quarta-feira, 5 de março de 2014

Florestas ibéricas podem emitir este século mais carbono do que absorvem

04-03-2014 
  
Os ecossistemas florestais ibéricos podem emitir a partir da segunda metade do século XXI mais dióxido de carbono do que absorvem, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Barcelona (UB) com simuladores sobre alterações climáticas.

O estudo, elaborado pelos professores de Ecologia da UB e do Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF) Santiago Sabate e Carlos Santiago Gracia e pelo especialista Daniel Nadal, foi publicado na revista científica Ecossistema, da Associação Espanhola de Ecologia Terrestre.

Segundo os investigadores, há um alto risco de que alguns dos ecossistemas florestais espanhóis podem tornar-se emissores de carbono líquido na segunda metade do século.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Ministros da UE a favor de reabrir debate sobre OGM

 05-03-2014 

 
Os Ministros do Meio Ambiente da União Europeia mostraram uma posição favorável para o regresso ao debate sobre a proposta da Comissão em relação ao cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM).

No próximo dia 13 der Março terá lugar uma reunião de trabalho na qual será examinada a proposta com base num texto de compromisso da presidência grega da União Europeia.

O documento propõe um dispositivo em duas etapas. Inicialmente, os Estados-membros que não querem o cultivo de OGM no seu território pedem à empresa que queira solicitar a autorização de uma nova planta OGM que se comprometa a não vendar a mesma no país em questão. Se a empresa recusar este pedido, o Estado-membro pode proibir o cultivo em todo ou em parte do seu território alegando justificações diferentes à saúde ou ambientais.

A França e a Bélgica estão de acordo com o texto e defendem uma proposta que responsabilize os países pela autorização ou não das culturas, ou seja, uma nacionalização das autorizações. A presidência grega espera alcançar um acordo político e preparar a adopção de uma legislação antes do final do ano.

 Fonte: Agrodigital

Armazenamento de água sobe em 11 bacias hidrográficas em Fevereiro


5 de Março, 2014

Onze bacias hidrográficas registaram uma subida no volume de água armazenada em Fevereiro, comparativamente a Janeiro, de acordo com a informação disponibilizada na página de Internet do Instituto da Água (INAG).
De acordo com o Boletim de Armazenamento de Albufeiras, no último dia do mês de Fevereiro, comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se um aumento do volume de água em 11 bacias hidrográficas e descida numa.

Das 59 albufeiras monitorizadas, 43 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e não existem albufeiras com disponibilidade inferior a 40% do volume total.

Os níveis mais elevados de armazenamento de água em Fevereiro de 2014 ocorreram nas bacias do Guadiana (98,4%), Ave (98,2%), Cávado (94,7%), Oeste (94,4%), Lima (92,8%), Tejo (93,5%), Douro (91%), Mira (88,8%), Barlavento (78,6%) e Arade (73%).

Segundo o INAG, os armazenamentos de Fevereiro por bacia hidrográfica apresentam-se superiores às médias de armazenamento de Fevereiro (1990/91 a 2012/13), excepto para as bacias do Mondego e Ribeiras do Algarve.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

Lusa/SOL

Iniciativa: Novos agricultores trocam a enxada pelo tablet

HOJE às 07:340

O regresso à terra está a ser feito com gente mais jovem, mas também com novas ferramentas. Uma delas, pensada e desenvolvida por empreendedores portugueses, pretende dar aos novos agricultores um meio mais eficaz para gerir a sua atividade.
Chama-se Agroop e é uma plataforma tecnológica que vai ligar os produtores às suas associações, permitindo-lhes comunicar dados em tempo real, solicitar assistência remota, receber alertas climatéricos e de sanidade, quantificar os seus custos e até gerir recursos humanos.
Bruno Fonseca, licenciado em design gráfico, é um dos três promotores da Agroop, que está a ser desenvolvida na Incubadora Tagus Park e que conta com mais três elementos na equipa: um parceiro tecnológico e dois consultores agrónomos.
A ideia surgiu quando Bruno Fonseca, que tinha acabado de desenvolver um projeto para um agricultor em Castelo Branco, se apercebeu de que não existia «nenhuma plataforma intuitiva e em português» que ajudasse a gerir recursos e processos agrícolas.
«Achámos que podíamos complementar essa lacuna e desenvolver uma aplicação mais “user friendly” (amiga do utilizador) que permitisse uma comunicação eficiente entre os diversos agentes da cadeia produtiva», contou o empreendedor à Agência Lusa.
A aplicação permite aos agricultores fazer os registos do caderno de campo digitalmente e elaborar uma estruturação de custos e receitas mais eficaz, explica Bruno Fonseca.
A aplicação traz também vantagens às organizações de produtores que «podem ter acesso em tempo real aos dados gerados pelos agricultores, o que lhes permitirá minimizar os custos, evitando a deslocação dos técnicos ao terreno», acrescenta.
Bruno Fonseca exemplificou o funcionamento do sistema num protótipo desenhado para o “tablet”.
O agricultor começa por se registar e acede a um menu, onde pode adicionar colaboradores, maquinaria, parcelas e culturas, bem como a calendarização da atividade.
Pode também pedir ajuda remotamente.
«Imagine-se que o agricultor vê um fungo numa planta e não sabe o que é. Pode tirar uma fotografia e mandar para o técnico da associação que poderá aconselhá-lo nos procedimentos mais corretos para combater aquele fungo», explica o jovem promotor.
A aplicação permite também ter uma ideia mais clara sobre a estrutura de custos de uma determinada atividade.
«O nosso “software” produz um gráfico de resultados que vai mostrar o tempo gasto em cada atividade, bem como as despesas. [Os agricultores] podem chegar à conclusão que a cultura onde estão focados não é rentável e devem procurar novas soluções», disse o fundador da Agroop.
João Preto, um dos consultores agrónomos que está a dar apoio ao projeto, destaca que esta ferramenta será igualmente importante para melhorar a qualidade, permitindo monitorizar com facilidade a rastreabilidade do produto.
E não tem dúvidas quanto à recetividade do mercado: «Há cada vez mais jovens agricultores, há cada vez mais pessoas com outras formações que estão, pelos tempos que correm, a desenvolver atividades mais ligadas à terra. Estas pessoas (...) são mais abertas ao uso de tecnologia e aperceberam-se de que o universo agrícola está cada vez mais global e competitivo, daí a necessidade de uma ferramenta que vai aumentar a sua eficiência e a sua rapidez de comunicação com os “players” do mercado».
Segundo a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, no ano passado eram recebidas, em média, quase 300 candidaturas mensais ao apoio à instalação de jovens agricultores.
No futuro, o objetivo é desenvolver esta multiplataforma agrícola. Além da aplicação de gestão de processos e recursos agrícolas, Bruno Fonseca quer desenvolver uma rede social e pedagógica que ajude a esclarecer duvidas e, posteriormente, evoluir para um mercado 'online' onde se possam comprar e vender produtos, dirigido a compradores de pequenas, médias e grandes superfícies comerciais que teriam assim acesso «a uma vasta gama de produtos e fornecedores».
O projeto é apoiado pelo Passaporte ao Empreendedorismo e arrancou há sete meses. Os próximos cinco meses, ainda no âmbito deste apoio que se traduz numa bolsa mensal de cerca de 700 euros para cada promotor, servirão para desenvolver a ideia e elaborar o plano de negócios.
«Estamos a afinar o protótipo e estamos à procura de um parceiro estratégico que nos possibilite fazer uma prova de conceito. Depois será mais fácil depois encontrar investidores», acredita Bruno Fonseca.
Diário Digital com Lusa

Negociações entre UE/Mercosul

03-03-2014 


 
Os países da União Europeia e do Mercosul podem vir a trocar ofertas após a reunião agendada para 21 de Março, caso as condições sejam adequadas, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

A permanência da Argentina no bloco do Mercosul continua em discussão, com mais esclarecimento no próximo dia sete de Março. Entretanto, por seu lado, o Copa-Cogeca opõem-se às negociações, alertando para o facto de um futuro acordo vir a prejudicar o sector agrícola da União Europeia, em especial o sector da carne de porco e de aves.

Fonte: Copa-Cogeca

Maiores colheitas mundiais de trigo e menores de soja

03-03-2014 
 
Maiores colheitas mundiais de trigo e menores de soja 

   
O Conselho Internacional de Cereais (CIC) aumentou as suas estimativas no final de Fevereiro, em relação a Janeiro, em um milhão de toneladas o valor da produção mundial de trigo para a campanha 2013/2014.
 
