domingo, 21 de abril de 2013

Biomassa e biocombustíveis tomam a dianteira do PNAER

2013-04-16
Apesar de o Governo prever uma redução de 18 por cento na capacidade
instalada em tecnologias baseadas em fontes de energia renovável, em
2020, face ao Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis
anterior, a quota de electricidade de base renovável é superior em
cinco por cento, fixando-se agora em 60 por cento, assim como a meta
global a alcançar, que é agora de 35 por cento.

O facto de o documento considerar que existe um excesso de oferta ,
revê-se o preso relativo de cada uma das FER no mix e a sua
incorporação de acordo com o seu custo de produção.

Apenas a meta sectorial para os transportes é obrigatória, já
anteriormente fixada em dez por cento. As medidas passam pela promoção
de veículos eléctricos e pelo aumento de incorporação de
biocombustíveis de primeira geração ou de gerações superiores.
Destaque para o facto de se estimar que a contribuição dos veículos
eléctricos represente apenas 1,2 dos dez por cento.

No eixo da electricidade, há um potencial comprovado de 4 GW de
potência FER para além dos licenciamentos previstos, sendo que pelo
menos 1 GW adicional de potência eólica poderá ser promovido sem
perdas significativas de energia renovável, garantido pelos sistemas
de bombagem do programa nacional de barragens.

O documento estipula a redefinição dos mecanismos de apoio associados
às tecnologias emergentes, reavaliação dos objectivos associados ao
solar, rever metas da micro e mini-produção e estímulo ao
desenvolvimento da biomassa florestal, nomeadamente através da
dinamização do Centro de Biomassa para a Energia.

Em 2011, Portugal contava com 10.623 MW de potência FER instalada, que
permitiu gerar 48 por cento do total da produção bruta de
electricidade nacional. Em 2020, o País deverá registar uma potência
total de 15.824 MW. Em termos de energia eléctrica, o aumento previsto
é de 29 por cento até 2020, correspondente a 32.300 GW.

Relativamente à eólica, prevê-se que estejam instalados até 2020,
5.300 MW de potência, a grande maioria referente a onshore. A
exploração do offshore deverá, até 2020, ter pouca expressão.

Na hídrica, está previsto um total de potência instalada de 8.536 MW
até 2020, dos quais 4.004 diz respeito a capacidade reversível.

Na energia solar poderá ser estudado o alargamento da mini-produção a
potências superiores, mas a construção de centrais solares com
potências superior dependerá da evolução dos custos das respectivas
tecnologias.

Destaque ainda para a biomassa, cuja capacidade instalada total se
prevê que seja de 769 MW em 2020, com a expectativa de que as centrais
do último concurso estejam a funcionar até 2015.No biogás o documento
estima que esteja instalada uma capacidade de 60 MW no mesmo horizonte
temporal.

Com esse plano o Governo espera criar 70 mil novos postos de trabalho
directos e indirectos e irá permitir uma redução da dependência
energética em 74 por cento em 2020.

http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=13473

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