quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Empresa sueca anuncia apoio ao selo ético nos vinhos sul-africanos

por Ana Rita Costa
5 de Fevereiro - 2013
A empresa sueca, Systembolaget, anunciou o apoio ao selo ético, criado
pela WIETA (Agricultural Ethical Trade Initiative) para os vinhos
sul-africanos, e vai pedir aos seus importadores que incentivem o
consumo desses vinhos entre os seus produtores e fornecedores.


Este selo pretende promover o comércio justo na indústria do vinho
através da formação e de um código de boas práticas.

"Nós estamos a tentar encorajar a iniciativa", diz o gerente de
responsabilidade socio-corporativa, Göran Klintberg."Nós pensamos que
é honesto e muito bom para a indústria do vinho Sul-Africano.

Klintberg Systembolaget reconhece que a iniciativa ainda é jovem e
mantém a esperança de que um dia este nível de conformidade atenda os
elevados padrões éticos dos conjuntos de monopólio, que são baseados
na iniciativa de responsabilidade corporativa da União Europeia.

http://www.enovitis.com/news.aspx?menuid=8&eid=5625&bl=1

"Agricultura é fashion"

Portas

Mónica Silvares
12/02/13 18:11

O ministro Paulo Portas quer fundos de coesão a financiar o regadio do Alqueva.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros,Paulo Portas,
defendeu hoje no Parlamento que a agricultura é 'fashion'. Respondendo
a uma interpelação do deputado do PSD Carlos Costa Neves, Paulo Portas
disse concordar com o antigo ministro da Agricultura quando este disse
que não se deve desprezar o que há de moderno na coesão e na Política
Agrícola Comum (PAC).

"É uma ficção que apostar na coesão e na agricultura é apostar em
coisas atrasadas que não são 'fashion'", disse Paulo Portas.

"São 'fashion' e são o interesse nacional", acrescentou. O ministro
dos Negócios Estrangeiros, que participava na Comissão de Assuntos
Europeu disse ainda que sabia, por experiência própria, "a diferença
entre proprietários de terras e empresários agrícolas, que já não têm
uma visão patrimonialista da terra".

Numa comissão claramente dominada pelo dossier PAC, Paulo Portas
sublinhou que Portugal poderá ter "um PRODER com excelentes condições
de eficiência" se o país conciliar o envelope de 500 milhões, para o
desenvolvimento rural - que não exige qualquer financiamento nacional
-, com a flexibilidade que se cria de financiar as obras de regadio
com fundos de coesão e não com o PRODER. Esta possibilidade permitiria
a Portugal "libertar até 350 milhões" das verbas destinadas ao
desenvolvimento rural, ou seja, ao primeiro pilar da PAC.

Portas esclareceu que este tema ainda será alvo de negociações com o
Parlamento Europeu, mas também entre a Comissão Europeia e Portugal,
mas para reforçar a sua posição disse: "É uma ignorância dizer que o
Alqueva nada tem a ver com políticas ambientais".

Apesar de questionado pela oposição se reiterava o compromisso de que
o Alqueva estaria concluído até 2015, Portas deixou os deputados sem
resposta nesta matéria.

Muito criticado por Portugal ter saído do Conselho Europeu com um
corte de três mil milhões de euros para o próximo quadro financeiro,
quando comparado com o montante existente para o período de 2007-2013,
Paulo Portas preferiu sempre sublinhar que "o pior resultado de todos
seria não chegar a acordo", ficando todos os anos sujeitos a uma
negociação com os contribuintes líquidos da UE e dependentes da
conjuntura económica e financeira. Portas dedicou um comentário mais
mordaz ao deputado socialista, Pedro Silva Pereira, frisando que "uma
redução de cinco mil milhões no quadro de 2007-2013, face ao quadro
anterior, reduzia a autoridade para criticar".

http://economico.sapo.pt/noticias/agricultura-e-fashion_162465.html

Descoberta carne de cavalo em outra marca de ultracongelados em França

Por Agência Lusa, publicado em 12 Fev 2013 - 20:01 | Actualizado há 14
horas 6 minutos

Uma marca francesa de refeições ultracongeladas confirmou hoje que foi
detetada carne de cavalo em dois lotes de lasanha à bolonhesa,
produtos que tinham sido retirados preventivamente do mercado francês
no passado dia 06 de fevereiro.

É a primeira vez que carne de cavalo é detetada em produtos,
supostamente confecionados com carne de vaca, comercializados em
França.

Até à data, os vestígios de carne de cavalo só tinham sido detetados
em produtos comercializados pela marca sueca Findus no Reino Unido.

A francesa Picard é a segunda marca atingida por este escândalo.

Num comunicado, a Picard esclareceu que decidiu retirar do mercado os
produtos que eram fabricados pela empresa francesa Comigel, que também
trabalhava para a Findus.

