Solos
04.05.2011 - 11:30
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A Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais,
Fenafloresta, congratulou-se hoje com o cadastro das terras, mas
defendeu que o Governo podia ter ido mais além e sugeriu o contributo
das organizações de produtores florestais (OPF).
Os produtores acham que as suas organizações poderiam ajudar no
cadastro (Carlos Lopes)
"Congratularmo-nos com a decisão de avançar com a execução do cadastro
de terras em Portugal, após dois anos de ter sido anunciado o concurso
público internacional", disse a federação em comunicado.
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui
Barreiro, anunciou a 21 de Abril que as Zonas de Intervenção Florestal
(ZIF) vão contribuir para a elaboração do cadastro de terras em
Portugal, com o arranque este verão de três projectos-piloto.
Citando a ministra do Ambiente, Dulce Álvaro Pássaro, a dizer que
"este primeiro cadastro tem um carácter de demonstração", a
Fenafloresta pergunta "como é possível ainda estarmos numa fase
experimental" e se "durante dois anos iremos cadastrar sete concelhos
de 308".
"A Fenafloresta acredita que poderia ter sido dado um passo mais firme
e categórico. Não estamos num tempo de experiências", lê-se na nota.
A federação defendeu ainda que as organizações de produtores
florestais (OPF) "poderiam dar um contributo importante" no cadastro
das terras.
"Todas as OPF estavam em melhores condições para a execução deste
trabalho, porque já possuem em arquivo o levantamento de GPS das
terras, conhecem os proprietários e estão no terreno todos os dias",
segundo o comunicado.
"Através das OPF o mesmo trabalho poderia ser feito com metade dos
recursos ou poderia ser cadastrado o dobro dos concelhos com o mesmo
orçamento", ressalvou.
Para a Fenafloresta "entregar o trabalho a empresas não foi a melhor
solução, nem pode ser a melhor solução para o cadastro de todos os
outros concelhos que ficam a faltar em Portugal".
"Integrar as OPF é o caminho com menores custos", defendeu.
A fase inicial do cadastro das terras deverá começar até ao verão nos
concelhos de Loulé, São Brás de Alportel, Tavira, Oliveira do
Hospital, Seia, Paredes e Penafiel, num trabalho que terá um custo de
16,7 milhões de euros, dos quais 70 por cento de comparticipação
comunitária.
http://www.publico.pt/Sociedade/produtores-florestais-dizem-que-governo-podia-ter-ido-mais-alem-no-cadastro-das-terras_1492620
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