quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Industriais portugueses desconhecem fabricante de queijos com "listeria"

Publicado ontem



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A associação portuguesa de industriais de laticínios desconhece os
queijos feitos em Portugal nos quais as autoridades espanholas
detetaram a bactéria "Listeria Monocytogenes", mas garantem que se
trata de uma situação pontual.


foto HENRIQUES DA CUNHA/ARQUIVO GLOBAL IMAGENS

Bactéria detetada em queijos frescos

"Desconhecíamos os produtos e que fossem fabricados em Portugal. Já
pedimos à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
informação sobre quem é o fabricante", declarou à agência Lusa Pedro
Pimentel, presidente da Associação Nacional dos Industriais de
Laticínios (ANIL).

Segundo o responsável, deverá tratar-se de uma empresa de pequenas
dimensões ou até de produtos feitos em Portugal mas por uma empresa
espanhola. "Do que sabemos, não nos parecem queijos direcionados ao
mercado português", adiantou.

Pedro Pimentel salienta que não se trata de um problema genérico do
queijo fresco, nem do queijo português, mas antes um pequeno surto,
localizado e que já foi identificado.

"É uma situação pontual, localizada e identificada. E bactéria em
causa não está associada à matéria-prima nem ao material de embalagem,
mas pode estar existir uma contaminação num ponto da instalação
fabril", explicou.

Segundo as autoridades espanholas, os produtos afetados são o queijo
fresco "El sabor de la casa" (lotes 12267 e 12291), "Queso costeño
nativo" (lotes 12245 e 12287) e "Queso fresco latino Estilo
tradicional" (lote 12296).

O produto, que já foi retirado do mercado, foi fabricado em Portugal e
distribuído na sua maior parte a estabelecimentos de especialidades
lácteas em várias comunidades autónomas espanholas, bem como em Itália
em Portugal.

A bactéria em causa pode provocar listeriose, que se transmite
precisamente pela ingestão de alimentos contaminados, sobretudo leite
não pasteurizados, vegetais crus mal lavados ou alimentos processados
(como charcutaria).

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a doença tem um período médio de
incubação de três semanas. Tal como a maioria das infeções de origem
alimentar, tem um curso clínico benigno, caracterizado por síndroma
febril agudo, por vezes acompanhado de diarreia.

A doença com evolução grave é mais frequente em grávidas,
recém-nascidos ou adultos com o sistema imunitária debilitado.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2776649&page=-1

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