A medida abrangeu "dois produtos, lasanha à bolonhesa e chili com
carne", indicou a marca, na mesma nota informativa.

Nenhum dos outros 1.200 produtos da gama Picard está em causa,
assegurou o distribuidor, referindo ainda que "espera os resultados da
investigação para determinar o nível da fraude".

As conclusões do inquérito de investigação em França, da
responsabilidade da Direcção-Geral da Concorrência, Consumo e do
Controlo de Fraudes, devem ser divulgadas entre quarta e quinta-feira.

A carne em questão, de origem romena, terá sido transacionada por um
comerciante holandês, passando depois por um cipriota, antes de ter
chegado ao fornecedor francês, Spanghero, e de ter sido direcionada
para o fabricante francês Cogimel.

http://www.ionline.pt/mundo/descoberta-carne-cavalo-outra-marca-ultracongelados-franca

2013 é o ano dedicado à quinoa, a rainha dos pratos saudáveis

Por Diogo Pombo, publicado em 13 Fev 2013 - 03:10 | Actualizado há 6
horas 43 minutos
Nos últimos anos houve um boom de procura do que para a FAO é um dos
alimentos mais completos que existem


Não é por acaso que a consideram um superalimento ou que a Organização
para a Agricultura e Alimentação (FAO) lhe dedica o ano de 2013. Hoje
a quinoa é considerado o mais nutritivo dos alimentos vindo de uma
planta, e basta considerar as suas características para entender
porquê: concentra, em média, entre 14% e 18% de proteínas, tem os dez
aminoácidos essenciais para a alimentação humana e não contém glúten.
Tudo isto depositou na quinoa a coroa da popularidade entre os
alimentos ditos mais saudáveis e levou a um boom da procura mundial.
Nos anos 80, o planeta produzia anualmente 20 mil toneladas deste
grão; hoje produz quase 100 mil.

"Há alturas em que se destaca um superalimento e ele passa a estar na
moda durante algum tempo", resumiu Cristina Rodrigues, fundadora da
Associação Ambiental para a Promoção do Vegetarianismo, em conversa
com o i. E agora essa moda vai durar pelo menos 365 dias, já que a FAO
(das Nações Unidas) classificou 2013 como o ano internacional da
quinoa. "Não é exclusivamente procurado por vegetarianos, mas por
norma são os mais atentos às questões nutricionais", acrescentou a
dirigente, também ela vegetariana.

CONTA QUEM SABE Como o dito e o feito nem sempre andam de braço dado,
o i foi saber se a quinoa é já companhia de vegetarianos. Apesar de a
amostra ser reduzida, fica a ideia de que ainda não seremos um dos
seus principais importadores. "Já ouvi falar, mas nunca experimentei",
é a confissão de quem sente na pele uma opção que já vai em sete anos.
"É uma questão de estar atenta ao que como e em que quantidade." É
assim que Inês Delicioso resume a sua alimentação, hoje mais rendida
ao tofu, uma das variantes da soja. O labor profissional levou-a há
dois anos para Londres, onde o tofu e o seitan "não são assim tão
caros como em Lisboa". O mais aborrecido, destaca, é mesmo a
"preparação de que precisam antes de chegarem a um sabor e ponto
comestível".

Mais longa é a jornada de Maria João Fialho, há dez anos em andanças
vegetarianas, com paragens principais em "legumes, seitan e
pré-preparados, [como] salsichas e hambúrgueres de soja". Com Inês
partilha o sabor como "aspecto a que dá mais atenção", admitindo,
porém, que olha para "a facilidade de preparação e a versatilidade" no
momento de escolher o que entra ou não no saco do supermercado. Comum
a ambas é a ausência da quinoa dos seus hábitos alimentares. Mas já há
quem a tenha "começado a cozinhar há pouco mais de um ano", como conta
Inês Bargão. Ainda assim, lamentou, "deveria usá-la mais vezes",
embora tenha sublinhado que "tenta tê-la sempre em casa".

À falta de estudos sobre hábitos de consumo dos vegetarianos em
Portugal, a percepção de Cristina Rodrigues é que "as tendências de
consumo variam um pouco com o tempo que uma pessoa é vegetariana". Ao
aguentar um início de fuga aos produtos animais, com os habituais
substitutos de carne e soja, costuma surgir a opção de "usar mais
leguminosas, algas, germinados" e, lá está, a quinoa.

http://www.ionline.pt/mundo/2013-ano-dedicado-quinoa-rainha-dos-pratos-saudaveis

Portugal devia investir mais na agricultura e pescas em Angola

12 de Fevereiro, 2013

Portugal devia investir mais nos sectores da agricultura e pescas em
Angola, complementando os investimentos na construção civil,
imobiliário e hotelaria, disse à Lusa a presidente do Conselho de
Administração da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP).
Em entrevista à Lusa, Maria Luísa Abrantes destacou a agricultura e as
pescas, por serem estes os sectores em que tradicionalmente os
portugueses trabalharam em Angola, a que acresce as necessidades do
país nesta área.

