colaboração da Garcias Gourmet.
16h00-17h30 – Prova Especial :: Grandes tintos de 2005 . ESGOTADA
Um década depois, o melhor desta excelente vindima, por João Paulo Martins
17h30-19h00 – Prova Especial :: Quinta dos Malvedos . ESGOTADA
Uma das propriedades mais emblemáticas do Douro em vertical de Porto Vintage, por Charles Symington.
22h00 – Encerramento
 
DOMINGO . 01 NOVEMBRO 2015
14h00 – Abertura
14h00-18h00 – Prova dos Vinhos Premiados no Concurso "A Escolha da Imprensa" . Visitantes do EVS
14h30-16h00 – Prova Especial :: Percurso para um "terroir", por Paulo Laureano . Inscrição - €35,00
O carácter do "terroir" Vidigueira expresso por quem o conhece como ninguém.
16h00-18h00 – Prova Especial :: O melhor do Dão . ESGOTADA
Viagem de uma década pelos vinhos de 12 produtores que ajudaram a construir a região, por Luís Ramos Lopes.
17h30-19h00 – Prova Especial :: O Mundo da Penfolds . ESGOTADA
A marca mais prestigiada da Austrália mostra-se aos portugueses, por Samuel Stephens, "Penfolds Brand Ambassador", com a colaboração da Vinalda.
22h00 – Encerramento
 
SEGUNDA-FEIRA . 02 NOVEMBRO 2015
11h00 – Abertura
11h00-14h00 – Prova dos Vinhos Premiados no Concurso "A Escolha da Imprensa" . Visitantes do EVS
15h00-15h30 – Entrega de Prémios :: Concurso Carta de Vinhos 2015 . Entrada Livre
15h30-18h00 – Entrega de Prémios :: Concurso Queijos de Portugal 2015
Exposição e Degustação dos Queijos Premiados
Entrada Livre . Reservas: anilca@mail.telepac.pt
16h30-18h00 – Workshop Tiki Rum by Plantation Rum
Scotty Schuder, o famoso barman e proprietário do bar parisiense Dirty Dick, vem a Portugal com a sua equipa promover os novos cocktails Tiki, feitos à base de rum e servidos nas suas tão características canecas, que tanto furor têm feito entre os apreciadores de todo o mundo.
Entrada Livre . Reservas: patricia@bar-atpt.com
18h00 – Encerramento

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Europa aprova fim dos subsídios para as touradas


JN | Hoje às 17:05

O Parlamento Europeu aprovou, esta quarta-feira, uma emenda que proíbe o uso de fundos da Política Agrária Comum para subsidiar a "reprodução ou criação de touros destinados às atividades de tauromaquia".
 

LEONARDO NEGRÃO/GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO

A proposta apresentada pelo grupo parlamentar dos Verdes foi aprovadas com 438 votos a favor, 199 contra e 55 abstenções.

Uma proposta que pedia que os fundos não fossem "usados para financiar as atividades letais de tauromaquia" foi também aprovada no Parlamento Europeu, tendo por base a Convenção Europeia para a Proteção dos Animais nas Explorações de Criação, numa decisão que afeta as corridas de morte em Espanha.

Eurodeputados chumbam proposta da Comissão sobre organismos geneticamente modificados

28/10 16:45 CET   | updated xx mn ago   | updated at 28/10 - 17:3914460539461446047133



Justiça europeia invalida acordo de transferência de dados entre UE e EUA
06/10 17:17

Com uma maioria de 577 votos contra, o Parlamento Europeu rejeitou a proposta da Comissão que contempla a possibilidade de os Estados-membros limitarem ou proibirem a utilização de organismos geneticamente modificados (OGM) aprovados pela União Europeia em géneros alimentícios ou alimentos para animais nos respetivos territórios.

Os eurodeputados alegam que a iniciativa é incompatível com o funcionamento do Mercado Único Europeu, uma vez que poderia obrigar a controlos fronteiriços entre Estados com posturas diferentes.

"A reintrodução de controlos internos, com barreiras entre os Estados-membros, pode constituir um retrocesso face aos progressos económicos da União Aduaneira e do Mercado Único. Não podemos sequer pensar em ter um mercado interno com diferentes posturas depois de todos os esforços que nos permitiram, ao longo dos anos, eliminar as barreiras internas nas fronteiras internas da União Europeia", sublinhou o eurodeputado conservador italiano Giovanni La Via.

Ao pedido de uma nova proposta, feito pelos eurodeputados, o comissário responsável pela pasta da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, reiterou que o executivo comunitário não vai voltar atrás e que vai manter a discussão com o Conselho de ministros da União Europeia: "Confirmo que a Comissão acredita que esta proposta é o caminho certo para fazer face aos desafios relacionados com o processo de tomada de decisão acerca dos OGM ao nível da União Europeia. A Comissão não vai retirar a proposta."

O assunto ainda promete fazer correr muita tinta.

Margherita Sforza, euronews – A proposta da Comissão Europeia pode expor os Estados-membros a ações legais por violação das regras do Mercado Único e do comércio internacional. As multinacionais que produzem OGM e os países exportadores podem apresentar queixas contra os países europeus junto da Organização Mundial de Comércio ou do Tribunal de Justiça Europeu.

Consumo de carne de vaca e porco tem diminuído em Portugal

 27-10-2015 
 

 
O consumo de carne de vaca e de porco tem vindo a diminuir em Portugal desde 2008. «Desde que há registo, inverte-se pela primeira vez uma tendência: a carne de aves cresce ao contrário da de bovino e a de suíno».

«Mesmo assim, a proporção de proteína de origem animal ainda está acima do desejável», refere o relatório Alimentação Saudável em Números 2014 da Direcção-geral da Saúde (DGS), que recorre a dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) entre os anos de 2008 e 2012.

De acordo com dados do INE, em 2008, a carne bovina tinha um peso no consumo de 19,6 quilos por habitante, que baixou para 16,7 em 2012. Também a carne de porco registou a tendência decrescente, passando de um consumo de 47,1 quilos por habitante em 2008 para 43,3 quilos/habitante em 2012. Já o consumo de carne de animais de capoeira foi aumentando, de 33,8 quilos/habitante em 2008 para 35,8 quilos em 2012.

