quinta-feira, 21 de maio de 2015

Grande discussão sobre a aprovação dos OGM’s para consumo


Maio 19
11:56
2015

A proposta da Comissão, que visa permitir aos Estados Membros decidir sobre a autorização da comercialização dos OGM's para consumo, está muito acesa.

Além das questões éticas, põem-se agora as questões jurídicas, pois, por exemplo, o Parlamento Europeu quer saber se é legal esta posição face aos princípios comunitários.

Há quem afirme, mesmo, que se esta situação for para a frente, está aberta uma porta para que os países passem a decidir por si em certas matérias, perdendo-se o espírito comunitário.

As organizações de agricultores, bem como os produtores de alimentos para animais, estão completamente contra esta proposta, pois ela pode vir a trazer graves distorções de mercado.

O assunto vai ser discutido do próximo Conselho e os resultados da discussão são imprevisíveis, pois, mesmo dentro dos próprios países, existem opiniões contraditórias.

O assunto ainda tem de ser discutido ao nível do Parlamento Europeu, sendo que vários eurodeputados já pediram pareceres jurídicos e reservam a sua posição para depois da sua realização.

Vai continuar a ser voluntária a indicação do País de origem dos produtos lácteos

Maio 19
12:00
2015

Depois de acesa discussão em Bruxelas, foi decidido que a rotulagem dos produtos lácteos com denominação do país de origem do leite se vai manter voluntária, com o argumento de que a obrigatoriedade da menção do país de origem não foi aceite, tendo, para isso, muito pesado o factor económico.

Assim, num relatório da Comissão, pode ler-se que esta obrigatoriedade iria implicar outros sistemas de rastreabilidade mais sofisticados e que se tornariam muito mais dispendiosos, encarecendo assim os produtos.

Esta decisão vem, no entanto, numa altura em que foi publicado um estudo de opinião do consumidor, que mostra que 84% dos consumidores consideram importante saber o país de origem do leite.

A indústria europeia dos produtos lácteos mostrou-se muito satisfeita com esta decisão, pois não considera uma informação importante para o consumidor e isto só iria servir para aumentar o preço dos produtos.

Instrumentos financeiros ao serviço do desenvolvimento rural

Maio 20
14:52
2015

Os instrumentos financeiros constituem uma forma eficiente de investir no crescimento sustentável das empresas e recursos, em sectores como a agricultura e a silvicultura.

Estes instrumentos podem ser de vários tipos: empréstimos, garantias e capital próprio, e podem apoiar um leque muito variado de pessoas e empresas, atraindo investimento para áreas rurais abandonadas.

Com um orçamento de 100.000 milhões de euros, para o período de 2014 a 2020, o Fundo Europeu para o Desenvolvimento Rural tem como objectivo fortalecer os sectores agrícola e florestal e as áreas rurais a União Europeia. O apoio aos projectos pode ser dados através de subvenções não reembolsáveis ou através de instrumentos financeiros.

Embora possam adquirir diversas formas (empréstimos, garantias ou injeções de capital), os instrumentos financeiros têm alguns aspectos em comum:

Espera-se que sejam reembolsados;
Após reembolso podem voltar a ser aplicados na mesma área;
Dirigem-se a projectos financeiramente viáveis, capazes de reembolsar o montante disponibilizado;
São projectados para aumentar o investimento em áreas rurais;
Podem ser usados em conjunto com outros apoios;
Podem ser geridos por bancos nacionais ou regionais, organizações internacionais, etc.
Depois da assinatura de um Memorando de Entendimento, em Julho de 2014, a Comissão Europeia e o Banco Europeu de Investimento têm desenvolvido um programa de trabalho, focado em 5 áreas principais:

O desenvolvimento de novos produtos financeiros;
Auxiliar os Estados-Membros (EM) na criação de estratégias de investimentos focadas na agricultura;
Empréstimos directos pelo BEI aos EM, mas também a organismos privados;
Financiamento da investigação agroalimentar no âmbito do Horizonte 2020;
Actividades de sensibilização.

Saiba tudo sobre o novo sistema de reconhecimento de regantes


por Ana Rita Costa
19 de Maio - 2015
 
Já foi publicada em Diário da República a Portaria n.º 136/2015 que cria o sistema de reconhecimento de regantes, estabelecendo condições e procedimentos de autenticação de entidades reconhecedoras de regantes, bem como da atribuição do título de regante.

Assim, a partir de agora, o sistema de reconhecimento de regantes é estruturado em três figuras: a Autoridade Nacional do Regadio, as entidades reconhecedoras de regantes e os regantes reconhecidos.

À Direção -Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), na qualidade de Autoridade Nacional do Regadio, caberá a autenticação e supervisão das entidades reconhecedoras de regantes, a aprovação dos documentos de orientação técnica e os modelos e as normas a dotar pelos regantes e pelas entidades reconhecedoras de regantes e a emissão de recomendações às entidades reconhecedoras de regantes.

Assim, a DGADR poderá autenticar como entidades reconhecedoras de regantes as associações de agricultores, as cooperativas agrícolas, as associações de beneficiários de aproveitamentos hidroagrícolas, as organizações federativas das pessoas coletivas anteriores, as entidades acreditadas junto do Instituto de Português de Acreditação para certificar referenciais de produção agrícola e as associações privadas em fins lucrativos e capital maioritariamente público, desde que possuam especialização compatível.

O título de regante, por sua vez, será atribuído se forem cumpridas um conjunto de condições de acesso. Segundo a portaria, "as entidades reconhecedoras de regantes podem atribuir o título de regante de classe A ou de classe B às pessoas singulares ou coletivas, de natureza pública ou privada, que exerçam atividade agrícola e que reúnam determinadas condições."

Entre essas condições estão contam-se deter e explorar uma superfície mínima instalada de regadio de um hectare, utilizando sistemas de rega por aspersão, localizada ou subterrânea e deter ou ter acesso a contador exclusivo que permita aferir o consumo efetivo de água na superfície irrigada.

Para além disso, "como condição de acesso à atribuição de título da classe A, os regantes devem ainda possuir equipamentos para determinação de teor de humidade no solo."


Abelhas adoram inseticida que as está a matar


por Ana Rita Costa
19 de Maio - 2015
 
As abelhas parecem adorar um inseticida que está a matá-las: os neonicotinoides, uma classe de inseticidas derivados da nicotina. De acordo com vários estudos recentemente publicados, apesar de tóxicos para insetos, os neonicotinoides têm um efeito viciante nestes animais.

Segundo a revista Modern Farmer, esta classe de inseticidas é muito utilizada na América do Norte há muitos anos, mas só muito recentemente é que se começaram a olhar para os perigos que representam para a população de abelhas, com a União Europeia a proibir a utilização de alguns neonicotinoides depois de alguns estudos que os relacionarem com a morte de abelhas.

Um estudo mais recente, publicado na revista científica 'Federation of American Societies for Experimental Biology Journal', demonstrou que "estes pesticidas matam as células cerebrais das abelhas, fazendo com que se tornem incapazes de aprender, recolher alimento e reproduzir". Uma outra investigação publicada na revista Nature refere inclusive que apesar do perigo que representa, as abelhas preferem as plantas que possuem este tipo de pesticidas.

Plano francês para duplicar produção de trigo duro em 10 anos

 20-05-2015 
 

 
A indústria de cereais de França lançou um sinal de alarme, assinalando que não há trigo duro suficiente para fornecer as necessidades da indústria. Por esta razão, o Conselho de Cereais de FranceAgrimer apresentou um plano com 10 pontos de actuação para relançar o cultivo de trigo duro em França.

O objectivo é plantar 600 mil hectares (ha) e produzir entre 3 e 3,5 milhões de toneladas em 2025, o que supõe o dobro do produzido actualmente. Em 2014, a produção apenas alcançou 1,4 milhões de toneladas, um valor significativamente baixo, já que nos anos anteriores atingiu dois milhões de toneladas.

