terça-feira, 28 de maio de 2013

EDIA tem carteira de obras de 200 milhões até final do ano

Crescimento



Dírcia Lopes
27/05/13 00:05

A empresa que gere os activos na região do Alqueva investiu na criação
de uma reserva estratégica de água que aumentou o potencial de
crescimento.

A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva "é
dos maiores donos de obra do País", pelo que o clima de austeridade
ainda não colocou em causa o plano de investimentos. A garantia é dada
pelo presidente da empresa, João Basto, que revelou ao Diário
Económico, à margem do seminário "Investir no potencial agrícola do
Alqueva", que a empresa tem uma carteira de obras "no valor de 200
milhões de euros, que vão arrancar já no segundo semestre e até ao
final do ano". O objectivo é implementar mais 20 mil hectares de áreas
de regadio.

João Basto adiantou que já está a preparar "a estrutura de
financiamento para uma nova carteira de obras avaliada em 300 milhões
de euros" para lançar mais 30 mil hectares de área irrigada. Esta fase
burocrática estará a ser montada até ao final do ano, para que os
terrenos sejam adjudicados em 2014. Desta forma conclui-se o
calendário de, em 2015, ter um total de 120 mil hectares de terreno
com água garantida.

O gestor revelou ainda que até agora já foram investidos dois mil
milhões de euros na região do Alqueva, que foram canalizados para a
construção da barragem e para o sistema de regadio que já permite o
abastecimento público e a rega de 68 mil hectares afectos à produção
agrícola.

Sobre os investidores que já estão no Alqueva, o presidente da EDIA
avançou que já conta com mais de três mil clientes que beneficiam do
reservatório de água que foi construído no perímetro agrícola desta
região alentejana.
No âmbito do seminário, foi realizado durante o fim-de-semana uma
visita de 30 potenciais investidores estrangeiros - desde a Alemanha,
Holanda, França, Espanha, África do Sul, e Angola - às explorações,
com o objectivo de se captar novos investimentos. João Basto salientou
que conta com manifestações de interesse para a cultura de fruta,
pecuária, cereais, olivicultura e produção de tomate.

Potencial de crescimento

Durante o seminário os oradores foram unânimes quanto ao potencial de
crescimento que o sector agrícola conta, além do contributo que pode
dar no aumento do emprego e reforço das exportações.
O presidente da AICEP, Pedro Reis, deixou a promessa de que a entidade
"pode ajudar na captação de investimento e de compradores aos
produtores agrícolas". E revelou que há um conjunto de projectos no
sector da agro-indústria que estão a ser negociados e que podem trazer
para Portugal um investimento superior a 70 milhões de euros.

Já o presidente do BES - um dos promotores do evento -, Ricardo
Salgado, lembrou que o sector "é um activo formidável". E realçou que
o banco tem "experiência de financiamento de projectos agrícolas e
está à disposição para servir os seus clientes" que actuam no sector.

http://economico.sapo.pt/noticias/edia-tem-carteira-de-obras-de-200-milhoes-ate-final-do-ano_169990.html

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