sábado, 11 de novembro de 2017

A maior plantação de canábis em Portugal já está a ser cultivada

Web Summit


Empresa instalou produção de canábis no Parque Tecnológico de Cantanhede, no distrito de Coimbra
Foto: Arquivo Global Imagens


09 Novembro 2017 às 14:00

A maior plantação de canábis para fins medicinais começou a ser cultivada em Portugal há duas semanas e, em breve, serão mais de cem mil plantas.

Depois de um ano a viajar por todo o mundo, a Tilray escolheu o Parque Tecnológico de Cantanhede, no distrito de Coimbra, para instalar a sua produção de canábis. No verão, a empresa canadiana teve luz verde do Governo para avançar com o projeto que, há duas semanas, começou a ganhar forma.

Meta da empresa é ter "mais de cem mil plantas" para exportar
"Começámos a plantar há duas semanas, mas as plantas ainda são muito pequenas. Têm cerca de dez centímetros", contou à Lusa Brendan Kennedy, diretor-executivo da Tilray, no final da sua apresentação na Web Summit, que começou na terça-feira em Lisboa e termina esta quinta-feira.

Dentro de poucos meses, contou, estas plantas "terão entre um a dois metros" e a meta da empresa é ter "mais de cem mil plantas" para exportar para países que a queiram usar para fins medicinais.

Alemanha, Croácia e Chipre são alguns dos países que em breve vão começar a importar canábis plantada em Cantanhede.

A Tilray vai investir cerca de 20 milhões de euros até 2020 num negócio que deverá criar cem empregos.

Também presente na Web Summit, João Moura, presidente do Parque Tecnológico de Cantanhede, o Biocant, acredita que a empresa canadiana poderá vir a contratar investigadores portugueses.

Neste momento, acrescentou João Moura, a Tilray já utiliza os laboratórios do parque para fazer investigação. "A Biocant tem cerca de 300 quadros altamente qualificados e esperamos que a Tilray aproveite esta mais-valia", disse à Lusa o responsável parque tecnológico.

Portugal tem "o clima ideal para o crescimento da planta"
A existência de trabalhadores com formação na área da produção agrícola, assim como a comunidade de investigadores, que "pode levar a cabo investigação nas áreas da biotecnologia e das ciências da vida" foram duas das razões apontadas por Brendan Kennedy para escolher Portugal. A outra razão foi "o clima ideal para o crescimento da planta".

A Web Summit decorreu esta semana no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e termina esta quinta-feira.

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