Um dos pontos do plano é gerar cultura de trigo duro para que este cereal não se cultive apenas em zonas tradicionais. O mesmo inclui ainda que o trigo duro se distinga do branco a nível da diversificação de cultivos para conseguir o pagamento verde da Política Agrícola Comum (PAC). Outro ponto importante é que através do acordo de interprofissionais se recolha nos contratos uma classificação de referência e critérios proteicos.

Difundir novas variedades, consolidar e desenvolver a indústria do trigo duro, exportações estáveis, assim como adaptar a coleta e armazenamento em armazéns, são outros pontos do Plano.  

Fonte: Agrodigital

Primeiro mapa genético de variedades de trigo do mundo

20-05-2015 
 

 
Um grupo de cientistas da Universidade Estatal do Kansas, nos Estados Unidos da América, lançaram o primeiro mapa genético de variedades de trigo do mundo, um projecto com informação detalhada das diferentes variedades genéticas de várias amostras de trigo.

São cerca de 62 as variedades apresentadas no estudo, entre as quais se incluem variedades modernas e variedades locais que ainda não foram alvo de melhorias através de técnicas de reprodução.

Para diminuir a complexidade do genoma do trigo, a equipa desenvolveu uma técnica chamada de "Ensaio de Captura do Exoma", uma fracção do genoma que codifica os genes. O objectivo é sequenciar apenas algumas partes funcionais do genoma do trigo, o que permite «evitar repetições no genoma». Assim, os investigadores identificaram 1,6 milhões de localizações onde o genoma das diferentes variedades de trigo varia entre si.

«Uma vez identificados os genes que controlam as características agronómicas, estes podem ser utilizados para melhorar o trigo, utilizando para além das abordagens tradicionais de cultivo também novas técnicas baseadas em biotecnologia ou biologia molecular», explicam os cientistas responsáveis pelo estudo.

Fonte: Vida Rural

PE apoia resolução para reforçar luta contra a bactéria que atinge oliveiras

20-05-2015 
 

 
Os principais grupos políticos europeus apoiaram uma resolução do Partido Popular espanhol a favor de introduzir medidas para evitar a importação de plantas infectadas pela bactéria Xylella, que tem causado perdas na produção de oliveiras no sul de Itália.

Os eurodeputados negociaram um texto conjunto, que será adoptado pelo Parlamento Europeu, no qual denunciam o atraso por parte da Comissão Europeia na adoptação de medidas firmes contra as importações procedentes de terceiros países atingidos pela epidemia.

O projecto de resolução parlamentar acolhe positivamente a última de cisão da Comissão para aplicar fortes controlos nas fronteiras comunitárias, mas solicita, caso seja necessário, que apenas se autorize a entrada das importações procedentes das regiões do mundo que se encontram totalmente livres da doença.

Desde Outubro de 2014, foram interceptadas na União Europeia plantas de café originárias das Honduras e Costa Rica infectadas pela bactéria, no entanto existem outras regiões da América.

A Comissão decidiu, recentemente, terminar com todas as importações de plantas de café desses países para além de introduzir fortes restrições às importações de outras zonas do mundo afectadas.

A Agência Europeia para a Segurança Alimentar destacou nas suas informações que se trata de uma epidemia com elevado risco de contágio e, para além das oliveiras, outras produções, como os citrinos ou vinhas podem ser vir a ser afectadas, circunstância a evitar tendo em conta a dificuldade para combater a doença.

Fonte: Agrodigital

CE realiza inquérito sobre bem-estar animal em 2015

20-05-2015 
 

 
O comissário europeu da Saúde, Andriukaitis, anunciou que a Comissão Europeia vai lançar este ano um inquérito do Eurobarómetro sobre bem-estar animal.

O comissário assinalou ainda que prevê realizar um debate geral sobre o tema de forma a resolver as possíveis deficiências observadas durante a Estratégia de Bem-estar Animal 2012-2015.

A última amostragem realizada em 2007 revelou que cerca de 62 por cento dos cidadãos comunitários estariam dispostos a pagar mais por produtos procedentes de produções amigáveis com o bem-estar animal, apesar da ausência de informação clara que permita, distinguir no momento da compra, uns produtos de outros.

Para os inquiridos, o tema do bem-estar animal teve uma importância de 8 sobre 10, com a maioria a considerar que nos seus países o avanço neste sentido durante a última década foi significativo, embora 77 por cento defende-se que ainda havia muito por fazer. Em particular, os gregos, 96 por cento, cipriotas, 91 por cento e os portugueses, 90 por cento, assinalaram que deveria ser dada mais atenção à temática em questão.

Mas de 70 por cento dos inquiridos apoiavam a ideia de uma ajuda económica aos pecuários que apliquem elevados requisitos de bem-estar animal; 89 por cento defenderam que as importações também deviam cumprir as mesmas condições de bem-estar animal que a da produção comunitária e mais de 50 por cento consideraram que os produtos obtidos de animais tratados com elevados níveis de bem-estar são mais saudáveis e têm mais qualidade.

Havia uma opinião generalizada de que deveria ser possível distinguir facilmente os produtos de animais com mais bem-estar dos outros, mediante informação escrita nos rótulos, 39 por cento; mediante logos, 35 por cento, ou através de um sistema de estrelas ou graus,26 por cento dos inquiridos.

Fonte: Agrodigital

terça-feira, 19 de maio de 2015

Alimentos florestais podem ajudar a solucionar o problema da fome mundial


Cerca de uma em cada nove pessoas do mundo passa fome, a maioria a viver em África ou Ásia. As florestas do mundo têm um grande potencial para melhorar e garantir a nutrição e o sustento destas pessoas. Inclusive, as florestas podem ser essenciais para garantir a segurança alimentar global, particularmente quando se considera a importância de uma dieta equilibrada diversificada e nutritiva.
As florestas são importantes para proteger a biodiversidade e para suavizar os efeitos das mudanças climáticas. Isso já é bem conhecido. No entanto, a contribuição que podem dar para aliviar a fome e melhorar a nutrição tem, de alguma forma, sido negligenciada. Um estudo recente do Global Forest Export Panel on Forests e Food Security mostra como as florestas e as árvores podem complementar a produção agrícola e impulsionar a economia das regiões mais vulneráveis do mundo.
As árvores alimentares são ricas em vitaminas, proteínas e outros nutrientes e são associadas a dietas mais variadas. Por exemplo, o ferro encontrado em sementes secas da alfarroba e castanhas é comparado, ou até maior que o encontrado em carne de frango. Árvores em jardins caseiros, encontradas em África e na Ásia, aumentam o consumo de frutas e vegetais.
A carne de animais selvagens, peixe e insectos também são importantes fontes alimentares da floresta. Insectos são especialmente baratos e fontes abundantes de proteína e gordura. Lagartas são óptimas fontes para vitaminas e minerais. No sudeste da Ásia, em particular, muitas florestas e agroflorestas (quintas de árvores) são mantidas por comunidades locais que melhoram a produção de insectos comestíveis, como a manutenção de palmas sagu na Papua Nova Guiné e na Indonésia Oriental para auxiliar na produção de larvas.
As florestas também são fontes essenciais de lenha e carvão. Em países em desenvolvimento, 2,4 mil milhões de pessoas ainda usam lenha como combustível para cozinhar e se aquecer. Na Índia e no Nepal, mesmo as melhores casas dependem deles. O preço volátil e muitas vezes alto de outras fontes de energia mostra que essa situação talvez dure algum tempo. O acesso a combustíveis para cozinhar trariam uma maior flexibilidade ao cardápio das pessoas, incluindo alimentos mais nutritivos que precisam de mais energia para cozinhar.
As árvores oferecem serviços ecológicos. Por exemplo, auxiliam abelhas e outros polinizadores, que são essenciais para a produção de colheitas. Também geram alimento para animais que permitem às comunidades produzir carne e leite, além de proteger o habitat de peixes, como córregos e bacias hidrográficas.

