Em 2010 UE volta a ser exportador líquido de produtos agro-alimentares

04-05-2011

O ano de 2010 foi positivo para o comércio mundial de produtos
agrícolas, alcançando valores recorde. Estes localizaram-se em 12 por
cento acima do registado em 2008, de acordo com a última informação da
Comissão Europeia sobre política agro-comercial.
A União Europeia, também em 2010, conseguiu voltar a ser um exportador
líquido, posição que não tinha desde 2006, um regresso devido ao
aumento de exportações agro-alimentares, crescimento da procura de
produtos finais, à subida de preços das matérias-primas e uma taxa de
câmbio favorável ao euro.

A crise económica foi a grande culpada do um retrocesso de seis por
cento no comércio mundial agrícola, apesar de em 2010 ter-se
constatado uma recuperação, com um aumento de 19 por cento. Em
comparação com o comércio de bens e serviços, este sofreu uma quebra
mais significativa que o agrícola em 2009, de menos 12 pontos
percentuais, e recuperou menos no ano passado, com um crescimento
apenas de 14,5 por cento.
Nos últimos três anos, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos estão
em igualdade quanto às exportações agrícolas, consolidando-se ambos
como líderes mundiais. Em 2010, os Estados Unidos atingiram o recorde
de saídas agro-alimentares de 92 milhões de euros (ME), enquanto a UE
totalizou 91 ME.
A UE mantém-se como o maior importador mundial de produtos
agro-alimentares, cerca de 83 ME no período de 2008 a 2010, este
último, no qual as exportações comunitárias cresceram cerca de nove
por cento, enquanto as norte-americanas não ultrapassaram os 17
pontos. Na China cresceram quase 47 por cento, superando as
importações do Japão e deslocando para a terceira posição do ranking
de importadores mundiais de agro-alimentares.
O bloco europeu também é o primeiro importador de produtos
agro-alimentares dos países em desenvolvimento. Entre 2008 e 2010 deu
entrada na UE produtos no valor de 59 ME. Pelo contrário, no mesmo
período, as importações conjuntas dos Estados Unidos, Japão, Canadá,
Austrália e Nova Zelândia apenas contabilizaram 49 ME.
Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia33584.aspx