De uma forma geral, registou-se entre 2008 e 2012 um decréscimo de consumo do grupo de alimentos «carne, pescado e ovos», que contudo «não foram suficientes para baixar substancialmente as disponibilidades excedentárias destes grupos».

Fonte: Lusa

Portugal e vinhos nacionais elogiados em revista italiana do sector

 27-10-2015 
 

 
Portugal e os vinhos portugueses estão em destaque na última edição de uma revista italiana, das mais prestigiadas no sector vinícola, publicação que realça 50 exemplos de várias regiões portuguesa, apresentados como sendo de «elevada qualidade».

Resultado da prova de mais de 200 amostras, a classificação dos melhores vinhos pela revista italiana Spirito diVino abrangeu as regiões do Douro, Vinho Verde, da Bairrada, das Beiras e do Dão, do Ribatejo e do Alentejo.

A mais elevada pontuação nos vinhos do Douro analisados foi atribuída ao produtor Prats & Symington, com o Chyseia 2012 (95 pontos), enquanto o segundo lugar foi para a Quinta Vale D.Maria, com o Vinha da Francisca 2012.

A Quinta do Soalheiro e a Quinta da Pedra (da IdealDrinks) foram as escolhidas para liderar entre os vinhos verdes, com o Reserva Alvarinho 2013 e o Alvarinho 2013, ambos classificados com 92 pontos.

Quando a região analisada é a Bairrada, o primeiro lugar foi para a Colinas de São Lourenço, com o vinho Principal Rosé Tête de Cuvée 2012 (95 pontos) e o segundo para o mesmo produtor, com o Principal Grande Reserva 2011, igualmente da IdealDrinks.

A Quinta da Falorca teve o Garrafeira Old Vines 2009 a liderar o grupo de Dão e Beira, com 93 pontos, enquanto a Quinta de Bella Encosta, com o Dom Bella Pinot Noir 2012, foi o segundo classificado.

No Ribatejo, os especialistas italianos gostaram mais do Tejo Trincadeira Preta Vinhas Velhas 2011, da Casa Cadaval, e do Tejo 2008, da Quinta do Alqueve, ambos com 92 pontos.

Na região Alentejo, lideraram, com 92 pontos, a Herdade dos Grous, com o seu Alentejano Reserva 2011, e a Herdade São Miguel, com o Alentejano Reserva 2011.

A degustação dos vinhos foi realizada por três dos especialistas da revista que, depois, na reportagem, vão apresentando as características de cada região, ao mesmo tempo que destacam a evolução de Portugal neste sector.

Para a capa, os responsáveis da "Spirito diVino" escolheram um investidor nos vinhos portugueses, Carlos Dias, presidente da IdealDrinks, uma empresa nacional presente também em Hong Kong, Macau, Brasil e Angola.

Ao longo de quase 40 páginas, os jornalistas apresentam as regiões vitivinícolas portuguesas, mas também falam do país, da cultura e da história, refletidas nas muitas fotografias publicadas de paisagens do Porto, das vinhas, do Douro, do Tejo.

Listam igualmente propostas de restaurantes e hotéis no Douro e no Porto, em Lisboa, Alentejo, Algarve e Madeira, além de lembrarem que a companhia aérea portuguesa tem uma carta de vinhos nacionais, com 13 exemplos na classe Business e cinco na Económica.

Fonte: Lusa

Austrália considera “farsa” comparar carne e tabaco


27/10/2015, 6:56397 PARTILHAS
A Austrália, um dos maiores exportadores mundiais de carne, ridicularizou hoje um relatório da OMS que diz que a carne processada é cancerígena, considerando-o uma "farsa".


A Austrália, um dos maiores exportadores mundiais de carne, ridicularizou hoje um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) que diz que a carne processada é cancerígena, considerando uma "farsa" sugerir que pode ser tão letal como o tabaco. "Não, não deve ser comparada aos cigarros e obviamente isso faz com que tudo isso seja uma farsa — comparar salsichas a cigarros", afirmou o ministro da Agricultura australiano, Barnaby Joyce à rádio nacional.

Lembramos que a classificação da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC, na sigla em inglês) se limita a avaliar as provas científicas que ligam um agente ao aparecimento de cancro e que nada diz sobre o risco que cada agente constitui (como lhe explicamos aqui).

O "mais importante" a fazer é garantir uma "dieta equilibrada", dado que é impossível para os humanos evitar todo o tipo de cancro causado por toxinas na vida moderna, assinalou.

Um estudo divulgado na segunda-feira pela Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro adverte que a carne processada — como bacon, salsichas ou presunto — é cancerígena para os seres humanos e que a carne vermelha "provavelmente" também o é.

O grupo de trabalho da IARC, agência que depende da OMS, teve em consideração mais de 800 estudos que investigaram a associação de mais de uma dúzia de tipos de cancro com o consumo de carne vermelha e de carne processada em vários países e populações com diferentes dietas.

O estudo coloca a carne processada na categoria 1 dos cancerígenos, o mesmo grupo que inclui substâncias como o álcool, amianto e tabaco. "Se pegarmos em tudo o que a Organização Mundial de Saúde afirma ser cancerígeno e tirarmos das necessidades diárias, somos capazes de voltar à caverna", sublinhou ainda o ministro australiano.

Os australianos estão entre os maiores consumidores de carne do mundo. Também têm a oitava maior taxa de incidência de cancro colorrectal.

O relatório da IARC refere que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada — menos de duas fatias de bacon — aumenta em 18% a probabilidade de desenvolver cancro colorrectal (também conhecido como cancro do intestino). No entanto, só quando o relatório for publicado integralmente se poderá perceber o que os autores entendem com este aumento.

O documento foi elaborado por um grupo de trabalho composto por 22 especialistas de dez países, que foram convocados para o Programa de Monografias da IARC, organização com sede na cidade francesa de Lyon.

O grupo de trabalho considerou que existem "provas suficientes" de que a ingestão de carne processada está ligada ao cancro colorrectal.