O CIC aponta para uma colheita de 708 milhões de toneladas, cerca de mais 53 milhões, em relação à campanha anterior. Contudo, o consumo mantem-se constante, com 691 milhões de toneladas e os stocks finais da campanha aumentaram cerca de dois milhões de toneladas até um total de 190 milhões.
 
Em relação à campanha de 2014/2015, as estimativas do CIC esperam que a superfície global de trigo aumente, mas que a produção desça cerca de dois por cento devido ao regresso a níveis normais dos rendimentos, depois dos excepcionais alcançados na última campanha.
 
No caso do milho, as previsões de Fevereiro para a produção não variaram para a campanha de 2013/2014, mantendo-se semelhante às de Janeiro, de 959 milhões de toneladas, apesar de 11 por cento superiores às da campanha passada. Para o consumo espera-se um crescimento de quatro milhões de toneladas, um total de 932 milhões, o que pode conduzir a uma redução na mesma quantidade das existências finais, para 154 milhões de toneladas. Para a campanha de 2014/2015, o CIC estima que a produção de milho se contraia como consequência de uma redução dos rendimentos.
 
Para a soja, o Conselho Internacional de Cereais mostra-se mais pessimista com os valores de produção na campanha de 2013/2014, reduzindo em quatro milhões de toneladas frente às estimativas de Janeiro e prevendo 284 milhões de toneladas.
No entanto, trata-se de uma colheita cinco por cento superior à anterior. Também diminuiu as previsões de consumo em cerca de dois milhões de toneladas até um total de 283 milhões, pelo que as existências finais apenas seriam prejudicadas em dois milhões de toneladas.
 
Fonte: Agrodigital

 

Programa apícola nacional

Março 04
09:26
2014

Informa-se que foi publicado o Despacho normativo n.º 4/2014, que altera o Despacho normativo n.º 1/2014 que estabelece as regras nacionais complementares de aplicação do Programa Apícola Nacional (PAN) relativo ao triénio 2014-2016.

De acordo com o referido despacho, o novo período para a apresentação de candidaturas, ou para alteração das já apresentadas em janeiro último, para a campanha de 2014, decorrerá entre 4 e 17 de março de 2014.

Agricultura fecha zona agrária de Silves, principal centro de produção de citrinos do país


IDÁLIO REVEZ 03/03/2014 - 07:34
A falta de pessoal justificou a transferência dos agrónomos do campo para cidade. O apoio aos agricultores que produzem laranjas faz-se agora a partir de Portimão, terra da pesca da sardinha.

 
 Ministério da Agricultura já delegou nas organizações de agricultores boa parte das suas funções
A direcção regional de agricultura do Algarve encerrou a Zona Agrária de Silves, concelho onde se produz a maior quantidade de citrinos do país. Os agrónomos que prestavam serviço em Enxerim foram transferidos do campo para a cidade de Portimão. Na porta do edifício onde funcionava a Zona Agrária – uma das mais antigas, criadas no pós 25 de Abril - ficou apenas um papel com um número telefone para contacto. “Faz algum sentido mandar para Portimão, uma terra de peixe, o pessoal da agricultura?”, pergunta o agricultor António Prata, crítico do Governo no que diz respeito à politica de centralização que diz contribuir para o despovoamento do interior.

O director regional de Agricultura do Algarve, Fernando Severino, justifica a medida com a falta de pessoal, mas garante que “não vai faltar o apoio aos agricultores”. O que está previsto é que o serviço possa ter continuidade, mas noutros moldes, através de parcerias entre o ministério da Agricultura e do Mar e as autarquias. A suspensão do atendimento regular aos agricultores da região abrange, além de Silves, Aljezur, Alcoutim, Lagos e Monchique. 

“Não dá para entender uma medida destas”, prossegue António Prata, acrescentando que, aos 85 anos de idade, ainda é ele, sozinho, quem trata do pomar de citrinos e abacates numa área de quatro hectares. A vizinha, Rogélia Santos, dispara no mesmo sentido: “Estão a acabar com tudo - o que será que mais nos vai acontecer?”, pergunta. As interrogações sucedem-se a cada passo, mas poucos encontram resposta ou justificação aparente.

“Parece-me que eles [os  funcionários da zona agrária] já deve haver quase um mês que se foram embora”, observa Gregório Patrício, um reformado da construção civil que contesta o encerramento dos serviços públicos de proximidade, embora não fosse utente assiduo. De agricultura, diz, não perceb2 grande coisa: só cultivo hortaliças no quintal”.

A região algarvia produz uma média de 270 mil toneladas de citrinos, o que equivale a cerca de 80% da colheita nacional, e o concelho de Silves é aquele que concentra a maior área de cultivo. “Vinha aqui gente até de São Marcos da Serra”, diz Rogélia Santos, evocando a extensão do território que abrange, também, uma grande área de serra.

A Federação Regional do Algarve do PS divulgou um comunicado criticando a decisão, por considerar reveladora de “um profundo desprezo pelos empresários do sector agrícola, prejudicando gravemente os concelhos mais afastados dos serviços desconcentrados de Faro”.

O agricultor João José, de Enxerim, desvaloriza os protestos: “Já pouco se fazia ali, só lá estavam duas funcionárias”.  Sempre que surgia alguma  questão mais técnica, “tinha de se ir a Portimão, e mesmo aí as coisas não funcionam como deviam”, prossegue. "Quis fazer um projecto para a produção de mel mas não me safava se não pagasse a quem fizesse o estudo, fora dos serviços da agricultura”, exemplifica.

Laranjas espanholas no Algarve
O director regional de agricultura do Algarve recorre à lei que impede a contratação de novos colaboradores para justificar a suspensão e redução dos serviços de apoio descentralizado. “Os funcionários que se reformaram não foram substituídos”, enfatiza.

Porém, Fernando Severino assegura que os agrónomos não se vão afastar do campo. “Estamos a fazer parcerias com os municípios e associações de agricultores para continuar a prestar o apoio de proximidade”, adianta.

Mas a redução do número de funcionários é um facto indesmentível. A delegação da direcção regional de agricultura em Portimão, que servia toda a zona do Barlavento, chegou a ter mais de duas dezenas de colaboradores mas “dentro em breve ficarão apenas com cinco ou seis”, diz . 

Ao longo da estrada entre Silves a Messines, os produtores vão ao encontro dos consumidores. Marina Calado vende laranjas e hortaliças, numa tenda improvisada. “Só precisei de ir uma vez a Zona Agrária de Enxerim (Silves) para preencher os papéis para o cartão de agricultora, foram muito simpáticos”, comenta, um pouco indiferente ao encerramento da estrutura algarvia. Enquanto isso, o condutor de um camião de transporte de materiais de construção, vindo de Santarém, pára para comprar laranjas. “Tenho clientes certos”, conta, orgulhosa, a agricultora.

Crescem couves e plantas medicinais entre prédios e estradas


ALEXANDRA GUERREIRO 24/02/2014 - 10:17
Hortas comunitárias, clandestinas, sociais, espontâneas. Existem pelo menos 70.235 hortas urbanas na Grande Lisboa. Uma dúzia de horticultores mostram os seus quintais ao ar livre da cidade. O local onde passam mais tempo do que a cozinhar ou a comer aquilo que plantam.


Há morangos, cenouras, couves, alfaces, tomates, alfazema e outros a crescer por entre os prédiosOXANA IANIN

Com um gorro branco a cobrir as orelhas, Mariama conta que, mesmo com este frio, Malam Baldé se levanta às 6h, só algumas vezes por volta das 7h, para trabalhar no talhão. “Fui trocada por uma horta!” Esta é a frase que Mariama Camara, a sorrir mas não a brincar, usa para exemplificar a dedicação que o marido tem nos seus 30m2 na Adroana. Junto a este bairro social da freguesia de Alcabideche, a Câmara de Cascais inaugurou, em Janeiro, o mais recente parque hortícola do concelho.

Estes talhões fazem parte do programa Hortas de Cascais. As primeiras hortas comunitárias da Área Metropolitana de Lisboa nasceram em 2009, no Parque Urbano do Alto dos Gaios, na freguesia do Estoril. Agora já existem 1372 talhões apoiados pelas câmaras em 11 concelhos da Grande Lisboa.

