sábado, 11 de novembro de 2017

Prolongamento do uso de glifosato sem acordo entre Estados-membros da UE



Em protesto, a Greenpeace instalou em frente à sede da Comissão Europeia um posto de consulta para quem quiser fazer análises para verificar eventuais vestígios de glifosato no sangue.


 09.11.2017 10h39

Os Estados-membros da União Europeia não chegaram a acordo quanto à proposta da Comissão para renovar a licença de uso do herbicida glifosato por mais cinco anos. A proposta hoje rejeitada será apresentada no final deste mês perante o comité de recurso, uma instância destinada a apoiar a tomada de decisões em casos sensíveis e problemáticos.

Bruxelas não conseguiu reunir a maioria qualificada necessária para a aprovação da proposta, anunciou a Comissão Europeia.

Uma maioria de 14 países pronunciaram-se a favor da proposta, mas essa votação favorável não é representativa de 65% da população, requisito necessário para a sua aprovação, refere em comunicado a Comissão Europeia.

"A maioria dos Estados-membros (14) apoiou a proposta da Comissão, tendo havido nove votos contra e cinco abstenções" na reunião de peritos do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal.
O resultado da votação foi de imediato divulgado nas redes sociais pela ministra do Ambiente luxemburguesa, Carole Dieschbourg, e pelo o ministro da Agricultura belga, Denis Ducarme.

 
A autorização para a utilização de glifosato expira no próximo 15 de dezembro. Há mais de 1 ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou este produto como "carcinogénio provável para o ser humano e carcinogénio provado para animais de laboratório".

O Governo de Paris já tinha anunciado ontem a oposição a esta proposta de Bruxelas. .

"A França tem como posição os três anos", disse o ministro do Ambiente Nicolas Hulot em entrevista à rádio RMC, sublinhando que se a proposta for diferente, Paris iria "votar contra".

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