23-03-2016
A Câmara do Montijo anunciou ter aprovado uma moção em que defende ser preciso realizar «todos os esforços» em defesa da suinicultura, destacando a importância que o sector tem no concelho.
«A fileira da suinicultura é fundamental para a economia local e para a manutenção do emprego existente no Montijo. É preciso assegurar o desenvolvimento de todos os esforços por parte da autarquia no sentido da preservação e da defesa da fileira da suinicultura portuguesa e da indústria a ela associada», refere a moção.
O documento, aprovado por unanimidade pelo executivo liderado por Nuno Canta, solicita ao Governo uma «política concertada» com os produtores.
«Os sectores da suinicultura e da indústria de transformação da carne de porco afirmaram-se no Montijo, estabelecendo-se no nosso concelho muitas empresas que são base da nossa economia e emprego», fundamentais «para os restantes sectores, em especial a produção de rações e a prestação de serviços a todos os níveis», salienta.
O documento acrescenta que o sector sofreu transformações nas últimas décadas e enfrenta «enormes dificuldades» devido a «concorrência desleal por países com políticas de desregulamentação, com menos exigências de proteção social e ambiental».
Os produtores têm dificuldades em aceder a alguns mercados importantes e há um problema de «excesso de oferta por parte países excedentários que escoam a sua carne a valores mais vantajosos que os pagos aos produtores portugueses».
A moção vai ser enviada à Presidência da República, à Assembleia da República, ao primeiro-ministro, ao ministro da Agricultura e às associações empresariais representantes dos sectores de actividade envolvidos.
Desde o final do ano passado que os criadores de porcos em Portugal têm vindo a pedir ajuda para o sector, nomeadamente uma linha de crédito bonificado, e que as autoridades trabalhem para abrir novos canais à exportação.
Os produtores querem ainda que o Governo exija na União Europeia o fim do embargo russo aos produtos europeus, que está a agudizar o excesso de oferta na Europa e a baixar ainda mais o preço, obrigando-os a venderem a carne de porco abaixo do custo de produção.
Fonte: Lusa
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