quarta-feira, 19 de setembro de 2012

“A sustentabilidade não é inimiga da competitividade”

Entrevista

Cátia Simões e Filipe Garcia
19/09/12 00:05



Atribuir os fundos comunitários a aspectos relacionados com eficiência
energética é positivo para aproveitar os recursos, defende Assunção
Cristas.


Ministra da Agricultura defende a necessidade de promover políticas
verdes nas empresas e entidades e refere a importância da atribuição
de fundos.

Os projectos de sustentabilidade ganham uma relevância ainda maior
numa altura de crise, já que podem até ser a solução para a redução de
custos das empresas. É esta a visão de Assunção Cristas, que
exemplifica as várias políticas levadas a cabo pelo Ministério da
Agricultura. Em entrevista ao Diário Económico, a propósito da edição
deste ano dos Green Project Awards (GPA), a ministra lembra ainda a
importância dos fundos comunitários para ajudar a implementar mudanças
de mentalidade e garante que o Fundo Português de Carbono (FPC) não
está morto.

Neste contexto faz sentido falar de economia verde?
O mais possível. Estes são sempre momentos em que se proporciona uma
reflexão sobre a realidade e a busca de novas soluções. Por exemplo,
reabilitar em vez de construir é, neste momento, uma saída verde, que
aproveita o recurso que já existe, o que é muito positivo porque o que
já está edificado está inserido num tecido urbano consolidado.

Não teme que num momento de austeridade a reacção das empresas seja a
oposta, procurar as soluções que já conhecem?
Depende do que estamos a falar. Se uma empresa quiser procurar uma
sede, em vez de ir para um edifício novo, optar por adaptá-la tendo em
conta preocupações ambientais que lhe vão trazer poupanças
significativas ao nível, por exemplo, da energia, vai diminuir os
custos. Claro que não há receitas mágicas. E por isso é que
iniciativas como os GPA são importantes, porque dão exemplos muito
concretos sobre o que é que se pode fazer para racionalizar os nossos
recursos e ter poupanças significativas. Aí estamos a ajudar as
empresas a ser competitivas. A sustentabilidade não é inimiga da
competitividade.

Que tipo de projectos tem promovido o Governo na lógica do
aproveitamento dos recursos?
A reforma do Estado, o Plano de Redução e Melhoria da Administração
Central do Estado (PREMAC), está a levar a muita reestruturação do
parque imobiliário para juntar organismos dentro do mesmo edifício.

É possível quantificar?
Não lhe consigo dar um valor exacto mas este é um esforço que está a
ser feito por nós e pelos outros ministérios. Estamos a adoptar
medidas como racionalizar a frota automóvel e trabalhar mais em equipa
utilizando os mesmos recursos. Procuramos que as pessoas que estão no
terreno se juntem nos mesmos edifícios para fazer acções conjuntas
através do 'carpooling'. Quando nos deslocamos só vai um segundo carro
quando o primeiro está cheio. O nosso carro é um escritório em
andamento!

O seu Ministério foi um dos primeiros a aplicar muitas medidas, até se
falou muito na medida da gravata... é possível quantificar o impacto?
Olhe, outra! Já nem me lembrava! E o consumo de água da torneira, por
exemplo. Ainda não conseguimos quantificar, mas estas questões casam
com reformas mais profundas, relacionadas com a agilização dos
procedimentos, que terá impacto.

O Ministério tem um orçamento específico para financiar iniciativas como os GPA?
Não há um 'budget' mas há um histórico. Os orçamentos têm vindo a ser
reduzidos, mas tem-se mantido esse apoio. Além disso, há o nosso apoio
institucional inequívoco e isso tem-se mantido.

Há algum projecto que a tenha surpreendido nesta edição?
Apreciei a diversidade temática, ou seja, a sustentabilidade é um
desafio que é transversal. Em todos os domínios temos atitudes,
comportamentos e projectos de sustentabilidade e temos opções que
podemos fazer.

É muito complicado convencer os empresários mais velhos a mudar o modo
de funcionamento das empresas?
É preciso mostrar as boas práticas e como mudanças em determinado tipo
de comportamento podem ser benéficas para o ambiente, mas também para
os custos da empresa. Esse ponto vai muito da replicação do exemplo e
também dos apoios. É por isso que quando olhamos para as oportunidades
dos fundos comunitários, atribuí-los a aspectos relacionados com
eficiência energética é positivo, para aproveitar os recursos.

Na conferência promovida pelo Diário Económico referiu-se à
necessidade de trabalhar em parceria e promover sinergias. Porquê?
Há muito conhecimento em Portugal que beneficia se for partilhado. Se
trouxermos as pessoas para partilhar esse conhecimento mais resultados
teremos. Não temos uma população muito grande, mas temos massa crítica
para, trabalhando entre si e com a de outros países, trabalharmos com
impacto.

O que aconteceu ao Fundo Português de Carbono(FPC)?
O FPC tem projectos que apoia e cooperação a nível internacional. Há
projectos que estão concluídos, outros que estão em marcha. O fundo
existe, tem os seus recursos, limitados mas os seus recursos, e está
muito atento a oportunidades de apoio.

O presidente da APA, Nuno Lacasta, referiu que as acções foram
vendidas a um preço que agora não justifica a entrada de novos
investidores...
O preço do carbono baixou muito. A discussão que se tem na União
Europeia é como é que tornamos esses activos apelativos quando o preço
era suposto ser um e baixou radicalmente. Há créditos de carbono
atribuídos a países que ainda tinham um grande desenvolvimento a fazer
e, com o próprio valor do carbono a nível internacional e num contexto
de recessão, há menos necessidades de atribuir créditos de carbono. Se
o carbono tiver outro valor mais capacidade nós teremos para actuar.
Ao valor a que está neste momento acaba por não ser o instrumento que
se tinha planeado inicialmente.

http://economico.sapo.pt/noticias/a-sustentabilidade-nao-e-inimiga-da-competitividade_152101.html

Hortas sociais: O regresso à agricultura nas cidades

Publicado por Jornal O RibatejoFotogalerias, twitter,
ÚltimasTerça-feira, Setembro 18th, 2012

Reportagem de Vanessa Colaço
vanessa.acolaco@gmail.com
Enquanto prepara o terreno para plantar hortaliças, Manuel perde-se em
memórias de infância que surgem ao ver uma criança de meses que se
embrenha na terra em brincadeiras. Estamos nas Bio Hortas Urbanas de
Almeirim um espaço que reúnem gerações.
Candidataram-se ao programa e, agora que receberam uma horta para
cultivar, partilham a tarefa com familiares e amigos num total de
cerca de 150 pessoas envolvidas no cultivo das 60 hortas, só no
município de Almeirim. Os números demonstram um claro interesse pela
agricultura em concelhos urbanos historicamente ligados à atividade,
mas onde atualmente esta constitui apenas uma pequena parte da
ocupação laboral, com a predominância dos setores secundário
(indústria) e terciário (serviços).
Cartaxo, Rio Maior, Almeirim e Santarém são exemplos de concelhos que
abraçaram este projeto de desenvolvimento sustentável que visa o
aproveitamento de espaços na periferia ou centro das cidades.
No passado mês de abril, a iniciativa arrancou na zona norte da cidade
de Almeirim onde uma área de 1.516m2 foi dividida em 60 lotes
distribuídos gratuitamente. Para que a exploração fosse feita à luz da
agricultura biológica foram organizadas quatro sessões de formação, em
sala e no terreno, um complemento educativo que surgiu da parceria
entre a Câmara Municipal e a Agrobio – Associação Portuguesa de
Agricultura Biológica.
Meses depois, o conceito deu frutos no concelho do Cartaxo, por
iniciativa da Eco Cartaxo – Movimento Alternativo Ecologista, e
começaram a ser cultivados na Quinta das Pratas, inicialmente, 14
talhões. Os valores do campo foram redescobertos e a adesão dos
habitantes foi uma boa surpresa para os seus empreendedores.
Rapidamente, foram preenchidos os 22 espaços disponíveis, atingindo-se
os 100% de ocupação. Estima-se que estejam envolvidas nesta iniciativa
entre 50 a 60 pessoas, que perfazem um grupo heterogéneo englobando
diferentes níveis sociais, de formação e faixas etárias, à semelhança
do que acontece nas restantes hortas da região. O fim primordial dos
alimentos é o consumo familiar, apesar de ser permitida a
comercialização dos produtos.
Em Rio Maior, a iniciativa avançou com a distribuição de 31 talhões,
dos 44 disponíveis. O terreno com cerca de 1.800m2 dispõe de
abastecimento de água, uma zona de compostagem e arrumos.
A antiga Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, foi o primeiro
local a receber um projeto desta natureza. Levado a cabo pela Casa
Solidária das Artes e Ofícios, o projeto, na altura pioneiro, data de
2011. Ao contrário dos exemplos anteriores, as hortas foram criada
estritamente numa prestativa de apoio social a famílias afetadas pelo
desemprego ou em situação de carência socioeconómica. Aqui encontraram
uma ocupação que ajuda a manter hábitos de trabalho e proporciona a
aquisição de competências profissionais, no âmbito da agricultura
tradicional. Têm neste momento 8 talhões ocupados, bem como
laranjeiras e limoeiros a serem cultivados no espaço comunitário. Os
22 lotes ainda disponíveis aguardam a ocupação e exploração por parte
de famílias em dificuldades interessadas na atividade agrícola.
As hortas comunitárias são uma realidade um pouco por todo o pais e
chegaram ao Ribatejo para promover uma alimentação saudável e um novo
conceito de comunidade, baseado no estreitamento de laços entre
habitantes e na otimização da qualidade de vida nos centros urbanos.
O espírito comunitário que se vive entre os horticultores estende-se à
manutenção, feita de forma participada e à aprendizagem conjunta,
usufruindo da sabedoria dos mais experientes. Cultivam e consomem os
frutos do próprio trabalho numa experiência que será, no mínimo,
enriquecedora. A obtenção dos lotes não está dependente de qualquer
pagamento e os critérios de seleção baseiam-se na ordem de chegada das
inscrições e na proximidade da residência ao local das hortas.
Contudo, os materiais necessários são da responsabilidade do
horticultor que, caso não os possua, terá de os adquirir.

