terça-feira, 1 de outubro de 2013

Caçadores ponderam "manifestações de força"

Véspera da abertura do período de caça à perdiz



Presidente da Federação Portuguesa da Caça queixa-se que os caçadores
foram esquecidos pelo Governo.

30 de Setembro, 16h19

Os caçadores podem avançar no próximo ano com "manifestações de força"
contra o Governo, nomeadamente ao não pagar as taxas anuais, por
sentirem que o setor está esquecido, segundo o presidente da Federação
Portuguesa da Caça.

"Estamos a pensar no fim da época venatória, fins de fevereiro, e
talvez para maio, no encontro nacional durante a Expo Caça em
Santarém, fazer uma grande manifestação de força. A primeira que vamos
fazer é não pagar as taxas", informou hoje à agência Lusa, Jacinto
Amaro.

Em véspera da abertura do período de caça à perdiz, o responsável
acusou o executivo de apenas "arrecadar" verbas sem fazer nada para
"minimizar o efeito das doenças e pelo setor, que produz cerca de 10
milhões de euros", entre as taxas das concessões das zonas de caça e
as licenças anuais dos caçadores.

"Vamos recusar-nos liminarmente a pagar a quem não faz rigorosamente
nada pela caça", avançou o responsável, que contabiliza a perda de 10
mil caçadores por ano.

Para o início do ano, a federação pode ponderar "novas estratégias e
que podem levar ao abandono das zonas de caça e agarrar nas milhares
de tabuletas e paus colocar à porta do ministério", afirmou Jacinto
Amaro, referindo a existência no país de 100 mil caçadores.

"A triste conclusão que os caçadores estão a chegar é que pagam a um
organismo [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] que
está utilizar o seu dinheiro para matar o próprio setor da caça",
concluiu.

A 01 de setembro iniciou-se a caça ao coelho, que está a ser marcada
pela existência de um vírus modificado que tem atingido os animais
jovens.

"Baixou as populações drasticamente", resumiu o responsável,
acrescentando que a maioria dos caçadores não está a caçar coelhos e
que, nos outros casos, "caça-se poucos dias e poucos indivíduos por
caçador".

"O gestor consciente não deve abusar da pequena população de coelhos
que existe e deve limitar a caça para não pôr em causa os anos
diferentes", disse à Lusa.

A caça às lebres também já se iniciou, mas, por os animais viverem no
habitat das perdizes, a sua apanha intensifica-se no próximo fim de
semana, afirmou Jacinto Amaro.

Oficialmente a época da caça às perdizes inicia-se na terça-feira.

"O ano promete para as perdizes e para as lebres, pensa-se que as
populações estarão estáveis", indicou.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/cacadores-ponderam-manifestacoes-de-forca

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