quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Região Norte vai ter radar meteorológico em 2014
horas 6 minutos
A região norte vai ter no final do primeiro trimestre de 2014 um radar
meteorológico, um projeto orçado em cerca de três milhões de euros,
que visa melhorar as previsões meteorológicas, adiantou o
meteorologista Sérgio Barbosa.
Em declarações à agência Lusa, o meteorologista do Instituto Português
do Mar e da Atmosfera (IPMA) e gestor do projeto, Sérgio Barbosa,
disse que o radar meteorológico do Norte ficará situado no Pico do
Gralheiro, na serra da Freita, freguesia de Albergaria da Serra,
concelho de Arouca, e vai permitir uma cobertura eficaz da região,
suprindo uma lacuna existente.
O radar do Norte faz parte de um projeto efetuado em 1988 e tinha por
objetivo a implementação de uma rede nacional de radares
meteorológicos: no sul, no centro, no norte, na Madeira e nos Açores.
"Os sistemas de radar meteorológico são sistemas que têm tido cada vez
mais reconhecimento internacional, por se tratar de sistemas de grande
importância em particular na deteção e acompanhamento de fenómenos
perigosos como seja granizo, chuva, vento forte de que nós temos tido
alguns exemplos nos últimos anos em Portugal", contou.
De acordo com Sérgio Barbosa, os radares meteorológicos fornecem um
contributo muito importante no que diz respeito à observação e à
previsão dos fenómenos meteorológicos para as horas seguintes, até
duas a três horas.
O meteorologista disse que atualmente existem em Portugal dois
radares: um no concelho de Coruche, cuja exploração operacional está a
ser feita desde 1988, e outro no concelho de Loulé (2005).
"Estes radares distam entre si 200 km. Os feixes emitidos pelos dois
radares cruzam-se aos 100 km. Esta é uma distância muito boa entre
radares porque permite a deteção de vários campos com melhor previsão.
O radar do Norte fica a 300 km do de Coruche e a 200 do de Santiago de
Compostela, Espanha", afirmou.
O gestor do projeto explicou que o Pico do Gralheiro foi o local
escolhido por exclusão de partes, uma vez que todos os locais
avaliados no norte foram sendo abandonados devido à proliferação de
parques eólicos.
"Estamos a falar de um investimento de alguma monta, cerca de três
milhões de euros se considerarmos o equipamento do radar a torre onde
este será colocado e todas as infraestruturas de que a torre terá de
ser dotada para o adequado funcionamento", disse.
O projeto é cofinanciado pelo FEDER, tendo sido objeto de uma
candidatura ao Sistema de Apoio a Infraestruturas Científicas e
Tecnológicas, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN), que foi aprovada pela Autoridade de Gestão do Programa
Operacional Regional do Norte (ON.2).
Sérgio Barbosa salientou ainda que o projeto está em pleno curso,
estimando-se que fique operacional ou, pelo menos em regime
experimental, durante o primeiro trimestre de 2014.
"O radar vai ajudar a melhorar a taxa de acerto dos avisos
meteorológicos e em particular contribuir para a antecipação de avisos
de tempo severo e de cheias repentinas na salvaguarda de vidas e
bens", concluiu.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
http://www.ionline.pt/portugal/regiao-norte-vai-ter-radar-meteorologico-2014
Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território visitou Concelho de Nelas
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No passado dia 25 de Janeiro, a Sra. Ministra da Agricultura, Mar,
Ambiente e Ordenamento do Território, Dra. Assunção Cristas visitou o
Concelho de Nelas, onde deu especial destaque à vitivinicultura,
lembrando que a Região do Dão contribui para a notoriedade de Portugal
no mercado dos vinhos no Mundo.
Recebida pela Sra. Presidente da Câmara, Dra. Isaura Pedro, no Salão
Nobre dos Paços do Concelho, seguiu-se uma visita ao Centro de Estudos
Vitivinícolas do Dão onde a Sra. Ministra realçou, no seu discurso, a
importância do trabalho de proximidade que é realizado pelo Centro de
Estudos com os vitivinicultores, tendo ainda deixado a garantia de
manutenção e otimização deste Centro.
O culminar da visita teve lugar na freguesia de Santar, às vinhas e
adega da Casa de Santar e Paço dos Cunhas, em que a Sra. Ministra
enalteceu o projeto de enoturismo de excelência que muito tem
contribuído para a promoção do concelho de Nelas.
http://www.metronews.com.pt/2013/01/29/ministra-da-agricultura-mar-ambiente-e-ordenamento-do-territorio-visitou-concelho-de-nelas/
Partidos polacos de esquerda querem acabar com matança ritual de animais
muçulmanas que assim ficariam privados de carne kosher e halal para
consumo.
Dois partidos de esquerda na Polónia estão a pressionar o
primeiro-ministro Donald Tusk no sentido de apoiar uma proposta de lei
que tornaria ilegal a matança de animais segundo os rituais islâmicos
e judaicos.
Estas comunidades têm regras precisas e antigas que regulamentam a
forma como os animais devem ser mortos para que sejam ritualmente
puros e possam ser consumidos. Para que a carne seja "halal", para os
muçulmanos, ou "kosher" para os judeus, é necessário que os animais
estejam conscientes na altura em que são mortos.
Os partidos, na linha de vários movimentos de defesa dos direitos dos
animais, alegam contudo que é necessário atordoar os animais antes de
os matar. A lei polaca também prevê o atordoamento, o que levou o
tribunal constitucional a declarar que a matança ritual era
inconstitucional.
Logo depois dessa decisão, contudo, o ministério do Ambiente disse que
estava a preparar legislação para garantir a continuidade da matança
ritual. A lei agora proposta pela Aliança Democrática de Esquerda e
pelo Movimento Palikot visa garantir que essas práticas fiquem
definitivamente banidas na Polónia.
As práticas islâmicas e judaicas no que diz respeito à matança ritual
têm sido atacadas em vários países europeus nos últimos anos. Na
Holanda o Parlamento chegou a passar uma lei a bani-las, mas esta não
passou no senado.
A Igreja Católica tem defendido consistentemente os direitos das
minorias religiosas nestes países a manter as suas práticas
ancestrais.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=94593
PAC: »Além das medidas ambientais é necessário ter em conta os aspectos económicos»
«Na reforma da Política Agrícola Comum (PAC) temos de assegurar os
recursos naturais, mas também ter em conta os aspectos económicos e
sociais», disse o presidente da comissão parlamentar da agricultura,
Paolo De Castro.
Os eurodeputados votaram na posição do Parlamento Europeu (PE)
relativa às propostas de reforma da PAC da Comissão, antes da cimeira
europeia de sete e oito de Fevereiro sobre o orçamento de longo prazo
da União Europeia (UE).
O responsável, questionado sobre de que forma a reforma da PAC
contribuirá, a longo prazo, para que a agricultura europeia consiga
lidar com o aumento da procura, os elevados preços da energia e um
mercado volátil, afirmou que «o mercado está estável devido ao aumento
da procura de alimentos. Isto significa que hoje é necessário garantir
a segurança alimentar muito mais do que no passado».
A grande questão é saber como aumentar a produção sem aumentar os
níveis de poluição, como produzir mais reduzindo o consumo de recursos
naturais. E isto significa inovar, apostar em tecnologia e
investigação. As alterações às propostas da Comissão Europeia são a
favor do ambiente, mas é necessário evitar a burocracia e apostar em
custos de produção mais baixos.
O agricultor pode beneficiar destas medidas ecológicas, tendo em conta
que a UE terá uma PAC mais legitimada pela opinião pública. «Temos de
assegurar os recursos naturais, mas também ter em conta os aspectos
económicos e sociais. É por isso que introduzimos instrumentos para
lidar com o risco e para reforçar as organizações de produtores»,
assinalou Paolo De Castro.
Em relação à tentativa de se chegar a um acordo a longo prazo em
Feveriero sobre o orçamento da PAC, o qual absorve cerca de 40 por
cento do orçamento da UE, o presidente adianta que o Conselho tem que
analisar qual o sector mais eficiente, com um maior aumento de
exportações e que aposta em criação de emprego. Apenas o sector
agrícola e alimentar. Isto significa que temos de manter este sector
porque é uma oportunidade para criar oportunidades de trabalho e
desenvolvimento na UE.
O responsável concluiu que espera «que não se verifiquem muitos cortes
nos fundos relativos a este sector. Se isso acontecer, os compromissos
alcançados na comissão parlamentar podem ser destruídos no plenário».
Fonte: Parlamento Europeu
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45674.aspx
Director-geral da FAO em Angola para apoiar agricultura
29 de Janeiro, 2013
O director-geral do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO) estará em Angola entre quarta e sexta-feira para
apoiar a estratégia nacional de apoio à agricultura familiar, entre
outras iniciativas.