"Os portugueses são mais fortes na construção civil e também estão a
entrar um pouco para o sector imobiliário e para a hotelaria. Nós
gostaríamos de ver, se calhar, Portugal mais envolvido com a
agroindústria, com a agricultura, com as pescas, tendo ainda em conta
que temos muito interesse e necessitamos de reforçar a nossa pequena e
média industria", disse.

Dos projectos de investimento estrangeiro privado entrados na ANIP,
totalizando cerca de 1,5 mil milhões de euros, Portugal figura
actualmente como quarto maior investidor estrangeiro em Angola, atrás
da China.

Entre 2008 e 2012 o maior número de projectos, 739, veio de Portugal.

A diversificação do investimento estrangeiro vai ao encontro do
desejado, mas Angola está deveras interessada é em novos projectos
ligados ao agronegócio.

"Angola tem tudo para fazer. E tem estabilidade económica e
estabilidade política. Não é apenas um mercado para cerca de 18
milhões de habitantes", acentua, referindo-se às oportunidades que
representam os mercados vizinhos da República Democrática do Congo e
Zâmbia, com mais 80 milhões de consumidores.

De momento não está previsto para Portugal nenhum "roadshow" para
captação de investimento, mantendo-se o calendário de eventos e
apresentações, organizados em colaboração com as embaixadas de Angola
na Europa de Leste.

"Temos também convites para (conferências) nos Emiratos Árabes e
solicitações de universidades", acrescentou.

Maria Luísa Abrantes considera, por outro lado, que "não passam de
desculpas" as alegações de empresários portugueses quanto às
dificuldades por que passam para obterem vistos de trabalho para
Angola

"Acho que é uma desculpa, porquanto, normalmente, em qualquer país do
mundo para se ter um visto de trabalho não se tem no mesmo dia. Angola
até dá um visto privilegiado, dá o privilégio, aos administradores de
poderem continuar a laborar com vistos sem serem vistos de trabalho.
Só que o visto privilegiado tem um prazo e uma prorrogação única e a
partir daí tem que ser um visto de trabalho", considerou.

Além disso, concluiu, as empresas insistem em trazer os seus
trabalhadores com vistos de turismo e só depois tratam de os
legalizar, a que acrescem as dificuldades na transferência dos
dividendos.

Lusa/ SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=68099

Novo Orçamento Europeu: cai a máscara verde da PAC

COMUNICADO DE IMPRENSA

No final das negociações para o orçamento europeu, as verbas
destinadas à Política Agrícola Comum (PAC) foram cortadas em cerca de
15% para Portugal. Simultaneamente, as medidas ambientais dentro da
PAC (conhecidas como 'greening'), que tinham sido garantidas pelo
Parlamento Europeu, foram afinal alteradas até à sua descaracterização
total, constituindo mais uma forma de injectar dinheiro em formas
insustentáveis de agricultura. Concretiza-se assim o pior dos dois
mundos, com um orçamento mais curto que se destina a promover práticas
com mais desperdício e que são prejudiciais à Europa. Resta, como
último recurso, que o Parlamento Europeu tome posição perante este
descalabro que, caso se concretize, em nada vai ajudar ao
desenvolvimento de uma agricultura sustentável de futuro na Europa.

Um dos maiores e inesperados cortes neste Orçamento Europeu foi o
corte da componente ambiental da PAC. O financiamento para a PAC no
sentido de um desenvolvimento rural (2º pilar) mais racional e
sustentado será efectivamente esvaziado através da hipótese de se
transferir 15 a 25% da verba do segundo pilar para o primeiro (ajudas
directas à produção), através da modulação reversa. Desta forma, os
Estados-membros podem decidir colocar estes fundos em pagamentos
directos do primeiro pilar para actividades produtivas mais
prejudiciais e agressivas para o ambiente.

O golpe final dado a uma reforma verde da PAC chegou com o acordo de
que os Estados-membros possam interpretar qual o significado de uma
PAC "verde", abrindo a porta a uma operação de lavagem sem
precedentes. Os Chefes de Estado chegaram a descrever em detalhes como
aboliriam medidas como as Áreas de Interesse Ecológico (EFA) a nível
das explorações, estipulando que as mesmas não poderiam "exigir que os
agricultores diminuam as áreas de produção". Decidiram assim que o
'greening' e as EFA não podem ter impacte na produção ou no
rendimento, limitando-os somente à manutenção de elementos
paisagísticos.