Cerca de uma em cada seis pessoas usa directamente as florestas como fonte de rendimento e alimentação, e é importante reconhecer os diretos das pessoas locais a estas opções de sustento. No Sahel, por exemplo, árvores podem contribuir em até 80% do rendimento familiar, especialmente pela produção de karité.
Iniciativas inovadoras tentam desenvolver novas árvores para que os mais pobres possam conseguir fontes de rendimentos sustentáveis. Por exemplo: produtores pobres da Tanzânia comprometeram-se a um esforço global para produzir sementes de Allanblackia, que carregam em si um óleo comestível. A parceria público-privada conhecida como Novella Africa desenvolve um negócio sustentável do óleo de Allanblackia que pode valer milhares de dólares anualmente aos agricultores locais.

European Wine Festival: Vinho e enoturismo em Oeiras em Junho


Os jardins do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, recebem, de 5 a 7 de Junho, o Festival de Vinhos Europeus e do Enoturismo (European Wine Festival), com entrada gratuita.

 
Dar a conhecer o que de melhor se faz em Portugal e na Europa ao nível de vinhos e enoturismo é o objectivo deste festival, organizado pela AMPV (Associação de Municípios Portugueses do Vinho) e da Confraria de Enófilos do Vinho de Carcavelos, com o apoio da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL).
 
Este festival surge na sequência da realização em Portugal do XIV Concurso Internacional «La Selezione del Sindaco» que é organizado, pela primeira vez, fora de Itália, e que decorre de 29 a 31 de Maio, no Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras.
 
Promovido pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho e pela associação italiana Citta del Vino, o concurso é dirigido a enólogos, técnicos de vinho, provadores, sommeliers e jornalistas da especialidade de várias nacionalidades, contando com o reconhecimento da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.
 
 
Festival de Vinhos Europeus e do Enoturismo (European Wine Festival)
5 de Junho (sexta-feira): 17:00 às 23:00
6 de Junho (sábado): 17:00 às 23:00
7 de Junho (domingo): 17:00 às 22:00
Local: Jardins e Adega Palácio Marquês De Pombal, Oeiras

Herdade do Mouchão: a tradição ainda é o que era!

A adega, construída em 1901 com técnicas tradicionais
D.R.
ANTÓNIO MENDES NUNES
18/05/2015 11:32:22
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A Herdade do Mouchão, situada no norte do Alentejo, no concelho de Sousel, distrito de Portalegre, é pátria de alguns dos mais interessantes tintos portugueses. Já na década de 1950, iniciam a sua actividade de engarrafadores, uma novidade na época, na região. Mas o Mouchão tem outra particularidade única: a de ter trazido para o Alentejo a casta alicante bouschet, que aqui encontrou belíssimas condições de desenvolvimento, tendo proporcionado colheitas de Mouchão verdadeiramente notáveis, como foram os 1963, 1974, 1982, 1985, 1988, 1992 e, a fechar essa década, o 1998 e o 1999.

A história da família Reynolds no Alentejo começa no início do século XIX, quando Thomas Reynolds desceu do Porto até ao Alentejo em busca de cortiça. Um século depois, o neto de Thomas, John Reynolds, adquiriu uma propriedade de 900 hectares denominada Herdade do Mouchão, plantou vinhas e, em 1901, construiu uma adega. Até hoje continuam a usar-se as técnicas tradicionais de vinificação para dar vazão aos 39 hectares de vinha. Recentemente fizemos uma prova das três gamas de vinho da herdade: D. Rafael, Ponte das Canas e Mouchão. O anfitrião foi David Marques Ferreira, director da herdade, enquanto o enólogo Paulo Laureano fez gazeta.

Dom Rafael branco 2014 – 7,50€ Feito de antão vaz e arinto. comparámo-lo com o 2010, que tinha perrum em vez de arinto, e o mais recente é mais vulgar nos aromas e pede mais comida.

Dom Rafael tinto 2012 – 9,90€ Alicante bouschet (40%), trincadeira e aragonez (30% cada). Muito mais suave do que o 2011 e mais apto a beber já. Provámos também o 1993, que ainda mostra bela frescura e bons taninos... e só tinha 12,5% de álcool.

Ponte das Canas 2011 – 16,90€ A primeira colheita desta vinha (chama-se Vinha das Canas e tem no extremo uma ponte da época romana, daí o nome do vinho) foi em 2005. O 2011 vai estar à venda em Junho. Muito especiado. na boca mostra--se cheio, com muita fruta, taninos vivos mas domados, e belo final compotado.

Provámos ainda o Mouchão 1984. Evoluído de cor, embora ainda se comporte muito bem na boca, com frescura e alguns taninos. Tem um final muito compotado. Provámos também o 2002, que está fantástico, com taninos muito vivos e um toque de hortelã na boca muito giro. O Mouchão 2009 (entre 29 e 32€) e o 2010, que só sairá para o mercado em Agosto próximo, mostram uma enorme estrutura e ambos pedem comida capaz de se bater com a forte personalidade de qualquer um destes vinhos.

Assunção Cristas admite substituir Portas na liderança do CDS


Ontem 16:51 Carla Castro
A ministra da Agricultura e do Mar diz-se disponível "para aquilo que for necessário" no CDS.

Assunção Cristas admite substituir Portas na liderança do CDS
A ministra Assunção Cristas admite a possibilidade de avançar para liderança do partido no pós-Portas. "Para mim foi claro que [depois de ter feito o relatório sobre a natalidade em 2007] estaria ao serviço do partido para aquilo que fosse necessário. Se for necessária para isso [para a liderança], também estarei", disse a ministra da Agricultura e do Mar numa entrevista ao Observador, respondendo às perguntas de Maria João Avillez sobre a possibilidade de substituir Paulo Portas à frente do CDS.

Assunção Cristas classificou o líder do PS como "o homem que quer repor tudo". "Até a troika?", pergunta. 

A ministra critica ainda o facto de o PS, de António Costa, nunca ter feito o balanço da era Sócrates. "Na minha perspetiva, o doutor António Costa cometeu um erro muito grande, que foi nunca ter feito uma revisão do que tinha corrido bem e do que tinha corrido mal na governação Sócrates. E não sendo capaz de fazer essa triagem, apresentou agora medidas que, contas feitas, não batem certo. A nossa pergunta e a nossa perplexidade é pensar: como é possível apresentar-se aos portugueses desta forma?", afirma na mesma entrevista. 

A responsável governamental mostra-se ainda convencida que a coligação vai vencer as próximas eleições legislativas.

Produtores de porcos na Bélgica trocam dados para melhorar produtividades

Maio 18
11:43
2015

Na Bélgica, mais concretamente na Flandres, estão a ser criadas "cooperativas de conhecimento" e uma "academia do porco" para que os suinicultores possam trocar dados e experiências entre si, de modo a poderem aumentar as produtividades das suas explorações.

No que diz respeito às cooperativas de conhecimento, são grupos de 6 a 10 produtores, que comparam entre si os resultados das suas explorações e discutem as diferentes experiências, de forma a aumentar as produtividades. As informações repartidas são confidenciais e ficam no grupo.

Esta troca de informação é considerada fundamental para a melhoria da produtividade das explorações, pois incita os menos performantes a trabalharem melhor, uma vez que ficam com consciência de estarem atrasados em relação aos seus colegas.

As cooperativas de conhecimento estão agrupadas numa organização denominada Academia do Porco, que é uma plataforma que colige toda a informação e organiza workshops e seminários, bem como cursos profissionais para melhorar os conhecimentos dos produtores.

A informação é tratada e, assim, é possível ter uma estatística das diferentes performances técnicas das explorações e dar sugestões para as melhorar.

Avaliação do Regulamento Relativo à madeira

ICNF

Avaliação do Regulamento Relativo à madeira
O período de participação pública decorre entre 15 de abril e 3 de julho de 2015.