Na primeira visita a Angola desde a sua nomeação em 2011, José
Graziano da Silva vai reunir-se com responsáveis governamentais
angolanos para apoiar a elaboração de uma estratégia nacional de apoio
à agricultura familiar e a preparação do Programa-Quadro de Cooperação
(CPF) entre a FAO e Angola, alinhado com o Plano Quinquenal do Governo
angolano para 2013-2017.
Uma nota de imprensa do Ministério da Agricultura enviada hoje à Lusa
refere que José Graziano da Silva vai manter contactos ao mais alto
nível com entidades do Estado angolano, responsáveis de diversos
departamentos ministeriais, além de representantes residentes da ONU
em Angola.
José Graziano da Silva, antigo ministro da Segurança Alimentar do
Brasil, tem previsto encontros com os ministros da Agricultura, Afonso
Pedro Canga, das Relações Exteriores, Georges Chicoti, das Pescas,
Victoria de Barros, do Ambiente, Fátima Jardim, e do Comércio, Rosa
Pacavira.
O programa prevê igualmente reuniões com dirigentes da Fundação
Eduardo dos Santos (FESA), um encontro de cortesia com a embaixadora
do Brasil em Angola, Ana Gentil Cabral, e uma visita à representação
da FAO em Angola.
Angola e a FAO colaboram em vários projectos, particularmente no
domínio da segurança alimentar e outras áreas prioritárias para o
governo.
Em Angola, a FAO participa em 34 projectos, metade dos quais financia
de forma direta, e dos restantes, 13 têm financiamento de doadores
internacionais (União Europeia, Cooperação Espanhola e UNDP) e quatro
são financiados por Angola.
Angola é membro da FAO desde 14 de Novembro de 1978.
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/Angola/Interior.aspx?content_id=67307
Mau tempo dá 23 milhões de «prejuízo» às seguradoras
1
O temporal de janeiro provocou 12.500 sinistros, com custos superiores
a 23 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Seguradoras
(APS), com base nas situações ocorridas nos dias 18 e 19 e
participados até 25.
Em conferência de imprensa, o diretor adjunto da APS, Miguel
Guimarães, notou que o número de sinistros e os custos podem aumentar,
por se esperarem mais participações e o resultado das avaliações a
decorrer.
O valor de 23,3 milhões de euros revelados inclui as "indemnizações já
pagas e provisões constituídas pelas seguradoras", disse. O presidente
da APS, Pedro Seixas Vale, estimou que os custos totais possam andar
entre "25 a 27 milhões de euros".
O maior número de seguros respeita ao ramo "incêndio e outros danos,
ao abrigo dos quais foram participados perto de 12 mil sinistros, com
custos globais de mais de 22 milhões de euros", segundo a informação
divulgada pela APL.
A nível de seguros multirrisco de habitação houve registo de mais de
9.700 sinistros, com custos na ordem dos 13 milhões de euros.
Quanto a seguros a nível de comércio e indústria "foram abertos mais
de dois mil sinistros, com custos da ordem dos nove milhões de euros".
"A região Centro é onde se concentra a maior fatia" com a
sinistralidade, com uma fatura acima dos 14 milhões de euros.
Na região Norte, os custos ascendem a 4,5 milhões de euros e em Lisboa
rondam os 03 milhões de euros.
O presidente da APS garantiu que as seguradoras não têm dificuldade em
pagar os sinistros, uma vez que "mutualizam riscos".
"Devolvemos à sociedade o que recebemos das pessoas", afirmou Pedro
Seixas Vale, lembrando que anualmente a globalidade dos sinistros
pagos ascende a oito mil milhões de euros.
Aos jornalistas, o responsável precisou que os danos a nível das
explorações agrícolas localizaram-se sobretudo nas estruturas e estão
incluídos nos multirriscos, uma vez que nesta altura do ano ainda não
há colheitas.
"O seguro das estruturas agrícolas (estufas) é barato. Para uma
estrutura de 200 mil euros, o seguro é de 200 a 240 euros", referiu.
Os maiores custos na região do Centro, segundo a APS justificam-se por
maiores danos e por mais pessoas seguradas.
O presidente da associação acrescentou ainda que "80 a 90%" dos
sinistros decorrentes do temporal é paga em cerca de 30 dias.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=194081
Brasil: Investir em florestas tem retorno mais seguro que ouro
29 de Janeiro - 2013
De acordo com um estudo da Consufor, o investimento em florestas no
Brasil ocupa o segundo lugar nos investimentos com maior retorno.
O segmento das florestas no Brasil apresenta um investimento com
grande retorno e com pouco risco. O estudo brasileiro analisou o
retorno económico nos últimos cinco anos de seis diferentes
alternativas de investimento: o ouro, o dólar, os títulos públicos, as
ações, a poupança e as florestas.
"Além dos aspetos económicos, o retorno ambiental e social
proporcionado pelo investimento florestal é comparável com as demais
alternativas analisadas, uma vez que gera benefícios diretos para a
economia da região do empreendimento", explica a consultora.
Apesar dos dados, a consultora afirma que "para alcançar esse retorno,
é necessário um bom plano de negócio fácil de ser executado, além de
uma gestão de alta performance do ativo".
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6958&bl=1&page=1
Brasil e União Europeia fazem acordo sobre bem-estar animal
29 de Janeiro - 2013
O Brasil e a União Europeia assinaram um protocolo de cooperação
técnica sobre o bem-estar animal na Cimeira UE-Brasil.
A associação entre estas entidades dará agora origem a um grupo de
trabalho para o intercâmbio regular de informações e cooperação para a
melhoria dos sistemas agrícolas e de animais de engorda para a
produção de alimentos.
O protocolo foi desenvolvido pelo Ministério da Agricultura do Brasil
em colaboração com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal.
A União Europeia é um dos mercados mais exigentes no que diz respeito
ao tratamento adequado dos animais. Para as autoridades brasileiras,
este acordo representa um grande avanço na compreensão das técnicas
brasileiras e europeias e vai permitir uma intervenção significativa
no bem-estar dos animais.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6956&bl=1&page=1
"Tremoço fungicida" chega ao mercado
29 de Janeiro - 2013
A Converde, empresa produtora de um bio-fungicida que foi criada na
sequência da participação dos seus promotores no Programa Cohitec,
inaugurou a sua primeira unidade industrial, em Cantanhede.
A Converde vai produzir em Portugal e comercializar no mundo inteiro
um novo fungicida natural e orgânico. A substância ativa do fungicida
é uma proteína multifuncional denominada "BLAD", produzida durante a
germinação de uma variedade de tremoço doce chamada "lupinus albus".
Esta proteína foi descoberta no Instituto Superior de Agronomia, pelos
professores Ricardo Ferreira e Virgílio Loureiro e deu, até à data,
origem a três pedidos de patente nacional e internacional.
Esta nova unidade industrial representou um investimento de 26 milhões
de euros e emprega até agora 20 pessoas. Este ano, a empresa espera
atingir os 36 milhões de euros em vendas, só nos Estados Unidos da
América e no Canadá, países com os quais celebrou um contrato de
distribuição exclusiva com a multinacional FMC Corporation.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6957&bl=1&page=1
O Vinho do Douro também está em crise?
Publicado: 28.01.2013 | 15:56 (GMT)
Marcadores: Douro , Economia , País , Porto , Vinho
São duas empresas de sucesso e têm vindo a aumentar as vendas: Duorum
e Quinta do Sagrado. Ambas acreditam que o vinho pode ajudar o nosso
país a sair da crise, mas para isso é preciso "criar uma imagem de
Portugal no estrangeiro que ainda não existe".
"É verdade. A crise também chegou à vinicultura". Quem o diz é José
Maria Soares Franco, responsável pela empresa Duorum, produtora de
vinhos no Douro. O projeto, com apenas cinco anos, já é um caso de
sucesso. Marca presença em vinte e quatro mercados e aumenta as vendas
de ano para ano.
"É evidente que a crise chegou. Mas a agricultura está diretamente
ligada àquilo que é mais indispensável à vida das pessoas, por isso,
será o último local onde a capacidade do poder de compra das pessoas
será afetado", afirma.
Também José Maria Calém, proprietário da Quinta do Sagrado, admite a
chegada da crise ao setor vinícola. Todavia, para o empresário, os
vinhos mais afetados são os mais caros, de maior qualidade: "No ano
passado, Portugal aumentou a exportação dos vinhos mais baratos, mas o
problema centra-se nos vinhos mais caros. Aí nota-se. Os rendimentos
disponíveis são inferiores e, portanto, as pessoas consomem vinho mais
barato", explica.
Vinho do Porto em crise?
"O vinho do Porto tem um pequeno problema", começa José Maria Calém.
"Geralmente, em Portugal era consumido no fim da refeição.
