Copa-Cogeca defende que uso sustentável de biocombusiveis impede objectivo da UE de redução de emissões

04-05-2011

O Copa-Cogeca lançou um alerta acerca do uso sustentável dos
biocombustíveis na União Europeia, referindo que este impedirá a
Europa de alcançar os seus objectivos de redução das emissões de gases
com efeito de estufa para 2020.
Na sua intervenção durante o seminário, organizado pelo Copa-Cogeca
com o apoio de BDBe; ePURE Y UFOP, o secretário-geral da organização,
Pekka Pesonen, assinalou que «enquanto a produção de alimentos é o
principal objectivo da agricultura, os biocombustíveis oferecem muitas

vantagens em termos e redução de emissões de dióxido e carbono (CO2) e
proporcionam emprego nas zonas rurais, para além de poderem ser
produzidos de forma sustentável na União Europeia (UE), sem ser
responsáveis de alterações indirectas na utilização das terras nos
países europeus».
Pesonen sublinhou que «isto é explicado porque todas as terras de
herbáceas disponíveis na UE serem cultivadas. Também, apenas um aparte
das sementes de oleaginosas, de cereais e de beterraba açucareiras
utilizadas para produzir biocombutiveis são actualmente convertidas em
energia. A maioria permanece no sector das rações, e os subprodutos
ricos em proteínas procedentes da produção de biocombustíveis
contribuem para diminuir a grande dependência comunitária das
importações de alimentação animal. O aumento da produção de
biocombustiveis na UE alivia a pressão nas terras nos países europeus
e ajuda a combater a desflorestação das florestas tropicais, reduzindo
ainda o preço das rações, que atinge gravemente o sector pecuário
europeu».
O responsável continuou insistindo na necessidade de coerência das
políticas agrícola, energética, meio ambiental e comercial. «O sector
europeu dos biocombustiveis não deve ser penalizado ou prejudicado
devido ao facto de outras políticas europeias incluírem medidas que
limitam melhorias na produtividade agrícola, o que provoca uma
deslocalização da produção europeia», concluindo Pekka Pesonen que
isto apenas resultaria numa desflorestação e num aumento das emissões
nos países europeus, o que entra em contradição com os objectivos da
UE».
Fonte: Copa-Cogeca
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia33582.aspx