Indústria da carne diz que é “inapropriado” apontar todas as culpas aos produtos transformados


ANA RUTE SILVA 27/10/2015 - 18:20
Há centenas de empresas a produzir charcutaria em Portugal, onde o consumo per capita de fiambre ultrapassa os dois quilos

 Salsichas, bacon e enchidos são cancerígenos, diz a OMS
Dos industriais da carne, aos empresários da restauração e hotelaria, chegam apelos à calma e críticas ao relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Portugal há centenas de empresas que produzem produtos de charcutaria e enchidos (só a APIC, Associação Portuguesa dos Industriais de Carne, tem 83 associados), algumas com uma presença importante nas prateleiras dos supermercados como a Nobre e a Sicasal. Nenhuma quis prestar declarações sobre os impactos que o relatório da OMS pode ter no consumo (e em consequência nas vendas), remetendo comentários para a APIC.

A associação subscreveu a posição oficial da sua congénere europeia, que considerou "inapropriado atribuir a um único factor um risco aumentado de cancro". "É um assunto muito complexo que pode depender de uma combinação de muitos outros factores como a idade, a genética, o ambiente e o estilo de vida. Não é um único grupo de produtos que, por si só, define os riscos associados à saúde, mas a dieta [alimentar] como um todo, a par de muitos outros factores", defende a Clitravi (Centre de Liaison des Industries Transformatrices de Viande da UE). Por seu lado, a APIC recomendou à OMS uma "abordagem mais holística", considerando "que da vasta fama de produtos de carne produzidos na União Europeia todos têm valor nutricional ideal e cumprem os diferentes requisitos dos consumidores".

Em Portugal produziram-se em 2013 perto de 170 mil toneladas de preparações de carne (incluindo charcutaria), valor record registado pelo INE. Nesse mesmo ano, a empresa de estudos de mercado Nielsen dava conta que, por exemplo, 91,7% das famílias portuguesas consumiam fiambre. O consumo médio per capita é de 2,14 quilos. Os números do INE quanto à produção de presunto mostram que, em 2013, produziram-se 10.535 toneladas, também o mais alto desde 2000.

A OMS também apontou baterias às carnes vermelhas e de porco, produção que representa mais de 8% no total da agricultura europeia. Os maiores produtores de carne de bovino são França, Espanha, Reino Unido e Irlanda que, juntos, têm mais de 70% dos animais. Em Portugal, o consumo anual de carne é de cerca de 100 quilos per capita, dos quais 18,5 quilos são de vaca. Quanto à carne de porco, tem vindo a reduzir a produção na ordem dos 10% na UE, numa altura em que o embargo russo a este produto também coloca desafios aos produtores. Por cá, em 2014, a produção aumentou 4,2% atingindo as 382 mil toneladas.

A preocupação com a alimentação tem estado na ordem do dia e os consumidores são cada vez mais sensíveis aos estudos científicos ou opiniões que todos os dias surgem sobre os benefícios (e malefícios) dos alimentos. Para o director-geral da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Ahresp) o relatório da OMS "deve ser encarado tranquilamente e sem pânico". "Tranquilamente, vamos todos, cada um por si como consumidores, estar sempre atentos, mas sem pânico. O relatório da OMS é positivo. É bom que a população esteja sensibilizada, mas sem pânico", declarou à Lusa, sublinhando que o mais importante é o equilíbrio alimentar.

Tomate de indústria atinge valor «record» em 2015


Out 26, 2015Destaque Home, Notícias0Like
As mais recentes previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicadas em Outubro de 2015, apontam para uma produção «record» de tomate de indústria (1,7 milhões de toneladas).

O relatório do INE refere uma «campanha muito favorável na maçã» que, pela primeira vez, ultrapassou as 300.000 toneladas. O pêssego também «manteve a tendência de crescimento de produção já observada em 2014».

Por seu turno, «as pereiras e os kiwis foram afectados pelas condições climáticas adversas na floração/vingamento do fruto e por problemas fitossanitários». A batata e o milho registaram ambos quebras de 5% na produção. Também nas plantas forrageiras se verificou uma menor produção do que nos anos anteriores.

O INE refere também «aumentos na produção de arroz (+10%, face a 2014) e de girassol (+60%)».

Ao nível do índice de preços no produtor, as alterações mostraram-se mais significativas na batata (+167,5%), no azeite a granel (+39,4%), nos hortícolas frescos (+14,5%) e nos frutos (+9,5%).

Portugal não consegue travar avanço da vespa asiática

26-10-2015 

 
Portugal vai ter de aprender a conviver com a vespa-asiática, insecto predador de abelhas que, além de ser responsável por uma quebra na produção de mel, está também a preocupar as autoridades, pelo à-vontade com que instala os seus enormes e populosos vespeiros em zonas urbanas.

Estas duas características levaram as autoridades nacionais a definirem um plano de acção para controlo desta espécie invasora, que constitui também uma ameaça à biodiversidade e à saúde pública. Mas, no terreno, as organizações de apicultores e os bombeiros, que assumem o trabalho de identificação e destruição de ninhos, queixam-se de falta de apoio, e pedem mais verbas nacionais para uma tarefa que se multiplica de dia-para-dia.

Só neste ano já foram destruídas muitas centenas de ninhos de vespa-asiática nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, os mais afectados pela presença desta Vespa velutina nigrithorax. Não há um número exacto, só os que cada concelho vai revelando. Portugal tem uma plataforma online, a SOS Vespa, para mapear todas as ocorrências, mas esse instrumento está refém da colaboração de cidadãos e instituições na notificação, electrónica, dos casos. Por isso, a informação que ali surge não está actualizada, garantiram ao Público várias entidades que, no terreno, se têm envolvido no combate a esta espécie.

A Vespa velutina é uma espécie exótica, mas não está ainda sequer classificada como tal, no nosso país. Essa prerrogativa de classificação cabe ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, que gere também o sistema de informação SOS Vespa, mas sobre este tema não foi possível, no final da semana passada, obter explicações deste organismo, dado o facto de estar "fora do país" quem as poderia dar, explicou ao Público o gabinete de comunicação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Esta entidade tem um papel de coordenação, no Plano Nacional de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, tal como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), ao qual foi atribuída a coordenação das acções de formação e de divulgação.