Provavelmente o melhor vinho de sobremesa do mundo, seja para o queijo
seja para o doce. Mas tem sofrido nos últimos anos com as alterações
dos estilos de vida. As pessoas não comem como comiam antes e portanto
também não bebem como bebiam antes. E se tem que sacrificar algum dos
vinhos que faz parte da sua refeição, o primeiro é o vinho do Porto.
Tenderá a ser uma coisa mais utilizada em ocasiões especiais. Para
piorar, também não se tem levado o vinho do Porto até às novas
gerações.
Soares Franco, da Duorum, chega mesmo a dizer que "as pessoas trocaram
os vinhos mais caros por vinhos mais baratos". E houve ainda "outros
consumidores que trocaram os vinhos mais baratos pela cerveja e pela
água".
Oportunidades em tempo de crise
Mas como em qualquer área, a crise também abre novas portas. Os dois
produtores de vinho do Douro acreditam que a solução passa por levar o
néctar até ao estrangeiro. No entanto, o governo falha nas medidas de
apoio ao setor.
Calém, da quinta do Sagrado, admite que o vinho pode ajudar Portugal a
sair da crise se "se investir nos mercados lá fora". Para o
vinicultor, "Portugal nunca investiu". "Há um mito de que os nossos
vinhos são muito conhecidos lá fora. Não é verdade. Os nossos vinhos
têm falta de notoriedade no estrangeiro, não há nenhum importador ou
distribuidor de vinhos lá fora que ache que tenha que ter Portugal no
seu portefólio", garante.
Também Soares Franco admite que os apoios do governo a este nível são
escassos: "Sabe-se que o vinho e a vinha são das atividades económicas
que podem rentabilizar e melhorar a atividade económica em Portugal,
mas no exterior não existe uma imagem de Portugal", diz. Os
estrangeiros "sabem o que é o vinho do Porto, quem é o Eusébio, alguns
até sabem quem é a Amália Rodrigues, mas não sabem que existe
Portugal, nem sabem que existe o nome Portugal".
O vinho até pode ser uma oportunidade para o nosso país, mas segundo
Soares Franco, esta atividade "não tem sido tão apoiada como devia, em
termos de incentivos - quer nacionais quer comunitários". "A
estratégia do Governo está errada, o vinho está na moda no mundo
inteiro", diz Soares Franco. "Seja na América, no oriente... o
investimento teria com certeza retorno, na medida em que isto cria
emprego, cria valor acrescentado, seria com certeza uma área de
investimento com retorno".
"O vinho está na moda"
A boa qualidade das uvas das duas quintas dá origem a vinhos
reconhecidos internacionalmente, como sendo "vinhos de muito boa
qualidade". Isto faz com que os vinhos do Douro tenham uma maior
notoriedade. No entanto, José Maria Calém adverte que, na sociedade em
que vivemos "as pessoas compram aquilo que lhes metem mais vezes à
frente dos olhos e, portanto, há um marketing e uma publicidade que
determinam a preferência dos consumidores". Marketing esse pouco
explorado, na perspetiva de José Maria Soares Franco.
Duorum e Quinta do Sagrado são, no entanto, dois casos de sucesso,
mesmo com a chegada da crise. As duas empresas cresceram o volume de
vendas e estão presentes em vários mercados estrangeiros. Não deixam,
no entanto, de referir que o vinho "merecia mais apoio",
principalmente "porque é tudo feito a partir de uma paixão, do gosto e
do querer de quem quer fazer coisas da vinha e do vinho", realça
Soares Franco.
http://jpn.c2com.up.pt/2013/01/28/o_vinho_do_douro_tambem_esta_em_crise.html
Maioria quer 'ressuscitar' TV Rural
27 de Janeiro, 2013
A maioria parlamentar PSD/CDS-PP vai sugerir ao Governo a recuperação
do histórico programa televisivo da RTP "TV Rural" como forma de
cumprir o serviço público, mas toda a oposição condena aquilo que
considera "ingerência" na programação da televisão do Estado.
"A ideia é voltar a ter um programa de informação sobre agricultura e
pescas do qual todos se recordam, numa altura em que estamos a apostar
neste sector, que é dos poucos da nossa economia que está a crescer.
Será mais uma ferramenta ao serviço do setor primário", explicou à
Lusa o deputado social democrata Pedro do Ó Ramos, um dos autores da
iniciativa que será discutida na quinta-feira na Assembleia da
República.
Para o parlamentar "laranja", a iniciativa conjunta com os
democratas-cristãos nada tem de "ingerência" na RTP ou RDP.
"É uma crítica que não colhe. Já que existe uma tutela, sem que se
trate de uma imposição governamental, então uma programação sobre
estes temas constitui o verdadeiro serviço público. Trata-se de uma
vantagem, com benefícios para os agricultores, e não de uma
ingerência", concluiu.
Por seu turno, a deputada socialista Inês Medeiros classificou a acção
como uma "ingerência absurda", defendendo a "autonomia" na programação
da estação de televisão pública como "a garantia do pluralismo, livre
opinião e liberdade de informação".
Fazendo questão de voltar a saudar o adiamento da privatização da RTP,
processo que diz ter provado "a falta de noção do Governo sobre papel
do Estado em relação ao serviço público de televisão", a parlamentar
do PS mostrou-se contrária à intenção da maioria de "querer passar na
Assembleia da República alguma coisa a dizer que a RTP deve ter este
ou aquele programa".
Pelo Bloco de Esquerda, Cecília Honório também defendeu que "não cabe
ao Parlamento pronunciar-se ou definir as grelhas televisivas",
acrescentando que o seu partido está "mais preocupado com o futuro do
serviço público de televisão em si e não em acompanhar este
ressuscitar do TV Rural, o qual, se fosse por iniciativa do CDS-PP,
seria mais uma TV Lavoura".
"Parece-nos a defesa dos interesses de programação à medida das
conveniências da maioria. Um serviço público por encomenda em vez de
haver um investimento sério para garantir que o mesmo não está em
risco", disse.
O grupo parlamentar do PCP, contactado pela Lusa, não quis
pronunciar-se para já sobre o assunto, enquanto "Os Verdes", pela voz
de Heloísa Apolónio, condenaram igualmente a iniciativa.
"Não me parece nada bem a Assembleia da República estar a recomendar
um programa à RTP. Qualquer dia, transferimos as temáticas das
diversas comissões parlamentares para a televisão pública, não? Claro
que é preciso promover a informação junto dos agricultores, mas isso é
uma função que o Ministério da Agricultura devia tomar para si e na
qual tem vindo a falhar e muito", acusou.
O projecto de resolução 501/XII, dos grupos parlamentares da maioria e
cuja discussão está agendada para quinta-feira (31 de Janeiro),
"recomenda ao Governo que promova a realização e a emissão em canal
aberto de serviço público de um programa televisivo semanal sobre
Agricultura e Mar".
No texto da resolução, destaca-se o pioneiro "Diário Rural", emitido
durante 29 anos pelo Rádio Clube Português (entre 1964 e 1993) e o "TV
Rural", apresentado pelo emblemático Sousa Veloso e que esteve em
antena entre 1960 e 1990.
Lusa/ SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=67116
Culturas de trigo reduzem na UE devido ao excesso de água
No Reino Unido, o excesso de humidade foi um factor importante para
reduzir as culturas de trigo. Estima-se que cerca de 200 mil hectares,
correspondentes a 10 por cento da superfície total, não foram
cultivados com este cereal de Inverno. Uma situação que supõe uma
redução da colheita de trigo em cerca de 1,4 milhões de toneladas do
que o previsto inicialmente.
Na França nem foi possível cultivar 100 por cento da superfície
prevista. Na zona da Bretanha, no Oeste do país, ficaram por cultivar
entre 30 a 40 mil hectares de trigo. No entanto, apesar desta
incidência, a superfície é semelhante à registada na campanha
anterior, de 5,15 milhões de hectares e cerca de 250 mil hectares
superior à área colhida, tendo em conta que as mesmas foram afectadas
pelo duro Inverno que atingiu as culturas de trigo entre finais de
Janeiro e princípios de Fevereiro de 2012.
Na Bulgária e na Roménia as culturas foram 200 mil hectares superiores
às do ano passado, tendo em conta que na campanha anterior, a falta de
chuva impediu plantar o inicialmente previsto. Na Polónia, este ano as
culturas poderiam ser superiores cerca de 10 por cento, mas a campanha
terminou com 200 a 250 mil hectares. Para o actual período estima-se
2,1 a 2,3 milhões de hectares. Já na Alemanha, os resultados podem
chegar aos 23,2 milhões de área de trigo, um valor acima das colheitas
do ano anterior.
A União Europeia (UE), este ano, pode vir a atingir os 23,2 milhões de
hectares de trigo, à semelhança do recorde alcançado em 2008.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45667.aspx
Japão levanta embargo à importação de carne de bovino da França, Holanda, Canadá e EUA
As autoridades japonesas reduziram as restrições às importações de
bovinos de alguns países, aplicadas pela existência de Encefalopatia
espongiforme bovina (EEB).