Resta agora esperar que a única instituição da União Europeia eleita
pela sua população, o Parlamento Europeu, se recuse, como garantiu, a
ratificar um Orçamento Europeu e uma PAC que vão contra os interesses
da Europa. Esta nova PAC, agora proposta, servirá apenas para
perpetuar as discrepâncias entre Estados-Membros sem trazer nenhuma
valia de sustentabilidade a longo prazo.

Lisboa, 12 de Fevereiro de 2013

A Direcção Nacional da LPN – Liga para a Protecção da Natureza

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/12e.htm

Água do Alqueva deve começar a abastecer complexo industrial de Sines em 2015

Lusa
9:44 Terça feira, 12 de fevereiro de 2013

Redação, 12 fev (Lusa) - A albufeira da barragem de Morgavel, que
abastece a zona industrial de Sines, deve começar a receber água do
Alqueva em 2015, o que irá "aumentar a garantia" do abastecimento ao
complexo, mesmo em períodos prolongados de seca.

A transferência de água entre Alqueva e Morgavel, através da albufeira
do Roxo, será feita por uma ligação de 114 quilómetros de canais,
túneis e condutas, 83 dos quais já construídos, e que deverá ficar
concluída até final de 2015, adiantou hoje à agência Lusa João Basto,
presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva
(EDIA), a promotora do projeto.

Após concluída a ligação, a água do Alqueva será transferida para
Morgavel, a origem de água para abastecer a Zona Industrial e
Logística de Sines (ZILS), a qual irá usufruir "da garantia de água
mesmo em períodos de seca prolongados", disse João Basto. A água do
Alqueva a transferir para Morgavel irá servir para "fins industriais"
e "aumentar a garantia e a fiabilidade do abastecimento de água" à
ZILS, explicou à Lusa Marques Ferreira, presidente da empresa Águas de
Santo André, que explora e gere o sistema de abastecimento de água, de
saneamento e de resíduos sólidos, que serve, entre outras, a zona
industrial de Sines.



http://expresso.sapo.pt/agua-do-alqueva-deve-comecar-a-abastecer-complexo-industrial-de-sines-em-2015=f786620

Hollande quer responsáveis por fraude punidos

CARNE DE CAVALO

por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca11 fevereiro 20138 comentários

Os responsáveis pela fraude envolvendo a utilização de carne de cavalo
em refeições ultra-congeladas, que abalou este fim de semana a Europa,
devem ser punidos, afirmou hoje o Presidente francês, François
Hollande.
"Existiram evidentemente falhas, lucros, comportamentos inaceitáveis,
e sanções devem ser pronunciadas, e devem ser administrativas e penais
se tal se justificar", disse o chefe de Estado francês, num primeiro
comentário ao escândalo, que envolve empresas francesas.
"O Estado tem o duplo dever de transparência e de responsabilidade",
sublinhou Hollande, acrescentando que "investigações serão iniciadas
dentro de um curto prazo".
O chefe de Estado francês disse que a rastreabilidade (capacidade
detetar a origem de um género alimentício), uma "exigência dos
consumidores", devia ser "igualmente um dever para a Europa e para a
França", aconselhando os consumidores franceses a comprar produtos com
rótulos que indiquem "carne de vaca de origem francesa".
"Desta forma, [os consumidores] têm a certeza que não estão a ser
enganados", frisou Hollande.
"A minha preocupação é dar aos consumidores todas as informações, aos
franceses, toda a transparência necessária, sobre os danos, todas as
informações indispensáveis, mas também para que possamos continuar a
consumir (...) dos nossos criadores franceses que não têm qualquer
ligação com estas manipulações", concluiu.
No final da semana passada, foram descobertas grandes quantidades de
carne de cavalo em refeições ultra-congeladas, etiquetadas como
contendo carne de vaca, que eram comercializadas pela marca sueca
Findus. Os produtos tinham sido distribuídos no Reino Unido, França e
Suécia.
A carne em questão, de origem romena, terá sido transacionada por um
comerciante holandês, passando depois por um cipriota, antes de ter
chegado ao fornecedor francês, Spanghero, e de ter sido direcionada
para o fabricante francês Cogimel.
A carne foi depois comercializada nos preparados da marca Findus,
distribuída por diferentes operadores.
O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, garantiu hoje que "nenhuma
irregularidade" foi cometida por uma empresa romena ou no território
romeno.
"Não existe qualquer violação das regras e das normas europeias", por
parte dos dois matadouros romenos envolvidos no escândalo, disse o
chefe do Governo romeno, durante uma conferência de imprensa, ao lado
do comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos.
Segundo Ponta, a empresa francesa envolvida no caso, a Spanghero, "não
tem qualquer contrato direto com empresas romenas".
"Para restabelecer a credibilidade a nível europeu, é preciso
estabelecer de forma clara a origem da fraude e os culpados",
sublinhou o primeiro-ministro romeno.
"A Roménia não pode aceitar ser o suspeito de serviço", reforçou Victor Ponta.
Em Bruxelas, um porta-voz da Comissão Europeia assegurou que este caso
não constitui uma crise sanitária, congratulando-se pelo funcionamento
do sistema de rastreabilidade da carne na Europa.
"Não estamos perante uma situação de perigo sanitário", declarou
Frédéric Vincent, porta-voz do comissário para a Saúde e Defesa do
Consumidor, Tonio Borg.
"Estamos diante de uma questão de rotulagem. A carne não foi
etiquetada de forma correta", acrescentou o porta-voz, em declarações
à comunicação social.
O representante recordou que a União Europeia (UE) só intervém em
casos de perigo sanitário, para proibir a comercialização de um
produto.
Em outros casos, o controlo dos produtos é uma competência dos
Estados-membros, indicou o porta-voz, sublinhando que "todos os
alimentos na UE são rastreáveis".
"Pode levar alguns dias, algumas horas", mas "podemos conhecer a fonte
do problema", concluiu.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3047503&seccao=Europa&page=-1