Decorre entre 15 abril e 3 de julho de 2015 a consulta pública sobre o Regulamento (UE) n.º995/2010 (RUEM) para a avaliação da sua aplicação nos Estados Membros e futura revisão.

A consulta tem como objetivo a recolha de comentários e sugestões a considerar na revisão e destina-se a todas as partes interessada, com particular ênfase aos agentes, singulares ou coletivos, sujeitos ao conjunto de procedimentos e medidas no âmbito do RUEM: operadores, comerciantes e suas organizações.

O procedimento de submissão dos contributos e respetivo questionário da consulta pública está disponível em http://ec.europa.eu/environment/consultations_en.htm

Ministro diz que Ambiente também é uma oportunidade de negócio


"Assumo o meu inconformismo, [e] se tiver de encontrar uma área em que, no futuro, todos temos de fazer mais, seja em Portugal ou no contexto europeu, é a área da conservação da natureza", disse Jorge Moreira da Silva

Por: Redação    |   ontem às 16:21
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O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou esta segunda-feira que a conservação da natureza deve ser encarada como uma questão de dever, mas também de oportunidade económica, reconhecendo ser uma área em que é necessário fazer mais.

"Assumo o meu inconformismo, [e] se tiver de encontrar uma área em que, no futuro, todos temos de fazer mais, seja em Portugal ou no contexto europeu, é a área da conservação da natureza", disse o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, na cerimónia que marcou o início das comemorações dos 30 anos da associação de defesa do ambiente Quercus, que se realizou em Lisboa.

"Ainda não conseguimos encontrar uma forma suficientemente eficiente para colocar o valor económico da biodiversidade no preço final de todos os produtos e processos", salientou o ministro, apontando que essa tarefa já foi cumprida nas alterações climáticas, nos resíduos ou na água.
Mas, explicou, a conservação da natureza "ainda está demasiado associada ao Orçamento do Estado", apesar de haver "vantagens para Portugal em ser encarado como um dos países com uma biodiversidade mais rica e com valores naturais mais vantajosos".

Para Jorge Moreira da Silva, a ideia de que a aposta na conservação da natureza representa um obstáculo ao desenvolvimento "é anacrónica". 

Aliás, para reforçar a sua opinião, socorreu-se de dados da Agência Europeia do Ambiente que dizem estar o investimento em Rede Natura anualmente nos cinco mil milhões de euros, mas os seus efeitos positivos do ponto de vista económico representam mais de 200 mil milhões de euros por ano, ou seja, "uma relação de cinco para 200". 

Por isso, a insistência na importância de olhar para a conservação da natureza não só como uma questão de "dever, mas também de oportunidade económica". 

A ideia de contabilizar os efeitos da biodiversidade em "serviços" como a purificação do ar e da água, o sequestro de carbono ou a criação de biomassa, tem sido muito referida também a nível europeu já que permitirá atribuir um valor económico a estas tarefas desempenhadas pela natureza.
"Isso tem um valor económico e ainda não conseguimos colocar esse valor no preço final dos produtos e dos processos e no dia em que o conseguirmos fazer estaremos em condições de remunerar esses serviços e quem vive nessas áreas passa a ter mais vantagens do que inconvenientes", resumiu o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Jorge Moreira da Silva enalteceu o trabalho do movimento ambientalista, principalmente da Quercus, associação que "foi trabalhando de uma forma muito corajosa durante os últimos 30 anos", apesar de nem sempre a associação e o Governo, ou o próprio ministro, terem a mesma opinião.
"Não concordo com tudo o que a Quercus disse, assim como a Quercus não concorda com tudo o que os governos vão fazendo ou com o que eu próprio vou fazendo, mas toda a denúncia, todas as críticas e propostas que a associação tem feito resultam de uma base científica e técnica muito sólida", realçou.

A Quercus "prestou, presta e continuará a prestar um serviço muito importante a Portugal e a todos aqueles que olham para o ambiente, não como uma caixinha convenientemente arrumada na lógica dos custos de contexto, mas pelo contrário, no centro do novo modelo de desenvolvimento", resumiu o governante.

Ministra inaugura regadio em Alfândega da Fé



18-05-2015 
 

 
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, visita na terça-feira Trás-os-Montes para a inauguração oficial do reforço do regadio de Alfândega da Fé pronto há meio ano e que assegurará água aos agricultores nas próximas décadas.

A intervenção para reabilitação e alargamento do perímetro de rega da barragem de Esteveínha, no distrito de Bragança, ficou concluída em Novembro de 2014 depois de um investimento de 1,2 milhões de euros da responsabilidade da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural que permitiu aumentar o regadio de uma área de 196 para os 270 hectares.

De acordo com o programa divulgado hoje pela Câmara de Alfândega da Fé, a ministra Assunção Cristas fará o percurso do perímetro de rega em "minibus" e ficará a conhecer o aproveitamento hidroagrícola e as obras de reabilitação, durante uma visita de uma hora, ao início da tarde de terça-feira.

Estas obras assumem «especial relevância para o desenvolvimento agrícola do concelho», na medida em que vieram «modernizar e garantir a sustentabilidade do regadio para os próximos 40/50 anos», conforme foi anunciado por ocasião da conclusão dos trabalhos.

O Perímetro de Rega da Barragem da Esteveínha foi construído há cerca de meio século e encontrava-se em avançado estado de degradação, conduzindo a muitas perdas de água e consequentemente a uma deficiente utilização da mesma.

A reabilitação permitirá, segundo a autarquia liderada pela socialista Berta Nunes «uma maior sustentabilidade no uso da água, evitando desperdícios e melhorando a eficiência» e «tal terá reflexos positivos na produção agrícola».

A expectativa é de com as novas condições surjam novas iniciativas de investimento, nomeadamente na fruticultura, numa zona onde predominam o olival, amendoal e cerejal, produções de grande peso económico concelho. A gestão do regadio é da responsabilidade da Associação de Beneficiários.

Fonte: Lusa

PE pede medidas para travar contágio da bactéria mortal para as oliveiras

 18-05-2015 
 

 
O Parlamento Europeu vai insistir, durante a reunião da próxima quarta-feira, na criação de medidas para resolver o surto da bactéria mortal para as oliveiras, a Xylella fastidiosa, e evitar o seu contágio a outras regiões, incluindo mais despesas com investigação.

A bactéria atingiu vários milhares de hectares de olival na Itália e aumenta a preocupação perante o risco de se estender.

No debate de Abril, os eurodeputados pediram à Comissão compensações para os agricultores cujas árvores foram arrancadas par travar a doença. Também reclamaram que se acelere a investigação sobre infecções vegetais mortais causadas por agentes patogénicos, como a Xylella fastidiosa e a conhecida mancha negra, encontrada em citrinos importados procedentes de África do Sul.

A Xylella fastidiosa já infectou milhares de olivais no sul da Itália e pode vir a atingir outras espécies, como citrinos, videira e frutas e caroço, como amêndoas, pêssegos e ameixa, causando a morte nos casos mais graves.

Em Itália, os olivais ocupam cerca de 1.700.000 hectares, o segundo país da União Europeia, depois da Espanha, com maior extensão dedicada a esta cultura.

Fonte: Agrodigital

Cereja de Resende com qualidade e quantidade

18-05-2015 
 

 
Os produtores de cereja do concelho de Resende, no norte do distrito de Viseu, prevêem que se o bom tempo se mantiver a produção deste ano terá qualidade e quantidade.

Depois de, no início deste mês, ventos fortes terem destruído grande parte da cereja que estava madura, as perspectivas são agora mais animadoras.

«O mau tempo destruiu-nos 60 por cento da cereja mais precoce. Mas, no que respeita à serôdia, se o tempo continuar assim, o prejuízo ficará entre os 20 e os 30 por cento, porque ainda estava numa fase mais verde», explicou à agência Lusa o presidente da associação de promoção CER Resende – Cerejas de Resende, Rogério Silva.