No plano que data já de 2014, todo o trabalho de vigilância passiva e activa, controlo e destruição ficou nas mãos dos produtores e das entidades municipais, bem como o grosso da despesa com equipamentos e outros recursos necessários para eliminar esta ameaça que não gosta das zonas frias do interior, mas na faixa atlântica avança para sul ao ritmo de 30 quilómetros por ano. Portugal «perdeu uma oportunidade de controlar com maior eficácia» a expansão da Vespa velutina no território continental, lamenta António Cruz, comandante dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo e um dos homens que, desde 2012, foram obrigados a aprender o mais que pudessem sobre ela, para melhor a combater.

Este insecto foi detectado no final de 2011, precisamente em Viana, numa altura, nota Cruz, em que a sua ecologia na Europa «era já bem conhecida», por via da atenção que em França lhe era prestada há anos. «Tínhamos muita informação disponível. Faltou um ataque mais intenso, coordenado, e com alocação de meios nacionais, para evitar a sua propagação. Mas como isto estava confinado ao Alto Minho, as entidades nacionais demoraram a reagir…», lamenta, numa crítica repetida pelos apicultores da região que desde cedo puseram pés ao caminho e começaram a contactar as associações e universidades de Espanha e de França, país onde numa década a vespa colonizou 70 por cento do território.

Na verdade, e dada a excelente capacidade de adaptação às condições no terreno e o ritmo de reprodução da espécie, António Cruz não sabe se teria sido possível travar totalmente a evolução que o fenómeno teve. «Mas pelo menos saberíamos que tínhamos tentado», insiste. Neste momento, o investigador José Manuel Grosso-Silva, entomólogo do Cibio, centro de investigação da Universidade do Porto, não tem dúvidas de que a parente asiática das vespas que já existem em Portugal veio para ficar, e que neste momento o país vai ter de melhorar os mecanismos de detecção e controlo preventivo.

Fonte: Público

Regadio do Alqueva chega a 10 mil hectares de Reguengos de Monsaraz

 26-10-2015 
 

 
Uma área de cerca de 10 mil hectares no concelho de Reguengos de Monsaraz, Évora, vai poder ser regada pelas águas da albufeira do Alqueva, num projecto promovido pela empresa gestora do empreendimento.
 
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) revelou ter desenvolvido uma solução-base para o Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz e respectivo Bloco de Rega, a qual vai ser apresentada na terça-feira, naquela cidade alentejana.
 
A área abrangida, segundo a empresa, é de aproximadamente 10 mil hectares de «bons solos agrícolas», os quais «poderão ter como origem de água o Sistema Primário de Alqueva».
 
«Os olivais e as vinhas que originam os famosos vinhos produzidos no concelho de Reguengos de Monsaraz vão poder ser regados pela água da barragem de Alqueva», realçou a câmara municipal do concelho alentejano.
 
A sessão, a realizar no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz, a partir das 10:00, vai contar com várias intervenções, após o que, nessa tarde e no dia seguinte, decorre a consulta pública do estudo efectuado.
 
O programa inclui intervenções de vários responsáveis em que vão ser abordadas a caracterização da rede de rega dos blocos de Reguengos de Monsaraz e soluções de financiamento do regadio.
 
O estudo vai estar disponível para consulta pública na CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, na terça-feira à tarde, e no edifício da câmara, na quarta-feira.
 
Na actual campanha de rega, o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva já rega 88 mil hectares. Depois de concluído, no final deste ano, chegará, na campanha de 2016, aos 120 mil hectares que estavam previstos inicialmente no sistema global de rega do projecto.
 
Fonte: Lusa

À segunda-feira a carne não entra


     
Simoneta Vicente Simoneta Vicente | 26/10/2015 12:25 1983 Visitas   
À segunda-feira a carne não entra


Desde que Maria Carlota Clara descobriu a campanha Segundas Sem Carne que baniu por completo os animais e seus derivados, como os iogurtes, leite ou ovos, da lista de ingredientes a usar neste dia da semana. "Para mim, esse dia é absolutamente livre de crueldade", conta ao SOL, explicando que também já cortou no vestuário e no calçado fabricado com pele natural.

Movimento que elimina um dia por semana consumo de carne e peixe está a ganhar adeptos em Portugal. Saúde e defesa dos animais são principais razões.
A jovem de 25 anos, que sempre se considerou sensível à ética animal, conheceu o movimento Segundas Sem Carne através da página do Facebook de um grupo de voluntários de defesa de animais chamada 'Gatos à solta'. Desde então que não tem parado de sensibilizar os amigos e familiares. "Sinto que tem sido mais benéfico para os outros do que para mim porque, de forma geral, tem-me ajudado a transmitir aos outros a importância de reduzir o consumo dos animais, e sobretudo, que não é nada difícil de o fazer. Noto que os meus amigos começam a questionar porque é que o movimento existe e gera debate", garante a empregada de mesa de um restaurante em Lisboa, que graças a ela até já serve pratos vegetarianos.

A razão que levou Gonçalo Jóia, um dos amigos que Carlota já conseguiu convencer, a aderir ao movimento, foi diferente, mas não menos importante: "Simplesmente tento fazer uma alimentação mais saudável, e noto que veio colmatar deficiências de alguns nutrientes e do consumo de vegetais, uma vez que nesse dia é a única coisa que como", refere o estudante de Engenharia de Telecomunicações, de 23 anos.

Desde que se apercebeu que o seu cozinheiro preferido, Jamie Oliver, também já tinha aderido às Segundas Sem Carne, Gonçalo decidiu pôr as suas receitas em prova: "O que mais gosto é a diversidade dos alimentos que permitem a substituição da carne e também dos temperos".

Na verdade, o famoso cozinheiro britânico não é a única cara conhecida a aderir ao movimento. Esta campanha teve início em 2003 nos EUA e já está representada em mais de 30 países e conta com o apoio de inúmeras figuras públicas e de líderes internacionais, como Oprah Winfrey, Al gore, Sir Richard Branson, Gwyneth Paltrow, Emma Thompson e o ex-Beatle Paul McCartney, introdutor do movimento em Inglaterra.

