quinta-feira, 5 de abril de 2012

Baixa produtividade no Sul da Europa deve-se à agricultura

Grécia e Portugal apresentam as maiores percentagens de trabalhadores
na agricultura, silvicultura e pescas da zona euro
05/04/2012 | 13:06 | Dinheiro Vivo
Um dos maiores problemas das economias do sul da Europa é a falta de
produtividade. Os trabalhadores em Portugal, Grécia, Espanha e Itália
produzem abaixo da média da zona euro por hora trabalhada.
Mas quais as verdadeiras razões para isto acontecer? Os estereótipos
associados muitas vezes ao preconceito, criaram na mente dos
norte-europeus uma imagem de um trabalhador sul-europeu, como sendo
preguiçoso, relaxado e bonacheirão.
Segundo o Wall Street Journal, a explicação é que os sul-europeus
trabalham mais na agricultura, e este sector apresenta per se uma
baixa produtividade, apesar do trabalho árduo.

Grécia e Portugal apresentam as maiores percentagens de trabalhadores
na agricultura, silvicultura e pescas, com 12% e 7% da população
activa, respectivamente, de acordo com dados do Eurostat.
A média da zona euro é de somente 3%. Na Alemanha, por exemplo,
somente 2% dos trabalhadores estão empregados no sector primário.
Espanha e Itália estão ligeiramente acima da média da zona euro, com
4% da força laboral empregada no sector. Mas as regiões menos
produtivas do país, como no Sul de Itália, a percentagem é maior, com
as pequenas quintas a empregarem muitos agricultores.
Na Grécia, as quintas pequenas são comuns, explicando porque é que
existe uma grande percentagem de gregos a trabalhar na agricultura.
Uma paisagem rural com pequenas quintas pode ser um cenário idílico,
mas é na verdade a receita ideal para baixa produtividade. A
produtividade dos trabalhadores aumenta dramaticamente quando estes
vivem em centros urbanos . Agora com a crise a assolar em força a
Grécia, as notícias de um regresso em força ao campo, não são boas
notícias para a economia do país.
http://www.dinheirovivo.pt/Emprego/Artigo/CIECO040852.html

1 comentário:

Anónimo disse...

Timidamente, verifica-se pela rama a situação, e até se apoia em estatísticas o que se afirma. Mas quem faz as estatísticas ou as comenta, situa-se precisamente fora do problema dessa produtividade, e não enxerga mais do que as pequenas quintas ....

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