Também o presidente da Câmara de Resende, Garcez Trindade, disse estar optimista e acreditar que no Festival da Cereja, a realizar no último fim-de-semana deste mês, haverá muita cereja de qualidade para vender.

«Tivemos um tornado que deu cabo da primeira cereja. Esta é a região do país onde há cereja mais cedo e foi essa que foi abalada. Mas, felizmente, iremos ter um bom ano de cereja», considerou.

As primeiras cerejas de Resende a serem colhidas são as da zona ribeirinha ao Douro e, só mais tarde, as da zona serrana. O microclima duriense dá à cereja de Resende uma das suas principais vantagens, que é a de conseguir chegar ao mercado duas semanas antes do que a do resto do país.

Rogério Silva, que tem 24 hectares de cerejeiras, explicou à Lusa que a colheita da cereja mais precoce está prestes a terminar e que em breve se iniciará a das outras variedades. O pico da colheita da cereja acontecerá a partir do dia 25, num concelho que, anualmente, produz «entre 3.500 e 4.000 toneladas» deste fruto.

«Comecei a apanhar cereja há 15 dias e pretendo fazê-lo até meados de Julho, se o tempo deixar. Mas uma só noite é suficiente para destruir o esforço de um ano inteiro», lembrou.

Segundo o presidente da Câmara de Resende, no Festival da Cereja estarão entre 130 e 140 produtores. Na edição do ano passado foram vendidas 100 toneladas de cereja durante o fim-de-semana.

Atendendo à importância que a cereja tem para a economia local, a autarquia quer aproveitar as possibilidades de financiamento do novo quadro comunitário, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR).

«É um trabalho que irá iniciar-se em Resende no sentido de fazer algum ordenamento da produção da cereja, com o objectivo principal do aumento da escala de produção, para que haja possibilidade de passarmos à fase da internacionalização, do registo e certificação da marca», explicou Garcez Trindade.

Paralelamente, acrescentou, há também o objectivo de melhorar a qualidade da cereja, com o apoio técnico e científico da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro.

«Há toda uma estratégia que estamos a iniciar no sentido de projectarmos ainda mais a cereja de Resende, porque efectivamente é o que mais contribuiu para o desenvolvimento económico do nosso concelho», frisou.

Fonte: Lusa

VITIS CAMPANHA 2014/2015


IFAP

Encontra-se disponível no Portal do IFAP a funcionalidade para registo dos pedidos de pagamento de investimentos realizados e liberação das garantias das candidaturas Selecionadas (aprovadas) da Campanha de 2014/2015, podendo os beneficiários e entidades protocoladas proceder ao seu registo em O Meu Processo/ Candidaturas/ Regime de Apoio à Restruturação e Reconversão das Vinhas (VITIS)/ Campanha 2014/2015/ Pedido de Pagamento (Registo), à semelhança do que foi implementado para o registo das candidaturas.

Para registo do pedido de pagamento de investimentos realizados e de liberação de garantia, a candidatura tem que estar no estado Selecionada, sendo que no caso dos pedidos de libertação de garantia deverá ainda existir um pagamento adiantado no estado liquidado.

Informa-se, ainda, que no registo do pedido de pagamento ou da liberação de garantia é obrigatório a indicação dos direitos definitivos, pelo que, no caso de terem sido apresentados direitos provisórios na candidatura, estes devem ser substituídos pelos respetivos direitos definitivos.

Assim, na sequência da realização do pedido de pagamento ou da liberação de garantia, os dados devem coincidir com os dados das declarações de plantação submetidas no SIVV. Para o caso de não coincidirem, os beneficiários devem providenciar a apresentação de um pedido de alteração à candidatura antes da apresentação do pedido de pagamento (a calendarização para apresentação dos pedidos de alteração encontra-se disponível no Portal do IFAP).

Os investimentos que constarem no pedido de pagamento são verificados em sede de controlo in loco.

Alerta-se, ainda, que o beneficiário deverá proceder à atualização dos dados no Sistema de Identificação do Parcelário (iSIP) do IFAP, relativamente aos locais de investimento e antes da apresentação do pedido de pagamento, através de uma das Salas de Atendimento das entidades acreditadas existentes para o efeito.

Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP através do endereço de correio eletrónico info.nrv@ifap.pt, ou pelos restantes canais de atendimento que tem ao seu dispor: Atendimento Presencial, na Rua Fernando Curado Ribeiro, n.º 4G, em Lisboa, Atendimento Eletrónico ou pelo Call Center 217 513 999.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Produção de cereja deixa mais de 20 ME anuais no concelho do Fundão


17/5/2015, 18:17
A produção de cereja já representa mais de 20 milhões de euros anuais na economia do concelho do Fundão, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Paulo Fernandes.

A produção de cereja já representa mais de 20 milhões de euros de euros anuais na economia do concelho do Fundão, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Paulo Fernandes. "Entre a cereja vendida em fresco, os produtos transformados com base na cereja e os novos investimentos que estão a ser dinamizados, nomeadamente em novas plantações, prevemos que a cereja esteja movimentar anualmente no nosso concelho mais de 20 milhões de euros, o que é bem representativo da importância que este produto tem para o Fundão", afirmou.

Paulo Fernandes explicou que a estimativa aponta que só em venda direta de cereja terão ficado na região cerca de 12 milhões de euros em 2014, ano em que o produtor conseguiu o melhor preço médio de venda do produto. "Se tivermos em conta que se produzem aqui cerca de seis mil toneladas anuais de cereja e que o preço médio pago ao produtor rondou os dois euros, verificamos que se atingiu um valor de cerca de 12 milhões de euros", apontou.


Às contas, somam-se ainda os "investimentos de grande vulto que estão a ser realizados na modernização das explorações existentes ou na plantação de novos pomares", bem como na dinamização de produtos à base de cereja, que têm cada vez mais aceitação no mercado. Entre esses subprodutos está o Pastel de Cereja do Fundão, que, "hoje em dia, tem já um espaço próprio", como demonstram as vendas realizadas entre maio de 2014 e maio de 2015.

"Em termos de 'Pastel de Cereja, receita original' sabemos que foram vendidas 150 mil unidades, número que ainda tem uma grande margem de progressão com a entrada no mercado internacional", apontou. A aposta "superou as melhores expectativas" e também levou muitas pastelarias da cidade a desenvolverem as suas próprias receitas.

O sucesso tem sido muito e permite ao autarca concluir que o Pastel de Cereja do Fundão já é "provavelmente o segundo produto mais conhecido da fileira", logo a seguir à própria cereja. Da lista fazem ainda parte as compotas e licores, bem como o "Bom Bom de Cereja do Fundão" do chef chocolateiro António Melgão ou o sabão artesanal de cereja da Quinta da Porta, ambos lançados este ano e que se juntaram a tantos outros produtos que também contribuem para dinamizar a economia local e tornar a cereja do Fundão ainda mais conhecida.

ET0 (16/5)

Crescimento da vitivinivultura nos Açores é aposta estratégica do governo, afirma Fernando Sousa


Mai 17, 2015 · by Frederico Ribeiro · in Açores, Portugal

 
PONTA DELGADA – O Diretor Regional da Agricultura afirmou hoje, no Pico, que o Laboratório Regional de Enologia (LRE) e o seu processo de acreditação de procedimentos laboratoriais em fase de conclusão integram a estratégia que o Governo dos Açores definiu para o setor vitivinícola.

"O Laboratório e a sua acreditação representam parte da estratégia que o Governo dos Açores definiu para apoiar o crescimento da vitivinicultura na nossa Região", afirmou Fernando Sousa, à margem da primeira das quatro visitas guiadas inseridas no Dia Aberto aos produtores e população promovido pelo LRE.

O Diretor Regional salientou que a iniciativa "pretende aproximar os vitivinicultores do LRE, mostrando como podem melhorar a qualidade dos seus vinhos através dos resultados obtidos no Laboratório".