O Japão anunciou que permite a entrada de carne de bovinos e produtos
de animais com menos de três meses procedentes da França, Holanda,
Estados Unidos da América e do Canadá, cuja decisão entra em vigor no
próximo dia 01 de Fevereiro.
Até à data, o Japão apenas autorizava as importações provenientes dos
países em causa se a carne fosse de animais com 20 meses ou menos
idade e produzidos ao abrigo de um programa especial.
A França e a Holanda são os primeiros países da União Europeia a
retomarem as exportações daquela carne para o mercado nipónico. Em
2003, o Japão proibiu as importações de carne de bovinos e produtos
derivados dos Estados Unidos e do Canadá por detecção do primeiro caso
de EEB em cada um dos respectivos países. Dois anos antes, a
administração japonesa havia introduzido a mesma medida em relação às
exportações da UE.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45668.aspx
Lucros da Portucel crescem 7,6% para 211,2 milhões de euros em 2012
29 Jan, 2013, 18:11
Os resultados líquidos da Portucel aumentaram 7,6% em 2012, de 196,3
para 211,2 milhões de euros, ultrapassando os 1,5 mil milhões em
vendas, segundo comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com a produtora de papel, as exportações representaram 95%
do total de vendas, fixando-se em 1.249 milhões de euros, tendo sido
dada continuidade à "fase inicial do projeto de investimento em
Moçambique", cujos resultados "têm sido muito encorajadores".
A Portucel realizou uma "primeira campanha de produção de plantas
clonais de eucalipto", que vai permitir uma produção -- "pela primeira
vez na sua história" - na ordem de seis milhões de plantas clonais.
"Com a conclusão deste investimento, o grupo fica dotado do maior
viveiro de plantas florestais certificadas da Europa, com uma
capacidade de produção anual de 12 milhões de plantas", acrescentou a
empresa sediada em Setúbal.
Apesar do "ambiente recessivo na Europa e nos EUA", o comportamento do
mercado chinês tem vindo a equilibrar a procura, referiu o grupo
presidida por Pedro Queiroz Pereira.
O grupo registou um EBITDA (resultados antes de juros, impostos,
amortizações e depreciações) de 385,4 milhões de euros no ano passado,
em linha com o verificado em 2011.
"O grupo tem efetuado um esforço permanente no sentido de alargar os
seus mercados e reposicionar o seu `mix` de produtos nos mercados
tradicionais. (...) Nesse sentido, o grupo tem ganho quota nos seus
mercados tradicionais e aumentado significativamente a sua presença em
novos mercados, nomeadamente no leste da Europa, no Norte de África e
no Médio Oriente", esclareceu a empresa já relativamente às
perspetivas para este ano.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=623694&tm=6&layout=121&visual=49
FENAREG: COMUNICADO DE IMPRENSA
A 12 de Outubro de 2011, a Comissão Europeia publicou a proposta para
a Política Agrícola Comum (PAC) pós 2013 que vedava a Portugal novas
áreas de regadio e exigia, para investimentos na modernização dos
sistemas de regadio, a redução do consumo de água em pelo menos 25%,
níveis impossíveis de atingir nos sistemas de regadio portugueses que
respondem já a elevados padrões de eficiência de uso da água.
Agora, a proposta de alteração do Parlamento Europeu já prevê apoio ao
regadio e aproxima-se da proposta que a Federação Nacional de Regantes
de Portugal (FENAREG) defende: elegibilidade de novas áreas de regadio
e modernização dos sistemas de regadio existentes, que conduzam à
melhoria da eficiência do uso da água associada à eficiência
energética.
Mas a proposta do Parlamento diz também que, nas áreas em que foram
estabelecidos Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica (PGRH), ao abrigo
da Directiva Quadro Água, os investimentos em regadio devem cumprir
com os objectivos ambientais desses Planos. A FENAREG mantém sobre
esta temática fortes reservas recomendando a análise cuidada do
impacto das condicionantes que os nossos PGRH impõem à actividade de
regadio.
A posição do Conselho sobre esta proposta do Parlamento é de que muito
trabalho ainda tem de ser feito com o objectivo de se chegar a um
consenso sobre os investimentos nas infraestruturas de regadio (n.º 3
do art. 46.º da PAC).
A competitividade da agricultura portuguesa passa pelo regadio e a
FENAREG irá prosseguir o trabalho para que a nova PAC incentive o
regadio ao nível da reabilitação e modernização dos regadios públicos
existentes, da construção de novos regadios e do apoio ao investimento
dos agricultores para a renovação e aquisição de equipamentos de rega.
28 de Janeiro de 2013
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/29e.htm
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Proteção Civil de Viana pede participação de ninhos de vespa asiática "sem alarmismos"
29 Jan, 2013, 18:04
A Proteção Civil de Viana do Castelo apelou hoje à população para
participar a deteção de novos casos de ninhos de vespa asiática na
região mas "sem alarmismos".
A posição foi assumida durante uma reunião de trabalho, em Viana do
Castelo, envolvendo ainda representantes da Direção-Geral de
Alimentação e Veterinária (DGAV), bombeiros, apicultores e técnicos do
Ministério da Agricultura.
Em toda a região foram identificados, nas últimas semanas, 38 ninhos
desta espécie de vespa, maior e mais perigosa do que a nacional e que
representa uma ameaça à produção de mel.
"Apelamos à colaboração dos cidadãos na identificação de novos ninhos,
mas sem alarmismos", sublinhou o comandante distrital da Proteção
Civil, Paulo Esteves, que coordenada a operação.
Este apelo consta de um plano de ação divulgado hoje pela DGAV e que
permite, através da internet, participar a presença de novos ninhos,
aconselhando ainda métodos de controlo desta praga.
A Proteção Civil assumiu em janeiro a coordenação das operações de
identificação e destruição de ninhos de vespa asiática no Alto Minho,
sendo que só no concelho de Viana do Castelo já se conhecem cerca de
três dezenas de casos.
Dos 38 ninhos desta espécie de vespa que foram identificados na
região, 29 foram entretanto destruídos pelos bombeiros, com recurso a
um maçarico adaptado para o efeito. "É um equipamento que permite
destruir os ninhos através do fogo, chegando ao topo das árvores, a
mais de 10 metros de altura", explicou Paulo Esteves.
Dos cerca de 30 ninhos detetados só no concelho de Viana do Castelo,
restam apenas sete por destruir, mas as autoridades sublinham ser
"crucial" a identificação de outros que possam existir, admitindo-se
que esse número deverá "crescer substancialmente" nos próximos meses,
à semelhança da progressão da espécie em França e Espanha.
No Alto Minho restam por destruir, ainda, dois ninhos nos concelhos de
Caminha e Vila Nova de Cerveira, mas a presença desta vespa já se faz
sentir também em Ponte de Lima e Ponte da Barca, assim como em
Barcelos e Vila Verde (Braga).
A concentração destas operações na Proteção Civil é justificada pelo
facto de a destruição dos ninhos estar a ser realizada pelos
bombeiros, processo apoiado por uma associação de apicultores local.
Segundo Miguel Maia, técnico da Associação Apícola Entre Minho e Lima
(APIMIL), além do problema da biodiversidade, ao "prejudicar a
alimentação" de outras espécies, trata-se de uma vespa "mais
agressiva".
"Faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento, porque estão
a ser atacadas, enfraquecendo assim as colmeias, que acabam por
morrer", explicou.
Ainda assim, Miguel Maia admite que não sejam um "perigo imediato"
para os seres humanos: "Só se forem lá mexer", diz.
A vespa velutina é originária do sudoeste da Ásia e foi introduzida na
Europa através do porto de Bordéus, em França, no ano de 2004.
"De então para cá, já conquistou um terço do território francês e
colonizou parte do norte de Espanha, em 2010. No ano seguinte a
presença foi detetada em Portugal", explica a APIMIL.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=623692&tm=8&layout=121&visual=49
Clientes do Crédito Agrícola de Penafiel vão processar o banco por "falta de segurança"
LUSA
Penafiel, 29 jan (Lusa) - Um grupo de clientes da agência bancária do
Crédito Agrícola de Penafiel, que perdeu os bens depositados em cofres
quando o banco foi assaltado, em novembro, decidiu processar
judicialmente a instituição de crédito.
Joaquim Cunha, um dos lesados, disse hoje à Lusa que a queixa vai
basear-se na alegada "falta de condições de segurança do banco".
Nas últimas semanas, cerca de três dezenas de clientes lesados têm-se
reunido para articular uma posição comum. Na última reunião, foi
acordado avançar judicialmente e apresentar uma queixa no Banco de
Portugal.