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SLIDESHOW: FULLSCREEN:
Bio Hortas crescem em Almeirim
Com apenas seis meses de existência, as Bio Hortas Urbanas de Almeirim
registam bons resultados em termos de produção e satisfação dos
participantes, o que leva o vice-presidente Pedro Ribeiro a considerar
que esta foi uma "aposta de sucesso".
"Em 10 dias distribuímos todas as hortas e já temos lista de espera.
Estamos a projetar numa zona circundante, que estava prevista para
outro tipo de intervenção, o aproveitamento de mais espaços para
tentar reduzir a lista de espera", explica Pedro Ribeiro.
O município procurou atender a três vertentes essências. "O facto de
sermos um concelho agrícola e maior parte das pessoas de gerações mais
avançadas terem tido, com alguma regularidade, contacto com o campo
foi um dos motivos pelos quais quisemos permitir o regresso das
pessoas à terra e à agricultura. Por outro lado, o facto de as hortas
serem um complemento aos orçamentos familiares que, ao final do ano,
pode representar uma poupança de centenas de euros acabando por
consumirem alimentos de qualidade superior. Por fim, uma componente de
interação social. Há gente passa o dia inteiro nas hortas, o que para
49m2 parece um abuso, mas estão ali sobretudo pelo convívio",
esclarece Pedro Ribeiro.
Havia pouca convicção no bom resultado deste projeto devido ao facto
de o terreno, ao fundo da Avenida da Liberdade, ter sido durante anos
um depósito de lixos, ser um terreno árido e com eucaliptos que sugam
a água e os nutrientes da terra. Depois de um trabalho de
aproveitamento, que incluiu a desarborização, regularização e
abastecimento de água, nasceram as Bio Hortas e preparam-se agora para
aumentar o espaço de cultivo.
Numa segunda fase do projeto, está a ser pensada a expansão para mais
do dobro dos talhões, ainda sem aprovação nem previsão de datas. A
próxima melhoria efetiva será a colocação de uma casa de banho, um
pequeno telheiro para servir de espaço de refeições e, possivelmente,
um pequeno grelhador.

Jovens querem cultivar a terra
A maior surpresa foi o interesse dos jovens nesta experiência
agrícola. No concelho de Almeirim 58% dos horticultores têm menos de
45 anos e apenas 13, dos 60 inscritos, se encontram reformados ou
desempregados. Os jovens casais que aderiram a esta iniciativa trazem
os seus filhos para cultivar os alimentos que depois consomem em suas
casas.
"É muito interessante ver aqui crianças de três ou quatro anos, e
sentir que estas gerações se estão a aproximar da terra. Alguns pais
dizem que os filhos preferem vir para a horta do que ir para o ATL",
explica Vera Nunes, uma jovem engenheira do ambiente que faz o
acompanhamento das bio hortas.
"Há um convívio enorme e principalmente entre pessoas com mais idade,
que se dispõem a ajudar, e os jovens, que estão recetivos, havendo uma
partilha muito grande de experiências", o que leva a engenheira a
acreditar que a interação e diferença de idades entre os horticultores
são os motivos para o sucesso da iniciativa.
As normas neste espaço são simples e a regra-chave é a não utilização
de qualquer tipo de produtos químicos nas colheitas, algo que vai
totalmente contra as práticas biológicas. Para além disso, preza-se a
manutenção e preservação do local e o máximo respeito pelos espaços
alheios e comuns. A revitalização do terreno foi possível devido ao
empenho de todos, a ajuda dos conhecimentos de adubagem e agricultura
biológica, o envolvimento e disponibilidade dos especialistas que têm
acompanhado todas as fases do processo.

http://www.oribatejo.pt/2012/09/hortas-sociais-o-regresso-a-agricultura-nas-cidades/

Movimento exige garantia de caudais que travem salinização dos solos à beira Tejo

Sociedade 16 Set 2012, 09:00h


O movimento ambientalista ProTEJO exige que os governos português e
espanhol esclareçam se a revisão da Convenção de Albufeira irá
garantir os caudais de chegada à foz necessários para evitar a
salinização dos solos ribeirinhos do Tejo.

Numa nota em que denuncia uma falta de caudal em toda a extensão do
rio Tejo em 2012 como nunca se viu antes, a ProTEJO quer que as
autoridades dos dois países não se escudem meramente nas condições de
seca extrema e que expliquem às populações ribeirinhas o futuro que
está reservado ao rio Tejo.

Em concreto, o movimento pergunta se existem "alternativas para suprir
a procura de água para abastecimento humano além da fornecida pela
Barragem do Castelo de Bode" e se esta barragem "fornece os adequados
caudais ecológicos durante todo o ano hidrológico".

Questiona ainda se a revisão da Convenção de Albufeira "introduz os
caudais de chegada à foz de forma a evitar uma maior intrusão da cunha
salina", que está a tornar incultiváveis cada vez mais terrenos.

O comunicado refere que, desde 2009, o Governo tem sido interpelado
sobre o regime de caudais em vigor e sobre o seu cumprimento por parte
das autoridades espanholas por deputados do BE, do PCP, dos Verdes, do
PS e das autarquias que integram o proTEJO (Comunidade Intermunicipal
do Médio Tejo, municípios de Abrantes, Chamusca, Golegã, Mação, Vila
Nova da Barquinha e suas freguesias).

"Hoje, esta realidade é mais óbvia com um escasso nível de caudal que
permite uma maior intrusão salina para além das terras de Vila Franca
de Xira, tornando incultiváveis cada vez mais terrenos e colocando em
risco empresas agrícolas e agroalimentares, bem como os postos de
trabalho que defendem em plena crise económica onde estes são de já
por si escassos", afirma a nota.

Refere ainda a "impossibilidade dos recursos hídricos de afluentes do
Tejo serem vertidos no seu leito, visto que a barragem do Castelo de
Bode armazena a água do rio Zêzere necessária ao abastecimento humano
de muitos portugueses, em especial de Lisboa".

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=53621&idSeccao=479&Action=noticia

Gala Anual da Cortiça presta homenagem a individualidades e entidades

A Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) vai promover, no próximo
dia 21 de Setembro, a 3ª Gala Anual da Cortiça. Este evento, que se
repete pelo terceiro ano consecutivo, terá lugar no Edifício da
Alfândega do Porto, Sala do Arquivo, e tem como objectivo valorizar e
reconhecer a excelência de personalidades e/ou entidades que, nos
últimos anos, se destacaram e contribuíram para a promoção,
desenvolvimento e crescimento do sector e da fileira da cortiça.

A APCOR elegeu sete categorias de Prémios que pretendem distinguir
diferentes áreas do saber, sendo:

Prémio Inovação (visa reconhecer a inovação do processo de fabrico ou
apresentação de um novo produto);
Prémio Floresta (visa reconhecer novos investimentos e introdução de
novas metodologias de gestão no montado);
Prémio Conhecimento (pretende reconhecer a investigação e procura de
conhecimento sobre a fileira da cortiça);
Prémio Informação (visa reconhecer informação de carácter jornalístico
ou equivalente relevante sobre a cortiça);
Prémio Revelação (visa reconhecer qualquer tipo de iniciativa inédita
que utilize a cortiça);
Prémio Mérito (pretende reconhecer o trabalho desenvolvido dentro de
uma área de saber e com o recurso à cortiça);
Prémio Rolha de Cortiça (visa reconhecer o esforço de promoção da
rolha de cortiça).
O júri da Gala é constituído pelo presidente da Apcor, João Rui
Ferreira, por Helena Pereira, ex-Reitora da Universidade Técnica de
Lisboa e professora do Instituto Superior de Agronomia (ISA), e
Armando Sevinate Pinto, actual assessor do Presidente da República e
ex-ministro da agricultura.

Para o presidente da Apcor "este será um momento de prestígio e de
orgulho, uma vez que será um momento único para enaltecer o que de
melhor se tem feito no sector da cortiça." "É pois mais uma iniciativa
que eleva a cortiça aos mais altos padrões da qualidade e que pretende
ser também um incentivo para que as entidades externas ao sector e nas
mais diversas áreas continuem a promover e a divulgar a cortiça, a
investigar e a informar sobre este produto inigualável."

A Gala conta com uma forte participação dos associados da Apcor bem
como de convidados externos, estando confirmada a presença, entre
outros, da Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território, Assunção Cristas.

Fonte: apcor

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/19.htm

Agricultura: CONFAGRI acusa Governo de atacar produtores de leite e agricultores

14:32 Sexta feira, 14 de setembro de 2012
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Comente
Lisboa, 14 set (Lusa) - A Confederação das Cooperativas Agrícolas
(CONFAGRI) acusou hoje o Governo de atacar a produção leiteira e
agrícola ao adotar legislação que limita a utilização de efluentes
pecuários e obriga a recorrer a adubos químicos, com custos económicos
e ambientais.

A CONFAGRI considera que as novas regras "são um pesado fardo para os
produtores agrícolas e pecuários em áreas classificadas como
vulneráveis aos nitratos" e não têm "fundamentação científica sólida",
pondo em causa a produção de leite em vastas áreas da bacia leiteira e
a produção agrícola "em alguns dos melhores solos do país".

Segundo a CONFAGRI, a legislação - que resulta das recomendações -
limita a utilização de efluentes pecuários, "um excelente fertilizante
do solo", obrigando os produtores a adquirir adubos químicos.

http://expresso.sapo.pt/agricultura-confagri-acusa-governo-de-atacar-produtores-de-leite-e-agricultores=f753315

Industriais portugueses desconhecem fabricante de queijos com "listeria"

Publicado ontem



22 1 0
A associação portuguesa de industriais de laticínios desconhece os
queijos feitos em Portugal nos quais as autoridades espanholas
detetaram a bactéria "Listeria Monocytogenes", mas garantem que se
trata de uma situação pontual.


foto HENRIQUES DA CUNHA/ARQUIVO GLOBAL IMAGENS

Bactéria detetada em queijos frescos

"Desconhecíamos os produtos e que fossem fabricados em Portugal. Já
pedimos à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
informação sobre quem é o fabricante", declarou à agência Lusa Pedro
Pimentel, presidente da Associação Nacional dos Industriais de
Laticínios (ANIL).

Segundo o responsável, deverá tratar-se de uma empresa de pequenas
dimensões ou até de produtos feitos em Portugal mas por uma empresa
espanhola. "Do que sabemos, não nos parecem queijos direcionados ao
mercado português", adiantou.