Reunião europeia esta semana para abordar fraude com carne de cavalo

LUSA 11/02/2013 - 21:07

A carne foi comercializada nos preparados da marca Findus CHRIS HELGREN/REUTERS

O ministro francês da Agricultura, Stéphane Le Foll, anunciou hoje uma
reunião europeia até ao final da semana sobre o escândalo relacionado
com a utilização de carne de cavalo em refeições ultracongeladas e
identificada como "carne de vaca", e os problemas da etiquetagem.

O ministro francês do Consumo, Benoît Hamon, também anunciou o
"reforço imediato" do controlo sobre todos os produtos suspeitos. A
direcção do organismo de combate às fraudes vai ainda colocar "sob
vigilância" os canais de distribuição de peixe e carne no ano de 2013.

Após uma reunião de crise em Paris, Le Foll precisou que a "reunião
até ao final da semana a nível europeu sobre esta questão colocada
pela fraude relacionada com a etiquetagem vaca e quando havia cavalo"
foi decidida "de comum acordo" com o Reino Unido, o país que está na
origem do escândalo.

Em comunicado, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA)
revelou estar ao corrente da manipulação de carne bovina com carne de
cavalo e garantiu que a origem da fraude está a ser actualmente
investigada por especialistas em toda a Europa, que já solicitaram a
realização de testes intensivos.

Em paralelo, o primeiro-ministro da Roménia, Victor Ponta, assegurou
ainda hoje que as inspecções realizadas nos matadouros do país provam
que as empresas romenas não exportaram carne de cavalo identificada
como carne bovina em produtos do fabricante de congelados Findus.

"Não ocorreu nenhuma violação das normas europeias por parte das
empresas romenas ou das que estão presentes no território nacional",
precisou Ponta durante uma conferência de imprensa em Bucareste com o
comissário europeu da Cultura, Dan Ciolos.

Ponta refutou as acusações de que a carne era proveniente da Roménia,
e referiu-se à "tendência para colocar as responsabilidades nos novos
membros da União Europeia, com uma pior imagem".
No final da semana passada, foram descobertas grandes quantidades de
carne de cavalo em refeições ultracongeladas, etiquetadas como
contendo carne de vaca, que eram comercializadas pela marca sueca
Findus. Os produtos tinham sido distribuídos no Reino Unido, França e
Suécia.

A carne em questão, alegadamente de origem romena, terá sido
transaccionada por um comerciante holandês, passando depois por um
cipriota, antes de ter chegado ao fornecedor francês, Spanghero, e de
ter sido direcionada para o fabricante francês Cogimel.

A carne foi depois comercializada nos preparados da marca Findus,
distribuída por diferentes operadores.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/reuniao-europeia-esta-semana-para-abordar-fraude-com-carne-de-cavalo-1584189

Ovibeja promove III Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra

A Ovibeja 2013 – que se realiza entre 24 e 28 de Abril – já lançou a
3ª edição do Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio
Ovibeja.

O concurso, o único de âmbito internacional realizado em Portugal, é
uma organização conjunta da ACOS – Agricultores do Sul e da Casa do
Azeite - Associação do Azeite de Portugal, e tem como objectivo
principal distinguir os Azeites Virgem Extra de excelência, promovendo
sobretudo a cultura e a imagem do Azeite de qualidade.

Pelo seu grau de exigência e criteriosa composição do júri
internacional, composto por alguns dos mais renomados peritos oriundos
dos principais países produtores, que este ano se alargará ainda mais,
este concurso é já uma referência ao nível dos vários concursos de
Azeite Virgem Extra que se organizam anualmente, não só no País, como
no panorama internacional.