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2013/01/29/clientes-do-credito-agricola-de-penafiel-vao-processar-o-banco-por-falta-de-seguranca
O flagelo da mediocridade
Em Portugal o flagelo dos incêndios florestais parece ser um facto
politicamente assumido, tanto que os Governos insistem em apostar no
fomento florestal, em novas arborizações, descurando liminarmente as
práticas silvícolas subsequentes, de condução cultural, ou seja de uma
gestão florestal ativa, racional do ponto de vista económico e social
e ambientalmente sustentável. Tanto é assim que a curva de área
florestal ardida acumulada continua em fase marcadamente ascendente
ano após ano.
Mas mais, depois de divulgar os números relativos ao desastroso
investimento, com dinheiro público, realizado nos últimos 30 anos com
o pinheiro bravo, o Governo pode agora vir a facilitar, pela mão da
ministra da Agricultura, a massificação em minifúndio de uma outra
espécie lenhosa, altamente combustível, o que pode aportar impactos
imprevisíveis ao nível dos incêndios florestais. Isto por não serem
salvaguardadas condições mínimas de assistência técnica aos milhares
de pequenos proprietários rurais, como garantia de uma racional gestão
florestal, nem condições mínimas para um adequado acesso aos mercados,
onde se registam indícios de concorrência imperfeita, como meio de
garantia de uma rentabilidade do negócio que potencie essa mesma
gestão florestal ativa. Atualmente, a ausência de gestão racional em
minifúndio (explorações em menos de 20 hectares) não deixa de ser uma
resposta à fraca, nula ou negativa expectativa gerada pelo negócio
silvícola.
A propósito, não deixa de ser curiosa a comparação do gráfico acima
com a curva relativa ao Rendimento Empresarial Líquido (REL) na
produção florestal, publicada pelo INE, nas Contas Económicas da
Silvicultura 2010, em junho de 2012.
Claramente, o INE identifica, na década 2000-2010, um "declínio
progressivo" da silvicultura (produção e exploração florestal), no
qual o REL reflete o comportamento da produção e do Valor Acrescentado
Bruto (VAB), revelando uma situação desvantajosa para os produtores
florestais. No VAB, entre 1990 e 2010, o peso da silvicultura no VAB
nacional decresceu significativamente de 1,2% para 0,4%. O peso das
florestas no PIB regrediu de 3,0% em 2000 para 1,7% em 2010.
No caso do eucaliptal, apesar do significativo aumento de área nos
últimos 30 anos (perto de 100%), a produtividade média anual remonta a
1928, isto apesar dos desenvolvimentos científicos registados no País
nas últimas décadas. Conceituados investigadores nacionais denotam a
existência de indícios de crescente abandono da gestão destes
povoamentos, com especial evidência no período 1992-2005.
Curiosamente, a própria indústria de celulose e papel reduziu as suas
áreas próprias de eucaliptal em mais de 33 mil hectares entre 2002 e
2011. Será indício de negócio de risco que pretendem transferir para
terceiros? O que justifica a redução da sua capacidade de
autoabastecimento, aumentando assim a sua dependência do mercado
nacional e das tão "alarmantes" importações?
A campanha protagonizada pela ministra Assunção Cristas de
massificação do eucaliptal em minifúndio tem todos os indícios para se
transformar, nos próximos anos, num aumento do flagelo dos incêndios
florestais em Portugal. Mas, o flagelo será mesmo devido a
mediocridade política ou à politiquice ao serviço de interesses
específicos (veja-se a notícia do Jornal I, de 15 de maio de 2012)? A
ministra que o diga!
Lisboa, 28 de janeiro de 2013
Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Florestal
Presidente da Direção da Acréscimo – Associação de Promoção ao
Investimento Florestal
http://www.agroportal.pt/a/2013/pcastro.htm
UE: Comissão lança consulta pública sobre programas de distribuição de Leite e de Fruta nas escolas
de dois programas, o sistema Europeu de Leite Escolar e o sistema de
distribuição de fruta, respectivamente, fornecendo produtos lácteos e
frutas e legumes às crianças nas escolas.
A revisão tem como objectivo avaliar o impacto de ambos os programas e
analisar como devem evoluir no futuro, em termos de escolha dos
produtos oferecidos a crianças ou de apoio as medidas educacionais.
A Comissão pretende contribuições do público sobre diferentes opções
políticas, como parte das suas reflexões sobre o futuro de ambos os
regimes. No ano lectivo 2010/2011, ambos os programas em conjunto
beneficiaram mais de 25 milhões de crianças em todos os
Estados-Membros participantes distribuindo cerca de 43 000 toneladas
de frutas e legumes (a 8 milhões de crianças) e 300.000 toneladas de
leite e produtos lácteos (a 18 milhões de crianças).
24 Estados-Membros participam no regime de frutas [todos, excepto FI,
SE e Reino Unido] e 26 no regime do leite [todos, excepto GR].
O Comissário da UE para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Dacian
Ciolos, disse: "O feedback destes regimes é positivo, tanto em termos
de saúde como em termos de educar as crianças sobre a produção de
alimentos sazonais. Estamos, portanto, a ver as opções para ampliar e
melhorar a eficiência de ambos os regimes.
A consulta decorre de 28 de Janeiro a 22 Abril 2013. O documento
respectivo e o questionário estão disponíveis em:
http://ec.europa.eu/agriculture/consultations/school-children/2013_en.htm
Fonte: Europa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/29.htm
FAO alerta para risco de nova pandemia de gripe das aves devido à crise
29 Jan, 2013, 10:57
A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou hoje
para o risco de uma nova pandemia de gripe das aves devido ao
desinvestimento dos países na vigilância e controlo associado à crise
internacional.
Em comunicado divulgado hoje, a FAO sublinha que, sem um controlo
adequado, a doença pode disseminar-se a nível global, como aconteceu
durante o pico de 2006, quando 63 países foram afetados.
"A contínua crise económica internacional significa que há menos
dinheiro disponível para a prevenção da gripe aviária H5N1 e de outras
ameaças de origem animal. Isto não só é verdade para as organizações
internacionais, mas também para os próprios países", explica o diretor
de Veterinária da FAO, Juan Lubroth, citado no comunicado.
O responsável afirma que "é necessário manter uma vigilância
rigorosa", porque ainda há grandes bolsas do vírus H5N1 em alguns
países da Ásia e do Médio Oriente, onde a doença se tornou endémica.
A organização, sediada em Roma, recorda que investir mais na prevenção
é uma forma de prevenir os enormes prejuízos que uma pandemia em larga
escala provocaria.
Entre 2003 e 2011, recorda aquela agência das Nações Unidas, a doença
matou ou forçou o abate de mais de 400 milhões de frangos e patos
domésticos e resultou num prejuízo económico de cerca de 20 mil
milhões de dólares.
Além disso, o H5N1 pode ser transmitido aos seres humanos, sublinha
ainda a FAO, lembrando dados da Organização Mundial de Saúde segundo
os quais entre 2003 e 2011 o vírus infetou mais de 500 pessoas e matou
mais de 300.
"Há uma inércia perante estas ameaças reais à saúde de animais e
pessoas", afirma Lubroth, para quem esta inação é ainda mais
lamentável porque está demonstrado que "medidas apropriadas podem
eliminar completamente o vírus H5N1 do setor aviário e, assim,
proteger a saúde humana e o bem-estar das pessoas".
Segundo a FAO, a maior parte dos 63 países afetados pela pandemia de
2006 estão hoje livres do vírus, incluindo a Turquia, Hong Kong,
Tailândia e Nigéria.
"E após muitos anos de trabalho árduo e de compromisso financeiro
internacional, estão finalmente a ser observados na Indonésia
progressos substanciais contra a gripe aviária", acrescenta a FAO.
No mesmo comunicado, a organização alerta para "outra ameaça
crescente", que é a peste dos pequenos ruminantes (PPR), uma doença
altamente contagiosa que pode dizimar rebanhos de ovelhas e cabras.
"Está atualmente em expansão na África subsaariana -- com
consequências negativas na República Democrática do Congo, entre
outros países -- e está agora a começar a disseminar-se no sul da
África", explicou Lubroth, alertando que "os prejuízos podem ser
enormes".
"A ironia é que existe uma vacina perfeitamente eficaz para a PPR, mas
poucas pessoas estão a aplicá-la", acrescenta.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=623556&tm=2&layout=121&visual=49
Fagrorural reclama apoios iguais para agricultores afetados por incêndios e temporais
29 Jan, 2013, 10:58
Vila Real, 29 jan (Lusa) -- A Federação de Associações Agroflorestais
Transmontanas (Fagrorural), com sede em Vila Real, reclamou hoje para
os agricultores afetados pelos incêndios do verão passado apoios
idênticos aos atribuídos agora às vítimas das intempéries.
"São situações excecionais, situações de catástrofe, que merecem o
mesmo tipo de apoios", afirmou o dirigente da Fagrorural, Armando
Carvalho, em declarações à agência Lusa.