Deputados socialistas exigem do Governo a preservação do património genético do porco alentejano


CARLOS DIAS 17/02/2014 - 16:51
Governo comprometeu-se a publicar há quase um ano legislação para regulamentar a criação e a comercialização de produtos da raça autóctone, mas até ao momento nada foi publicado.


A venda descontrolada, em superfícies comerciais e na restauração, de carne de porco apresentada como sendo de raça alentejana, quando pouco ou nada tem a ver com esta espécie autóctone, levou o grupo parlamentar do Partido Socialista a alertar o Governo para a necessidade de criar normas que protejam o código genético do suíno.

Luís Pita Ameixa, um dos deputados socialistas que subscreveram a exposição enviada à presidente da Assembleia da República, descreveu a situação em que se encontra a produção e a comercialização de porco de raça alentejana como "grave".

A designação "porco preto", utilizada para designar o porco da raça alentejana, "não está regulamentada", realça o deputado socialista eleito por Beja, advertindo para a urgência de estabelecer a designação "porco alentejano" como protegida, contrariando assim a designação "porco preto", importada de Espanha.

Pita Ameixa garante que a mistificação que foi montada por especuladores "matou o mercado do porco alentejano", que chegava a abater 300 porcos por semana para carne fresca "e agora abate zero", um facto que conduziu ao desaparecimento de "cerca de metade das 300 explorações que havia no Alentejo".

Neste momento, os abates de porcos de raça alentejana são realizados apenas para a produção de presuntos de denominações de origem e alguns enchidos, como o presunto de Barrancos IGP. É a qualidade do produto que suscita a progressiva procura que tem entre os espanhóis.

Sendo um produto procurado e com nome no mercado, as grandes superfícies e restaurantes utilizam a designação porco preto, mas não vendem a carne do porco alentejano, "vendem sim outras raças, dando a entender que estão a vender o produto oriundo do porco alentejano", denuncia o grupo parlamentar socialista.

As dificuldades cada vez mais patentes dos criadores do porco alentejano são realçadas no documento enviado ao Governo. Para além de a produção da suíno alentejano ter custos de produção mais elevados do que em Espanha, a sua criação demora cerca de um ano, enquanto no país vizinho "é fabricado em sete a oito meses", realçam os deputados socialistas.

Para superar este constrangimento, que está a afectar a viabilidade das explorações alentejanas onde se cria o porco de raça alentejana, o grupo parlamentar socialista recorda que o secretário de Estado da Alimentação e da Indústria Agroalimentar anunciou, na edição de 2013 da Ovibeja, que a aprovação da regulamentação necessária para o sector "estaria para breve", mas passou quase um ano e nada foi publicado.

A diminuição do número de animais desta raça autóctone, estando muito perto de ser considerada uma raça ameaçada, preocupa os socialistas, que, na inquirição enviada na passada sexta-feira à presidente da Assembleia da República, insistem em saber "qual a estratégia e as medidas tomadas para preservação desta raça nacional autóctone e do seu património genético".

Ministério da Agricultura já delegou nas organizações de agricultores boa parte das suas funções

Ministério da Agricultura já delegou nas organizações de agricultores boa parte das suas funções
CARLOS DIAS 03/03/2014 - 07:36
Agilização e simplificação dos serviços com redução de funcionários vai prosseguir em 2014, pesem embora as críticas dos pequenos proprietários do interior do país que acusam a tutela de os ter abandonado à sua sorte.

 Agricultura fecha zona agrária de Silves, principal centro de produção de citrinos do país
No espaço de uma década o Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) reduziu em quase 50% o seu orçamento (2380 milhões de euros em 2004 para 1270 milhões de euros em 2014) e o número de funcionários passou no mesmo período de 13.500 para pouca mais de 6000. Paralelamente, e com o arranque do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), em 2006, foi intensificada a transferência de funções e valências para as organizações representativas dos agricultores, cooperativas e autarquias.

A reestruturação encetada é encarada com reservas. Há organizações que acusam a tutela de ter abandonado os pequenos proprietários à sua sorte. "Está a acontecer-nos mais ou menos o mesmo que àquele jovem que percorreu 400 quilómetros, até ser atendido no Hospital de Santa Maria, em Lisboa", compara José Pegado, dirigente da Associação Distrital de Agricultores do Distrito de Bragança.

As organizações de agricultores de menor dimensão reconhecem que não têm capacidade para resolver determinados problemas que os pequenos agricultores apresentam, nomeadamente nas regiões do interior. A reestruturação dos serviços do MAM obriga-os "a tratar de assuntos em Chaves, Braga ou Viana do Castelo", assinala José Pegado.
“Vivemos num sítio onde as coisas só começam 15 dias depois de terem começado”, lamenta-se o dirigente associativo, queixando-se dos percalços da informatização. “Todos os anos a tutela faz alterações aos programas informáticos” dificultando a vida dos agricultores que na maioria têm idades entre os 70 e 80 anos e estão desprovidos de conhecimentos em novas tecnologias da informação.

No centro do país, a leitura feita por Aníbal Cabral, da Associação de Agricultores de Castelo Branco é semelhante: “Quando os serviços nos pedem para recorrer à Internet esquecem-se que estão a falar de pessoas idosas e até analfabetas”, contestando a transferência de responsabilidades que não foram acompanhadas pela transferência de meios adequados. "Em alternativa, só conseguimos ser atendidos em Aveiro, Castelo Branco ou até em Lisboa”.

O crescendo de exigências burocráticas, associado às alterações no domínio da fiscalidade na pequena agricultura familiar, “estão a contribuir para o abandono das terras”, alerta Aníbal Cabral, explicando que o fisco “junta as ajudas comunitárias à reforma que as pessoas auferem”, passando a pagar mais, “até na taxa moderadora da saúde”, exemplifica. As pessoas “preferem perder a ajuda comunitária de 200 ou 300 euros por ano do que pagar mais pela taxa moderadora e ao fisco”, observa.

Brito Paes, presidente da Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), esclarece que as associações “estão a preencher uma lacuna, deixada pelo ministério, de uma forma que não é a ideal”, alegando que não tem sido possível “compensar em pleno as funções que estavam atribuídas às zonas agrárias”.

A delegação de competências nas associações de agricultores é suportada num protocolo entre o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e as confederações de agricultores, e ao abrigo desse protocolo é prestado uma série de serviços pelos quais as organizações são reembolsadas, observa o presidente da AJAP.

As posições críticas das associações são reforçadas por João Dinis, da Confederação Nacional de Agricultores (CNA): Os pequenos agricultores “ficaram completamente desamparados” com as mudanças na orgânica de funcionamento do MAM “sem que houvesse o cuidado de acautelar as consequências a jusante". E “se não fossem as associações, muitos agricultores não receberiam as ajudas comunitárias”, sentencia o dirigente da CNA. Mesmo assim, “há mais de 100 mil agricultores que não fazem candidaturas e outros 150 mil que não recebem nada”. As ajudas comunitárias “abrangem 180 mil agricultores” sublinha.

Pesem embora as críticas que endereça ao MAM, João Dinis reconhece que os agricultores “são beneficiados com o apoio que as associações lhes prestam” na elaboração das suas candidaturas às ajudas comunitárias, de projectos e no aconselhamento. "A tutela criou um sistema para entreter as associações de agricultores”, que ficaram com “todo o processo técnico burocrático”, analisa o dirigente da CNA, admitindo porém que o sistema “acaba por fidelizar os agricultores”.

Com a reestruturação iniciada há uma década atrás, os serviços do MAM ficaram “desarticulados” com a extinção de “institutos de pesquisa científica e de experimentação” e agora apenas existem alternativas a nível privado que “só estão ao alcance das grandes empresas agrícolas ou as agro-indústrias”, denuncia João Dinis.

No sul do país, o tomcrítico não é tão acentuado. Há uma aceitação pacífica do sistema que trouxe "alguns ganhos para os agricultores”, garante António Bonito, presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, reconhecendo que as funções ainda desempenhadas pelos serviços do MAM “estão prejudicados na sua qualidade” porque o “número de funcionários também é menor”. Evita generalizar, argumentando que existem bons e maus serviços, realidade que associa aos bons e maus responsáveis que permanecem no MAM.