Pedro Pimentel salienta que não se trata de um problema genérico do
queijo fresco, nem do queijo português, mas antes um pequeno surto,
localizado e que já foi identificado.

"É uma situação pontual, localizada e identificada. E bactéria em
causa não está associada à matéria-prima nem ao material de embalagem,
mas pode estar existir uma contaminação num ponto da instalação
fabril", explicou.

Segundo as autoridades espanholas, os produtos afetados são o queijo
fresco "El sabor de la casa" (lotes 12267 e 12291), "Queso costeño
nativo" (lotes 12245 e 12287) e "Queso fresco latino Estilo
tradicional" (lote 12296).

O produto, que já foi retirado do mercado, foi fabricado em Portugal e
distribuído na sua maior parte a estabelecimentos de especialidades
lácteas em várias comunidades autónomas espanholas, bem como em Itália
em Portugal.

A bactéria em causa pode provocar listeriose, que se transmite
precisamente pela ingestão de alimentos contaminados, sobretudo leite
não pasteurizados, vegetais crus mal lavados ou alimentos processados
(como charcutaria).

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a doença tem um período médio de
incubação de três semanas. Tal como a maioria das infeções de origem
alimentar, tem um curso clínico benigno, caracterizado por síndroma
febril agudo, por vezes acompanhado de diarreia.

A doença com evolução grave é mais frequente em grávidas,
recém-nascidos ou adultos com o sistema imunitária debilitado.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2776649&page=-1

Queijo Serra da Estrela: Produtores apostam na certificação para garantir qualidade ao consumidor

A adesão de produtores de queijo Serra da Estrela ao processo de
certificação que garante a qualidade do produto produzido naquela
região demarcada está aumentar, visando a consolidação junto dos
consumidores.

"Temos 21 produtores a produzir o queijo com certificação nos
concelhos de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Trancoso, Gouveia,
Seia, Oliveira do Hospital, Nelas e Penalva do Castelo", disse à
agência Lusa Célia Henriques, técnica da Estrelacoop - Cooperativa dos
Produtores de Queijo da Serra da Estrela, com sede em Celorico da
Beira.

Segundo a responsável, ultimamente "tem aumentado a adesão dos
produtores à certificação" e, só no último ano, "aderiram quatro".

A técnica da entidade gestora do processo de certificação observou que
o número de queijarias certificadas tem vindo a aumentar porque a
qualidade do produto fica assegurada junto do consumidor.

"O certificado fica mais caro para quem produz e também para o
consumidor, mas tenho sempre o escoamento garantido", disse o produtor
Júlio Ambrósio, de Prados, Celorico da Beira.

A certificação tem mais encargos para o produtor, mas acaba por ser
"uma segurança para o comprador, porque sabe o que compra", sublinhou.

Nem todos os produtores, porém, valorizam a certificação, por
representar mais gastos.

"Neste momento não estou a certificar. Já certifiquei e poderei voltar
a certificar. Deixei de o fazer porque temos custos acrescidos com a
certificação e, depois, não é valorizado pelo mercado", justificou
Élio Silva, de Seia.

Entretanto, apesar de haver menos rebanhos na região e de a produção
leiteira ser menor, a feitura de queijo não diminuiu, porque o leite
de ovelha está a ser canalizado para a produção artesanal, dado que as
fábricas estão a optar por comprá-lo em Espanha.

"A produção de queijo Serra da Estrela tem sido à volta de 120 mil
unidades por ano", adiantou Célia Henriques, da Estrelacoop.

Nos 18 concelhos que integram a região demarcada de produção existem
cerca de 80 mil ovelhas das raças Serra da Estrela ou churra
bordaleira, segundo dados da Associação Nacional de Criadores de
Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE), que tem 3.500 associados.

Algumas das queijarias tradicionais, que estão a utilizar a
denominação de origem "utilizam só o leite da sua exploração, mas
outras já recorrem a leite dos vizinhos que deixaram de fazer queijo",
indicou Rui Dinis, secretário executivo da ANCOSE.

O pastor Norberto Pereira, 29 anos, de Vila Ruiva, Fornos de Algodres,
tem 88 ovelhas e sempre vendeu o leite para um produtor artesanal,
justificando a opção por "não ter condições para fazer o queijo".

A região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela integra os
concelhos de Guarda, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Gouveia,
Manteigas, Seia, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Mangualde,
Covilhã, Carregal do Sal, Nelas, Trancoso, Aguiar da Beira, Arganil,
Tábua, Tondela e Viseu.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/18.htm

Finalista de agronomia investe 100 mil euros para provar que a agricultura tem futuro

Por Agência Lusa, publicado em 18 Set 2012 - 13:47 | Actualizado há 11
horas 50 minutos
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Um jovem de 23 anos, de Penafiel, finalista de agronomia em Coimbra,
investiu mais de 100.000 euros numa exploração de vinha e de milho
para provar que a agricultura tem futuro em Portugal.

"Sonhei, desde pequeno, estar ligado à área, primeiro como veterinário
e agora isto", disse à Lusa, enquanto mostrava, orgulhoso, a sua
exploração em S. Mamede de Recesinhos.

"Os terrenos são dos meus pais, mas o investimento que aqui vê foi
idealizado por mim", contou.

Filho de lavradores ainda no ativo, Luís Landreiras acredita que
Portugal, em especial a região norte, tem grande potencial agrícola,
convicção que, frisou, tem consolidado na formação académica, em
engenharia agrónoma, que está quase a concluir.

"Sempre ouvimos, aqui na terra, que a agricultura era empobrecer
alegremente. Lá [na faculdade], o primeiro impacto é que a agricultura
é importante para o nosso país e para o mundo. Isso abriu-me os olhos
e a perspetiva de uma vida ligada a isto", afirmou.

"Podemos ser autossuficientes em grande parte das coisas", lembrou,
criticando que o país ainda tenha apoios à não produção, obrigando à
importação e ao abandono dos terrenos férteis.

Sentado no trator, alertou, preocupado: "Hoje vemos terrenos
abandonados, há fome e compramos tudo aos países estrangeiros".

Fazendo uma longa pausa para ponderar e olhar o horizonte de hectares
de vinha nova, lamentou: "Assim, o nosso país vai-se afundando".

Mas para provar que a agricultura também pode ser um "futuro risonho"
para os jovens, Luís avançou com uma candidatura ao programa Vitis,
num valor superior a 100.000 euros, para plantação de seis hectares de
vinha, com as castas de vinho verde de melhor qualidade na região.

Decidiu não solicitar o apoio da banca, optando por pedir o dinheiro
emprestado aos familiares, enquanto aguarda, por entre "um mar de
papelada", receber a comparticipação.

"Até agora já fiz um investimento brutal e não tive qualquer apoio",
disse, acrescentando prontamente:

"É vinha nova. Isto é só o começo. Só daqui por cinco anos é que
tirarei rentabilidade disto, mas vou recuperar", observou,
mostrando-se confiante de que a Quinta da Aveleda, maior exportador
nacional de vinho verde, poderá constituir um dos seus melhores
clientes.

Quando os estudos permitem, como nas férias e ao fim de semana, o
futuro engenheiro agrónomo dedica o tempo livre, quase na totalidade,
ao "trabalho duro" na quinta.

Para já, conta com a ajuda dos pais, de outros familiares e de uma
"colaboração muito especial", a sua namorada, também estudante de
agronomia, residente a poucos quilómetros, em Vila Meã, Amarante, e
igualmente apaixonada pela lavoura.

"É um orgulho muito grande e um bem-estar enorme trabalhar aqui. Mesmo
com o frio ou com chuva, não custa", exclamou.

Luís Landreiras também tem orgulho na exploração de dois hectares de
milho forrageiro, próprio, explicou, para a alimentação de animais, na
freguesia vizinha de Croca.

Mergulhando determinado num mar imenso de milho verde, exibiu com as
suas próprias mãos a qualidade da espiga. O jovem disse acreditar no
potencial desta cultura, até porque poderá constituir, no futuro, um
ótimo apoio para o investimento que conta fazer na criação de bovinos,
aproveitando as condições que a casa dos pais já proporciona.

"Tenho muitas ideias e muitos projetos para o futuro", concluiu.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
aplicado pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/dinheiro/finalista-agronomia-investe-100-mil-euros-provar-agricultura-tem-futuro

Fogos florestais causaram 13,4 milhões de euros de prejuízo diz câmara de Ourém

Lusa
18 Set, 2012, 20:02

A Câmara de Ourém revelou hoje que os incêndios que deflagraram no
concelho entre 02 e 07 de setembro causaram um prejuízo de 13,4
milhões de euros.
Segundo um comunicado da autarquia, o relatório dos danos causados
pelas chamas aponta também para uma área ardida de 6.622 hectares nas
freguesias de Casal dos Bernardos, Cercal, Espite, Gondemaria, Matas,
Olival, Ribeira do Fárrio e Urqueira.

O documento, que foi já entregue ao Governo, refere que "os prejuízos
são muito elevados, pelo que se considera importante a elaboração de
um plano de intervenção que contemple" as medidas urgentes e
estruturais "a executar em dois tempos distintos".

A autarquia salientou que o plano de intervenção "deverá ainda
integrar o recurso a fontes de financiamento externo, em função das
áreas afetadas".

No relatório destaca-se, no âmbito social, a morte de uma pessoa, "a
destruição de uma fábrica e o expectável desemprego dos 35
colaboradores", que resultaram de incêndios que ficaram também
marcados pela queda de um helicóptero e pela mobilização de 10 meios
aéreos e de 1.054 operacionais.

A Câmara de Ourém contabilizou ainda danos com a infraestrutura da
rede de abastecimento de água no valor de 55.227 euros e um
investimento de 148.797,58 euros na operação de combate aos fogos.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=588154&tm=8&layout=121&visual=49

Medidas tomadas sobre queijo contaminado garantem saúde pública

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária assegura que já foram
tomadas medidas para proteger os consumidores em relação ao queijo
contaminado.
17:09 Terça, 18 de Setembro de 2012
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A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) garantiu hoje, a
propósito do queijo contaminado (listeria monocytogenes) fabricado em
Portugal, que medidas já aplicadas asseguram "a proteção de saúde dos
consumidores".

"Face às medidas tomadas e à celeridade com que as mesmas foram
implementadas, a DGAV está em condições de assegurar que de acordo com
a avaliação da rastreabilidade dos lotes contaminados, não existem
atualmente produtos no mercado nacional, estando assim asseguradas as
medidas necessárias para a proteção da saúde dos consumidores", indica
a DGAV em comunicado enviado à agência Lusa.