Segundo o responsável, no verão passado os incêndios afetaram as
produções de agricultores e produtores, principalmente na zona de
Chaves.
Armando Carvalho destacou o caso de um produtor que, em 11 de agosto,
perdeu toda a sua exploração agropecuária, desde o efetivo de 160
ovelhas, o `stock` de palhas, fenos e cereais, ainda todas as máquinas
e os tratores.
O responsável ressalva que o agricultor ficou completamente sozinho e
só tem conseguido sobreviver com a ajuda dos vizinhos e amigos.
"Tem à volta de 60 anos e está agora a começar uma nova vida. Porque
tudo o que teve até agora foi destruído pelo incêndio", frisou.
Na altura, segundo Armando Carvalho, foi feito o levantamento dos
prejuízos e foi pedida ajuda ao Governo, mas, até ao momento, não foi
dada qualquer resposta ao produtor.
Dois dias depois do temporal da semana passada, a ministra da
Agricultura e do Mar visitou a Póvoa de Varzim, tendo garantido que a
"comparticipação" para os agricultores que ficaram com as suas
plantações destruídas, devido ao mau tempo, poderia ir até aos 75%, a
fundo perdido.
Na altura, a governante explicou que os agricultores poderiam recorrer
ao PRODER, uma medida que "tem um grau de comparticipação mais elevado
do que é normal -- 75%", explicou Assunção Cristas, sublinhando que
estes fundos agrícolas europeus visam "dar apoio à agricultura para
reposição da capacidade reprodutiva".
A Fragrorural reivindica agora "um tratamento igual", permitindo aos
agricultores afetados pelos incêndios aceder também ao PRODER.
"Porque a essência da medida é repor o potencial produtivo das
explorações agrícolas", salientou.
Armando Carvalho salientou ainda que os produtores transmontanos não
têm culpa da intempérie deles "ter sido um inferno de fogo".
O incêndio que afetou este produtor de Chaves deflagrou às 13:00 do
dia 11 de agosto e foi dado como extinto às 07:00 do dia 12.
Queimou 560 hectares, nomeadamente 130 hectares de área agrícola, 140
de mato e 290 de pinheiro bravo, este último avaliado em 1,3 milhões
de euros, de acordo com as tabelas da Autoridade Florestal Nacional.
Segundo a GNR, este fogo teve uma origem intencional, dolosa,
decorrendo ainda o inquérito.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=623545&tm=6&layout=121&visual=49
Produtores de milho apontam 2012 como “ano excepcional” e querem mais áreas de regadio
horas 37 minutos
A produção de milho em Portugal teve em 2012 um ano "excecional",
alcançando uma das mais elevadas produtividades a nível mundial,
segundo a associação do setor ANPROMIS que pretende mais regadio no
Alqueva para aumentar o autoabastecimento.
Um dia antes do início do IX Congresso Nacional do Milho, que vai
juntar em Lisboa os responsáveis da pasta da Agricultura nos últimos
30 anos, a ANPROMIS, que representa 85% dos produtores nacionais, dá
conta de um aumento de 3.941 hectares da área de produção, que soma
agora mais de 150 mil hectares, bem como um crescimento de 12% das
vendas de milho (290 mil toneladas) face a 2011.
"Este acréscimo deve-se, no essencial, à recuperação de áreas
anteriormente semeadas com esta cultura e ao surgimento de novas áreas
de regadio, entre as quais, Alqueva", destaca a ANPROMIS que defende a
afetação de 20 mil hectares de blocos de rega de Alqueva, para
produzir cerca de 240 mil toneladas de milho em grão.
"Aproveitando os cerca de 70 a 80 mil hectares do Alqueva poder-se-iam
produzir um milhão e 150 mil toneladas de milho por ano e, assim,
aumentar o grau de autoabastecimento em cereais e reduzir o défice da
balança comercial", salienta a associação de produtores.
As infraestruturas de Alqueva permitiram o cultivo de seis mil
hectares com uma produtividade na ordem das 21 toneladas por hectares,
sendo que só na bacia de Paris, uma das mais produtivas do mundo, se
registaram produtividades na ordem dos 18 a 21 toneladas por hectare.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela agência Lusa
http://www.ionline.pt/boas-noticias/produtores-milho-apontam-2012-ano-excepcional-querem-mais-areas-regadio
Reforma da agricultura é prioridade para presidência irlandesa da UE
Comum seja mesmo uma prioridade.
O ministro da agricultura irlandês está em Bruxelas para a primeira
apresentação do programa do sector aos homólogos europeus. Simon
Coveney explica que "o que está em causa hoje é a criação de um
cenário para os próximos seis meses de intenso trabalho deste Conselho
e das instituições europeias em geral, de forma a chegar aos dossiês
realmente importantes que afectam a maioria da população da União
Europeia em termos de política comum das pescas e em particular a
política agrícola comum, que envolve - não vamos esquecer – quase 40%
do orçamento da União."
As negociações começaram com uma perspectiva positiva para Portugal.
Recorde-se que na semana passada foram aprovados vários compromissos
no Parlamento Europeu que podem representar um reforço de cerca de 350
milhões de euros para o país. Um optimismo partilhado também pelos
vizinhos espanhóis.
O ministro da agricultura de Espanha, Miguel Arias Cañete, acredita
que "até agora as negociações evoluíram razoavelmente bem no Conselho
e no Parlamento Europeu. Começámos a trabalhar, primeiro com a
presidência e depois com a Comissão. E neste semestre teremos que
estabelecer contactos bilaterais permanentemente de forma a encontrar
um acordo equilibrado."
Mas nestes dois dias de trabalho muito poucas decisões definitivas
podem ser tomadas já que tudo está dependente da aprovação do
orçamento da União para 2014-2020. Um orçamento que inicialmente até
previa cortes profundos no sector da agricultura.
Fonte: euronews
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/28e.htm
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas uniformiza cobrança de juros de ajudas indevidas
17:23 Segunda feira, 28 de Janeiro de 2013
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Lisboa, 28 jan (Lusa) - O Instituto de Financiamento da Agricultura e
Pescas (IFAP) vai harmonizar a cobrança de juros na recuperação de
ajudas indevidamente pagas, incluindo nas situações de incumprimento
ou desistência dos compromissos.
O decreto-lei, hoje publicado em Diário da República, constata a
disparidade de regimes relativos à recuperação dos montantes
indevidamente pagos (imposição de juros compensatórios, além dos juros
de mora, diferentes taxas de juro ou exigência de sobretaxas
moratórias) e determina que o IFAP, enquanto entidade pagadora e
responsável pelo reembolso e aplicação de sanções, uniformize os
procedimentos.
O IFAP deverá, assim, criar regras transversais aplicáveis aos
diferentes regimes de apoio, no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento Rural (FEADER), Fundo Agrícola de Garantia (FEADER) e
Fundo Europeu das Pescas.
http://visao.sapo.pt/instituto-de-financiamento-da-agricultura-e-pescas-uniformiza-cobranca-de-juros-de-ajudas-indevidas=f709388
Colóquio sobre romã Aljustrel (Alentejo)
Este debate, com início agendado para as 14 horas, irá começar com a realização da escritura pública que dará origem à criação da empresa Ibergranatum - Empresa para o desenvolvimento da cultura da romã no Alentejo, constituída por capitais portugueses e espanhóis. Segue-se a sessão de abertura com a intervenção do Presidente da Câmara de Aljustrel, Nelson Brito, e de Juan Fernández Nuñez, Presidente da AGELEPE- Asociación General de Empresarios de Lepe.
A tarde divide-se em dois momentos distintos. O primeiro será dedicado à questão dos distintivos da agricultura em Portugal, com o orador Francisco Mendes Palma, do Espírito Santo Research. A seguir, no segundo painel, irá ser discutida a cultura da romã, desde os aspetos agronómicos da cultura até aos aspetos industriais e alimentares. Para falar das particularidades deste fruto irão estar presentes D. Agustin Ena e D. Javier Palanco, ambos em representação da ADESVA (Centro Tecnologico de la Agroindustria).
Neste dia irá ainda ser realizada a apresentação da empresa Voro Plant Unipessoal, Lda., com sede em Aljustrel. Uma apresentação pública que ficará a cargo de Salvador Peiró Estruch.
Para finalizar, e apresentar soluções à medida dos empresários do ramo agrícola, o BES- Banco Espírito Santo, estará representado por João Grave, para esclarecer os interessados.
Este debate sobre a temática agrícola volta a aproximar Aljustrel e Lepe (Espanha), tendo a agricultura como denominador comum, num percurso que se iniciou por altura da Feira do Campo Alentejano de 2011 e que começa já a dar resultados práticos.
fonte: CM Aljustrel
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Essência do Vinho - Porto: o melhor programa de sempre
sempre", garante a organização. A 10ª edição do ESSÊNCIA DO VINHO -
PORTO, que se realiza de 7 a 10 de Fevereiro, no Palácio da Bolsa,
terá mais de 3.000 vinhos em prova, 350 produtores representados,
nacionais e estrangeiros, e um programa temático ímpar em Portugal.