Em Portugal, onde chegou em 2011, são cada vez mais as pessoas que aderem à campanha e que partilham as suas refeições vegetarianas no Facebook e nos seus blogs. É o caso de Joana Roque, autora da página As Minhas Receitas. Há dois anos que reserva pelo menos um dia da semana unicamente à confeção de ementas vegetarianas.

"Têm uma ótima receção. Recebo cada vez mais e-mails dos leitores a dizer que gostam muito da ideia e motivam-me para publicar mais", relata ao SOL. Para esta mãe é um bom exercício para fazer uma melhor utilização dos produtos hortícolas que colhe da sua horta comunitária biológica e uma forma eficaz de proporcionar à família uma "alimentação mais diversificada".

Até agora, apresentar estes pratos mais alternativos ao filho de 2 anos "tem sido uma aventura": "Até fico espantada porque ele gosta mais de legumes do que de carne. Tento educar-lhe o paladar nesta fase em que está a crescer".


Porquê à segunda-feira?

O conceito tem inspiração nas campanhas feitas nos EUA durante a I Guerra Mundial , momento em que as famílias foram incentivadas a reduzirem o consumo de alguns alimentos essenciais: o trigo, à quarta-feira, e a carne à segunda. Nessa altura, 13 milhões de famílias aderiram ao apelo.

Em Portugal, a campanha chegou através do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), partido que ganhou atenção mediática nas últimas semanas por ter elegido um deputado para a Assembleia da República. "Este tipo de campanha, que informa e sensibiliza para uma das grandes questões atuais – o consumo excessivo de carne e os problemas que daí advêm, é uma forma de despertar as consciências e de propor a mudança dos padrões de consumo»", explicou ao SOL fonte oficial do PAN.

Não existe estimativa oficial de quantas pessoas já aderiram às Segundas Sem Carne, sendo certo, porém, que a página portuguesa do movimento já conta com oito mil seguidores.


Benefícios para todos

Ao SOL, Estela Cameijo, licenciada em Ciências da Nutrição, destacou que uma dieta vegetariana permite a "redução de doenças cardiovasculares e cancro", as principais causas de morte em Portugal segundo a Direção-geral da Saúde (DGS).

"Ao optar por pratos vegetarianos, aumenta-se a ingestão de fibra alimentar que está presente na fruta, vegetais, cereais, leguminosas, sementes e oleaginosas", diz a especialista, acrescentando: "É benéfico porque está relacionada com a diminuição de alguns tipos de cancro, redução do desenvolvimento de diabetes, aumento do colesterol HDL, o chamado bom colesterol que mantém as nossas artérias 'limpas' e saudáveis, e redução do peso".

Para além de tudo isto, a nutricionista defende que a alimentação mais vegetariana contribui também para a redução de problemas renais e articulares. "A carne e o peixe são ricos em purina, uma proteína que sobrecarrega os rins. Ao ser processada pelo organismo a purina converte-se em ácido úrico que origina dores nas articulações e as conhecidas 'pedras nos rins'", disse referindo que vários estudos provam também a redução da prevalência de Alzheimer em vegetarianos.

Maria Carlota Clara não tem dúvidas de que, desde que introduziu refeições vegetarianas no seu dia a dia, se sentiu "muito mais saudável", mas não destaca apenas essa mais-valia. "Tornei-me muito mais sensível a outros problemas, como a questão dos animais e do planeta. Por exemplo, adotei a reciclagem, que era algo que não fazia por preguiça".


Porco Ibérico: proposta de IGP conjunta para Portugal e Espanha



 26 Outubro 2015, segunda-feira  Agropecuária
porco
Portugal e Espanha estão atualmente a dar uma série de passos para se constituir uma Indicação Geográfica Protegida (IGP) de carácter multinacional na área do porco ibérico.
O objetivo é integrar os produtores dos dos países, com o objetivo de defender e símbolo de qualidade ibérica e referenciá-lo a uma zona de produção concreta.
Em Espanha, membros da Associação Interprofissional do Porco Ibérico (ASICI) já se reuniram com o Conselheiro para a Agricultura de Castilha La Mancha para pedir apoio institucional a este projeto, que esta associação acredita vir a defender os interesses dos produtores espanhóis e portugueses no mercado europeu e nos países que tenham protocolos especiais com a UE.
Fonte: Agrotec

Produção de azeite aumenta 33%

 26 Outubro 2015, segunda-feira  Agroflorestal


A produção de azeite em Portugal deverá situar-se nas 80 mil toneladas na campanha em curso (2015/16) o que significa um crescimento de 33% face às 60 mil toneladas da campanha anterior.
Numa situação normal seria de esperar uma quebra de preços mas, segundo as contas feitas pela Casa do Azeite (entidade que congrega a produção) e alguns produtores, isso não irá acontecer.
A razão é simples: não há stocks em quantidade nos principais mercados mundiais, nomeadamente em Espanha, Itália e Grécia.
É que, devido às fortes quebras na produção durante a última campanha — da ordem dos 50% em alguns países —, a procura esgotou praticamente a oferta.
Os preços deverão situar-se entre os 3,5 e os 3,8 euros por quilo.
Não muito longe dos quatro euros atingidos em 2014.
Este ano, o pico dos preços foi registado em agosto, tendo atingido os 4,4 euros/kg.
Fonte: Expresso

Eng. Alimentar

Paranhocarnes, S.A. 

Reportando à Direção da Qualidade e Direção Industrial o candidato será responsável por:

- Gestão de stocks de Matérias-Primas, matérias subsidiárias da embalagem primária, secundária, consumíveis de produção e higiene;

- Gestão de stocks de produto acabado;

Avaliação das necessidades ao nível da produção;

- Verificação da monitorização dos PCC's e PPRO's;

- Colaborar na manutenção e melhoria contínua do sistema de Gestão da Segurança Alimentar;

- Receção de matérias-primas e expedição de produto acabado;

- Logística.