Por outro lado, destacou o "apoio dado pelos técnicos, que podem deslocar-se às vinhas e adegas dos produtores".

Este ano estão previstas diversas ações de divulgação do trabalho realizado no LRE, nomeadamente comunicações diretas aos produtores, ações de sensibilização, emissão de folheto e a disponibilidade de acesso às áreas laboratoriais.

Esta estrutura laboratorial sob tutela da Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, através da Direção Regional de Agricultura, apoia o setor produtivo disponibilizando diversos serviços na área da enologia, da viticultura e da proteção da vinha.

O LRE tem como finalidade fomentar a qualidade dos produtos vitivinícolas produzidos nos Açores, recorrendo a modernos equipamentos e às metodologias mais atualizadas.

Esta estrutura ao serviço da vitivinicultura açoriana dedica-se preferencialmente a determinações físico-químicas e organoléticas em vinho, uvas e mostos, mas também à determinação do teor alcoólico de aguardentes e licores.


Governo avança com tomada de posse das terras sem dono conhecido



Por Manuel Carvalho

04/05/2015 - 09:34

Terras abandonadas que não sejam alvo de reclamação por parte dos seus proprietários entram ao final de três meses na Bolsa de Terras e passam de vez para a esfera do Estado ao final de 18 anos.
Pedro Cunha

O Ministério da Agricultura e do Mar enviou para a Assembleia da República um projecto de lei que aponta para a transferência das propriedades agrícolas ou florestais sem dono conhecido para o domínio do Estado. A iniciativa do Governo é um desenvolvimento da lei que consagrou a Bolsa de Terras, em 2012, e tem como principal objectivo "dinamizar o uso da terra, em particular pelos jovens agricultores".

Ninguém sabe ao certo a área de propriedades abandonadas e sem dono conhecido – as estimativas do Instituto Nacional de Estatística apontam para 100 mil hectares da superfície agrícola utilizada (SAU) nessas condições. A lei, diz a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, vai servir como um "tira-teimas" sobre a dimensão do abandono de terras em Portugal.

Há décadas que em Portugal se discute o que fazer com amplas áreas do território que estão ao abandono, principalmente terras florestais de regiões sujeitas a fortes processos de desertificação. Os agrónomos, os ambientalistas e os silvicultores têm apontado com frequência os custos desse abandono ao nível da propagação de pragas ou da dimensão dos incêndios. A possibilidade de, como acontece em outros países europeus, o Estado tomar posse desses terrenos, proceder a "práticas silvícolas mínimas", cortar e vender madeira para ressarcir os encargos com a limpeza são discutidos com regularidade.

Nenhum governo foi capaz de arriscar essa iniciativa e Assunção Cristas e a sua equipa demoraram dois anos a conseguir um projecto de lei que está longe de ser tão intrusivo na esfera da propriedade privada. De resto, acredita a ministra, já hoje existe a possibilidade de privados, de gestores das zonas de intervenção florestal (ZIF) ou das próprias autarquias poderem proceder a limpeza de matas ou de terrenos abandonados por terceiros, particularmente em casos em que a segurança da propriedade esteja ameaçada pelo fogo.

Com base nestes pressupostos, a proposta do Governo "é cautelosa e garantística", diz Assunção Cristas. Na melhor das hipóteses, uma terra abandonada e sem dono conhecido será sujeita a várias diligências processuais para permitir que seja reclamada e só ao fim de 18 anos é que a sua matriz poderá ser registada em nome do Estado – o que não quer dizer que entre rapidamente na Bolsa de Terras e possa ser arrendada ao final de alguns meses após a sua identificação. "Só podemos dizer que defendemos a propriedade quando a valorizamos", diz Assunção Cristas, o que, como tese, significa que quem deixa as suas terras ao abandono corre o risco de as ver intervencionadas pelo Estado e ser obrigado a ter de disputar administrativamente a sua posse.

O processo começa com a identificação de terras sem dono conhecido, uma tarefa à escala nacional que envolve departamentos regionais do Ministério da Agricultura, câmaras municipais, juntas de freguesia e uma rede de gestores operacionais (GeOp) da Bolsa de Terras, como associações de agricultores dispersas pelo país.

Depois de identificada uma terra nas condições previstas pela lei, faz-se a publicidade sobre a intervenção nessas terras e concede-se 90 dias aos seus proprietários para reclamarem a sua titularidade – a publicitação faz-se à escala local, em sede nacional e envolve os consulados portugueses no estrangeiro.

Após estes 90 dias, as terras entram na Bolsa de Terras e podem ser arrendadas por um prazo de um ano até ao limite máximo de três anos. No final deste prazo, procede-se a uma nova ronda de publicitação à procura de titulares dos terrenos que provem documentalmente o seu direito de posse. Finda esta fase, e na eventualidade de permanecerem sem dono, as propriedades são inscritas no Sistema de Informação de Bolsa de Terras, condição suficiente para que a sua matriz seja registada em favor do Estado. Mas só no final de um período de 18 anos é que o Estado assume a plena posse – neste período o Estado não as poderá vender ou onerar definitivamente. Se por acaso os legítimos donos aparecerem e comprovarem a propriedade do terreno, têm direito a "receber o montante correspondente às renda e ou a outros proveitos entretanto recebidos pelo Estado, deduzido o valor das despesas e ou benfeitorias necessárias realizadas no prédio".

Para o Governo, o efeito que esta legislação poderá ter na capacidade de oferta da Bolsa de Terras é desconhecida. Na situação actual, e após dois anos em vigor, a bolsa cedeu 2865 hectares e dispõe ainda de quase 12 mil hectares para distribuir. A maioria destes terrenos (7892 hectares) tem aptidão exclusivamente florestal. A incógnita que este processo suscita desde o início junto de agrónomos ou de instituições como a CAP relaciona-se com a qualidade das terras que estão ao abandono – um ponto de vista que se alicerça na constatação de que as terras com aptidão estão florestadas ou agricultadas.

A ministra da Agricultura relativiza estas dúvidas: "O que hoje não dá para a agricultura pode vir a dar amanhã."

GNR iniciou operação Floresta Segura para prevenir incêndios



Por Lusa

16/05/2015 - 12:13

A GNR iniciou sexta-feira a operação Floresta Segura 2015, com o objectivo de patrulhar e vigiar as zonas florestais, prevenindo e detectando incêndios.

Para a vigilância, a GNR activou uma rede nacional de postos de vigia, que terá 920 vigilantes contratados, segundo um comunicado divulgado neste sábado.

A 1.ª fase de vigilância, até 30 de Junho, terá 72 postos de vigia a funcionar, cada um com dois vigilantes. Na 2.ª fase, de 1 de Julho até 31 de Outubro, haverá 230 postos de vigia com quatro vigilantes cada.

Nas acções de patrulhamento e vigilância estarão ainda 574 militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro e 948 militares e civis pertencentes ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente.

A estes militares compete reprimir as actividades ilícitas contra a floresta, validar e medir as áreas ardidas e investigar as causas dos incêndios.

A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, começou na sexta-feira, numa altura em que o número de fogos já aumentou cinco vezes face ao mesmo período do ano passado.

Para a fase Bravo, que se prolonga até 30 de Junho, vão estar mobilizadas, no total, 1541 equipas compostas por 6583 operacionais e 1541 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2015.

No próximo mês e meio, vão estar ainda operacionais 34 meios aéreos, além dos postos de vigia da responsabilidade da GNR.

Os meios aéreos vão estar disponibilizados de forma faseada, estando oito operacionais, aumentando depois, durante o mês de Junho, até atingirem os 34, a 20 de Junho.

O DECIF deste ano está orçado em cerca de 80 milhões de euros e foi reforçado com 17 equipas de combate a incêndios florestais e três equipas de intervenção permanente, no distrito de Viana do Castelo.