Entre os vários destaques possíveis, a prova "Vinhos do Porto de
Sonho", que se realizará no dia de abertura do evento, reunirá seis
vinhos do Porto absolutamente raros e a preços que chegam a atingir os
3.000€ por garrafa. Será uma prova única e nunca outrora realizada em
Portugal dos vinhos Andresen 1910, Niepoort VV, Wine & Soul 5G, Scion,
Tributa e Wiese & Krohn 1863, que alcançaram pontuação máxima pela
revista WINE - A Essência do Vinho que entretanto chegará às bancas.
Ainda no capítulo dos vinhos do Porto antigos, o ESSÊNCIA DO VINHO -
PORTO vai percorrer três séculos de história do universo Symington,
com uma prova que reunirá os Dow Vintage 2007 e 1994, passando pelos
Graham's Vintage 1970, 1963 e 1948, o Warre's Vintage 1960, o
Cockburn's Vintage 1935, os Graham's Colheita 1935 e 1952, terminando
com o incomparável Andrew James Symington Reserva Século XIX. Paul
Symington, chairman do grupo Symington, orientará a sessão.
Ainda entre os destaques do programa, realce para "10 Grandes Vinhos
do Mundo", prova que reunirá num só momento exemplares de Bordéus,
Borgonha, Champagne, Douro e Carcavelos, dos brancos Chanson Chassagne
Montrachet 1er Cru Les Chenevottes 2009, André Clouet Champagne Grand
Reserve Brut, aos tintos Château Lynch Bages Grand Cru Classé 2009,
Domaine Sénéchaux Chateauneuf-du-Pape 2007, Xisto - Roquette & Cazes
2009, terminando no intemporal Carcavellos Quinta do Barão de meados
do século XX.
Os reconhecidos produtores Luis Pato e José Bento dos Santos vão
lançar, no evento, um novo vinho elaborado em conjunto e da
programação oficial constam também provas verticais de várias
colheitas de vinhos emblemáticos: Vale Meão, Pêra Manca, Alvarinho
Soalheiro, Mouchão, Quinta do Carmo, Vinhos do Dão (de 1963 a 2003),
Moscatéis da José Maria da Fonseca e da Bacalhôa, topos de gama da
Sogrape (Barca Velha, Único e Ícone).
Conceituados chefes de cozinha são também desafios a preparar criações
gastronómicas para harmonizar com vinhos: Yayo Daporta (Galiza,
restaurante Yayo Daporta, 1* Michelin), Benôit Shinton (Funchal, Il
Gallo d'Oro, 1* Michelin), Dalila e Renato Cunha (Famalicão,
restaurante Ferrugem) e Ricardo Costa (V.N. de Gaia, The Yeatman, 1*
Michelin).
O ESSÊNCIA DO VINHO - PORTO voltará a eleger o "TOP 10 Vinhos
Portugueses", numa prova com jurados internacionais que decorrerá na
manhã de 7 de Fevereiro, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Nessa
noite, na Casa da Música, serão divulgados os vencedores do "TOP 10",
bem como serão entregues os prémios aos "Melhores do Ano", no vinho e
na gastronomia, em 2012, pela revista WINE, e as distinções "Best Of
Wine Tourism", prémios portugueses, em colaboração com a Câmara
Municipal do Porto, que integra a Rede de Capitais de Grandes Vinhedos
do Mundo - Great Wine Capitals.
Fonte: CE
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/28a.htm
Uso de culturas transgénicas provoca aumento de biodiversidade
algodão Bt – geneticamente modificado para resistir ao ataque de
pragas de insectos como os afídeos – contribui para o aumento da
biodiversidade nos ecossistemas agrícolas, fomentando uma agricultura
mais sustentável.
A utilização deste algodão transgénico representa mais uma vantagem
adicional a outras já bem conhecidas: o aumento da produtividade das
culturas, uma vez que não existe destruição das plantas por parte das
pragas; e a redução da aplicação de pesticidas para combater essas
pragas, uma vez que deixam de actuar sobre as culturas.
Os autores deste artigo da Nature – considerada uma das revistas
científicas mais importantes da actualidade – basearam-se em estudos
realizados durante 20 anos (entre 1990 e 2010), em 36 locais de
províncias chinesas. Na sua análise, os investigadores mostraram que
existe um aumento da abundância de insectos predadores benéficos
(joaninhas, crisopas e aranhas) para os ecossistemas agrícolas dos
campos de algodão Bt e para os campos vizinhos de culturas
convencionais (algodão, milho, amendoim e soja).
O aumento demonstrado de biodiversidade nos campos de algodão
transgénico e nos seus campos vizinhos explica-se pelo seguinte: uma
vez que há redução de insecticidas nas culturas de algodão Bt, então
há também uma redução da mortalidade dos insectos predadores das
pragas que aumentam a sua presença. Em consequência, o aumento do
número e da acção desses insectos benéficos funciona como biocontrolo
das pragas de afídeos.
O algodão Bt é a única cultura geneticamente modificada aprovada para
cultivo na China e é utilizada desde 1997. Em 2012, a produção de
algodão transgénico representou cerca de 70% da produção total de
algodão naquele país. Estima-se que esta percentagem irá aumentar
ainda mais em 2013, o que revela a importância cada vez maior da
utilização de produtos geneticamente modificados para a agricultura,
para o aumento da biodiversidade e para o aumento da sustentabilidade
da agricultura.
(1) Artigo - Lu Y, Wu K, Jiang Y, Guo Y, Desneux N. Nature. (2012).
Widespread adoption of Bt cotton and insecticide decrease promotes
biocontrol services.
http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature11153.html
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/28b.htm
Se um diploma incomoda muita gente... Dois diplomas incomodam muito mais!
Quando em Novembro de 2011 foi constituída a Plataforma de
Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar (a célebre PARCA),
foram criadas expectativas de que se pudesse verificar alguma evolução
na cada vez mais asfixiante relação entre fornecedores e
distribuidores, mas também pairaram no ar dúvidas significativas sobre
a efectiva capacidade daquela Plataforma promover alterações reais num
relacionamento cada vez mais complexo e desequilibrado.
Agora, mais de um ano volvido, é já possível fazer um balanço do que
entretanto ocorreu e, numa primeira análise, julgo que será pacífico
concluir que foram dados alguns passos de elevada importância e que,
para além disso, foi construída um novo espírito de colaboração entre
entidades representativas da produção (CNA e Confagri) e da
transformação (CIP, FIPA e CentroMarca) que permitiu apresentar
diversos documentos de forma conjunta ou isoladamente, mas com uma
linha de orientação comum, o que reforçou as respectivas posições e
confrontar o poder político com a inevitabilidade de ter que encarar
mais frontalmente os problemas colocados e, muito em especial,
impedindo-o de se abster da necessidade de accionar medidas de cariz
político e legislativo.
Contudo, nem tudo ocorreu como esses sectores mais gostariam, nem
todas as suas posições foram devidamente atendidas e consideradas, mas
basta ver as sucessivas (e cada vez mais violentas) reacções de
desconforto da parte da moderna distribuição e da sua associação
sectorial - a APED - para facilmente se perceber que o que já ocorreu
provocou mossa por aqueles lados e que a forma cada vez mais
'dramatizada' como essas reacções surgem é sinónimo de que os tempos,
embora mais lentamente do que o desejável, estão a mudar.
As duas principais expressões práticas dos trabalhos da PARCA passam,
por um lado, pela elaboração de um conjunto de relatórios sobre o
funcionamento da cadeia alimentar, genéricos e sectoriais, com o
propósito de fomentar a transparência e reforçar a informação
disponível e, por outro, pela preparação de um conjunto de propostas
legislativas que permitam induzir o melhoramento daquele mesmo
funcionamento.
Relativamente aos referidos relatórios, a menor qualidade da
informação disponível e a aparente incapacidade de captar dados mais
fidedignos, especialmente ao nível, das transacções entre a indústria
transformadora e os principais distribuidores, fizeram com que, por
exemplo, o recente 'estudo' sobre a fileira do leite apresentasse
algumas conclusões que estão longe de corresponder à forma como
efectivamente se desenvolve a cadeia.