Mais uma vez, os organizadores vão estimular a participação alargada
de azeites dos principais países produtores europeus, bem como a
participação de azeites provenientes de outras geografias,
nomeadamente dos novos países produtores da América Latina, como o
Chile ou a Argentina, da Austrália ou da Nova Zelândia.

Para mais informações sobre o concurso, contactar a Casa do Azeite
através do telefone: 21 384 18 10.

Fonte: ACOS

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/12.htm

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

PS quer garantias do Governo sobre "financiamento integral" do Alqueva e conclusão em 2015

Lusa
18:00 Segunda feira, 11 de fevereiro de 2013

Beja, 11 fev (Lusa) -- O PS quer que o Governo garanta a "finalização
total" do Alqueva em 2015, comprometendo-se com "o seu financiamento
integral", e que seja criada uma Intervenção Territorial Integrada
para o projeto no próximo período de apoios comunitários.

A posição do PS consta de um projeto de resolução apresentado pelo
grupo parlamentar no Parlamento a propósito do debate parlamentar
sobre o futuro do Alqueva agendado para esta quinta-feira.

O deputado do PS eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, disse hoje à
agência Lusa que o projeto de resolução pretende que o Governo garanta
a "finalização total" do empreendimento em 2015, ou seja, a conclusão
nessa data da vertente agrícola do projeto, e que assegure o seu
"financiamento integral".


http://expresso.sapo.pt/ps-quer-garantias-do-governo-sobre-financiamento-integral-do-alqueva-e-conclusao-em-2015=f786521

IFN6: Áreas dos usos do solo e das espécies florestais de Portugal continental em 1995, 2005 e 2010

Foram hoje apresentados, na Tapada Nacional de Mafra, os dados
relativos à evolução das áreas dos usos do solo e das espécies
florestais de Portugal continental para os anos de 1995, 2005 e 2010
(resultados preliminares) prevendo-se, para 2014, a edição do
relatório final do Inventário Florestal Nacional 6 (IFN 6).

O 6º Inventário Florestal Nacional (IFN6) teve por base um processo
multitemporal de análise de alteração do uso / ocupação do solo (para
os anos de referência de 1995, 2005 e 2010), incluindo, também, uma
caracterização detalhada ao nível das classes de ocupação agrícola.

As principais conclusões são:

O uso florestal do solo e o uso dominante do território continental
(35,4% em 2010).
A área florestal diminuiu durante o período 1995 a 2010,
correspondendo a uma taxa de perda liquida de -0,3% por ano.
A área arborizada (povoamentos) aumentou (+0,4% por ano) durante o
mesmo período.
O eucalipto (dominado pela espécie Eucalyptus globulus) é a principal
ocupação florestal do Continente em área (812 mil ha), o sobreiro a
segunda (737 mil ha), seguido do pinheiro-bravo (714 mil ha).
O uso agrícola do solo apresenta uma diminuição acentuada (-12%).
Os espaços urbanos apresentaram um aumento de 35%, mais significativo
no período 1995 a 2005 (26%), mais reduzido entre 2005 -2010 (7%).
A área de pinheiro-bravo apresenta uma forte redução, de -13%
relativamente a superfície arborizada (povoamentos) e de -27% quanto a
superfície total (povoamentos e superfícies temporariamente
desarborizadas, i.e. superfícies cortadas, ardidas e em regeneração).
Verifica-se um aumento significativo das áreas arborizadas com
pinheiro-manso (+54%) e castanheiro (+48%).
A área total pinheiro-bravo diminui 263 mil ha entre 1995 e 2010. A
maior parte desta área transformou-se em "matos e pastagens" (165 mil
ha), 70 mil em eucalipto, 13 mil em espaços urbanos e 13,7 mil em
áreas florestais com outras espécies arbóreas.
A área total de eucalipto aumentou 13% entre 1995 e 2010. Para este
aumento contribuem 70 mil ha de áreas ocupadas por pinheiro-bravo em
1995; 13,5 mil ha de superfícies ocupadas por matos e pastagens e 12
mil de áreas agrícolas. Cerca de 8 mil ha que eram floresta de
eucalipto em 1995 constituem uso urbano em 2010.
A área de sobreiro apresenta-se estável ente 1995 e 2010, com uma
ligeira diminuição.
A área de floresta em matas nacionais e perímetros florestais, sob
jurisdição do ICNF, corresponde a 5,8% da floresta de Portugal
continental.
A área de floresta em integradas no Sistema Nacional de Áreas de
Conservação corresponde a 18,7% da floresta de Portugal continental.
Fonte: ICNF

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/11e.htm

Rússia proíbe importação de carne dos Estados Unidos

Lusa
11 Fev, 2013, 09:42

A Rússia proibiu, a partir de hoje, as importações de carne e de
produtos cárneos procedentes dos Estados Unidos por motivos de
segurança alimentar, anunciou o Serviço Federal de Controlo
Veterinário e Fitossanitário da Rússia (Rosselkhoznadzor).
"Os fornecimentos serão possíveis se eles (os exportadores dos Estados
Unidos) garantirem que os fornecedores não utilizam ratopamina",
declarou Guennadi Onischenko, dirigente dos serviços sanitários
russos, citado pela agência Interfax.

