terça-feira, 30 de abril de 2013

Algarve: Alfarroba para produzir biocombustível

29-04-2013





Um projecto da Universidade do Algarve (Ualg) está a utilizar os
resíduos do fruto da alfarrobeira para produzir etanol, uma iniciativa
que aproveita o facto de serem produzidas 55 mil toneladas de
alfarroba por ano, na região algarvia.

A alfarroba tem várias utilizações, como por exemplo, farinha,
indústria têxtil, farmacêutica e ração animal. Agora, o fruto da
alfarrobeira pode ser também combustível. «Urge, no nosso País, que se
comece a trabalhar para a primeira biorefinaria a partir de resíduos.
E a alfarroba aparece como uma matéria-prima excelente», explicou ao
Economia Verde a professora Maria Emília Costa, responsável científica
da Universidade do Algarve.

Há três anos que o laboratório de biotecnologia ambiental da Ualg está
a trabalhar na fermentação dos restos de alfarroba num processo
químico, para no final extrair álcool. O processo de fermentação, como
se sabe, é muito antigo. O que a Ualg está a fazer é arranjar uma
matéria-prima nova, os resíduos industriais da polpa de alfarroba,
aquilo que a indústria não aproveita, e fazer a transformação do
açúcar existente na polpa em álcool.

O projecto recebeu perto de 150 mil euros de fundos comunitários e, de
acordo com os investigadores da Ualg, pode ser rentável. «Queremos que
este biocombustível aditive a gasolina, em 10 por cento, até 2020»,
explica Maria Emília Costa, que garante que, a partir de 25 mil metros
cúbicos de etanol, o processo fica com viabilidade económica.

O trabalho está praticamente concluído, falta patentear e encontrar um
investidor, mas a equipa de investigadores já tem uma outra ideia,
nomeadamente, misturar alfarroba com soro de queijo, um projecto que
terá, certamente, um futuro internacional.

Fonte: Greensavers

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia46255.aspx

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