Venda da Herdade da Comporta assusta moradores e agricultores do litoral alentejano


LUSA17 de Maio de 2015, às 07:00

As praias douradas da Comporta escondem a preocupação de moradores e agricultores, que receiam perder o que construíram durante a vida, mas a administração da herdade garante que os contratos são para cumprir, independentemente de quem forem os acionistas.
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A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida por um tribunal do Luxemburgo - que espera receber propostas de compra até meados do próximo mês de junho -, na sequência do colapso financeiro do Grupo Espírito Santo, mas moradores e agricultores não sabem o que esperar dos futuros donos da herdade.

"Antes de a terra me ser entregue, trabalhei aqui para a herdade. Depois, o Estado tomou conta da herdade, trabalhei por conta do Estado. Mais tarde, resolveram entregar as terras aos agricultores. Depois assinámos um contrato [de rendeiros] de 19 anos", disse à agência Lusa o agricultor Francisco Jones, preocupado com a incerteza quanto à renovação dos contratos com os futuros proprietários.

"Nós estamos a trabalhar cá, estamos a produzir toneladas e toneladas de arroz. Se eles não quiserem renovar os contratos [com os agricultores] é porque não querem aqui agricultura nenhuma, só querem casas e espaços verdes. E isso não, a gente não come casas", acrescentou.

As preocupações de Francisco Jones são partilhadas por Avelino Antunes, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, que exige garantias do Estado para salvaguarda dos direitos da comunidade rural.

"Aquilo que nós queremos é a garantia de que os agricultores podem continuar a produzir, podem continuar a ser rendeiros, podem continuar a ter aqui as suas famílias, e que estas comunidades, que pertencem ao mundo rural, possam continuar a existir aqui como existem", disse, acrescentando que há cerca de 200 agricultores a exercerem a atividade na Herdade da Comporta.

Assustados com a mudança estão também centenas de moradores de diversas localidades na Herdade da Comporta, alguns dos quais nem sequer têm escritura pública das casas que construíram.

Segundo Joaquim Ramusga, da Comissão de Moradores da Torre, dos 37 fogos implantados naquela localidade, apenas dois têm escritura pública celebrada, enquanto outros têm apenas contratos-promessa de compra e venda ou contratos de alojamento em regime de comodato.

"Sou das poucas pessoas que têm o problema resolvido a nível habitacional. Eu tenho escritura pública, tenho registo da propriedade. A maioria das pessoas residem cá com contratos de comodato, outros com as casas pagas mas só com a promessa de compra e venda que a herdade lhes forneceu há algumas boas dezenas de anos. Nunca formalizaram as escrituras às pessoas, que estão muito preocupadas, porque não sabem o que lhes vai suceder com quem vier a seguir", disse.

Segundo este responsável, "há outras situações, de pessoas que fizeram as casas no terreno da herdade, com autorizações verbais (...). As casas são deles, mas o terreno é da herdade. Quem vier tem estes problemas todos para resolver. E as pessoas não são lixo, não se varrem para debaixo do tapete".

Joaquim Ramusga lembrou, ainda, que estão por construir as infraestruturas previstas no projeto de urbanização da Torre, que constituíam uma das contrapartidas à viabilização do projeto turístico da Comporta, e que há mais de uma dezena de localidades da Herdade da Comporta que têm muitos moradores sem escritura pública das casas onde residem.

A Junta de Freguesia da Comporta, no concelho de Alcácer do Sal, está a par dos problemas e das preocupações dos moradores e dos agricultores da herdade, mas reconhece que pouco ou nada pode fazer para os tranquilizar.

"Temos conhecimento pelo que as pessoas, associações de agricultores e comissão de moradores nos fazem chegar. Estamos preocupados, porque nem agricultores, nem a herdade, nem nós, sabemos o que vai acontecer. Estamos disponíveis para dar todo o apoio dentro das nossas competências", disse à agência Lusa Paulo Oliveira, secretário da autarquia, deixando transparecer algum ceticismo em relação ao futuro.

"Estamos à espera para ver os desenvolvimentos, mas penso que para melhor não mudamos", disse.

Confrontada com as preocupações de moradores e agricultores, a administração da Herdade da Comporta garantiu à agência Lusa que pretende "dar continuidade aos planos de negócio e potenciar o desenvolvimento da empresa nas suas várias atividades".

"Acreditamos que a estabilização da estrutura acionista irá favorecer o desenvolvimento dos projetos que foram desenhados para esta gestão e contar com os agricultores que dela fazem parte", acrescentou a administração da herdade, assegurando que, independentemente de quem forem os acionistas, "todos os contratos estabelecidos com a Herdade da Comporta são para cumprir".

GR // JLG

Lusa/Fim

José Pedro Salema: "Deve ser equacionada a privatização da EDIA"


18 Maio 2015, 00:01 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

José Pedro Salema, presidente da empresa que gere e está a completar a infra-estrutura do Alqueva 20 anos depois de ter arrancado, admite que a entrada de privados podia ser uma solução. Neste Governo? "Nem pensar. Era muito curto prazo".
Se a  administração da EDIA fosse agora "vender" a gestora do Alqueva a investidores, voltava para trás de mãos a abanar. "Se fôssemos ao Shark Tank amanhã, eles mandavam-nos logo para casa e diziam 'vocês ...

domingo, 17 de maio de 2015

Hoje começa a segunda fase mais crítica de incêndios


Mas já quase houve cinco mil fogos desde início do ano. Monchique, no Algarve, está esta sexta-feira em risco máximo de incêndio

Por: Redação / CF    |   15 de Maio às 08:12
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A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, tem início esta sexta-feira, numa altura em que o número de fogos já aumentou cinco vezes face ao mesmo período do ano passado. 

Para a fase Bravo, que se prolonga até 30 de junho, vão estar mobilizadas, no total, 1.541 equipas compostas por 6.583 operacionais e 1.541 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2015. 

No próximo mês e meio, vão estar ainda operacionais 34 meios aéreos e 70 postos de vigia da responsabilidade da GNR. 

Os meios aéreos vão estar disponibilizados de forma faseada, estando operacionais, a partir de sexta-feira, oito, aumentando depois, durante o mês de junho, até atingirem os 34, a 20 de junho. 

O DECIF deste ano está orçado em cerca de 80 milhões de euros e foi reforçado com 17 equipas de combate a incêndios florestais e três equipas de intervenção permanente, no distrito de Viana do Castelo. 

O secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida, vai estar hoje, no distrito de Viana do Castelo, para assinar os protocolos de criação das equipas de intervenção permanente nos concelhos de Monção, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima. 

O DECIF tem como objetivo operacional a segurança dos elementos envolvidos no combate aos incêndios florestais e só depois a redução da área ardida e do número de reacendimentos. 

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) apostou este ano também na formação, tendo desenvolvido 259 ações de treino operacional que envolveram 5.293 operacionais. 

Os incêndios florestais mais do que quintuplicaram este ano em relação a 2014, tendo-se registado 4.320 fogos desde o início de 2015, segundo dados enviados à agência Lusa pela ANPC. 

A ANPC, que cita dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade que colige a informação relativa às ocorrências, adianta que se registaram, até 05 de maio, 4.320 incêndios florestais, mais 3.474 do que no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 846 fogos. 

No ano passado, o total da área ardida foi de 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos, e registaram-se 7.186 ocorrências de fogo, o valor mais baixo dos últimos 25 anos.

Monchique em risco máximo

O concelho de Monchique, distrito do Faro, apresenta  esta sexta-feira risco máximo de incêndio, de acordo com informação disponível na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na Internet. 

Segundo o IPMA, também os concelhos de Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Silves, Loulé, Alcoutim (Faro), Odemira, Santiago do Cacém, Grândola (Setúbal), Barrancos (Beja), Sardoal, Mação (Santarém), Oleiros, Fundão, Covilhã, Belmonte (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra) apresentam hoje risco muito elevado de incêndio. 

O IPMA colocou ainda em risco elevado de incêndio vários concelhos dos distritos de Faro, Évora, Beja, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu e Leiria, apurou a Lusa. 