A presença de ratopamina, fármaco que estimula o crescimento muscular
e que está proibido na Rússia e na União Europeia, detetada em alguns
lotes de carne norte-americana, foi o principal motivo da proibição,
esclarece o Rosselkhoznadzor.

"Visto que continuámos a detetar ratopamina na carne importada dos
Estados Unidos, tencionamos restringir a entrada desses produtos",
frisou Serguei Dankvert, chefe do Rosselkhoznadzor.

Dankvert acrescentou que se trata de "uma medida forçada", porque a
parte norte-americana se recusou a cumprir as exigências sanitárias da
Rússia neste campo.

A Rússia planeava restringir também a importação de carne canadiana
pelo mesmo motivo, mas, na semana passada, a Agência de Inspeção
Alimentar do Canadá garantiu às autoridades russas que cumprirá as
exigências relativas à ratopamina.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=627072&tm=6&layout=121&visual=49

Vocação gastronómica pode ajudar a salvar da extinção a ovelha Churra do Campo

Lusa
9:11 Segunda feira, 11 de fevereiro de 2013

Castelo Branco, 11 fev (Lusa) - A produção de queijo com sabor
distinto para nichos de mercado ou a carne de borrego são apontadas
como vocações gastronómicas da Churra do Campo e que podem ajudar a
salvar a ovelha da extinção.

A espécie autóctone da Beira Baixa tem sido abandonada pelos
agricultores a favor de raças que dão mais leite, até que há seis anos
a Câmara de Penamacor iniciou um projeto de conservação acompanhada
pela Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco.

No início eram 120 ovelhas, lentamente o efetivo tem crescido e já são
260 - ainda assim, longe do número necessário para se considerar fora
de risco de extinção, explica à Lusa, Carlos Andrade, docente da ESA,
do Instituto Politécnico de Castelo Branco, e secretário técnico do
livro genealógico da Churra do Campo.

http://expresso.sapo.pt/vocacao-gastronomica-pode-ajudar-a-salvar-da-extincao-a-ovelha-churra-do-campo=f786365

Essência do Vinho - Porto celebrou 10 anos com 23.000 visitas

Cerca de 23.000 pessoas visitaram o evento ESSÊNCIA DO VINHO - PORTO,
que terminou este domingo no Palácio da Bolsa. O número recorde de
visitantes é o desfecho com chave de ouro de uma edição especial, a
10ª edição, em que a organização preparou "o melhor programa de
sempre".

"O público percebeu o grande esforço que empreendemos nesta edição e
compensou-nos com esta elevada adesão que, uma vez mais, nos deixa
imensamente satisfeitos. Por comparação com o ano anterior,
registou-se sobretudo um aumento de visitantes nos dois primeiros
dias, mas este valor total, na ordem das 23.000 pessoas (17% das quais
estrangeiras) é encarado por nós, sobretudo, como uma prova de
reconhecimento do evento enquanto dinamizador da cidade e de todo um
país, ambos com uma ligação umbilical ao vinho", observa Nuno Botelho,
director da EV-Essência do Vinho.

"Nestes últimos 10 anos o sector do vinho é unânime em valorizar o
contributo do evento ESSÊNCIA DO VINHO - PORTO enquanto ferramenta
estratégica de comunicação, em particular junto dos consumidores e dos
líderes de opinião. Contribuímos para posicionar o vinho, para
descomplicar a linguagem que lhe está associada, para o apresentar
mais acessível e apelativo. Além disso, conseguimos que o evento
tenha, 10 edições volvidas, alcançado uma posição de destaque entre as
iniciativas europeias desta área, algo que fica bem patente através do
aumento da procura de líderes de opinião estrangeiros e do crescimento
das referências a propósito do evento em guias e publicações
internacionais", reforça Nuno Pires, também director da EV-Essência do
Vinho.

O ESSÊNCIA DO VINHO - PORTO é uma organização da empresa EV-Essência
do Vinho e da Associação Comercial do Porto.

Porto, Funchal…
e Rio de Janeiro

O evento que nasceu e tem conhecido expressão maior na cidade do Porto
prepara-se agora para atravessar novamente o Atlântico. Após a
estreia, no final do ano passado, no Funchal (regressará à Madeira
este ano), nos próximos dias 2 e 3 de Maio o conceito do evento
internacionaliza-se com a estreia do ESSÊNCIA DO VINHO - RIO DE
JANEIRO.