Entre as medidas tomadas estão a "promoção da recolha para destruição
dos cinco lotes contaminados vendidos para Espanha que perfaziam um
total de 6500 quilogramas", a "suspensão imediata da laboração do
estabelecimento produtor" e a "colheita de amostras de alimentos,
utensílios e superfícies para identificar a causa do problema".

Alerta de Espanha

Existe - segundo a DGAV - um "acompanhamento de todas as medidas
tomadas" para resolução da situação, nomeadamente a descontaminação de
todas as áreas de laboração, sendo que a produção de queijos "só
poderá ser reiniciada após análises negativas a utensílios e
superfícies".

Os produtos só poderão ser colocados novamente no mercado após
resultados conformes, assegura a DGAV.

Tudo começou quando a autoridade competente Espanhola, a AESAN,
notificou a DGAV, através do sistema RASFF (sistema rápido de alerta
para perigos nos alimentos) que tinha identificado queijo produzido
num estabelecimento português com contagens de Listeria monocytogenes
acima do legalmente permitido, o que levou a DGAV a acionar de
imediato as medidas tidas por necessárias para a salvaguarda da saúde
pública.

Entretanto, as amostras colhidas estão a ser processadas no
laboratório de microbiologia do Instituto Nacional de Saúde Ricardo
Jorge, não estando ainda disponíveis resultados.

Produto retirado do mercado

De acordo com notícias divulgadas na segunda-feira pela agência EFE, o
produto (já retirado do mercado) foi fabricado em Portugal e
distribuído na sua maior parte a estabelecimentos de especialidades
lácteas em várias comunidades autónomas espanholas, bem como em
Itália.

A bactéria em causa pode provocar listeriose, que se transmite
precisamente pela ingestão de alimentos contaminados, sobretudo leite
não pasteurizados, vegetais crus mal lavados ou alimentos processados
(como charcutaria).

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a doença tem um período médio de
incubação de três semanas. Tal como a maioria das infeções de origem
alimentar, tem um curso clínico benigno, caracterizado por síndroma
febril agudo, por vezes acompanhado de diarreia.

Último surto de listeria em 2010

A doença com evolução grave é mais frequente em grávidas,
recém-nascidos ou adultos com o sistema imunitária debilitado.

"O último surto conhecido de listeria em Portugal ocorreu em 2010 na
região de Lisboa e Vale do Tejo, tendo terminado com o encerramento da
queijaria responsável pela transmissão da bactéria.

Segundo recordou à agência Lusa Cristina Santos, da Direção-Geral da
Saúde (DGS), tratou-se de um surto com 24 casos que ainda se prolongou
até 2011 e desde aí não houve mais registos de casos em Portugal.
Contudo, Cristina Santos lembra que a listeria não é uma doença de
declaração obrigatória e que, geralmente, o seu curso é benigno.



http://expresso.sapo.pt/medidas-tomadas-sobre-queijo-contaminado-garantem-saude-publica=f754157

“O financiamento é o problema número um do país”

Entrevista

Filipe Garcia e Cátia Simões
19/09/12 00:05

7 Leitores Online 161 Pageviews Diários

Notícias Relacionadas
"A sustentabilidade não é inimiga da competitividade"

Para a ministra, o ano de 2012 não compara mal, no que toca a
incêndios, com outros anos de seca.

Assunção Cristas, em entrevista ao Diário Económico, não quis fazer
comentários sobre a crise política e garantiu estar confortável com a
dimensão do Ministério que tem sobre sua tutela. A ministra da
Agricultura relevou que tem várias medidas legislativas em cima da
mesa para aprovação.

Portugal vai ter de devolver 89 milhões de euros a Bruxelas na questão
do controlo do parcelamento de terras e pediu para começar a pagar a
partir de 2014. Isso já foi assegurado?
Há um acordo verbal relativo ao pagamento a partir de 2014.
Infelizmente, fruto de durante sete anos não ter sido feita a revisão
do parcelário agrícola, estamos a pagar uma multa de 45 milhões de
euros, que esperamos que também fique suspensa. Temos esta, que
conseguimos reduzir para 89 milhões porque este ano fizemos o nosso
trabalho. E ainda há mais duas multas, todas do passado. Isto é tão
mais custoso quando comparamos com o orçamento que temos para apoiar
os fundos da agricultura este ano, que são 100 milhões de euros. Isto
é dramático... É uma situação difícil, herdada, que teve a ver com
inércia durante seis anos de governação socialista e que nos penaliza.

Esse trabalho será aproveitado para a bolsa de terras? Quando espera
tê-la a funcionar?
Será aproveitado para o cadastro. A inclusão na bolsa será limitada
durante 15 anos, ou seja, não se pode vender não vá o proprietário
entretanto aparecer. A lei está no Parlamento e espero que seja
aprovada ainda este mês ou no início do próximo. A ideia é ter um
sistema de informação central na Internet e uma mobilização local
através de várias entidades. A primeira deverá ser a bolsa de terras
do Alqueva, que procuraremos que seja gerida pela EDIA - Empresa de
Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva.

Falou do Alqueva. O que pensa quando vê projectos como o de José
Roquete, que não avançou por alegada falta de financiamento dos
bancos?
O financiamento bancário é o problema número um do nosso país. E é
para podermos rapidamente deixar de ter esse problema que estamos
todos a trabalhar no Governo. Sentimos isso no próprio aproveitamento
dos fundos comunitários para a agricultura porque muitos são aprovados
e depois as pessoas não conseguem executá-los. Agora, basta olhar para
o comportamento da nossa dívida para perceber que o país se
credibilizou e está no bom caminho.

Este ano houve mais 80% de área ardida face a 2011. Já foi
identificado o que é que falhou?
Este ano tem de ser comparado com anos de seca. Em 2003 vemos que a
totalidade de área ardida foram 425 mil hectares; em 2005 foram 339
mil hectares. Este ano estamos em 86 mil hectares.

Há alguma coisa a ser preparada para a reflorestação?
No PRODER temos medidas de emergência que têm de ser feitas agora para
impedir a erosão dos solos e contaminação das linhas de água e essas
estão já em marcha. Estamos a procurar agilizar candidaturas à luz do
elemento da emergência e o acesso a um fundo comunitário que, na área
da floresta, tem cerca de 100 milhões de euros.

António Borges defendeu que era preciso baixar os custos de produção
para promover a competitividade. Concorda?
Temos sempre de baixar os custos de produção para sermos mais
competitivos. Sinalizo que a agricultura tem feito um caminho notável
com mais produtividade, com o número de explorações a diminuir, mas a
ficarem maiores e mais lucrativas. E vemos mais gente a chegar à
agricultura. Por mês em média registaram-se 200 novos jovens
agricultores.

O sector do leite tem estado envolto em polémica por causa da questão
das quotas...
A luta pela manutenção das quotas estamos a fazê-la em Bruxelas e, se
não for possível, ter apoios e compensações específicas para o sector.
A legislação está a ser trabalhada, tínhamos dito que durante o mês de
Setembro a íamos propor e estamos a trabalhar para que seja possível
enviá-la aos parceiros para uma última leitura. Há também outro
trabalho que está a ser feito junto da Comissão Europeia para pedir
apoios específicos por causa da dificuldade que o sector está a
atravessar neste momento, devido à seca mundial.

Vê com bons olhos a possibilidade de lhe encurtarem os pelouros?
A minha resposta é sempre a mesma: não fui eu que defini a orgânica do
Ministério. O meu trabalho é fazer o melhor que posso em todas as
áreas procurando encontrar as conexões entre elas. Aceitei o desafio,
estou muito confortável. Se me pergunta se é incómoda a dimensão do
Ministério digo-lhe que não. É exigente mas permite-nos resolver
problemas que de outra forma não seriam resolvidos.

http://economico.sapo.pt/noticias/o-financiamento-e-o-problema-numero-um-do-pais_152100.html

Concentração de Agricultores na abertura da AGROVOUGA na próxima sexta-feira, dia 21 de Setembro

Na próxima sexta-feira, dia 21 de Setembro, a ALDA – Associação da
Lavoura do Distrito de Aveiro e outras Filiadas Regionais da CNA
promovem uma concentração em Aveiro, por ocasião da abertura da feira
AGROVOUGA.

Os Agricultores concentrados na AGROVOUGA vão reclamar por melhores
preços à Produção, pela baixa do preço do gasóleo, da electricidade,
das rações, adubos e pesticidas.

Vão reclamar também contra a ditadura comercial dos hipermercados que
arruínam a produção nacional! Contra o programa de desastre nacional
das "tróikas" e do Governo!

Fonte: CNA

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/18c.htm

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Santarém: Escola Agrária vai colocar no mercado vinho produzido com alunos que "aprendem fazendo"

11:08 Sexta, 14 de Setembro de 2012

Santarém, 14 set (Lusa) - Com 8,3 hectares de vinha e uma adega, a
Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) aposta na produção de
vinho, que prevê começar a comercializar no final do ano, como forma
de permitir que os alunos aprendam fazendo.

