quarta-feira, 6 de junho de 2012

Universidade do Minho lança projecto para cartografar áreas ardidas

05.06.2012 - 17:49 Por Marta Portocarrero
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O Firemap permite fotografar, georreferenciar e cartografar as áreas
florestais ardidas (Adriano Miranda)
Pela primeira vez em Portugal, vai ser possível conhecer com mais
precisão as áreas florestais ardidas. O Firemap é um serviço, lançado
por duas spin-off da Universidade do Minho, que une a cartografia à
fotografia área, recorrendo a um avião e a um helicóptero não
tripulados.

Chama-se Firemap e é um serviço, pioneiro em Portugal, que permite
fotografar, georreferenciar e cartografar as áreas florestais ardidas.
Fruto da união de quatro empresas portuguesas, duas da Universidade do
Minho (UM), o seu objectivo consiste em "oferecer um serviço com mais
precisão, sendo que, legalmente, as áreas florestais ardidas devem ser
cartografadas", explica Paulo Pereira, promotor da Pangeo e
investigador na UM.


Pangeo, GeoJustiça, da universidade do Minho, GeoAtributo e Passos no
Ar, empresas direccionadas para o planeamento e ordenamento do
território e a produção de imagens aéreas, respectivamente, são as
parceiras no projecto.

Aliando a tecnologia à cartografia, o processo parece simples.
"Tiramos uma fotografia que depois passa para a georreferenciação para
produzir cartografia", concretiza Ricardo Almendra, gerente da
GeoAtributo. Além da cartografia, o serviço permite caracterizar as
áreas ardidas relativamente ao número de incêndios, bio e
geodiversidade existentes e dimensões da floresta afectada.

As fotografias são tiradas com recurso a um helicóptero e a um avião
não pilotados, nos quais são instaladas câmaras de alta definição, que
sobrevoam a baixa altitude as áreas ardidas, resultando,
simultaneamente, numa redução de custos e num maior detalhe da área
captada.

Carla Freitas, fundadora da Geojustiça, destaca vantagens como a
rapidez de monitorização das áreas em causa. "Podemos estar em cima do
acontecimento e ter mais cuidado ou, posteriormente, apostar na
reflorestação", refere. Deste modo, a solução portuguesa é vocacionada
para um público-alvo institucional, englobando diversas entidades como
Gabinetes Técnicos Florestais, a GNR, a Autoridade Nacional de
Protecção Civil, a Autoridade Florestal Nacional e o Instituto da
Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

No futuro, o Firemap pode tornar-se mais eficiente com a introdução de
um novo helicóptero que permite alargar o raio de captação de imagem e
que deve poder ser utilizado "no próximo mês", adianta Nuno Magalhães,
director criativo da "Passos no Ar". "É desejável que o número de
incêndios diminua e esperamos que o nosso projecto possa contribuir
nesse sentido", remata Paulo Pereira, da Pangeo.

http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-inova-na-cartografia-de-areas-ardidas-1549050

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