quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PAC: Novas reduções do orçamento coloca em risco segurança alimentar, crescimento e emprego

30-01-2013



O Copa-Cogeca, numa carta enviada aos chefes de Estado e de Governo da
União Europeia, pediu que as despesas agrícolas se mantenham nos
níveis actuais, alertando que um corte pode colocar em risco a
segurança alimentar, o crescimento e o emprego nas zonas rurais
comunitárias.

Esta iniciativa da organização surge num momento em que os chefes de
Estado e de Governo se dispõem a tomar uma decisão sobre o futuro do
orçamento da União Europeia (UE) para o período de 2014-2020 durante
os próximos dias sete e oito de Fevereiro de 2013.

Na carta, o presidente do Copa, Gerd Sonnleitner, e o presidente da
Cogeca, Christian Pees, insistem que «esta decisão terá um impacto de
crucial importância na capacidade da UE para assegurar a sua segurança
alimentar, estabilidade e sustentabilidade», pelo que instam a UE a
ter em conta as suas preocupações.

As organizações consideram que «graças à política agrícola comum (PAC)
a agricultura tem sido uma força estabilizadora extremamente
importante durante as recentes dificuldades económicas, ao
proporcionar aos agricultores um fornecimento seguro a preços
razoáveis num período de crescente volatilidade do mercado». O sector
agrícola continua a ser uma fonte importante de criação de emprego e,
segundo a Eurostat, nas explorações agrícolas do bloco europeu
proporciona emprego a 26 milhões de pessoas. Por outro lado, desde
2009, a UE passou a ser importador líquido de alimentos a exportador e
o sector agrícola é já o quinto na importância em termos de
exportações.

A melhoria da posição competitiva do sector agrícola da UE deve-se,
sobretudo, aos agricultores e suas cooperativas. Durante estes últimos
15 anos, os custos dos agricultores excederam os valores recebidos na
troca dos seus produtos, com o consequente impacto sobre o rendimento.
«Não há dúvidas de que sem as ajudas dirigidas aos agricultores
através da PAC o desemprego aumentava nas zonas rurais e no sector
agro-alimentar em geral», assinalando que todos estes benefícios
devem-se a uma pequeno investimento, tendo em conta que o custo da PAC
é inferior a um por cento do total das despesas públicas dos
Estados-membros da UE.

Em resumo, as organizações consideram que «face os desafios
apresentados aos agricultores e suas cooperativas, necessitamos mais
que nunca da PAC nos próximos anos. As alterações climáticas criam
situações extremas enquanto aumenta a volatilidade dos preços». Por
esta razão, o Copa-Cogeca solicita que dêem o seu apoio para a
manutenção de uma PAC sólida suportada por um bom orçamento nos
próximos debates sobre o tema.

Uma PAC forte com um orçamento viável não vai apenas assegurar a
continuidade da segurança alimentar e do emprego, mas também, com
reformas oportunas e orientadas para reforçar a posição económica dos
agricultores e das cooperativas, permitir ao sector agro-alimentar dar
um maior contributo para o crescimento sustentável.

Para além disso, o Copa-Cogeca tem em curso a organização de uma
reunião de alto nível em Bruxelas, agendada para o próximo dia seis de
Fevereiro, a qual conta com a presença de 400 participantes para
pressionar a favor de uma PAC sólida com um bom orçamento.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45678.aspx

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