"Os nossos alunos participam em todo o processo, desde a poda da vinha
ao acompanhamento de todo o ciclo vegetativo da videira até à produção
de vinho na adega", que, não sendo "o último grito em termos
tecnológicos" permite "porem a mão na massa", proporcionando "um
ensino diferente, não apenas teórico", disse à Lusa Helena Mira.

http://expresso.sapo.pt/santarem-escola-agraria-vai-colocar-no-mercado-vinho-produzido-com-alunos-que-aprendem-fazendo=f753238

Agricultores críticam ritmo "lento" de obras do projecto de regadio do Alqueva

Um dos vogais da direcção da Federação das Associações de Agricultores
do Baixo Alentejo (FAABA) criticou esta quinta-feira, 13, o alegado
ritmo "lento" de obras do Alqueva, mas a empresa gestora do projecto
garante que estão a decorrer "como previsto".
"Nota-se, a olho nu, que as obras estão a decorrer muito
lentamente", disse à Agência Lusa Luís Mira Coroa, apontando, como
exemplo, o ritmo das obras do bloco de rega de Pedrógão, que "abrandou
completamente" por alegada "falta de financiamento".
Confrontado pela Lusa, o porta-voz da Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva (EDIA), Carlos Silva, garantiu que as obras
decorrem "como previsto" e não há obras paradas ou a decorrer num
ritmo lento "por razões relacionadas com financiamento".
"Apenas as obras da barragem de São Pedro estão suspensas por
questões relacionadas com o empreiteiro" e é "expectável" que sejam
retomadas "em breve", indicou Carlos Silva.
Segundo Luís Mira Coroa, também agricultor e presidente da União
das Cooperativas Agrícolas do Sul, "com os actuais ritmos" será
"impossível" terminar o projecto global de Alqueva em 2015, conforme
anunciado pelo Governo.
"Não acredito que o regadio de Alqueva programado esteja concluído
em 2015. Só com um milagre", disse Luís Mira Coroa.
De acordo com Carlos Silva, a EDIA, nos meses de Julho e Agosto,
lançou concursos públicos para construção de três blocos de rega, no
concelho de Beja, num investimento de 120 milhões de euros, que vai
permitir regar 20 mil hectares.
Trata-se dos blocos de rega de São Pedro/ Baleizão, Cinco Reis/
Trindade e Baleizão/ Quintos, cujas obras de construção já foram
aprovadas pelo Programa de Desenvolvimento Regional (Proder) e deverão
arrancar no "início de 2013, como previsto", indicou.
Segundo Carlos Silva, das obras previstas terminar este ano, os
blocos de rega de Loureiro/ Alvito e Bloco 1 de Ervidel, que abrangem
um total de 17 mil hectares, "já estão concluídos e a regar".
Os restantes blocos de rega (Pedrógão, Selmes, Aljustrel e Ervidel
2 e 3) deverão ficar concluídos até final deste ano e começarão a
funcionar na próxima campanha de rega, "como previsto", explicou.

http://correioalentejo.com/?diaria=7793

Alqueva: “Obras vão mesmo avançar”…

Regional | 07:00 | 14-09-2012

O secretário de Estado da Agricultura, assegurou ontem, em Ferreira do
Alentejo, que as obras de Alqueva vão mesmo avançar, que já assinou os
despachos que vão permitir à EDIA lançar os concursos em falta,
disponibilizando 97 milhões de euros, provenientes do PRODER, e que o
calendário para finalizar o projecto é para cumprir, ou seja 2015.
Garantias deixadas no evento onde substituiu Assunção Cristas e onde
de forma irónica comentou "estamos num seminário sobre azeite, não há
ovos a voar, penso que posso estar tranquilo".

"As obras de Alqueva vão mesmo avançar", a garantia foi dada ontem,
pelo secretário de Estado da Agricultura, no Encontro Nacional do
Sector do Azeite, realizado em Ferreira do Alentejo, revelando que já
assinou "os despachos que vão permitir à EDIA – Empresa de
Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva dar seguimento aos
trabalhos, disponibilizando 97 milhões de euros, provenientes do
PRODER, para o efeito". José Diogo Albuquerque reiterou que "o
projecto Alqueva deverá ficar concluído em 2015".

Recorde-se que José Diogo Albuquerque substituiu ontem, em Ferreira do
Alentejo, a ministra da Agricultura e que no Encontro Nacional do
Sector do Azeite, ironizando o episódio em que Assunção Cristas ia
sendo atingida por um ovo disse: "acho que estou seguro, vejo a porta
fechada, é um seminário sobre azeite, não há ovos a voar, penso que
posso estar tranquilo…".

Ana Elias de Freitas

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/50497

Mastercard e Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas vão oferecer "comida digital"

13 Setembro 2012 | 16:56
Rita Faria - afaria@negocios.pt

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Projecto "Alimento Digital" vai fazer chegar vales-alimentação às
populações mais carenciadas através de telemóveis ou cartões
bancários.
A MasterCard e o Programa Alimentar Mundial (PAM), gerido pelas Nações
Unidas, anunciaram hoje uma parceria global que irá utilizar a
inovação digital para ajudar a combater a fome e a pobreza em todo o
mundo.

Quando os mercados estão estáveis, o Programa Alimentar Mundial muitas
vezes distribui vouchers que podem ser trocados por alimentos e outros
itens básicos em lojas locais. Estes vouchers visam ajudar a
impulsionar as economias locais, permitindo às comunidades pobres
receber assistência alimentar com dignidade.

Através do projecto "Alimento Digital", a MasterCard vai colaborar com
o Programa Alimentar Mundial para melhorar os seus sistemas de entrega
de vales-alimentação (vouchers electrónicos), através de telemóveis ou
cartões bancários, chegando a pessoas sem acesso regular a bancos ou
serviços financeiros.

"Hoje temos o compromisso de participar de uma parceria pioneira, que
vai garantir que a nossa iniciativa Digital Food vai continuar a dar
resposta às necessidades dos que mais precisam em todo o mundo",
explica Ann Cairns, presidente para os Mercados Internacionais da
MasterCard.

Juntamente com o projecto "Alimento Digital", a MasterCard vai ajudar
o PAM a criar um mecanismo de doação online mais ambicioso, que vai
permitir a mais pessoas doar, através de uma ampla variedade de
métodos de pagamento online.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=578429

Estradas: Passagens agrícolas na autoestrada transmontana geram contestação

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
12:45 Segunda, 17 de Setembro de 2012

Bragança, 17 set (Lusa) -- As passagens agrícolas para acesso a
terrenos divididos pela Autoestrada Transmontana estão a ser
contestadas em várias freguesias do concelho de Bragança, que se
queixam das distâncias e falta de condições.

A população de Quintela de Lampaças manifestou hoje o seu
descontentamento num protesto simbólico junto à obra de um novo
viaduto, que alegam não ter espaço para as máquinas agrícolas e que
vai obrigar a um percurso de quase dois quilómetros para aceder a
propriedades agrícolas, segundo disse à Lusa o presidente da junta.

Vítor Costa explicou que o protesto surge depois de já terem feito
chegar o seu descontentamento, por escrito e através de outras ações,
à concessionária, a Autoestradas XXI, e outras entidades, como a
Estradas de Portugal (EP).


http://visao.sapo.pt/estradas-passagens-agricolas-na-autoestrada-transmontana-geram-contestacao=f686637

Produção de leite em risco

Crise: Centenas de postos de trabalho em causa

Os produtores temem ser obrigados a voltar a baixar os preços do leite
devido às medidas de austeridade, que levam cada vez mais pessoas a
aderir às marcas brancas da distribuição, que apostam no leite
estrangeiro.
17 Setembro 2012Nº de votos (0) Comentários (2)
Por:Leandro Pina




Com as margens entre os custos de produção e o preço do leite já
esmagadas, caso os produtores sejam obrigados a baixar ainda mais o
preço do produto, muitas fábricas abrirão falência, e outras serão
obrigadas a despedir "mais de uma centena de trabalhadores", afirmou o
presidente da Fenalac, Manuel Santos Gomes.
O presidente sublinhou ainda que "todas as empresas e produtores de
leite já estão a ter prejuízos" e "com a redução de 7% na TSU, as
empresas que já estavam descapitalizadas ficam ainda mais, com o
aumento do consumo de marcas brancas e leite importado".
No último ano, o leite sofreu uma redução, em média, de quatro
cêntimos por litro, caso sofra uma nova baixa, "a situação vai
tornar-se insustentável".
Os produtores esperam que no Orçamento de Estado de 2013 seja
regulamentada a margem de preços entre a produção e a venda de leite.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/producao-de-leite-em-risco

Movimento Cívico contra os Incêndios Florestais

Acréscimo

Considerando:

O desafio do Ministro das Finanças, a 11 de setembro último, à
intervenção de movimentos cívicos na formação de opinião sobre o
funcionamento dos mercados, sobretudo em setores de concorrência
limitada e não sujeitos a regulação;

A referência, no Programa do Governo, de que a regulação tem por
objetivo corrigir ou suprir as deficiências ou imperfeições dos
mercados;

Que nos três principais mercados de produtos florestais, produção de
madeira e mobiliário, de pasta celulósica e papel e da cortiça, é
evidente a forte concentração na indústria transformadora, com
situações de monopólio ou de concorrência limitada;

A evolução negativa, registada pelo Instituto Nacional de Estatística,
dos preços à produção silvícola nas principais fileiras de produtos
florestais, sendo os mesmos impostos pela indústria transformadora;

Que o decréscimo dos preços à produção florestal, a par do acréscimo
dos custos de produção, sobretudo na energia e nos combustíveis, tem
motivado uma quebra acentuada das perspetivas de negócio associado à
produção silvícola;

Que a quebra de expectativas de negócio nos proprietários florestais
tem motivado o abandono da gestão activa das suas explorações;

Que a falta de gestão ativa nas florestas, em crescente segundo os
dados dos últimos Inventários Florestais, têm como principal
consequência o aumento do risco de propagação dos incêndios florestais
e da proliferação de pragas e de doenças;

A necessidade de inverter a tendência de abandono dos solos, hoje
estimados em cerca de 2 milhões de hectares, bem como de proteger os
recursos florestais e o bem estar das populações rurais.

A Acréscimo, enquanto organização cívica, sem fins lucrativos, tendo
por objeto a promoção do investimento florestal, de acordo com os
princípios do Desenvolvimento Sustentável e da Responsabilidade
Social, manifestou já publicamente a necessidade do Ministério que
tutela o setor florestal em criar uma plataforma de acompanhamento das
relações da cadeia silvo-industrial.

Neste contexto, a Acréscimo defende a necessidade de uma aposta
urgente na rentabilidade dos solos florestais, pela regulação dos
mercados, como instrumento fundamental para a gestão ativa e para o
ordenamento das florestas, protegendo-se em consequência este
importante recurso natural renovável de Portugal.

