VISEU
por Lusa17 Agosto 2011
Mais de uma centena de ovelhas apareceram mortas na manhã de
terça-feira em São Pedro do Sul com ferimentos semelhantes aos
provocados por ataques de cães ou lobos.
A GNR foi alertada para a matança e, segundo adiantou à Lusa o
tenente-coronel Paulo Fernandes, das relações públicas do comando
distrital de Viseu, verificou a existência de dezenas de animais
mortos e outros com ferimentos.
O oficial nota que "algumas das
carcaças apresentavam já sinais de decomposição enquanto outras eram
mortes recentes", de animais pertencentes a um rebanho com cerca de
190 ovelhas das quais cerca de 120 foram mortas e outras feridas.
O proprietário do rebanho, que se encontrava confinado a uma área de
cerca de quatro hectares em São Pedro do Sul, admitiu à rádio no ar,
de Viseu, que os sinais existentes apontam para ataque de canídeos,
sendo os suspeitos as alcateias de lobos ou matilhas de cães. Para o
biólogo Gonçalo Brotas, que trabalha na área da protecção do lobo
ibérico, cuja espécie tem alcateias confirmadas nas serras da região,
a existência de vários animais mortos sem aproveitamento para a
alimentação do predador "não é um comportamento típico do lobo". No
entanto, Gonçalo Brotas sinaliza à Lusa que o facto de as ovelhas
estarem confinadas a uma cerca pode levar a alterações no
comportamento típico das alcateias. Mas entende que "só uma análise
especializada pode determinar se se trata de ataque de lobos ou cães
assilvestrados", adiantando que "neste momento já há análises ao ADN
que dão segurança à conclusão".
Para já as autoridades municipais de saúde animal foram inteiradas da
situação e, segundo o tenente-coronel Fernandes, da GNR de Viseu, "a
prioridade é, depois das análises necessárias, proceder ao tratamento
das carcaças" que devem enterradas ou incineradas em local próprio.
"Este procedimento passa por um acompanhamento de proximidade e, se se
verificar necessário, serão chamados elementos do serviço de protecção
da natureza da GNR para garantir que a saúde pública não é posta em
causa", aponta o oficial da guarda à Lusa. O oficial admite que este é
um caso que "atípico" até porque, como sublinha, "há vários meses, ou
mesmo anos, que não havia conhecimento de ataques com esta dimensão"
e, no correr da frase, frisa que, "para já, a GNR não tirou conclusão
alguma deste episódio".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1953452&seccao=Centro
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