Francisco Palma presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, associa a mudança de actuação do MAM a dois factores: “O Estado deixou de ter condições orçamentais” para continuar a garantir o universo de serviços que anteriormente suportava e houve a ascenção das novas tecnologias de informação. “Com apenas uma password somos capazes de resolver uma série de situações” que anteriormente impunham a deslocação aos serviços do Ministério da Agricultura, que neste momento têm a seu cargo pouco mais que a fiscalização e o controle da actividade dos agricultores.

A descentralização de serviços permitiu que as tarefas desempenhadas pelo MAM fossem “mais agilizadas”, assegura. A máquina que existia no ministério foi mobilizada para alguns objectivos específicos como, por exemplo, “pagar os subsídios aos agricultores a tempo e horas, quando antes estavam meses ou anos anos à espera”, assinala Francisco Palma.

Questionado pelo PÚBLICO sobre as consequências do encerramento de serviços do MAM no interior do país, o director Regional da Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, diz que “a sua concentração num só sítio facilita a vida aos agricultores”.

Reagindo às críticas formuladas por algumas associações sobre a “desarticulação” da orgânica de funcionamento do MAM, por não ter tomada em linha de conta as debilidades estruturais de algumas associações, Manuel Cardoso confirma a existência de “uma grande variedade técnica entre as associações de agricultores”, admitindo que as mais pequenas “estão menos preparadas”.

O encerramento de laboratórios e de centros de experimentação e pesquisa está compensado “por muitas empresas privadas” que podem substituir o Estado, advoga o director regional, lembrando que, mesmo assim, o MAM continua a aceitar amostras de solos ou de produtos alimentares e mantém ainda o controlo da fitossanidade.

O MAM salienta no seu programa de acção para 2014 que vai prosseguir a “simplificação e desburocratização já encetada ao nível organizacional” ao mesmo tempo que será dada continuidade à “redução dos custos ao nível da administração” que inclui um corte de 6% no quadro de pessoal.

A Carne de Coelho é saudável e está na "boca de todos"

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Carne de Coelho - desafio saudável para 2014

Depois do sucesso na Feira de Vinhais com o Fumeiro de Coelho, a imprensa tem dado um grande destaque a estes produtos e às características nutricionais desta carne. O salpicão, o chouriço, a alheira e até um presunto foram os trunfos apresentados pela empresa Grão a Grão, levando ao consumidor um produto “light” com baixos teores em colesterol e sódio. Estes produtos tiveram a cobertura de todas as televisões Nacionais e têm tido uma enorme procura por parte do consumidor, cada vez mais preocupado com a qualidade e com a saúde na alimentação.

Depois deste sucesso, chegou a vez da Degustação da Carne de Coelho na Tocha. Com várias entradas e pratos de coelho, a empresa Litoral Coelho com o Restaurante “A Cova do Finfas” aliaram a Gastronomia, a Musica e a Solidariedade num jantar no passado Sábado. A degustação desta carne de excelência fez desta noite saudável um convívio único com muita animação.

Com este arranque de 2014, a ASPOC tem ainda mais motivos para acreditar no consumo da Carne de Coelho, e apoiar todas as iniciativas que venham a ser desenvolvidas neste sentido. É necessário chegar ainda a mais consumidores e dar a conhecer a importância que esta carne branca e saudável deve ter na dieta do dia-a-dia.

A ASPOC tem o prazer de informar que apoia a candidatura do Restaurante Estrela da Mó a Melhor Arroz de Portugal com o prato Arroz de Cogumelos com Coelho Campestre e convida todos os associados e amigos a apoiarem a nossa causa e votarem numa escolha saudável. Entre os dias 3 de Março e 4 de Maio estão em votação todos os pratos para escolher os 5 Finalistas. Vamos levar a Carne de Coelho à final e votar neste prato.

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ASPOC

Março, Portugal e a Floresta



O mês de março é tradicionalmente associado ao início da primavera, às árvores e às florestas.

No presente ano, associado à campanha “Portugal pela Floresta”, o governo português prepara o anúncio de um novo pacote de apoios públicos à atividade florestal, agora para o período 2014/2020. Tal pacote está a ser preparado sem que os contribuintes tenham conhecimento dos resultados alcançados por apoios anteriores, também concretizados no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), atribuídos desde o I Quadro Comunitário de Apoio (QCA).

Efetivamente, desde a adesão à CEE foram disponibilizados às florestas portuguesas vários milhares de milhões de euros. Com que resultados? Qual o retorno económico para o País?

Será que é possível solucionar os problemas existentes na atividade florestal em Portugal apenas deitando dinheiro sobre eles?

Será possível atenuar tais problemas sem uma intervenção direta nos mercados, caracterizados por uma concorrência imperfeita?

Apesar dos apoios públicos disponibilizados e a disponibilizar, concretizados através dos impostos pagos pelos cidadãos nacionais e europeus, foi ou será possível viabilizar negócios silvícolas sem a correção das disparidades evidentes nos mercados de produtos florestais?

Qual a fatia, no rendimento dos negócios silvícolas, decorrente do financiamento público face ao peso nesse rendimento decorrente dos mercados?

Ao que tudo indica, face ao histórico dos apoios da PAC, o financiamento público atribuído às florestas tem sido incapaz de dar garantias à Sociedade da viabilização dos negócios silvícolas. Negócios que custeiem uma adequada gestão florestal, uma administração das superfícies silvícolas que minimizem os riscos da propagação de incêndios ou da proliferação de pragas e de doenças.

Ainda em 2013, a Acréscimo colocou ao Ministério da Agricultura um conjunto de questões, todavia estas continuam sem resposta. Elas foram:

1 - Quais as áreas, por espécie e região, que resultaram dos investimentos nas florestas cofinanciados pelos contribuintes no âmbito do I QCA (1996/1992), do II QCA (1993/1999), do III QCA (2000/2006) e do PDR 2007/2013?

2 - Houve interseção de áreas objeto de cofinanciamento público entre os diferentes períodos de apoios? Qual o montante em área e por tipo de investimento?

3 - Face aos montantes investidos, com cofinanciamento público, em pinheiro bravo, como se explica a regressão de área desta espécie em Portugal nos últimos 27 anos?

4 - Face aos montantes investidos, com cofinanciamento público, em sobreiro, como se explica a manutenção de área desta espécie em Portugal ao fim destes 27 anos?

5 - Existem estudos de avaliação de desempenho dos diferentes pacotes de apoio, na sua vertente florestal, ao longo dos 27 anos decorridos de apoios da PAC em Portugal?

6 - Na sequência dos fundos públicos investidos nas florestas portuguesas, qual o retorno respetivo para a Sociedade, quer em termos económicos, mas também ao nível ambiental e social?

Outras poderiam ter sido colocadas, designadamente no que respeita ao impacto dos fundos da PAC ao nível da propagação de incêndios florestais, bem como na proliferação de pragas e de doenças nas florestas em Portugal.

No que respeita aos incêndios florestais, os últimos 27 anos de apoios da PAC às florestas portuguesas não providenciaram um resultado animador.



Num outro nível, qual o impacto dos fundos da PAC, aplicados nas florestas portuguesas, ao nível dos números expressos no tempo nas Contas Económicas da Silvicultura (publicadas pelo INE)?

Curiosamente, apesar dos significativos apoios da PAC, o peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da atividade florestal no VAB nacional tem registado, nos últimos 20 anos, um decréscimo progressivo.

VAB SILVICULTURA / VAB NACIONAL


Ao que tudo indica, o País andou a queimar e continuará a derreter dinheiro nas florestas.

Lisboa, 4 de março de 2014

terça-feira, 4 de março de 2014

Município de Vila Pouca de Aguiar implementa Conselho Municipal de Agricultura

04-03-2014 

 
Está em funcionamento o Conselho Municipal de Agricultura, decorrente das assinaturas de protocolos que envolveram oito entidades ligadas ao desenvolvimento rural do concelho de Vila Pouca de Aguiar.

A sessão solene, que decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho, na passada sexta-feira, 28 de Fevereiro, foi participada pelo executivo municipal, representantes de entidades agrícolas e florestais, autarcas locais, agricultores e técnicos de várias áreas de actuação no mundo rural.