 

Perfil do Candidato (m/f):

- Recém-licenciado em Engenharia Alimentar ou similar;

- Formação em Normas e Sistemas de Gestão da Qualidade e HACCP;

- Conhecimento dos referenciais IFS e ISO 22000;

- Organizado(a), responsável, com clara orientação técnica, capacidade

- de comunicação associada às relações interpessoais e de liderança;

- Perfil dinâmico e autónomo;

- CAP de formador (CCP) e CAP de Técnico Superior de HST (preferencial);

- Capacidade de organização e planeamento;

- Disponibilidade para entrada imediata;

- Elegível para Estágio Profissional IEFP.

 

Os interessados devem responder, anexando o seu curriculum vitae atualizado e carta de apresentação/motivação para o e-mail:

Abertura legal para entrada de insetos na alimentação


Hoje às 18:52
O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira uma lista de "novos alimentos", na qual se encontram insectos, fungos, algas e também novas técnicas de composição dos produtos.
 

PAULO WHITAKER/REUTERSVárias culturas usam insetos como alimentos

Os eurodeputados votaram um relatório sobre o projecto de regulamento da UE sobre "novos alimentos", uma categoria que inclui aqueles que não foram consumidos em grande escala na União Europeia (UE) antes de 1997, e visa promover a inovação no sector alimentar.

Nutricionistas congratulam-se com classificação cancerígena de alimentos processados
O diploma foi aprovado por 359 votos a favor, 202 contra e 127 abstenções. O documento vai agora para o Conselho da UE, onde os Estados membros estão representados. Em princípio, o regulamento entrará em vigor no próximo ano.

Segundo esta legislação, procedimentos de autorização para novos alimentos são centralizados a nível europeu através da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA), que será responsável por avaliar a entrada ou não desses alimentos.

Assim, a autorização passa diretamente pela AESA, em vez de ter que ser os Estados-Membros que cuidou do processo, de modo que os aplicativos serão simplificados e alimentos chegam ao mercado mais rapidamente. EFSA deve analisar cada caso para garantir que os novos alimentos não afetam a saúde humana.

Para a eurodeputada do Partido Popular Pilar Ayuso, este acordo "é necessário", uma vez que a legislação sobre o assunto, datada de 1997, está "ultrapassada" . O objetivo é classificar e autorizar novos alimentos que atendam às exigências da segurança alimentar. A eurodeputada sublinhou que este regulamento não é "sobre a clonagem de animais e nanotecnologia, mas para a favorecer a indústria ".

Das fileiras socialistas, Clara Aguilera disse que "certamente houve mudanças tecnológicas que devem ser levados em conta e adaptar as regras" e contam com "sistemas de segurança europeus". Em declarações à EFE, Aguilera sublinhou que a adopção deste relatório é "boa notícia" e sublinhou que nada mais é que "atualizar as regras para esta não estar separada da ciência".

"Há muitas expectativas no setor para o processamento de alimentos novos, e se um novo produto é licenciado é porque ele tem 100% de segurança alimentar garantida". As autorizações serão limitadas e tudo isto levará o seu tempo.

CONFAGRI: NOTA DE IMPRENSA

NOTA DE IMPRENSA

Alarmismo, não!
Informação rigorosa, sim!


A opinião pública portuguesa tem sido confrontada nos últimos dias com notícias, algumas delas tratadas de forma alarmista, com origem na Agência Internacional para a Investigação em Cancro da OMS, referentes ao consumo de carnes vermelhas e processadas.

Dado o impacto que tais notícias têm na população e em especial junto dos consumidores de carnes vermelhas e processadas, a CONFAGRI e a sua Associada FENAPECUÁRIA – Federação de Cooperativas de Produtores Pecuários, entendem que os Ministérios da Agricultura e da Saúde devem desenvolver de imediato uma campanha de informação e esclarecimento rigorosa e cientificamente suportada junto da população portuguesa.

Devemos realçar, que os hábitos alimentares dos portugueses fundamentalmente baseados numa equilibrada dieta mediterrânica são bem diferentes dos de outros países, nomeadamente os que serviram de base a este estudo agora divulgado.

A CONFAGRI recomenda às Autoridades portuguesas uma imediata campanha de esclarecimento.

CONFAGRI, Lisboa, 28 de Outubro de 2015

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Açores reiteram convite ao comissário europeu da Agricultura para visitar região


Lusa 24 Out, 2015, 16:05 | Economia

O secretário regional da Agricultura dos Açores afirmou hoje que vai reiterar o convite feito ao comissário europeu Phil Hogan para visitar o arquipélago, na sequência da deslocação da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu.

"Nós iremos reiterar o convite para que o comissário da Agricultura visite os Açores porque, tomando conhecimento com a realidade, `in loco`, a sensibilização é certamente diferente", declarou à agência Lusa Luís Neto Viveiros.

O secretário regional da Agricultura e Ambiente recordou que, na sequência da sua visita recente visita a Portugal, o comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, manifestou a disponibilidade para se deslocar à região em 2016.

O Governo Regional considera que esta visita é de "extrema relevância" face aos efeitos da crise do mercado do leite, na sequência do desmantelamento do regime de quotas leiteiras por parte da União Europeia (UE), em abril.

Referindo-se à já anunciada visita da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, que decorre em novembro e contempla um encontro com o presidente do Governo Regional, Neto Viveiros afirmou que vai aproveitar para dizer aos eurodeputados que as medidas recentemente adotadas pela Comissão Europeia para o setor do leite se revelam "manifestamente insuficientes".

A Comissão Europeia anunciou em setembro, em Bruxelas, que vai desbloquear imediatamente um pacote de ajuda no valor de 500 milhões de euros para apoiar os produtores agrícolas europeus, sobretudo do setor do leite, face às atuais dificuldades com que são confrontados.

Portugal vai receber 4,8 milhões de euros de ajudas, uma "solução frágil" no entender do executivo das ilhas.

O secretário regional quer o empenho dos deputados do hemiciclo de Estrasburgo para que, no futuro, as medidas do executivo comunitário sejam mais favoráveis às pretensões dos Açores.

Durante a visita da Comissão da Agricultura, Neto Viveiros vai pedir o envolvimento dos eurodeputados no processo de revisão do programa da União Europeia destinado às regiões ultraperiféricas, como os Açores - o denominado POSEI, desencadeado pelo comissário europeu da Agricultura.

