sábado, 16 de agosto de 2014

Governo prepara revisão de estratégia de combate à vespa asiática



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O Governo está a preparar uma revisão do plano de combate à vespa asiática implementado em 2013 e que tem sido alvo de críticas das autoridades locais face à indefinição sobre quem tem competência para travar esta praga.

"Existe um plano elaborado pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) no início de 2013, que actualmente se encontra em revisão. Esta proposta de revisão e de metodologias de actuação foi abordada em reuniões mantidas com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, Cávado, Ave e com a Área Metropolitana do Porto (AMP", explicou em resposta escrita enviada à Lusa o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro - Alimentar.

Questionado pela Lusa, Nuno Brito não esclareceu em que consiste o modelo que o Governo tem em preparação revisão nem que entidade envolverá no combate à propagação da espécie.

A indefinição sobre a quem compete actuar na destruição dos ninhos de vespa asiática levou a Câmara de Viana do Castelo, em Julho passado a exigir ao Governo "uma clarificação urgente de quem deve coordenar e quais os meios a afectar" no combate à praga da vespa asiática.

"Atendendo à dimensão preocupante que o problema está a tomar na região norte, solicita-se à senhora Ministra da Agricultura e Pescas que seja implementada uma estratégia nacional e uma acção concertada das diversas entidades, clarificando as competências e criando uma equipa de intervenção que permita combater esta praga que está a por em causa a apicultura e a saúde pública", lê-se na proposta aprovada em Julho pela autarquia.

Na resposta às questões colocadas pela Lusa, o secretário de Estado Nuno Brito afirmou que este problema está localizado essencialmente nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto.

No Alto Minho, adianta o governante, "os registos de maior número de ninhos referem-se aos concelhos de Viana do Castelo e Ponte de Lima".

A vespa asiática é maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004, tendo alastrado até agora por todo o país.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte e depois de se instalar também no norte de Espanha.

Segundo os apicultores do distrito de Viana do Castelo, esta espécie, "mais agressiva", faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer colocando em causa a produção de mel.

"Sob o ponto de vista de produção de mel, a nível regional e nacional tem existido um aumento de produção, bem como de produtores", adiantou o secretário de Estado Nuno Brito.

Contudo realçou que "sendo uma espécie invasora e, simultaneamente, predadora de abelhas e outros insectos, a vespa velutina é uma ameaça para esta espécie animal, bem como para a redução da polinização e da biodiversidade".

Relativamente aos riscos um ataque desta espécie representa para a saúde pública garantiu que "os efeitos para o cidadão são semelhantes a de uma outra vespa autóctone".

De acordo com dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) cada ninho pode albergar até 2000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos seis novos ninhos.

Fonte:  Lusa

2 comentários:

Anónimo disse...

A vespa asiática não é maior do que a espécie autóctone nacional!

Seria interessante associar uma fotografia à noticia para que as pessoas tenham noção do que se está a falar.

Anónimo disse...

Só quem nunca viu uma vespa asiática é que tem a lata de dizer que não é maior que a nacional.
Pois fique sabendo que é bem maior e mais agressiva!

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