Vila Pouca de Aguiar começa a aprofundar e a promover a sua ruralidade a partir de um grupo de trabalho agora constituído em Conselho Municipal de Agricultura. Iniciado por vários representantes de entidades ligadas aos sectores agrícola, pecuário e florestal, o grupo de trabalho vai coordenar a política agrícola no território concelhio, implementando e acompanhando acções para aumentar a eficácia do sistema agrícola junto dos agentes locais.

O presidente da Câmara Municipal abriu a sessão de implementação do Conselho Municipal de Agricultura, realçando que o concelho de Vila Pouca de Aguiar tem características rurais, pelo que «temos que apostar nas actividades que promovam o desenvolvimento rural». Alberto Machado realçou que «estamos a desenvolver uma estratégia com objectivos práticos» e que uma das funcionalidades do Conselho Municipal de Agricultura é estabelecer a comunicação entre os elementos que compõem o novo organismo municipal.

A equipa que começa agora a trabalhar a política agrícola local passa a reunir-se sempre que seja convocada por quem dirige o grupo ou a pedido da grande maioria dos membros que a constituem e compete à autarquia o respectivo apoio logístico. O protocolo tem a vigência de quatro anos.

Fonte: Diárioatual

Aplicação alerta por SMS para doenças e pragas da castanha

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Escrito por CienciaPT   
03-MAR-2014

AlertCast está a ser implementada em Viseu e na Guarda e poderá gerar uma poupança de milhares de euros na economia nacional

Cientistas do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, estão a desenvolver uma rede de alertas para a deteção, ou risco elevado, de doenças e pragas nos castanheiros, através de SMS gratuitos.

 

Aplicação alerta por SMS para doenças e pragas da castanha


A AlertCast está a ser implementada na Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, em Viseu e na Guarda, e poderá gerar uma poupança de milhares de euros na economia nacional.

“Os soutos são afetados por um conjunto de pragas e doenças com repercussões económicas importantes, se não forem controladas atempadamente. As perdas ocorrem quer ao nível da produção, quer ao nível da depreciação do valor da castanha. Só em 2011, a cooperativa parceira do projeto registou um quarto de perdas de produção”, explica a investigadora Teresa Pinto.

Para desenvolver a aplicação, a equipa multidisciplinar de cientistas relaciona zonas ecológicas, dados como a meteorologia, o desenvolvimento das árvores (fenologia) e os ciclos biológicos das pragas e doenças do castanheiro. As informações são recolhidas pelos investigadores e por técnicos da cooperativa mas espera-se que, nos próximos anos, sejam os produtores a reunir os dados.

“A partir deste conjunto de dados é construída uma matriz de decisão que irá determinar os índices de risco. Dependendo dos valores obtidos para estes índices irá ser desencadeada a emissão de avisos, conforme a incidência e perigosidade, que podem ser preventivos ou corretivos. Vão permitir identificar o problema a combater, os danos e a respetiva luta cultural”, adianta a responsável do CITAB.


A investigação incide ainda na identificação do melhor local para implementar uma rede de estações meteorológicas, sistemas de transmissão, armazenamento e processamento de dados e na gestão da informação para gerar os avisos.

A AlertCast poderá até prevenir prejuízos de agentes ainda não registados em Portugal, como a vespa do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus), que tem causado perdas avultadas na Europa, sobretudo em Itália, afetando 70% da produção em 2013.

Nos últimos meses foi confirmada a presença do inseto na Catalunha e na Cantábria, pelo que se espera que o inseto atinja o território nacional nos próximos anos.

Os investigadores do CITAB esperam alargar o AlertCast por toda a área de Denominação de Origem Protegida da Castanha dos Soutos da Lapa até 2020.

Alemanha decide aplicar o menos possível a reforma da PAC

Fevereiro 28
15:26
2014

O Conselho de Ministros alemão adoptou uma lei, que prevê a aplicação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) no país, mas aplicando o mínimo possível as alterações das propostas do novo documento em relação à antiga PAC.

Na reforma da PAC dá-se grande importância ao “greening”, condicionando as ajudas aos produtores que não respeitem essas normas ambientais. Como Bruxelas permite uma certa margem de manobra aos estados membros, a Alemanha vai permitir que certas culturas substituam a obrigação do “greening”. O mesmo se aplica à obrigação de colocar terras em pousio, que na Alemanha vai ser reduzido ao máximo.

Outra medida que não vai ser seguida é a do limite máximo de ajudas por agricultor, prevista na reforma e que o governo alemão decidiu não aplicar. O Ministro da Agricultura foi claro, ao afirmar que os agricultores podem contar com o governo para continuar a aumentar a sua competitividade, pois as medidas restritivas ficam para os outros países comunitários.

A Federação dos Agricultores Alemães, DBV, o poderoso sindicado agrícola, já veio apoiar e congratular-se com as decisões do governo.

FIAPE discute Agricultura e Tecnologia




A Feira Internacional de Agropecuária e Artesanato (FIAPE), em Estremoz (30 Abril a 4 de Maio), vai organizar um seminário, no próximo dia 2 de Maio, sob a temática “Inovação e Mecanização Agrícola”.
 
Mecanização, agricultura de precisão, biocombustíveis e formação serão algumas das áreas abordadas durante o certame, que terá no seu painel vários especialistas ligados ao setor.
 
Este seminário terá o apoio da abolsamia.
 
Confira o programa completo do seminário em baixo.
 
Caso pretenda mais informações sobre o seminário, pode entrar em contacto com Luís Alcino Conceição, professor adjunto na Escola Superior Agrária de Elvas, através do seguinte email: conceicao.le@gmail.com.
 
09:10 Receção dos participantes                                                            
09:30 Sessão de abertura, Márcia Oliveira, Luís A. Conceição
 
I Painel – Moderador, Francisca Gusmão

09:45 O Mercado de máquinas agrícolas em Portugal, Rui Santos Bento
10:05 O papel dos biocombustíveis na empresa agrícola, Paulo Brito
10:25 Sistemas de condução de máquinas por GPS, Luís A. Conceição, C. Margarido
10:45 Tecnologia vrt (aplicação de taxa variável) na fertilização de pastagens, João Serrano
11:05 Drones - Deteção remota, uma ferramenta de apoio à decisão, R. Braga, P. Pereira
11:25 Debate
11:45 Pausa para café
 
II Painel – Moderador, Pedro Simas
 
12:00 Mecanização da colheita em contínuo de azeitona, J. Oliveira Peça
12:20 Inspeção e certificação de pulverizadores, Pedro Nunes
12:40 Formação de Operadores de Máquinas Agrícolas, Nuno Alas
13:00 Debate
13:15 Conclusões e encerramento, José Rato Nunes
 
Mais informações:
Tel. 268 628 528 
Fax: 268 628 529


Alentejo perde 20 mil ovelhas por ano


O Diário do Alentejo publicou um artigo referente à diminuição do número de ovelhas no Alentejo. Perda de competitividade das explorações, dificuldades de mão-‑de-obra e aumento da burocracia no controlo dos rebanhos são as “razões mais relevantes” que estão na origem do decréscimo do número de ovinos e de explorações registado no Alentejo, disse Claudino Matos, da ACOS – Agricultores do Sul ao Diário do Alentejo. 

Entre 2000 e 2009 a região perdeu cerca de 20 mil ovelhas por ano. O número de explorações diminuiu, no mesmo período, 25 por cento. Em 2009 existiam no Alentejo “aproximadamente 1,1 milhões de ovinos, o que correspondia a cerca de metade do efetivo nacional. Deste, a maioria é utilizada para a produção de carne, cifrando-se em 50 mil o número de fêmeas exploradas na função leiteira”, adianta ao “Diário do Alentejo” Claudino Matos, da ACOS – Agricultores do Sul. 

O artigo também refere que o negócio de pequenos ruminantes de leite “não é aliciante” “Para quem começa de novo [o negócio de pequenos ruminantes de leite] não é aliciante. O leite é mal pago”, diz Nuno Cavaco, que iniciou a atividade há uma década com cabras de leite, em terrenos cedidos pelo pai, em Vale de Açor, Mértola, no âmbito de um projeto de apoio a pequenos agricultores.

A produção de queijo de Serpa, contudo, está em expansão, cada vez tem mais procura, afirma Tomé Pires, presidente da Câmara Municipal de Serpa. 

