sábado, 5 de maio de 2012

Amorim compra terras para explorar agricultura em Moçambique

O empresário, que já está na banca e na energia em África, criou uma
empresa para as suas explorações agrícolas


Américo Amorim aposta em África
D.R.
05/05/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Depois da Galp, Américo Amorim tem os olhos postos em África. Nos
últimos meses, o maior acionista da petrolífera nacional acelerou a
compra de terrenos em Moçambique, criando agora uma nova empresa para
a exploração agrícola. Na descrição da sociedade, a que o Dinheiro
Vivo teve acesso, lê-se que a empresa terá vários objetivos: a
produção e comercialização de produtos agrícolas e a importação de
máquinas, entre outras atividades.
Nos estatutos abrem-se ainda outras hipóteses: "A sociedade poderá
participar no capital social de outras sociedades (...), bem como em
agrupamentos complementares de empresas, agrupamentos europeus de
interesse económico, consórcios e associações em participações", lê-se
no documento.

Em Maputo, Amorim já é acionista do Banco Único, onde entrou, em 2010,
com 43 milhões de euros, em parceria com a Visabeira - que tem também
investimentos em telecomunicações, energia e turismo, entre outras.
Para além do Único, Amorim tem mais projetos financeiros nos mercados
emergentes. Com 25% do Banco BIC - que comprou o BPN em Portugal -,
Amorim tem ainda um terço do Banco Luso-Brasileiro, com sede em São
Paulo, onde detém um terço do capital. O investimento mais antigo - e
de onde vem a maior fatia de dividendos - continua a ser a
participação da Amorim no Banco Popular, onde o comendador tem 6,8%,
segundo os últimos dados, de julho de 2011.
5% agora, Sonangol depois?
Nos últimos quinze dias, Américo Amorim passou a ser também o
acionista maioritário e chairman da Galp. Até agosto, o empresário vai
fechar a compra de mais 5% da Galp, ficando com 38% do capital. O
acordo para a saída dos italianos da ENI prevê que Amorim possa
comprar até mais 10,34% da petrolífera num ano, mesmo que haja espaço
para a entrada de um novo parceiro na empresa. Os angolanos da
Sonangol - parceiros na Amorim Energia - são os principais candidatos
a comprar os 18% que a ENI já disse estar disponível para vender,
apesar de assumir que as atuais condições do mercado não são as mais
favoráveis.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO044574.html

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