29-01-2013 13:40Proposta de lei afecta comunidades judaicas e
muçulmanas que assim ficariam privados de carne kosher e halal para
consumo.
Dois partidos de esquerda na Polónia estão a pressionar o
primeiro-ministro Donald Tusk no sentido de apoiar uma proposta de lei
que tornaria ilegal a matança de animais segundo os rituais islâmicos
e judaicos.
Estas comunidades têm regras precisas e antigas que regulamentam a
forma como os animais devem ser mortos para que sejam ritualmente
puros e possam ser consumidos. Para que a carne seja "halal", para os
muçulmanos, ou "kosher" para os judeus, é necessário que os animais
estejam conscientes na altura em que são mortos.
Os partidos, na linha de vários movimentos de defesa dos direitos dos
animais, alegam contudo que é necessário atordoar os animais antes de
os matar. A lei polaca também prevê o atordoamento, o que levou o
tribunal constitucional a declarar que a matança ritual era
inconstitucional.
Logo depois dessa decisão, contudo, o ministério do Ambiente disse que
estava a preparar legislação para garantir a continuidade da matança
ritual. A lei agora proposta pela Aliança Democrática de Esquerda e
pelo Movimento Palikot visa garantir que essas práticas fiquem
definitivamente banidas na Polónia.
As práticas islâmicas e judaicas no que diz respeito à matança ritual
têm sido atacadas em vários países europeus nos últimos anos. Na
Holanda o Parlamento chegou a passar uma lei a bani-las, mas esta não
passou no senado.
A Igreja Católica tem defendido consistentemente os direitos das
minorias religiosas nestes países a manter as suas práticas
ancestrais.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=94593
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