Fonte: Diário do Alentejo

Andam a roubar os apiários da serra da Arrábida


O presidente da Associação de Apicultores da Península de Setúbal, Manuel Barros, afirmou ao Semmais que já se registaram vários roubos de abelhas a vários apicultores da Serra da Arrábida.

Segundo o presidente declarou ao Semmais, "quem leva as abelhas têm de ser pessoas que percebem deste ramo de actividade. É que antigamente havia curiosos que levavam uma ou duas abelhas para terem no quintal, mas agora estão a levar os apiários completos". 

A juntar a este prejuízo refere que a campanha de mel tem sido pouco animadora, à semelhança do que tem acontecido nos últimos anos. O excesso de chuva e o frio não permitiu que as abelhas alcançassem o mel de alecrim, entre janeiro e fevereiro. "O alecrim está agora a acabar e temos que esperar pela próxima flora. Se o tempo melhorar, é natural que tenhamos uma boa flora, mas se continuar a chover na Primavera, vai ser mau", explica Manuel Barros. 

Em 2012 foi um ano crítico devido à falta de chuva e às elevadas temperaturas de Inverno. Muitas abelhas morreram em vários pontos da região por falta de alimento, originando a perda de centenas de colmeias (cada colmeia pode conter 80 mil insectos). 

Fonte: Semmais, edição impressa de 01-03-2014

Publicada: 02-03-2014 08:00

Portugal quer comprar dois aviões de combate a incêndios florestais


O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou, na passada quarta-feira, que o Governo pretende adquirir dois aviões canadair de combate a incêndios florestais através do recurso a fundos comunitários, no valor de 37 milhões de dólares cada um. 

No grupo de trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, Miguel Macedo afirmou que, no final do mês de Março, o Governo terá «uma resposta mais conclusiva sobre este processo», mas manifestou esperança que a aquisição de meios aéreos pela via dos fundos comunitários «corra bem».

Segundo Miguel Macedo, o país precisa de ter no dispositivo mais meios aéreos próprios, uma vez que o actual não tem capacidade para resolver o problema de combate a incêndios florestais, afirmando que é difícil encontrar no mercado estes meios a preços razoáveis para alugar. «Estes meios não abundam, não tem sido nada fácil», referiu, acrescentando que Portugal «não pode, por sistema, em cada Verão, recorrer à generosidade de outros países».

Actualmente, os meios aéreos próprios do Estado são compostos por seis helicópteros pesados Kamov e três helicópteros de transporte e utilitário, sendo a primeira vez que vai adquirir para sua frota aviões Canadair.

Fonte e foto: Rádio Renascença

Drones e impressoras 3D: novidades no 51º Salão de Agricultura


O evento francês 51º Salão da Agricultura abriu portas em Paris no passado fim de semana para mostrar as novidades do sector. Drones para ajudar na gestão agrícola, impressoras 3D para fabricar peças, tratores guiados por GPS ou aplicativos especializados são algumas das inovações mostradas no evento, que espera cerca de 700 mil visitantes. 

Os drones estão atualmente a ser muito utilizados como ferramenta de trabalho. O objetivo é monitorizar a plantação e melhorar a aplicação de produtos. “O drone cartografa a propriedade e identifica as necessidades da vegetação, principalmente de adubo. Assim, o agricultor pode colocar menos adubo onde precisa menos, e mais onde a vegetação tem mais necessidade”, explica Florent Mainfroy, presidente da Airinov. Para utilizar o equipamento na França, é preciso fazer um curso teórico e prático de três dias, conforme a regulamentação do país. O custo varia de 200 a 50 mil euros  mas o serviço pode ser contratado por 15 euros por hectare. Florent Mainfroy garante que, ao contrário dos clichês, os agricultores estão cada vez mais atentos às novidades tecnológicas. “A maioria dos agricultores está aberta às novas tecnologias. Há bastante tempo, eles já usam GPS nos tratores. Portanto não temos dificuldade em explicar como funciona, afinal os agricultores cada vez mais precisam de reduzir a quantidade de produtos usados, e o drone ajuda a otimizar o volume de adubo que eles podem usar.”

Outra novidade são as impressoras 3D. A máquina pode fabricar peças conforme modelos, incluindo materiais agrícolas. Na Emotion Tech, o plástico utilizado é biodegradável, à base de cereais. Guillem Peres, um dos fundadores da empresa, imprimiu diversos tratores em miniatura para ilustrar o conceito. “Na própria máquina, por exemplo, quase todas as peças, inclusive as engrenagens, são fabricadas pela impressora. São as chamadas peças de replicação”, afirma Peres. “E isso vale para qualquer tipo de peças: podem ser mecânicas, de design, ou peças para substituir qualquer outra que se tenha partido.”

Quanto às grandes máquinas, cada vez mais o GPS é uma ferramenta essencial para conduzir os veículos com mais precisão.

Já os aplicativos de telemóveis ajudam os produtores a gerir a reprodução dos animais e a ter informações sobre o mercado ou a meteorologia detalhada.

O Salão da Agricultura termina no próximo domingo, dia 2 de março.


Publicada: 26-02-2014 15:00

Frutitec e ExpoJardim atraíram 26 mil visitantes à ExpoSalão

A 3ª Frutitec e a 16ª Expojardim, duas feiras que decorreram em simultâneo na Batalha, numa organização do Centro de Exposições Exposalão, obtiveram “um êxito assinalável”, registaram a presença de 26 mil visitantes – com 70% de profissionais – e demonstraram que os sectores da Fruticultura e da Jardinagem apresentam sinais de recuperação económica, após alguns anos de retracção.

“Os expositores – 120 no total, 50 das quais ligados à Fruticultura -, manifestaram optimismo em relação à evolução dos negócios este ano, que já melhoraram no ano passado em relação ao anterior”, explica Paulo Amaral, director comercial dos eventos.

“A Frutitec que registou um crescimento de 40% em relação à edição anterior, obteve um êxito assinalável que garante a sua continuidade já em 2015, até porque é um excelente meio para promover os negócios, pois é um ponto de encontro para os profissionais”, adianta, frisando que “a Frutitec apresentará um significativo conjunto de novidades em que já estamos a trabalhar”.

“De igual modo, o vasto programa de conferências e colóquios realizados em paralelo às feiras, com a presença de destacados conhecedores de ambos os sectores, nacionais e estrangeiros, contribuiu para mostrar a sua dinâmica, quer ao nível tecnológico, quer ao nível dos produtos, como aconteceu, por exemplo, com a fileira dos pequenos frutos”, destaca Paulo Amaral.

A Expojardim é uma feira sobre plantas, flores, mobiliário urbano e de jardim, piscinas e acessórios, equipamentos, máquinas e acessórios para jardinagem. A Frutitec é uma mostra profissional de máquinas, equipamentos, produtos e tecnologia para a fruticultura.

Os dois certames decorreram de 20 a 23 deste mês de Fevereiro.

Fonte:  Exposalão

Bosques ibéricos podem emitir este século mais carbono do que absorvem


As áreas mais sensíveis às mudanças climáticas são as florestas mediterrânicas de carvalho, pinheiro branco e pinheiro vermelho, localizado no sul e sudoeste da Península Ibérica
Os ecossistemas florestais ibéricos podem emitir a partir da segunda metade do século XXI mais dióxido de carbono do que absorvem de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Barcelona (UB) com simuladores sobre alterações climáticas.

O estudo, elaborado pelos professores de Ecologia da UB e do Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF) Santiago Sabate e Carlos Santiago Gracia e pelo especialista Daniel Nadal, foi publicado na revista científica Ecossistema, da Associação Espanhola de Ecologia Terrestre.

Segundo os investigadores, há um alto risco de que alguns dos ecossistemas florestais espanhóis podem tornar-se emissores de carbono líquido na segunda metade do século.

O estudo analisou os resultados da aplicação do modelo de simulação de floresta Gotilwa +, uma ferramenta capaz de simular o crescimento da floresta em diferentes condições ambientais e que permite otimizar a gestão florestal da floresta mediterrânica, no contexto das alterações climáticas.

Com base no estudo foram analisados modelos de efeitos esperados das alterações climáticas sobre os ecossistemas florestais em condições ambientais variáveis.

Para cenários de alterações climáticas simuladas, a produção líquida das florestas, ou seja, o carbono fixado pela fotossíntese menos o carbono que as plantas passam na respiração, será reduzido a partir da segunda metade deste século.

