sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ministra da Agricultura não admite corte no PAC

Assunção Cristas defende convergência entre países
Actualizado há 11 horas e 42 minutos
Fonte: Lusa1 comentário


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou ontem que um
corte de 25% no segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC) "não é
de todo admissível" e que Portugal "não pode admitir um corte
desproporcional".

"Os menos 25% no segundo pilar [das verbas atribuídas a Portugal] não
são de todo admissíveis. Nós sabemos que há um corte geral (...), mas
sabemos que não podemos admitir um corte desproporcional,
injustificado e que vai contra aquilo que nós consideramos que é um
setor absolutamente dinâmico, vivo, em crescimento e a dar um
contributo muito válido e muito sólido para a nossa recuperação
económica", disse Assunção Cristas.

Num discurso proferido no encerramento do IX Congresso Nacional do
Milho, que terminou ontem em Lisboa, a governante afirmou que espera
que a discussão em torno das perspetivas financeiras esteja "em fecho
para a próxima semana".

"Portugal é um país da coesão e é um país do segundo pilar da PAC.
Sabemos que, no segundo pilar, ganhamos muito pouco: somos os quartos
a contar de baixo. Por isso, precisamos da convergência entre países",
explicou a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território.

De acordo com Assunção Cristas, Portugal "precisa de ganhar no
primeiro pilar, porque tem condições de fraca competitividade" em
comparação com outros países.

"Não faz sentido Portugal receber tão pouco no primeiro pilar. E, no
segundo pilar, faz sentido continuarmos a ganhar mais porque isso é
determinante para esta evolução e modernização da nossa agricultura",
defendeu.

O primeiro pilar da PAC destina-se a apoiar os rendimentos dos
agricultores e é financiado pelo Fundo Europeu de Garantia Agrícola,
ao passo que o segundo pilar é dirigido ao desenvolvimento rural e é
financiado pelo FEDER.

Para a governante, o país tem hoje mais condições para garantir que
estas reivindicações são cumpridas, porque, "numa altura em que a
economia portuguesa contrai a 3% ao ano, a agricultura e o [setor]
agropecuário em geral crescem a 2,8%".

Uma outra estatística apontada pela ministra da Agricultura foi o
número de jovens agricultores que se instalam no setor mensalmente.

"Hoje instalam-se 240 jovens agricultores, em média, por mês. Não há
setor que todos os meses acolha 240 novas pessoas", sublinhou.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/367808-ministra-da-agricultura-nao-admite-corte-no-pac

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