No mesmo sentido, a Acréscimo pretende reunir com as principais
organizações representativas dos agricultores e dos proprietários com
superfícies florestais, tendo em vista a definição de uma posição
concertada sobre os mercados de produtos florestais em Portugal,
potenciando um movimento cívico em prol das florestas.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/09/17a.htm

Controlo alimentar nas mãos de estrangeiros

Alimentos: Laboratórios nacionais sem certificação

Por falta da certificação dos métodos dos laboratórios nacionais,
nomeadamente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e
Veterinária (INIAV), as amostras recolhidas no âmbito do Plano
Nacional de Pesquisa de Resíduos (PNPR), para promover a segurança
alimentar, estão a ser enviadas para o estrangeiro.
17 Setembro 2012Nº de votos (2) Comentários (2)
Por:Sónia Trigueirão




Segundo fonte do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e do
Ordenamento, a Direcção- -Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)
recolheu, entreJaneiro e Agosto de 2012, 3476 amostras (cerca de 50%
do plano previsto), repartidas por 5 meses de colheitas. "Os restantes
50% serão executados até ao final do ano", tendo a DGAV como objectivo
a execução integral do plano aprovado pela Comissão Europeia, adianta
a mesma fonte.
Das amostras recolhidas, 922 foram enviadas para laboratórios
europeus, não tendo sido detectados, até à data, casos de
não-conformidades.
O ministério tutelado porAssunção Cristas não divulgou o nome dos
laboratórios estrangeiros, mas o CM sabe que são dois, um belga e
outro italiano.
Sobre o custo do envio e análise das amostras no estrangeiro,o
Ministério da Agricultura adianta apenas que "os custos na execução do
plano são muito equivalentes, quando comparamos a execução
exclusivamente nacional com a execução recorrendo parcialmente a
laboratórios europeus, uma vez que as despesas de envio são
compensados por preços mais baixos por análise". Sobre a falta de
certificação dos laboratórios nacionais envolvidos na execução do
PNPR, em particular o INIAV (que é do Estado), a mesma fonte do
Ministério da Agricultura adianta que estão a ser desenvolvidas
"estratégias por forma a colmatar as lacunas existentes na validação e
acreditação dealgumas metodologias".

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/controlo-alimentar-nas-maos-de-estrangeiros

Cortiça, sob uma nuvem sombria ou sob um sol radioso?

10-09-2012




A exportação de rolha e revestimentos vem acumulando sucessivos
recordes de vendas, que evidenciam a boa aceitação dos produtos de
cortiça um pouco por todo o mundo. Ao mesmo tempo os produtores
deparam-se, no campo, com preços pagos por arroba estagnados em forte
baixa. Há, no mercado interno, uma relação desequilibrada que
compromete a sustentabilidade da fileira.

Os resultados de facturação da Corticeira Amorim, relativos ao
primeiro semestre de 2012, são muito positivos. O volume de vendas, no
valor de 275 milhões de euros, é o mais alto de sempre em meio ano. E
o período de Abril a Junho representa o décimo trimestre consecutivo
em que a empresa regista aumento das receitas.

O crescimento das vendas foi na ordem dos 13%, o que mostra que nos
últimos anos o negócio da rolha e aglomerados continua em franca
expansão. Espanha, França, Itália, EUA, China, Chile e Austrália, são
alguns mercados onde a venda de rolha tem aumentado significativamente
em resultado de uma maior produção e consumo de vinho.

Os resultados positivos que se acumulam de ano para ano devem-se ao
crescimento do mercado de exportação de derivados de cortiça,
nomeadamente rolha e revestimentos. Não parece haver dúvidas de que o
sector atravessa um bom momento. Mas atravessa mesmo?

A matéria-prima tem o preço estagnado em baixa, sendo paga ao produtor
a preços asfixiantes, a roçar o limite mínimo de rentabilidade. E
começam a ser frequentes os casos de produtores que optam por não
tirar cortiça porque o diferencial entre a despesa da tira e o
proveito da venda, mesmo sem considerar os custos da manutenção
regular do arvoredo, deixou de compensar. Sem margem que cubra essa
manutenção, as áreas de montado são deixadas ao abandono.

Se juntarmos a esta estrangulação dos preços um cocktail de problemas
(de sanidade, de stress hídrico, de envelhecimento natural) que
afectam o sobreiro, isto deverá significar que daqui a pouco mais do
que uma década, se tanto, é grande a probabilidade de a indústria
acordar um dia com matéria-prima em quantidade insuficiente para
satisfazer o mercado, que verdade seja dita, tanto lhe custou a
conquistar e que teria um potencial promissor.

Este é um risco muito real que os industriais enfrentam porque não
entendem, ou não entendem por completo, o que actualmente se está a
passar no domínio da produção suberícola. Pode haver a ilusão de que
cortiça sempre haverá, mas a verdade é que os montados estão
muitíssimo envelhecidos, perderam muita densidade, e toda essa área de
novos sobreiros de que muito se ouve falar, e que se diz que irão
entrar em produção, pouco mais é do que uma ilusão estatística. O
Grupo Amorim, que detém o mercado e estabelece a formação dos preços –
já que domina, sem concorrentes, a transformação e a exportação de
cortiça – parece desconhecer as dificuldades concretas com que a
produção se depara. E esse desconhecimento compromete seriamente o seu
próprio negócio.

Quando há uma decalage tão grande, em que o negócio está muito bom
para uns e muito mau para os outros, é sinal de que alguma coisa não
está bem na fileira. A correcta gestão dos montados, e
consequentemente a sua sustentabilidade, dependem de um fundo de
maneio que permita o investimento em boas práticas. Essa capacidade
actualmente está muito comprometida, e não vai recuperar sem um novo
equilíbrio de mercado.

Os proprietários sabem exactamente o que seria preciso fazer para
influenciar os preços: 'encerrar a loja' durante um ou dois anos,
deixar a cortiça na árvore, e esperar que o poder de formação dos
preços se deslocasse para o lado da produção. Mas entrou-se já numa
espiral de dificuldades que torna uma acção destas muito difícil de
concertar. Entretanto, as circunstâncias decorrentes do mau momento
que está a ser vivido deverão fazer com que o efeito de escassez de
cortiça seja sentido no mercado dentro de poucos anos.

Os produtores não vêem como desviar a nuvem sombria que paira sobre o
sector. Ao mesmo tempo, talvez a indústria esteja convencida de que
vive sob um sol radioso. A aplicação de uma palete de acções urgentes,
que concorressem em conjunto para a correcção de várias contrariedades
que afectam o montado, poderia ainda, porventura, impedir que aquela
nuvem sombria se continuasse a adensar. Mas a avaliar pelo caminho que
se fez até aqui, é preciso ser-se mesmo muito esperançoso para
acreditar que assim venha a ser. De sucesso em sucesso, a indústria
parece caminhar cegamente para o insucesso.

Por: João Sobral

http://www.abolsamia.pt/news.php?article_id=2712

Portugal exportou para Espanha queijo fresco com "listeria"

MADRID

por Agência Lusa, publicado por Susana SalvadorHoje

A Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição (AESAN) do
Ministério da Saúde alertou na segunda-feira para a presença da
bactéria "Listeria Monocytogenes" em vários queijos frescos
provenientes de Portugal, noticia a Efe.
Esta bactéria causa a doença "listeriosis", que afeta em particular
grávidas, bebés ou adultos com o sistema imunitário debilitado.
A AESAN soube da presença da bactéria através do Sistema Coordenado de
Intercâmbio Rápido de Informação, pela notificação do alerta realizado
pelas autoridades competentes da Comunidade Autonómica do País Basco,
relativa à presença da bactéria em vários queixos frescos.
Os produtos afetados são o queijo fresco "El sabor de la casa" (lotes
12267 e 12291), "Queso costeño nativo" (lotes 12245 e 12287) e "Queso
fresco latino Estilo tradicional (lote 12296).
O produto, que já foi retirado do mercado, foi fabricado em Portugal e
distribuído na sua maior parte a estabelecimentos de especialidades
lácteas em várias comunidades autónomas, bem como em Itália e
Portugal.
A AESAN já informou as autoridades competentes das comunidades
autónomas, bem como a Comissão Europeia.
Como medida de precaução, as autoridades já recomendaram aos
consumidores que possam ter os produtos mencionados nas suas
habitações para que não os consumam, especialmente as pessoas que
pertencem aos mencionados grupos de risco.
A "listeriosis" tem um período grande de incubação, sendo o seu
sintoma mais evidente febre alta.
A AESAN recomenda que quem tinha consumido estes produtos há pouco
tempo e apresente algum sintoma que contacte o médico.
(Notícia corrigida às 02.00)

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2775914&page=-1

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Empresa de cogumelos quer criar 150 postos de trabalho

Unidade agro-industrial em Chaves

Uma empresa de produção de cogumelos prevê criar até 2013, através da
formação de uma unidade agro-industrial no Parque Empresarial de
Chaves, 150 postos de trabalho.
13 Setembro 2012Nº de votos (14) Comentários (1)



Além dos cogumelos, a empresa, que ficará num terreno com uma área
aproximada de 100 mil metros quadrados, tenciona produzir produtos
frescos, nomeadamente frutos vermelhos, como framboesas ou mirtilos.
Anualmente, a unidade agro-industrial prevê produzir 6500 quilos de
cogumelos para o mercado nacional e internacional, sobretudo Espanha.
A empresa, sem avançar os valores do investimento, referiu que o
projecto deverá arrancar ainda este ano, será posto em prática de
forma faseada e terá 40 unidades de produção (sub-empresas).
Um dos objetivos, explicou a fonte, é associar pequenos produtores ao
projecto e reanimar, desta forma, a agricultura e os produtos da
região.
A empresa irá disponibilizar aos jovens empreendedores interessados em
explorar a fileira dos cogumelos a possibilidade de criar uma
"sub-empresa" disponibilizando-lhes uma unidade de produção, trufas,
formação especializada, escoamento do produto e certificação exigida
pelos mercados.
A unidade agro-industrial terá um centro logístico que dará apoio à
produção e gestão das unidades associadas, ajuda técnica especializada
a todos os equipamentos e disponibilização de utensílios para uso
comum.
Para além disso, fará a recepção, controlo de qualidade,
arrefecimento, embalamento e armazenamento em câmaras frigoríficas dos
produtos entregues pelas diferentes unidades de produção.
À Lusa, o vice-presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira,
referiu que esta iniciativa é uma "excelente" forma de criar emprego
numa região desfavorecida, estimular jovens empresários e desenvolver
a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O autarca salientou ainda que a empresa impulsionará a dinamização,
renovação e promoção do tecido empresarial agrícola local.
A autarquia, disse, pretende ceder à empresa, de forma gratuita, o
direito de construir, pelo que a minuta do contrato da promessa de
constituição de direito de superfície foi aprovada em reunião de
câmara e deverá ser debatida na próxima Assembleia Municipal.
O projecto é comparticipado por fundos comunitários do Programa de
Desenvolvimento Rural.