Os especialistas alertam, por isso, que as florestas, que atualmente atuam como absorventes de carbono, podem passar a ser emissoras de carbono líquido, como a respiração das plantas.

O Gotilwa + também é capaz de simular o fluxo de água em diferentes tipos de ecossistemas florestais.

No contexto atual de alterações climáticas, com o aumento da aridez e maior procura evaporativa, um aumento projetado na 'evapotranspiração' das florestas espanholas pode ter um impacto negativo sobre outros ecossistemas, como os rios.

De acordo com especialistas, as áreas mais sensíveis às mudanças climáticas são as florestas mediterrânicas de carvalho, pinheiro branco e pinheiro vermelho, localizado no sul e sudoeste da Península Ibérica.

A floresta no nordeste também seria afetada, já que as projeções indicam uma redução severa de chuvas na região.

O simulador mostra uma maior sensibilidade de algumas destas florestas ao aumento da aridez, como florestas de faias, que são particularmente sensíveis a um aumento moderado da temperatura média, ou florestas nas altitudes mais baixas, com possível migração de espécies.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Leguminosas para a agricultura do futuro


Kick-off meeting de projecto Europeu com início amanhã

Nos próximos dias 4 e 5 de Março tem lugar em Dijon, França, a reunião de lançamento do projecto europeu LEGATO -"Legumes for the Agriculture of Tomorrow" - financiado pelo programa Europeu FP7.

O projecto LEGATO tem como objectivo melhorar a competitividade das plantas leguminosas na agricultura Europeia. As leguminosas de grão representam menos de 2% da terra cultivada na Europa, contra os mais de 10% na China e nas Américas. Apesar disso, as leguminosas oferecem grandes vantagens ambientais devido à sua capacidade de fixar azoto atmosférico e permitem por isso grandes poupanças em fertilizantes sintéticos e nos inerentes custos energéticos e produção de gases com efeito de estufa. Quando usadas na rotação de culturas, as plantas leguminosas fornecem a fertilização em azoto para a cultura seguinte, aumentam a biodiversidade e podem reduzir pragas e a transmissão de doenças. Por último, estas plantas são uma importante fonte proteica na alimentação humana e animal e podem contribuir para a autonomia Europeia em proteínas. Hoje em dia, a composição das rações animais depende grandemente da soja importada, um bem comercial com um preço crescente nos mercados mundiais.

O projecto LEGATO reúne 17 instituições e 10 empresas ou associações profissionais de 12 países Europeus, incluindo Portugal, focadas no melhoramento e na gestão agrícola das principais leguminosas de grão cultivadas na Europa, como a ervilha e a fava. Entre as acções propostas, incluem-se o uso de técnicas avançadas de melhoramento baseadas nos recentes dados genómicos, a exploração das colecções de recursos genéticos, técnicas de fenotipagem de alto-rendimento (como a imagiologia não invasiva de raízes), sistemas de cultivo baseadas em leguminosas (como o intercroping) e a exploração de novos produtos alimentares incorporando farinhas de leguminosas.

As leguminosas em Portugal
A situação nacional no que diz respeito à relação produção/consumo de leguminosas é ainda mais negra do que o resto da Europa. Segundo dados do INE, Portugal produz menos de 10% do que consume em leguminosas de grão (alimentação humana), o que se traduz numa forte dependência da industria nacional em matérias primas do exterior. No entanto, Portugal (como muitos outros países europeus) é reconhecido pela variabilidade e qualidade de muitas das suas leguminosas de grão e que podem contribuir para uma dieta saudável, mas que não estão a ser potenciadas em termos de produção e contribuição para o desenvolvimento de sistemas agrícolas mais sustentáveis.

O projecto em Portugal
Em Portugal, o projecto conta com o Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade NOVA de Lisboa (ITQB), com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e com a SME Patrimvs (do grupo Museu do Pão).
Os parceiros Portugueses estarão envolvidos no desenvolvimento de ferramentas moleculares para apoiar o melhoramento da qualidade nutricional do Lathyrus sativus (chícharo); na identificação de fontes de resistência a pragas e doenças em chícharo, fava e ervilha e no estudo dos respectivos mecanismos de resistência; na caracterização da qualidade nutricional, organoléptica e do ponto de vista do utilizador-final de uma vasta colecção de leguminosas de culinária europeias (ervilha, fava, lentilha, grão de bico e chícharo) e identificação das características de qualidade mais valorizadas pelos consumidores; e no desenvolvimento de ferramentas de apoio ao melhoramento destas características de qualidade nas leguminosas.

Fonte:  ITQB

Faculdade de Medicina do Porto testa vinho sem sulfitos


A Faculdade de Medicina do Porto inicia esta semana um ensaio clínico para testar os efeitos do vinho sem sulfitos, mas com adição de uma substancia presente no marisco, na expectativa de não provocar alergias.

Usados no processo de vinificação para evitar a propagação de bactérias e a oxidação, os sulfitos podem causar dores de cabeça, náuseas, irritações gástricas e dificuldades respiratórias, que se manifestam mais em pacientes asmáticos.

Os sulfitos serão substituídos por um composto (quitosano) obtido através da casca dos mariscos e de alguns fungos com propriedades antimicrobianas e antioxidantes.

Sabendo que algumas pessoas são intolerantes aos sulfitos presentes no vinho, "a Universidade de Aveiro criou uma alternativa inovadora que permite substituir os sulfitos por um ingrediente natural, extraído da casca de mariscos, um polissacarídeo denominado de quitosano. Mas isso não vai causar problemas às muitas pessoas com alergia ao marisco? É para dar uma resposta cabal a esta questão que se vai realizar este estudo", salientou o coordenador do ensaio clínico, André Moreira.

"O objetivo do nosso trabalho é demonstrar a segurança do consumo de um vinho produzido com a utilização do quitosano em doentes alérgicos ao marisco. O receio da reação alérgica não tem nenhuma plausibilidade biológica que o justifique, mas são necessários estudos de segurança para comprovar aquilo que é uma evidência biológica e científica", sublinhou o investigador.

O ensaio é dirigido aos pacientes que são seguidos na consulta externa de Imunoalergologia do Centro Hospitalar São João.

"Pretendemos recrutar 20 adultos com diagnóstico de alergia grave ao marisco para testarmos os efeitos deste vinho sobre o seu sistema imunológico. A nossa expectativa é que os pacientes não apresentem qualquer sintoma alérgico, uma vez que, embora o composto (quitosano) que substitui os sulfitos possa ser proveniente de casca de crustáceos, não contém as proteínas causadoras da alergia", frisou André Moreira.

O ensaio será conduzido por médicos alergologistas da FMUP nas instalações do Serviço e Laboratório de Imunologia desta Faculdade e no Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar de São João. Depois de informados, os voluntários vão realizar testes cutâneos por picada para avaliar a reação ao vinho (com e sem quitosano). Posteriormente, ser-lhes-á pedido que ingiram pequenas doses de vinho, com intervalos de 15 minutos.

Os testes serão apresentados como positivo (existência de sinais alérgicos) ou negativo (inexistência de sinais alérgicos). "O ensaio cumpre todos os protocolos de segurança e os voluntários estarão sempre a ser supervisionados por uma equipa médica experiente", disse o investigador.

Os responsáveis pela investigação consideram que "esta tecnologia poderá revolucionar o processo de vinificação sem acarretar mais custos nem alterar as práticas enológicas comuns a todas as adegas".

Os vinhos foram preparados por uma empresa produtora de Carregal do Sal.

Subida da temperatura trará aumento das pragas de ratos e baratas, diz estudo


Subida da temperatura trará aumento das pragas de ratos e baratas, diz estudo

O aumento da temperatura ambiente, a par da globalização e do crescimento urbano, deverá conduzir a um aumento de pragas de ratos e baratas nas cidades, revela um estudo levado a cabo pela Associação de Empresas de Controlo de Pragas de Portugal e Espanha, publicado na edição desta segunda-feira do Diário de Notícias.
Ainda segundo este trabalho, as pragas mais frequentes nas grandes cidades são protagonizadas por baratas, ratos, ratazanas, piolhos e percevejos. Sendo que, no futuro, os maiores aumentos de pragas serão, em hospitais e lares de idosos, de ratos e baratas, ao passo que nos hotéis predominarão as pragas de percevejos.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Cortiça investe 7,3 milhões em 9 mercados


A Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) vai lançar uma campanha de promoção, num investimento de 7,3 milhões de euros a aplicar até ao fim de 2014. Um dos grandes objectivos é fechar 2015 com exportações de mil milhões de euros.