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, variando entre reduzido e máximo.

Morto e ferido em dois tratores

Em Oleiros, a vítima mortal, de 78 anos, terá estado várias horas debaixo da máquina. Por Luís Oliveira Um morto e um ferido grave é o resultado dos últimos dois acidentes a envolverem tratores agrícolas, ocorridos ao final da tarde de sexta-feira, nas aldeias de Cavinha (Oleiros) e Rio de Moinhos (Sátão). Na aldeia de Cavinha, em Oleiros, no distrito de Castelo Branco, um homem de 78 anos foi encontrado debaixo de um trator, dentro de uma propriedade agrícola. Familiares da vítima estranharam a sua demora em chegar a casa para jantar, foram procurá-lo e depararam-se com o trator capotado, pelas 23h30. Bombeiros e equipa médica do INEM ainda fizeram manobras de reanimação, sem sucesso. Em Rio de Moinhos, Sátão, distrito de Viseu, o despiste de outro trator provocou ferimentos considerados muito graves no condutor, um homem de 57 anos. A vítima foi assistida por bombeiros e por médicos do INEM e depois transportada para o Hospital de S. Teotónio, em Viseu. A GNR investiga as causas de mais estes dois acidentes com tratores que, na sua maioria, não fazem uso do arco que serve para proteger o condutor em caso de capotamento do veículo.

El Niño forte regressa com consequências para todo o mundo

     
SOL SOL | 12/05/2015 13:26:22 14095 Visitas   

El Niño forte regressa com consequências para todo o mundo
A Austrália e o Japão confirmaram esta terça-feira o regresso do fenómeno El Niño – um aquecimento generalizado das águas do Pacífico à superfície que costuma causar eventos meteorológicos extremos em todo o planeta. 

Ao contrário dos meteorologistas norte-americanos, que em Abril tinham previsto um El Niño fraco, os cientistas australianos e japoneses apontam agora para um fenómeno especialmente intenso (as previsões de Maio costumam ser mais certeiras que as de Abril, sublinha a Reuters). As águas da zona equatorial do Pacífico já se encontram com uma temperatura acima da média e a Austrália prevê que os valores possam subir ainda mais a partir de Setembro.

A BBC recorda que o último El Niño, registado há cinco anos, foi apontado como responsável por tempestades no sudeste asiático, seca no sul da Austrália, nas Filipinas e no Equador, nevões nos Estados Unidos, vagas de calor no Brasil e cheias no México.

Na Europa, e apesar do efeito de um El Niño não ser tão forte como noutros continentes, o fenómeno é habitualmente tido como responsável por invernos mais frios e secos nos países do Norte e mais húmidos nos países do Sul, como Portugal.

O leste de África também costuma registar precipitação acima da média no decorrer do El Niño.

Outro efeito secundário particularmente grave do El Niño de 2009 foi a destruição das produções de cereais na Ásia e na Oceânia, o que fez disparar preços nos mercados internacionais. Os stocks de trigo, arroz, milho e soja são os mais vulneráveis.

Em 2009, o impacto na agricultura trouxe fome e crise económica a várias nações do globo.

Também as pescas são particularmente vulneráveis às oscilações de temperatura no Pacífico e ao consequente efeito dominó meteorológico.

O El Niño costuma registar-se ciclicamente, em intervalos médios de quatro anos, e pode durar entre seis a 15 meses. O fenómeno contrário, o do arrefecimento intenso das águas do Pacífico, designa-se por La Niña e também comporta consequências meteorológicas extremas a nível mundial.

Incêndios: Especialista diz que faltam bombeiros florestais e há muitos meios aéreos



14-05-2015 14:59 | País
Fonte: Agência Lusa 

CORREÇÃO: Lisboa, 14 mai (Lusa) -- O especialista em incêndios florestais Paulo Fernandes considerou hoje que há "um desequilibro no investimento ao combate" aos fogos, apontando a falta de bombeiros florestais e o excesso de meios aéreos.
"O nosso dispositivo, para a dimensão do país, talvez se possa considerar sobredimensionado", disse à agência Lusa o investigador do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a propósito da fase Bravo de combate a incêndios florestais, que começa na sexta-feira.

Como exemplo, referiu que "é excessivo" o número de meios aéreos, que se reflete num "desequilíbrio de investimento no combate". (corrige ao longo do texto o nome do investigador para Paulo Fernandes).

CMP// CC

Lusa/fim

Agroop. O Big Brother está prestes a chegar à sua produção agrícola


 
Agroop
 
15/05/2015 | 22:00 |  Dinheiro Vivo
Aplicação ajuda agricultores a monitorizar as atividades no campo e a fazerem contas das despesas com a produção. Projeto está a ser testado por 20 agricultores. Em setembro estará disponível para todos
O número de mirtilos plantados e prontos a colher está agora à distância de um clique. Bruno Fonseca, 29 anos, estava a tirar o mestrado em Design de Comunicação quando começou a trabalhar no rebranding da marca de um agricultor. "Foi ele quem me falou da possibilidade de desenvolvermos um software de gestão operacional de campo que permitisse apontar as atividades que ia realizando, as despesas inerentes a cada uma das culturas e que possibilitasse monitorizar todos os custos de produção da sua atividade."
A ideia surgiu assim. O passo seguinte foi, juntamente com o sócio, Bruno Rodrigues, explorar o que havia no mercado - muito pouco, confessa - e perceber em que é que a Agroop podia ser diferenciadora. Foi desse processo que nasceu a Agroop operacional, uma aplicação que é o primeiro produto lançado pela startup portuguesa. "A questão primordial é termos criado uma ferramenta bastante intuitiva, com designers na génese do projeto. Depois, a questão de ser web based, portanto, com acesso à cloud: assim, o software não tem de ser instalado", diz.
A app permite que o agricultor faça contas à produção e constrói, a partir daí, uma rede que servirá de base a uma base de dados de e-commerce, onde os agricultores poderão vender os seus produtos a importadores internacionais. Mas antes de o futuro chegar - a vertente comercial da aplicação está prevista para o último trimestre de 2016 -, a Agroop operacional já está à experiência, em versão beta, em 20 explorações agrícolas diferentes, e estará disponível para todos os agricultores que a queiram usar a partir de 1 de setembro.

"O agricultor pode, de uma forma rápida e intuitiva, adicionar as atividades que vai realizando, monitorizá-las e alocar despesas. E, imaginemos que identifica um fungo numa determinada planta mas não o conhece: pode tirar uma fotografia com o smartphone, mandar diretamente para um técnico, associação de produtores ou assistência, e fazer logo a triagem prévia", diz. E continua: "O mais importante da ferramenta é o facto de conseguir dar ao agricultor - porque, nesse caso, informação é poder - os custos associados a cada uma das suas culturas. Para que possa saber qual é o preço a que deve vender esse mesmo produto." Bruno confessa que, talvez por ingenuidade, os primeiros doze meses de desenvolvimento da ideia foram usados para amadurecer o conceito e procurar quem quisesse embarcar na experiência.

Com um investimento de 160 mil euros e uma equipa atual de sete pessoas, a app foi o primeiro projeto português a levantar investimento na Seedrs, uma plataforma de equity crowdfunding, e apresenta uma versão beta que está já a ser experimentada em culturas como arroz, mirtilo, vinha, laranjeira e maceeira. Uma das primeiras colheitas monitorizadas pela app vai ser feita em breve em Canha, Setúbal, pela equipa de Ricardo Machado, fundador e CEO da Organic to Life, produtora de mirtilos biológicos.
"A vantagem de passar de uma ferramenta em excel para a cloud tem muitas vantagens: posso estar no campo, ter o meu tablet e utilizar. Além de ser uma ferramenta inteligente, consigo saber na hora qual é a produção que estou a ter, o rendimento de cada sector e de cada planta para saber quanto cada trabalhador consegue apanhar. Posso estar em qualquer lugar com acesso à minha plantação", diz.