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=4A1DFCF4-F1ED-444D-8E6B-8AA4EF331501&channelID=00000011-0000-0000-0000-000000000011

Seminário de inovação para empresas agro-alimentares

Economia

Dia 20 de Setembro a competitividade em destaque em Alferrarede


Edição de 2012-09-13

A "Inovação aberta como ferramenta de competitividade para pequenas e
médias empresas" do sector agro-alimentar é o tema do seminário de dia
20 de Setembro, a realizar no edifício INOV.POINT, no Tecnopolo do
Vale do Tejo, em Alferrarede (Abrantes).

Responder através da inovação dos produtos ou da imagem dos mesmos às
tendências do mercado, é o objectivo deste evento que, integra o
Programa da Rede Rural Nacional, no âmbito do Fundo Europeu Agrícola
de Desenvolvimento Rural (FEADER), pretendendo assim sensibilizar as
empresas de modo a que estas se tornem mais competitivas.

A planificação desta acção conjunta da TAGUS – Associação para o
Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior e do Centro de
Transferência de Tecnologia Alimentar INOV.LINEA, do TAGUSVALLEY –
Tecnopolo do Vale do Tejo, é composta pela apresentação de diferentes
visões sobre as novas tendências de consumo e inovação no sector
agro-alimentar, que inclui na discussão a importância da identidade do
produto, exemplos de oportunidade e ferramentas de apoio à inovação.

Na parte da tarde serão formados grupos para desenvolverem workshops
temáticos que terão por finalidade o fomento de novas ideias e por
consequência a criação de novos produtos.

Este seminário pretende atrair produtores locais, pequenas e médias
empresas, técnicos de Associações de Desenvolvimento Local,
professores e estudantes. As inscrições incluem almoço e estão
disponíveis no sítio da Internet da TAGUS (www.tagus-ri.pt).

Diga o que pensa sobre este Artigo. O seu comentário será enviado
directamente para a redacção de O MIRANTE.

http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=&id=85857&idSeccao=9551&Action=noticia

“Os grupos anti-taurinos fazem publicidade gratuita às touradas”

Entrevista

António Manuel Cardoso é o mais antigo empresário tauromáquico com a
paixão de manter activa uma área da cultura portuguesa



António Manuel Oliveira Cardoso é o empresário tauromáquico há mais
anos em actividade. Conhecido por Nené, alcunha que vem dos tempos em
que jogava futebol, já explorou as praças de Vila Franca de Xira,
Salvaterra de Magos, Santarém, Almeirim. Actualmente no Ribatejo tem
as praças de Moita, Alcochete e Coruche. É um homem directo, terra a
terra. Diz que os empresários tauromáquicos estão a sobreviver movidos
pela paixão de manterem uma tradição activa. Fala dos borlistas nas
corridas, dos que não sabem comportar-se dentro de uma trincheira, da
necessidade de se encurtar a duração dos espectáculos e da importância
de se cativarem novos aficionados.

Edição de 2012-09-13

Já teve vontade de investir contra os manifestantes anti-touradas como
fez o cavaleiro Marcelo Mendes?

Estamos num país livre. Cada um tem a liberdade de gostar do que quer.
Não temos é o direito de impedir que alguém goste de alguma coisa. Já
fui à ópera e não gosto de ópera e não sou contra as pessoas que
gostam. Não posso investir contra pessoas que não gostam daquilo que
eu gosto nem posso obrigá-las a gostar. O que aconteceu com o Marcelo
foi um acto irreflectido.

Também é de ferver em pouca água?

Na vida sou directo e objectivo e por vezes até perco com isso. Há
coisas que mexem mais comigo que outras. Sou mais um cidadão normal
deste país.

Não o chateia ter grupos à porta da praça a manifestarem-se?

É bom haver os que não gostam, porque fazem com que os que gostam
ainda gostem mais. A polémica tem que existir na vida senão estamos
todos a dormir. Agradeço aos anti-taurinos que façam manifestações
porque nos estão a fazer publicidade gratuita. Mas eles esquecem-se
que também comem carne. Vendo a carne dos toiros depois de lidados a
uns supermercados por um preço mais económico do que vendia a outros.
Para que vejam que o toiro não serve só para ser espicaçado na arena,
mas também para dar de comer às pessoas e a preços mais baratos numa
altura de crise.

Nos dias das corridas quantas pessoas andam à sua volta a pedir-lhe bilhetes?

Muitas! Mas isso até é bom sinal. Quando não há gente a pedir borlas é
porque não há interesse pelo espectáculo que foi montado. Quando
aparecem muitos borlistas numa corrida é sinal que também há muita
gente a comprar bilhete.

Os bilhetes são oferecidos também para compor as bancadas da praça.

Da minha parte não. Há umas borlas para uns amigos. Nos meus
espectáculos 99,9 por cento das pessoas que estão a assistir têm
bilhete comprado.

Foi futebolista e forcado. Foi-lhe mais fácil enveredar por empresário
tauromáquico do que de futebol?

Fui um mau jogador do Alcochetense. Poderia ser empresário de
jogadores de futebol como o Ronaldo ou o Messi. Isso valeria a pena.
Foi uma área que não passou pela minha veia sentimental e a vida tem
que ser vivida com sentimento.

É fácil lidar com as vedetas da tauromaquia?

Ao contrário do que se pensa a tauromaquia não é uma passarela de
vaidades. Nas corridas de toiros há uns que são melhores e outros
piores. É mais difícil lidar com as primeiras figuras. É uma questão
também de mercado. As primeiras figuras são procuradas, as de segunda
ou terceira oferecem-se para tourear. Há uma discrepância da qualidade
artística que obriga a encontrarmos formas de lidar com as pessoas.

Os empresários estão sempre a queixar-se mas se as corridas não dessem
dinheiro não continuavam a trabalhar.

Este sector está mau como está toda a actividade empresarial no país.
Não quero estar a lastimar-me, mas neste momento estamos a sobreviver.
Os toureiros e ganadeiros estão a ajustar-se à situação económica que
vivemos. Houve um abaixamento de valores. Estamos todos a perder, mas
todos com arte e amor à festa dos toiros, que é um marco da cultura
portuguesa. Estamos a tentar manter essa cultura activa.

Para isso é preciso baixar o preço dos bilhetes.

Na generalidade os empresários já baixaram os preços, para que as
pessoas tenham condições para irem a uma corrida.

Ainda se justifica tanto cerimonial numa corrida fazendo com que
demore mais de duas horas?

Há alterações previstas no novo regulamento tauromáquico, que nunca
mais é aprovado. O Ministério da Cultura deve andar preocupado com
outras coisas. Já não sei se percebo ou se aceito isso. Pretende-se
tirar esses pontos mortos e já temos vindo a adaptar-nos ao novo
regulamento. Quando o cavaleiro vai à praça o seu bandarilheiro
atravessa a arena e todos se cumprimentam, todos se abraçam seis
vezes. Basta uma vez e nas restantes o cavaleiro entrar já com a
bandarilha na mão, por exemplo. Tenho feito corridas com uma média de
uma hora e 45 minutos, duas horas. Com o novo regulamento ainda mais
tempo se vai poupar.

Banalizou-se as voltas à arena. É uma perda de tempo?

No futuro vai ser o público a escolher com os lenços, como acontece em
Espanha, e com a autorização do director de corrida o toureiro pode
dar a volta. Evita-se que toda a gente dê a volta à arena como um
simples condimento do espectáculo. Isto torna o espectáculo mais sério
e mais honesto para com o público.


Um profissional dos toiros que ganhou a alcunha no futebol

A alcunha de Nené, pela qual é conhecido no meio taurino António
Manuel Oliveira Cardoso, foi ganha quando o empresário tauromáquico
era futebolista nas camadas jovens do Alcochetense e era comparado,
pela sua forma pouco agressiva de jogar, com o conceituado futebolista
com o mesmo nome que então brilhava no Benfica.

"O Nené tinha a fama de nunca sujar os calções e eu era um bocado
amaricado a jogar à bola. Ainda por cima aqui em Alcochete jogava-se
rijo, era canela até ao pescoço. Diziam que eu parecia o Nené e acabei
por ficar com a alcunha do meu amigo Nené", explica o empresário, que
nasceu em Alcochete em 16 de Junho de 1954.

Com três filhos, de dois casamentos, que lhe dão uma mãozinha no
negócio, o empresário vive por esta altura em alta rotação devido à
realização da feira taurina da Moita. Durante as quase três horas que
estamos com ele o telemóvel não pára de tocar, até ficar sem bateria.
A logística de um festival taurino é pesada.

Tem o ar confiante de quem já pisou as arenas como forcado, tendo sido
cabo do grupo da sua terra. Sabe o que é sentir o medo de enfrentar a
fera olhos nos olhos e a alegria de receber o carinho do público.
Hoje, do outro lado da trincheira, a sua preocupação é garantir bons
cartéis e boas bilheteiras, sabendo que tem de amealhar no Verão para
viver no Inverno. Porque de Outubro a Março as praças estão fechadas e
ele só vive disso, assumindo-se como "um profissional dos toiros". O
amor à festa brava é alimentado também nas tertúlias onde se debatem
as corridas recentes ou se fala da tauromaquia em geral. "Sou muito
conversador, se calhar até de mais", afirma no seu discurso fluente e
"com o coração ao pé da boca".

Antes de se dedicar de corpo e alma à festa brava, António Cardoso foi
funcionário da Segurança Social. "Era uma actividade mais estável mas
não me incentivava nada a trabalhar. Não tenho perfil para funcionário
público". Foi também presidente do Alcochetense, mas diz que a
experiência no dirigismo desportivo não o motivou.

Nené chega com algum atraso sobre a hora marcada e leva-nos até ao seu
escritório, no centro da vila, onde decorre a conversa. O seu braço
direito, Rui, está numa secretária ao telefone. Uma ventoinha ajuda a
aliviar o calor. Não se vêem computadores e durante a conversa
percebe-se que Nené não é um ás das novas tecnologias, embora as
aproveite com a ajuda dos filhos.

Actualmente é o empresário mais antigo em actividade, explorando seis
praças, entre elas a de Coruche. Já explorou praças como as de
Santarém, Vila Franca de Xira ou de Almeirim e defende que deve haver
rotatividade entre os empresários, já que o efeito novidade ajuda a
atrair o público. E sem público a festa não resiste.