Financiado em 80% pelo programa Compete (do QREN), o InterCork II é já a sexta campanha de comunicação desenvolvida desde 1999 “e será um projecto para dar continuidade às acções executadas”, refere a Apcor.

O projecto visará alguns mercados de continuidade, como a Alemanha, Estados Unidos, Canadá, França, Itália e China, e novos mercados como o Brasil, a Suécia e Dinamarca.

Na Alemanha e nos Estados Unidos será desenvolvido uma campanha para a promoção de rolhas e de materiais de construção, e nos restantes a promoção terá como alvo as rolhas de cortiça.

Entre as acções previstas, contam-se múltiplas “roadshows”, “tours”, presenças em feiras e eventos internacionais, assim como parcerias com instituições vinícolas e cadeias de lojas de retalho, como BevMo (Estados Unidos) e Pão-de-Açúcar (Brasil).

Ao nível do público-alvo, a campanha será focada no consumidor e líderes de opinião, “uma vez que os primeiros continuam a ser os maiores aliados da cortiça”, e os segundos “porque continuam a ser os principais influenciadores junto das caves, supermercados e mesmo dos consumidores”.

 “A campanha visa, no fundo, dar continuidade ao excelente trabalho de promoção e valorização internacional da cortiça e produtos a ela associados, como ex-libris da nossa produção nacional”, declarou ontem António Pires de Lima no lançamento do projecto em Santa Maria da Feira. Para o ministro, constitui “uma parceria privado-pública virtuosa”, que reflecte “a forma admirável como este sector tem feito a reinvenção do seu negócio, com uma atitude empreendedora num sector tradicional”.

O sector tem registado um crescimento médio de quase 5% ao ano entre 2009 e 2013.

Fonte: Hipersuper; Jornal de Negócios

Publicada: 26-02-2014 12:00

Desvendados novos aspetos sobre a estratégia reprodutiva do fungo que causa a verticilose da oliveira


O projecto VERTIGEN, no qual participaram investigadores da Universidade de Córdoba (Espanha) e da Universidade de Cornell (Estados Unidos da América) focou-se na biologia reprodutiva do fungo Verticillium dahliae, causador da doença verticilose da oliveira.

Durante anos, considerou-se que o fungo Verticillium dahliae era concebido de forma estritamente assexual, tendo como consequência a escassa variabilidade e alta estabilidade nas suas populações. No entanto, o estudo revelou, através de várias amostras recolhidas em diversas zonas geográficas do mundo, que existe muita mais diversidade genética e patogénica do que a que seria de esperar através de uma reprodução assexuada, incluindo uma estirpe desfolhante altamente virulenta na oliveira e no algodão.

Foram determinados genótipos, por sequenciação e identificação, de milhares de polimorfismos em apenas um nucleótido em mais de 300 exemplares de fungos obtidos do algodão, oliveira e outras culturas, em Espanha, Grécia, Israel, Itália, Turquia e Estados Unidos.

Da análise comparativa dos dados os investigadores concluíram que na população de Verticillium dahliae estudada existe uma frequência de recombinação imprópria de uma estratégia reprodutiva estritamente assexual que sugerem uma reprodução sexual críptica que terá ocorrido no passado ou até ter lugar na atualidade.

A verticilose é uma doença muito preocupante do sector oleícola por originar perdas na colheita e a mortalidade dos olivais. A ineficácia dos tratamentos fitossanitários preventivos ou em pós-infeção levou à utilização de variedades resistentes ao fungo.

Fonte: Olimerca

Foto: CeiA3


Legislação Europeia de bem-estar animal não se aplica aos ovos importados

Fevereiro 24
15:32
2014

Respondendo a perguntas escritas, formalmente, pelo Eurodeputado polaco socialista Wojciech Michal Olejniczak, sobre os seguintes assuntos:

1 – As directivas de bem-estar animal de 2012 eram aplicadas à produção de ovos importados de países terceiros?

2 – A proibição do uso de farinhas de carne nas rações era aplicada à produção dos ovos?

3 – Quais os programas de controlo de salmonela e qual a monitorização do uso de antibióticos e hormonas?

O Comissário Tonio Borg foi muito claro, ao afirmar que as medidas de bem-estar animal para as galinhas poedeiras, aplicadas em 1 de Janeiro de 2012, tais como as alterações das jaulas, são específicas da União Europeia e, portanto, não são aplicáveis à produção de ovos em países terceiros.

Sobre a inclusão de farinhas de carne nas rações, voltou novamente a focar que se trata de legislação europeia e que não se aplica a países terceiros. Já no que concerne o controlo de salmonela e o controlo de substâncias proibidas, os países terceiros têm de cumprir com as normas internacionais de controlo para poderem exportar.

Parlamento Europeu não quer carne de animais clonados ou da sua descendência

Fevereiro 24
15:26
2014

O Comité para o Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu (PE) informou a Comissão da sua decisão, tomada na reunião de 20 de Fevereiro, na qual, por larga maioria, se manifestaram contra a autorização de consumo de carne de animais clonados ou de seus descendentes.

Esta decisão tem, ainda, de ser votada em plenário, onde é permitido que os eurodeputados proponham alterações, antes se ser considerado uma decisão de PE.

O Comissário Tonio Borg já reagiu a esta comunicação, dizendo que a Comissão já tinha previsto a proibição do consumo da carne de animais clonados, mas que, em relação à sua descendência, o que pretende fazer é etiquetar essa carne, definindo a sua origem e deixar ao consumidor o poder de escolha.

Futuro da aprovação dos OGM's na Europa



Fevereiro 24
15:24
2014

A França não consegue convencer a Alemanha a apresentar, em conjunto, uma proposta para discussão pública, no Conselho de Ministros do Ambiente, que se realizará no próximo dia 3 de Março.

Assim, a França vai avançar sozinha, propondo que seja alterado o sistema europeu de aprovação de OGM, permitindo que cada estado membro possa decidir pela proibição de cultura, mesmo quando esse OGM é aprovado em Bruxelas e o possa fazer sem ser necessário provas científicas.

A Alemanha prefere que a proposta para alteração das normas de aprovação da cultura de OGM continue a ser discutida ao nível técnico, antes de avançar para o nível político.

Estas possíveis alterações começaram a ser discutidas em 2010, tendo entrado em standby em 2012, na presidência dinamarquesa e a França faz, agora, ponto de honra  que haja uma decisão política muito rapidamente.

Suspeitos de atear fogo no Caramulo podem responder por homicídio


28-02-2014 18:59 por Celso Paiva SolOs dois jovens, de 20 e 28 anos, confessaram ter agido por vingança depois de terem sido multados pela GNR.

O Ministério Público quer que os dois suspeitos de terem ateado diversos fogos na Serra da Caramulo sejam julgados pelos crimes de incêndio florestal, homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada. A investigação está concluída e, no despacho enviado ao tribunal, é também pedido que o julgamento se realize num tribunal de júri.
Nestes incêndios morreram quatro bombeiros. Os factos remontam à noite de 20 para 21 de Agosto de 2013, quando dois amigos, seguindo na moto de um deles, atearam sete incêndios na floresta da sua própria aldeia, na freguesia de Alcofra.
Um tem 20 anos, reside em Nogueira, e o outro suspeito tem 28 e estava de férias do trabalho que tinha no Luxemburgo. 

Como justificação para os crimes, os suspeitos disseram que se tratava de uma vingança por uma multa de trânsito passada pela GNR.
Os fogos ganharam grande dimensão, consumindo durante seis dias mais de 4.500 hectares de floresta nos concelhos de Vouzela e Tondela. No combate às chamas perderam a vida quatro bombeiros, dois dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal, um do Estoril e outro de Alcabideche e outros 11 ficaram feridos.
Para um total de prejuízos estimado em quatro milhões de euros, contribuíram ainda os danos provocados em viaturas e diversos equipamentos dos bombeiros bem como em infra-estruturas da A25 atingidas pelo fogo.
Os dois suspeitos estão em prisão preventiva desde que foram detidos no final de Agosto. No despacho de acusação, o Ministério Publico pede que a medida de coacção se mantenha até ao início do julgamento.