quarta-feira, 15 de maio de 2013

Acordo de comércio livre EUA/UE é "oportunidade extraordinária" diz embaixador

Lusa14 Mai, 2013, 18:47

O embaixador dos Estados Unidos em Portugal considerou hoje que o
futuro acordo de comércio livre entre Washington e a União Europeia
(UE) constitui "uma oportunidade extraordinária" para os dois
mercados, admitindo, no entanto, que as negociações serão "difíceis".

"É uma oportunidade extraordinária para os Estados Unidos e a Europa",
afirmou Allan Katz, durante um encontro com jornalistas.

Os Estados Unidos e a UE deverão iniciar em breve as negociações do
futuro acordo (Transatlantic Trade and Investment Partnership -
Parceria Atlântica para o Comércio e o Investimento, em português),
que irá criar uma das maiores zonas de comércio livre do mundo.

Apesar de acreditar no "forte desejo", tanto do lado de Washington
como do lado do bloco comunitário, em concretizar o acordo "dentro dos
próximos dois anos", Allan Katz admite que o processo negocial terá
"momentos difíceis".

"Reconhecemos que irão existir problemas, reconhecemos que vão existir
compromissos que terão de ser assumidos por todos", sublinhou o
embaixador norte-americano, referindo, por exemplo, que é possível
reconhecer nos acordos comerciais firmados entre os vários
Estados-membros da UE os diferentes interesses que estarão em jogo.

"Mas, porque a Europa é o nosso maior parceiro comercial e porque
acreditamos que quando a Europa tem dificuldades económicas isso afeta
os Estados Unidos, e vice-versa, queremos elevar o volume de comércio
para um nível mais alto", frisou o diplomata.

Sobre os possíveis benefícios do futuro acordo para Portugal, Allan
Katz acredita que o protocolo irá abrir "novas oportunidades" no
mercado norte-americano, que muitas vezes é encarado como
"intimidador" devido às suas dimensões.

"Acredito que existem muitas mais oportunidades de negócio para
Portugal nos Estados Unidos", afirmou o embaixador, defendendo uma
postura mais arrojada por parte das empresas e marcas portuguesas, que
deve ir mais além da significativa comunidade portuguesa no território
norte-americano.

Em valor, os dois blocos, UE e Estados Unidos, constituem, segundo
afirmou recentemente João Vale de Almeida, embaixador da UE em
Washington, 50% da riqueza mundial, 40% do comércio de serviços e 30%
do comércio em geral. No conjunto, as duas regiões integram 800
milhões de consumidores.

Segundo avançou hoje a agência noticiosa francesa AFP, 14 países
europeus, incluindo Portugal, assinaram uma carta, escrita por
iniciativa do Governo francês, na qual exigem a exclusão do setor
audiovisual do acordo de comércio livre.

Na carta, os 14 países pedem para que "seja mantida a posição
constantemente reafirmada da UE, que sempre excluiu, no seio da
Organização Mundial do Comércio como nas negociações bilaterais, os
serviços audiovisuais de qualquer compromisso de liberalização
comercial".

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=651399&tm=6&layout=121&visual=49

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