É mau quando os forcados amadores se regem por princípios comuns

Foi forcado, mas como empresário não lhe custa que os forcados sejam
os parentes pobres da festa?

Os forcados organizaram-se e têm uma associação com normas que
impuseram exigindo mais segurança e uma tabela de preços. Quando um
forcado amador se gere por princípios comuns é mau. Cada grupo deve
ter os seus princípios.

É contra a existência de uma associação de forcados?

Sou contra o facto de estarem todos normalizados. Quase que me parece
um sindicato. Antes, como cabo dos forcados de Alcochete, cheguei a
pedir mais dinheiro às empresas e conseguia conciliar uma justeza de
valores. Agora há uma tabela. Como empresário não me custa pagar mais
porque há grupos que valorizam mais a festa que outros. Há sempre os
bons, os medianos e os maus e nos forcados é a mesma coisa. Prefiro
contratar um grupo que está no auge e negociar o que vou pagar.

Mas que influência é que isso tem?

Dou um exemplo: Helder Antoño morreu na praça de Alcochete e o
dinheiro que ganhámos foi para lhe fazer uma estátua. Tem que haver um
espírito de união entre um grupo e não entre grupos, até porque há
alguns que furam as regras da associação.

Diga o que pensa sobre este Artigo. O seu comentário será enviado
directamente para a redacção de O MIRANTE.

http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=&id=85795&idSeccao=9564&Action=noticia

Agro-alimentar: setor arrasa medidas que retiram esperança

A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA)
criticou hoje as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo
e considerou que são prejudiciais para a competitividade das empresas,
para o emprego e para as famílias.
Em declarações à Lusa, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, colocou
«sérias reservas» em relação ao que definiu como «um ataque» ao
rendimento das famílias e sublinhou: «Não há nenhum povo que possa
resistir sem alguma medida de esperança e estas medidas são de uma
frieza tal que não deixam qualquer esperança».

Entre sexta-feira e terça-feira, o Governo anunciou novas medidas de
austeridade entre as quais que os funcionários públicos se manterão
com um dos subsídios suspenso, sendo o outro reposto de forma diluída
nos 12 salários, e retirado novamente através do aumento da
contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.

Diário Digital / Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=6&id_news=186674

IPB promove mel Transmontano através de Simpósio Internacional

Escrito por Informação, Sim 12-09-2012 07:19
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O mel transmontano poderá chegar a um maior número de países. O
simpósio dedicado à fileira, que terminou ontem, no Instituto
Politécnico de Bragança, deu a conhecer o produto a investigadores de
mais de 30 países.Durante o debate a criação de legislação para os
produtos da colmeia foi um dos temas em destaque. Os investigadores
que passaram por Bragança vão contribuir para a promoção do mel de
Trás-os-Montes nos seus países.Quem o diz é o responsável do IPB pelo
Simpósio sobre o mel. Miguel Vilas Boas destaca a importância do
simpósio para a comercialização do mel português no estrangeiro. "O
mel que vai sair daqui para qualquer um dos 30 países será uma forma
de marcar a posição deste mel nestes mesmos países", frisou. O
responsável do IPB defende, ainda, que é preciso valorizar o mel da
região, através da diferenciação do produto, e "uma das
possibilidades, que se aplica por exemplo ao azeite, onde existe
azeite de vários níveis de graduação, como é o caso do azeite extra
virgem ou virgem". "O mel pode vir a ter os níveis da mesma forma, e
esses níveis associados a parâmetros de qualidade diferentes",
explicou.Já Paulo Ventura, da Cooperativa de Produtores de Mel da
Terra Quente, sublinha que é prioritário que se faça uma legislação
para os produtos da colmeia e destacou a importância do
"estabelecimento de parâmetros de qualidade dos produtos". Os "novos
métodos de analisar a qualidade do mel e criação de novos produtos da
colmeia" foram também alguns pontos de destaque do produtor.
As propostas de legislação vão agora chegar aos responsáveis da União Europeia.
Escrito por Brigantia

http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=7848&Itemid=43

Colmeira de cortiça ganha prémio de design da Corticeira Amorim

O desafio foi lançado pelo Vitra Design Museum, pelo Domaine de
Boisbuchet, em parceria com a empresa portuguesa


Vencedores do concurso de design
D.R.
12/09/2012 | 11:55 | Dinheiro Vivo
Uma colmeia de cortiça foi o projeto vencedor do concurso
internacional de design patrocinado pela Corticeira Amorim.
O desafio de conceber novas aplicações de cortiça ou melhorar a atual
oferta de produtos da indústria foi lançado pelo Vitra Design Museum e
pelo Domaine de Boisbuchet tendo recebido 367 propostas de 39 países.
Destas 20 designers foram convidados a participar num workshop no
Domaine de Boisbuchet, para o desenvolvimento do protótipo idealizado.
O júri escolheu o projeto da designer Anna Loskiewicz, que recebeu um
prémio de 10 mil euros, uma colmeia feita de cortiça "inovando uma das
mais ancestrais aplicações de cortiça, em total simbiose com a
natureza".
De acordo com a designer, "este modelo de colmeia contemporânea
enquadra-se também no espírito sustentável de uma paisagem urbana como
Nova Iorque ou Londres, cidades onde a apicultura é cada vez mais
popular", diz nota de imprensa.
Foram ainda atribuídas cinco menções honrosas a "Cork, a material with
many faces", de Fabio Molinas; "Cork Chair", de Sou Fujimoto
Architects; "Songs, headphone", de Pauline Ariaux & Jacopo Ferrari;
"Strip, electric plug", de Natalia Suwalski e "Day off, icebox", de
Zaven Studio

http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO058825.html

Vinipax e Olivipax:Afinal não se vão realizar

Regional | 08:26 | 14-09-2012

Em meados de Agosto foi confirmada a realização das Experiências a
Sul, agora a autarquia de Beja, por motivos financeiros, cancelou o
evento e assegura que a edição de 2013 já tem financiamento.

A Câmara de Beja afinal não vai realizar, este ano, a Vinipax e
Olivipax, apesar de em meados de Agosto ter confirmado a realização
destes certames, integrados nas Experiências a Sul, assim como a data
dos mesmo entre 5 e 7 de Outubro.

Em nota de imprensa a autarquia afirma que "fruto de um conjunto
diverso de situações resultantes da conjuntura económico-financeira e
das fortes contenções orçamentais impostas às Autarquias, nomeadamente
pela Lei dos Compromissos que impede esta Câmara Municipal de avançar
com este investimento, o Município de Beja não poderá levar a cabo,
nos mesmos moldes dos anos anteriores, a edição de 2012 da Vinipax e
da Olivipax, assim como dos restantes eventos que compunham o evento
Experiências a Sul.

No documento, curiosamente, é afirmado que a edição de 2013 já tem
financiamento assegurado e irá ter lugar entre 4 a 6 de ou 11 a 13 de
Outubro de 2013.

Inês Patola

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/50503

Agricultura conquista jovens

Ministra Assunção Cristas foi figura central da conferência 'Escolha
Portugal', organizada pelo 'Correio da Manhã'

Portugal está a conquistar para a agricultura, em média, cerca de 200
jovens por mês, desde há um ano, revelou ontem a ministra da
Agricultura, Assunção Cristas, na conferência 'Escolha Portugal',
organizada pelo Correio da Manhã. Instalaram-se mais agricultores num
ano do que nos últimos seis, quando se iniciou o programa, sublinhou a
ministra ao CM, destacando que até o Algarve está a atrair a atenção
dos jovens, que estão a apostar na produção de frutos vermelhos.
13 Setembro 2012Nº de votos (6) Comentários (1)
Por:R.O./J.N.P.




"Portugal ainda é deficitário em alguns produtos, mas isso significa
que temos mercado interno para crescer", sublinhou Assunção Cristas na
sua intervenção, destacando também o papel que o sector já assume na
balança comercial, aumentando as exportações. Trata-se de um "sector
com potencial, que resiste melhor do que outros e exporta",
acrescentou.
Assunção Cristas revelou ainda que está a trabalhar, em conjunto com o
Ministério da Economia, num pacote legislativo que irá permitir o
equilíbrio entre os produtores, a indústria e a distribuição. Trata-se
de legislação reguladora que visa equilibrar as relações entre os
vários intervenientes no mercado.
As propostas em análise resultam do trabalho desenvolvido no último
ano na Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia
Agro-Alimentar (PARCA).
EMPRESAS APOSTAM NA MODERNIZAÇÃO
A conferência, a primeira de um conjunto organizado pelo CM, contou
com a participação de algumas das mais bem-sucedidas empresas
nacionais, entre as quais a Hortomelão e a Frulact. A experiência
destas empresas permitiu dar uma visão dos desafios ganhos com a
aposta na inovação: ambas exportam praticamente toda a sua produção.
Reforçar a aposta na modernização da produção e apostar na
diferenciação dos produtos foram algumas das ideias-chave.
PREMIAR OS CASOS DE SUCESSO
"Não basta dizer que há bons exemplos. É preciso mostrá-los",
sublinhou Assunção Cristas, a propósito da iniciativa 'Prémio
Agricultura 2012', promovido pelo CM. A ministra acredita ser
fundamental dar visibilidade aos casos de sucesso, incentivando assim
a produção e a indústria agro-alimentares.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/agricultura-conquista-jovens

Alqueva: Dirigente agrícola crítica ritmo "lento" de obras, empresa garante que decorrem "como previsto"

15:29 Quinta, 13 de Setembro de 2012

Beja, 13 set (Lusa) - Um dirigente da Federação das Associações de
Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) criticou hoje o alegado ritmo
"lento" de obras do Alqueva, mas a empresa gestora do projeto garante
que estão a decorrer "como previsto".

"Nota-se, a olho nu, que as obras estão a decorrer muito lentamente",
disse à agência Lusa Luís Mira Coroa, apontando, como exemplo, o ritmo
das obras do bloco de rega de Pedrogão, que "abrandou completamente"
por alegada "falta de financiamento".

Confrontado pela Lusa, o porta-voz da Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva (EDIA), Carlos Silva, garantiu que as obras
decorrem "como previsto" e não há obras paradas ou a decorrer num
ritmo lento "por razões relacionadas com financiamento".


http://expresso.sapo.pt/alqueva-dirigente-agricola-critica-ritmo-lento-de-obras-empresa-garante-que-decorrem-como-previsto=f753040