Os Açores têm vindo a defender que o POSEI deve contemplar para a região um envelope financeiro suplementar para fazer face aos impactos negativos que o fim do regime de quotas está a provocar na fileira do leite, deixando muitos produtores em dificuldades financeiras.

"Nós vamos continuar na defesa daquilo que entendemos ser uma reivindicação justa dos Açores e dos açorianos, particularmente da fileira do leite, que é o reforço do envelope financeiro para que os produtores da região possam ter mecanismos que minimizem as nossas diferenças, derivadas da situação de `ultraperifericidade` e distância dos mercados, face aos nossos concorrentes europeus", afirmou Neto Viveiros.

De acordo com o responsável, o POSEI, enquanto instrumento para dotar as regiões ultraperiféricas de mecanismos que minimizem as desigualdades para competirem com os seus congéneres europeus, "deverá ter uma atenção particular" ao arquipélago.

A delegação de sete eurodeputados da comissão da Agricultura do Parlamento Europeu, que se desloca a quatro ilhas dos Açores, estará na região entre os dias 02 e 05 de novembro.

Ramirez. A conserveira mais antiga do mundo em laboração tem nova fábrica

Empreendedorismo, inovação, aposta na tecnologia e na comunicação são os fatores de sucesso ao longos dos anos

Manuel Ramirez, presidente das Conservas Ramirez
Rui Oliveira / Global Imagens
24/10/2015 | 00:00 |  Dinheiro Vivo

Foi Sebastian Ramirez, o bisavô do atual presidente da empresa, Manuel Guerreiro Ramirez, quem criou as Conservas Ramirez, em 1853, estabelecendo-se no Algarve, onde instalou a primeira de quatro unidades de conservas que iria abrir. Foi o "empreendedor" da família. E porque a empresa nunca parou, é hoje a conserveira mais antiga do mundo em laboração.
A segunda geração, Manuel Ramirez, foi o "artífice da internacionalização". Fez a primeira exportação, para a África do Sul, em 1890, com a marca Gabriel. Nunca mais parou. Hoje, está em mais de 40 países, com os mercados internacionais a valerem 64% dos 30 milhões de vendas de 2014. Este ano, o mercado nacional reconquistou espaço e deve voltar a valer 50%.
O seu sucessor, Emílio, foi o "estratega da modernização" e Manuel Guerreiro Ramirez assume-se como o homem da tecnologia, que introduziu rigorosos sistemas de controlo de qualidade e de segurança alimentar. E não só. Mudou o paradigma social ao introduzir o primeiro frigorífico industrial numa fábrica. "Sou do tempo em que as fábricas só trabalhavam se houvesse peixe. Hoje tenho três mil toneladas em frio, o que é uma garantia de trabalho", explica.
A empresa chegou a ter seis fábricas nos vários portos do país. A Manuel Guerreiro Ramirez só chegaram duas, que encerrou este ano, ao arrancar com a Ramirez 1853: uma moderna unidade em Matosinhos, com mais de 40 mil metros quadrados de área, 23 mil dos quais cobertos, onde concentrou toda a produção. Um investimento de 18 milhões.
Aí são produzidas as mais de 55 referências diferentes das suas 14 marcas, algumas das quais líderes de mercado. Como a Ramirez nas conservas de sardinha em Portugal, a Tomé, nas Filipinas, ou a centenária Cocagne, no mercado belga. E a quinta geração? "Os meus filhos, Manuel e Vasco, são da era da comunicação. Eu chegava ao final do dia e agarrava-me a fazer os telegramas a "oferecer" a mercadoria. Eles passam o dia ao telefone com os clientes. E têm a videoconferência."

Direcção-Geral de Saúde diz como é que a carne deve ser consumida


Shutterstock
JORNAL I
26/10/2015 17:08

 A Direcção-Geral da Saúde (DGS) considera que o consumo de carne processada não é problemático, desde que seja moderado e em refeições com alimentos protectores, como as frutas e hortícolas.

Pedro Graça, Director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, reagiu desta forma ao anúncio de que a carne processada – como bacon, salsichas ou presunto – é cancerígena para os seres humanos.

A conclusão consta de um estudo hoje divulgado pela Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), o qual alertou que a carne vermelha também é "provavelmente" cancerígena.

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OMS deixa o alerta: carnes processadas provocam cancro
Para Pedro Graça, o anúncio reitera o que há alguns anos os especialistas têm alertado: a relação entre o consumo de carne processada e o risco para o aparecimento de cancros, nomeadamente o cancro colon-retal, mas também o da próstata e do pâncreas.

"A novidade é o grau do reforço" do alerta, explicou o nutricionista, para quem as indicações da DGS nesta matéria vão manter-se e apontam no sentido do consumo moderado deste tipo de alimentos.

"Não é um bife de vaca que, apesar de dever ser consumido de forma moderada, vai provocar o cancro. Agora, o seu consumo deve manter-se ou ser reduzido para até 500 gramas por semana, o que equivale a quatro ou cinco refeições de carne por semana", explicou.

Segundo Pedro Graça, "a alimentação inadequada é dos factores que mais rouba anos de vida às pessoas, nomeadamente aos portugueses".

"Continuamos a comer mais ou menos a mesma coisa, apesar dos alertas", lamentou.

Outra solução defendida pela DGS passa pelo acompanhamento das refeições com alimentos protectores, como os hortícolas e a fruta, que deve estar presente diariamente nos menus dos portugueses.

O documento hoje conhecido foi elaborado por um grupo de trabalho composto por 22 especialistas de 10 países, que foram convocados para o Programa de Monografias da IARC, organização com sede na cidade francesa de Lyon.

O grupo de trabalho considerou que existem "provas suficientes" de que a ingestão de carne processada está ligada ao cancro colo-rectal.

Os mesmos especialistas classificaram o consumo de carne vermelha como "provavelmente" cancerígeno para os seres humanos, com base em "provas limitadas" de que a ingestão deste tipo de alimento pode estar associada ao cancro colo-rectal, mas também ao cancro do pâncreas e ao cancro da próstata.