Desta mesma Plataforma, resultou igualmente a recente publicação do DL
2/2013, que reduz o prazo limite de pagamento para 30 dias quando o
credor for uma micro ou pequena empresa de bens alimentares
exclusivamente destinados ao consumo humano. Este diploma, contudo,
acabou por frustrar as expectativas da generalidade dos sectores
fornecedores, havendo sido objecto de enormes pressões da parte da
moderna distribuição, pois, apesar de algumas alterações de pormenor
para as pequenas empresas, não introduziu qualquer modificação
fundamental, mantendo que os prazos legislados não se aplicam às
empresas de maior dimensão, ou seja, a maioria das operações
comerciais e, consequentemente, a parte de leão da produção primária -
de que o leite é um exemplo prático - não é abrangida pelo
encurtamento de prazos de pagamento, situação ainda mais grave quando
são conhecidos os problemas de tesouraria e de crédito actualmente
existentes.
As pressões da distribuição levaram a que mesmo a aplicação desses
prazos encurtados para os produtores de muito pequena dimensão possa
ser afastada por acordo de auto-regulação envolvendo os
intervenientes, sendo fácil de prever que tal possa acontecer com
alguma facilidade dado o desequilíbrio de poder negocial entre esses
pequenos produtores e os grandes distribuidores.
Mais positivo é, seguramente, a Proposta de Lei e, muito
especialmente, ao projecto de Decreto-Lei sobre o jurídico aplicável
às práticas individuais restritivas do comércio, que o Governo
apresentou no Parlamento. Este projecto de diploma, apesar de não
integrar algumas das propostas apresentadas pelos sectores
fornecedores, é globalmente positiva e nela se depositam fortes
expectativas quanto à construção de um reequilíbrio nas relações entre
produtores e distribuidores, sendo muito importante a sua rápida
aprovação e a sua célere implementação.
Basta verificar as reacções da APED às propostas de revisão dos
valores das coimas, que assim se tornarão efectivamente dissuasores,
ou à melhor especificação do conceito de Venda com Prejuízo ou uma
mais ampla e clarificadora definição de Práticas Negociais abusivas,
para perceber que representam uma evolução muito positiva face à
legislação actual. Ainda assim e para além da não existência de
qualquer disposição que aponte para uma qualquer regulação das marcas
brancas, existe ainda preocupação quanto à definição de Prática
Unilateral incluída no projecto diploma, bem como sobre a capacidade
efectiva de actuação da ASAE na aplicação da nova legislação, agora
que lhe foi atribuída a totalidade das responsabilidades em matéria de
fiscalização, instrução e decisão dos processos.
Ler declarações como as do Presidente da APED ameaçando que com a nova
lei os distribuidores deixarão de fazer compras a fornecedores
portugueses ou referir que com a nova lei os produtores nacionais
deixarão de ser competitivos, ou saber que cadeias de distribuição,
como o Intermarché, continuam a pensar que não há qualquer tipo de
punição que lhes possa ser aplicada quando resolvem emitir débitos
totalmente injustificados aos seus fornecedores no valor de centenas
de milhares de euros, facilmente se percebe a necessidade duma rápida
aprovação daquele diploma.
Pedro Pimentel
http://www.agroportal.pt/a/2013/ppimentel.htm
Viver numa aldeia incomum
Imagine que vive numa aldeia onde lhe dão sementes para cultivar a terra, pintos e porcos para criar e uma série de outros incentivos como apoios à compra de material escolar, explicações e consultas. Essa aldeia existe e é em Portugal. Chama-se Linhares e fica no concelho de Paredes de Coura.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/01/27/viver-numa-aldeia-incomum
Mercosul apresenta até Outubro propostas comerciais à UE para acordo
Os países do Mercosul anunciaram hoje o seu compromisso de apresentar
antes de outubro as primeiras propostas comerciais de acesso dos seus
produtos ao mercado da União Europeia, no sei do acordo entre os dois
blocos.
«O Mercosul fez uma proposta de consenso de que apresentará a proposta
sobre os bens, serviços e produtos agrícolas até ao último trimestre
do ano», garantiu Karel de Gucht, comissário europeu do Comércio.
O representante europeu manteve hoje, à margem da reunião da
Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União
Europeia em Santiago do Chile, uma reuniãocom os países do Mercosul,
bloco composto pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.
Dinheiro Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=193929
domingo, 27 de janeiro de 2013
Presidente da FAABA duvida da conclusão do Alqueva em 2015
O presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo
Alentejo (FAABA) não acredita que o projecto do Alqueva fique
concluído em 2015, como prometido.
"Com o andar da carruagem, mesmo com a promessa do chefe do Governo a
dizer que em 2015 tudo estava pronto, não acreditamos. Porque as obras
estão atrasadas e tudo anda com um ritmo muito lento", diz ao "CA"
Manuel Castro e Brito.
Além do mais, continua o presidente da FAABA, a indefinição
relativamente ao futuro do empreendimento faz com que haja
investimentos "feitos no terreno à espera da água que era para chegar
em 2013".
Bastante crítico, Castro e Brito garante ainda que o empreendimento de
fins múltiplos não é a solução para todos os males da agricultura do
Baixo Alentejo, apesar da ministra Assunção Cristas ter defendido
recentemente, durante uma visita à região, que a reconversão da
actividade poderia potenciar mais investimento estrangeiro.
"Não podemos embandeirar em arco, porque vamos ter 110 mil hectares de
regadio para uns largos milhares de superfície agrícola", justifica o
dirigente, que vê poucas alternativas para as cada vez menos
competitivas culturas de sequeiro.
http://www.portaldemoura.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2794&Itemid=1
Cem mil frangos do campo saem por semana de Oliveira de Frades para a mesa dos portugueses
26 Jan, 2013, 10:28
Mais de cem mil frangos do campo saem semanalmente de Oliveira de
Frades para a mesa dos portugueses, depois de um processo de criação
lento, feito ao ar livre e à base de cereais.
Se um frango industrial demora entre 35 a 40 dias desde que deixa o
ovo até ser abatido, no caso de um frango do campo esse processo leva
cerca de 90 dias.
"A grande diferença do nosso frango em relação ao industrial vê-se
quando chega à panela", disse à agência Lusa Vítor Pinho,
administrador da Campoaves, empresa de Oliveira de Frades que é
pioneira e líder neste nicho de mercado.
Oliveira de Frades é já conhecida como a Capital Nacional do Frango do
Campo e hoje dá mais um passo na sua aposta neste produto, com o I
Capítulo de uma confraria gastronómica a ele dedicado.
Com uma quota de mercado de perto de 70%, a Campoaves quer permitir às
famílias o acesso a um produto tradicional, mesmo que vivam em
apartamentos ou que a vida moderna não se coadune com a criação
caseira de frangos.
"Antigamente, era hábito as famílias criarem e matarem os frangos em
casa para depois os confecionar. Nós estamos a substituir-nos a isso,
porque hoje em dia cada vez há menos possibilidades de as pessoas
fazerem essas criações em casa", justificou.
Carlos Silva e Anabela Marques tratam, desde 1997, em Queirã (concelho
de Vouzela), de uma das cerca de cem explorações espalhadas pela
região onde são criados os frangos da Campoaves.
Neste momento, têm ao seu cuidado 25 mil frangos, castanhos e de
pescoço careca (a estirpe escolhida pela Campoaves), que gostam de
mimar, espalhando pelo terreno abóboras, couves e milharada. Os
frangos mais atrevidos podem ainda tentar chegar aos quivis e a outros
frutos que estão pendurados nas árvores à sua disposição.
"No dia em que eles saem (para o abate) custa sempre um bocadinho,
porque passamos muito tempo com eles. E em cada bando há sempre um de
estimação, que eu chamo e até me vem comer à mão", contou Carlos
Silva.
A falta de coragem leva a que esse frango, o especial de cada bando,
não vá para abate, nem parar ao tacho da família. Normalmente, é dado
às pessoas que arranjam as abóboras como forma de agradecimento.
A Campoaves teve origem numa das empresas avícolas mais antigas do
país, a Uniávila, que produzia frango industrial mas, a dada altura,
decidiu diferenciar-se e dedicar-se apenas ao frango do campo.
Fundada em 1994 para dar continuidade a esse projeto, a Campoaves teve
um início difícil até que o mercado começasse a aceitar o produto.
"Todo o frango que aparecia no mercado ia sem patas e sem cabeça. O do
campo é comercializado com patas e com cabeça e logo isso criou algum
choque no mercado, porque as pessoas não estavam habituadas", contou
Vítor Pinho.
Em 2003, numa altura em que a marca Frango do Campo já tinha ganhado
notoriedade e o produto estava certificado, a Campoaves foi adquirida
pelo grupo Lusiaves e as sinergias que se criaram permitiram "um
crescimento muito mais rápido" da empresa.
Atualmente, a Campoaves conta com 140 trabalhadores e tem conseguido
aumentar sempre a faturação "na casa dos dois dígitos". Segundo Vítor
Pinho, em 2012, esse valor foi superior a 37 milhões de euros.
O mercado nacional representa mais de 90% das vendas, mas a empresa
está também a apostar no chamado "mercado da saudade", como a França e
o Luxemburgo.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=622784&tm=6&layout=121&visual=49