quarta-feira, 3 de julho de 2013

Elogio ao Vinho Verde no New York Times

Sábado, 29 de Junho de 2013



Bom e barato. São estes os adjetivos que, segundo o jornal New York
Times, descrevem o Vinho Verde português. De acordo com o autor do
artigo, Eric Asimov, que provou e classificou 20 vinhos verdes, com
ajuda de outros especialistas, este vinho está a conquistar o paladar
dos norte-americanos.

Embora seja difícil de encontrar à venda, nos EUA, Eric diz que este
vinho "agradável e económico", do noroeste de Portugal, tornou-se um
símbolo do Verão para muitos norte-americanos, registando uma
popularidade crescente naquele país.

"É verdade que a sede pelo Vinho Verde ainda não alcançou a louca
procura pelo rosé, mas já ultrapassou o entusiasmo por vinhos como a
txakolina, um vinho do País Basco muito popular por cá", lê-se no
artigo.

Para comprovar este facto, o autor avança valores: em 2012, Portugal
exportou quase 5.5 milhões de garrafas de Vinho Verde para os EUA, ou
seja, mais do triplo do que exportava em 2003. "É um salto enorme para
um vinho que poucas pessoas (nos EUA) conhecem", comenta Eric Asimov.

O autor do artigo conta que, no final de Maio, se juntou a outros
peritos para experimentarem 20 garrafas de Vinho Verde adquiridas em
lojas de Nova Iorque e em lojas online.

"E o que descobrimos? No mínimo, estes vinhos são frescos, vivos,
cheirosos, por vezes gasosos. Além disso, têm uma percentagem reduzida
de álcool, geralmente entre 9 e 12.5, e preços muito acessíveis. A
garrafa de 4 dólares (3 euros) era a mais barata, mas oito das
garrafas do nosso top 10 custaram menos de 10 dólares (7.50 euros)",
salienta.

Eric explica no artigo que a palavra "verde" não está relacionada com
a cor mas com a idade do vinho, que deve ser saboreado "durante a sua
energética juventude". "Há vinho verde tinto, branco e rosé", avisa o
especialista gastronómico, "embora os vinhos verdes brancos sejam os
mais populares".

"Provocador, fresco e muito agradável"

O autor prossegue o artigo descrevendo a região do Vinho Verde que se
estende "pela costa atlântica" recebendo a influência marítima, "ao
contrário do Douro protegido do mar pelas suas encostas".

Eric conta ainda que o Vinho Verde pode ser composto por castas pouco
conhecidas, como as castas arinto, azal, loureiro e trajadura
(conhecida em Espanha como treixadura), embora muitos produtores de
vinho verde adotem a casta alvarinho.

Na conclusão, o autor descreve individualmente os 20 vinhos que o
painel do New York Times provou, sendo que em primeiro lugar ficou o
vinho Vidigal Shocking Green, de 2011, em segundo o vinho Vera, de
2012, e em terceiro o Niepoort Dócil, também de 2012.

Quanto à garrafa de 4 dólares, da Adega Cooperativa de Ponte da Barca,
que conquistou o 4º lugar na prova, o autor garante que é um vinho
"provocador, fresco e muito agradável" com qualidades que não o deixam
muito longe da garrafa de 14 dólares. Ou seja, conclui Eric, "é
possível comprar uma caixa de vinho verde pelo preço de uma garrafa de
Chardonnay medíocre. Uma solução "perfeita para uma festa na piscina",
remata.

Clique AQUI para ler o artigo completo (em inglês).

http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_elogio-ao-vinho-verde-no-new-york-times_16298.html

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