"Para um indivíduo, o risco de desenvolver cancro colo-rectal por consumir carne processada é pequeno, mas o risco aumenta à medida que aumenta a quantidade de carne consumida", afirmou Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC, citado num comunicado.

E acrescentou: "Tendo em conta o grande número de pessoas que consome carne processada, o impacto global sobre a incidência de cancro é de grande importância para a saúde pública".

Lusa

Nutricionistas congratulam-se com decisão de classificar carnes processadas como cancerígenas



RAFAEL AZEVEDO
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Organização Mundial da Saúde classifica ainda a carne vermelha como potencialmente cancerígena

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas congratulou-se hoje com o facto da Organização Mundial da Saúde classificar os alimentos processados como cancerígenos, e a carne vermelha como potencialmente cancerígena, considerando ser uma oportunidade para aumentar o consumo de hortofrutícolas.

Coube à Organização Mundial da Saúde (OMS) esta classificação, que coloca alimentos como o fiambre, bacon, salsichas ou presunto ao nível do tabaco, em termos de efeitos prejudicais para a saúde de quem os consome.

O estudo da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC, na sigla em inglês) indica que a carne processada é cancerígena para os seres humanos e alerta para o facto de a carne vermelha também é "provavelmente" cancerígena.

"Para os profissionais de saúde, o facto não é novidade"
O relatório referiu que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada -- menos de duas fatias de bacon - aumenta a probabilidade de desenvolver cancro colo-rectal (também conhecido como cancro do intestino) em 18%.

A classificação foi bem recebida pela bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, que não ficou, contudo, surpreendida.

"Há estudos que associam estes alimentos ao cancro, assim como identificam os hortofrutícolas como potenciais diminuidores do risco de doença oncológica", disse à agência Lusa.

Alexandra Bento reconhece que "não é fácil mudar hábitos alimentares de um dia para o outro", mas afirmou ser esta uma oportunidade para recuperar o consumo da dieta mediterrânica, que foi abandonada nos últimos tempos.

"Se sabemos que há uma relação entre os hábitos alimentares e a saúde e que os erros alimentares podem levar a doenças, nomeadamente ao cancro, então devemos pensar nos alimentos que devem ser a base da nossa alimentação", afirmou, numa referência aos hortofrutícolas.

Em relação às carnes vermelhas, a nutricionista diz que esta apenas deve ser consumida esporadicamente.

"Em alimentação não devemos diabolizar alimentos, mas devemos consumi-los com peso e medida"
Alexandra Bento reconhece que "as fileiras vão posicionar-se", numa referência aos produtores destes produtos.

O documento foi elaborado por um grupo de trabalho composto por 22 especialistas de 10 países, que foram convocados para o Programa de Monografias da IARC, organização com sede na cidade francesa de Lyon.

O grupo de trabalho considerou que existem "provas suficientes" de que a ingestão de carne processada está ligada ao cancro colo-rectal.

"o termo carne vermelha está associado a "todos os tipos de carne muscular de mamíferos, como carne de vaca, vitela, porco, carneiro, cavalo ou cabra"
Por sua vez, a carne processada está relacionada com produtos "que foram transformados através de um processo de salga, fumeiro, fermentação ou outros processos para melhorar o sabor ou conservação".

Nesta categoria estão incluídos, entre outros, produtos como salsichas, presunto, carne enlatada, bacon e preparados ou molhos à base de carne.

Alerta da OMS sobre o cancro: a carne processada faz mal?


     
26/10/2015 17:32 7237 Visitas   

Alerta da OMS sobre o cancro: a carne processada faz mal?


A Direção-Geral da Saúde (DGS) considera que o consumo de carne processada não é problemático, desde que seja moderado e em refeições com alimentos protetores, como as frutas e hortícolas.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, reagiu desta forma ao anúncio de que a carne processada - como bacon, salsichas ou presunto - é cancerígena para os seres humanos.

A conclusão consta de um estudo hoje divulgado pela Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), o qual alertou que a carne vermelha também é "provavelmente" cancerígena.

Para Pedro Graça, o anúncio reitera o que há alguns anos os especialistas têm alertado: a relação entre o consumo de carne processada e o risco para o aparecimento de cancros, nomeadamente o cancro colon-retal, mas também o da próstata e do pâncreas.

"A novidade é o grau do reforço" do alerta, explicou o nutricionista, para quem as indicações da DGS nesta matéria vão manter-se e apontam no sentido do consumo moderado deste tipo de alimentos.

"Não é um bife de vaca que, apesar de dever ser consumido de forma moderada, vai provocar o cancro. Agora, o seu consumo deve manter-se ou ser reduzido para até 500 gramas por semana, o que equivale a quatro ou cinco refeições de carne por semana", explicou.

Segundo Pedro Graça, "a alimentação inadequada é dos fatores que mais rouba anos de vida às pessoas, nomeadamente aos portugueses". E "continuamos a comer mais ou menos a mesma coisa, apesar dos alertas", lamentou.

Outra solução defendida pela DGS passa pelo acompanhamento das refeições com alimentos protetores, como os hortícolas e a fruta - que deve estar presente diariamente nos menus dos portugueses.


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O documento foi elaborado por um grupo de trabalho composto por 22 especialistas de 10 países, que foram convocados para o Programa de Monografias da IARC, organização com sede na cidade francesa de Lyon.

O grupo de trabalho considerou que existem "provas suficientes" de que a ingestão de carne processada está ligada ao cancro colo-rectal.

Os mesmos especialistas classificaram o consumo de carne vermelha como "provavelmente" cancerígeno para os seres humanos, com base em "provas limitadas" de que a ingestão deste tipo de alimento pode estar associada ao cancro colo-rectal, mas também ao cancro do pâncreas e ao cancro da próstata.

"Para um indivíduo, o risco de desenvolver cancro colo-rectal por consumir carne processada é pequeno, mas o risco aumenta à medida que aumenta a quantidade de carne consumida", afirmou Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC, citado num comunicado.

E acrescentou: "Tendo em conta o grande número de pessoas que consome carne processada, o impacto global sobre a incidência de cancro é de grande importância para a saúde pública".

Lusa/SOL