"É mais um passo na afirmação internacional da marca Essência do
Vinho. A empresa EV-Essência do Vinho conta já experiência de actuação
em alguns mercados internacionais e em 2012 decidiu criar a Essência
do Vinho Brasil, uma empresa apenas focada na actuação no mercado
brasileiro. Com a realização do ESSÊNCIA DO VINHO - RIO DE JANEIRO
estamos a levar um conceito, que já tem provas dadas de sucesso, até
um dos principais mercados emergentes da actualidade, especialmente
para os vinhos portugueses", explica Nuno Pires.

"Os produtores, muito em particular os portugueses, confiam no nosso
trabalho, no conhecimento e experiência que temos no Brasil. Por isso,
estão a responder muito positivamente a este novo desafio que lhes
lançamos e vários já reservaram presença no ESSÊNCIA DO VINHO - RIO DE
JANEIRO. Em paralelo, muitas distribuidoras de vinhos no Brasil e
produtores de países tão distintos como Chile, Argentina, França,
Itália ou Espanha também já mostraram interesse em participar no
evento, pelo que perspectivamos uma estreia auspiciosa", complementa
Nuno Botelho.

Fonte: EV | Comunicar Essência

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/11.htm

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Corte das ajudas mal recebida entre os operadores agrícolas

Sector não esconde desapontamento com novo pacote de ajudas, que prevê
uma diminuição de 7,6% no total de apoios comunitários até 2020


Corte nas ajudas agrícolas
Orlando Almeida
09/02/2013 | 10:00 | Dinheiro Vivo
É geral o mal-estar entre os operadores agrícolas face à perspetiva de
redução nas verbas no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e até
desvalorizado o ganho adicional de 500 milhões de euros aprovado no
Conselho Europeu.
Os 8,1 mil milhões de euros (menos 7,6% face ao quadro anterior) serão
repartidos pelo chamado primeiro pilar, das ajudas diretas, com 4,5
mil milhões de euros, e pelo segundo pilar, do desenvolvimento rural,
com 3,6 mil milhões.
A versão adotada pelos 27 chefes de Estado e de Governo é muito
afastada daquela que tinha sido aprovada pelo Parlamento Europeu, em
janeiro, a qual permitia a Portugal um ganho adicional de 362 milhões
de euros face à proposta inicial da Comissão Europeia. De qualquer
modo, Conselho e Parlamento ainda vão ter de se entender para chegar
ao acordo final da PAC que terá de estar concluído até junho.
O eurodeputado Capoulas Santos, autor da proposta aprovada pelo
Parlamento Europeu, considera "dececionantes" os resultados do
Conselho, lamentando o "afastamento" de posições entre os dois
organismos comunitários, e sublinhou o ganho que a sua proposta teria
para Portugal.
Já a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (Confagri)
defende que a redução das ajudas no âmbito da PAC é um "erro
estratégico" para a Europa e para Portugal, "tendo em conta que países
como China e EUA estão a apoiar fortemente a produção agrícola". Sem
esses apoios a nível europeu, "não é possível competir", assinala
Antónia Figueiredo, secretária-geral adjunta da Confagri. "Para
Portugal é ainda mais gravoso", no atual contexto de crise, na medida
em que a agricultura "cria riqueza" e permite "diminuir as
importações". "Tudo o que seja diminuir os apoios aos agricultores é
prejudicial", sustenta.
A Confederação da Agricultura Portuguesa (CNA) entende que o Conselho
Europeu se traduziu numa "pesada derrota" para Portugal por comparação
com as "perdas" relativas ao anterior quadro de apoio. "Vitória seria
reforçar as verbas", sublinha João Dinis, dirigente da CNA, sem
grandes esperanças nos 500 milhões anunciados. Insiste que, agora, o
importante é defender, nomeadamente, a modulação das ajudas (redução
por escalões) e estabelecer limites máximos por exploração/agricultor,
bem como a "convergência" dos valores-base a receber por Portugal e
por agricultor em comparação com os outros países.
Apesar da quebra nas ajudas, em relação aos 500 milhões de euros
adicionais, Ricardo Brito Pais, vice-presidente da Associação dos
Jovens Agricultores (AJAP), admite esse como um dos aspetos a destacar
do Conselho de ontem, na medida em que se dispensam o dinheiro do
Estado no co-financiamento.
José Martino, empresário e consultor agrícola, entende como positivo o
simples facto de ter havido um acordo entre os 27, no sentido de tal
significar a ausência de paragens entre os dois quadros de apoio, sob
pena de estas induzirem desmotivação no sector para o investimento.
Por outro lado, estando o país sob ajuda externa, julga que "seria
moral e ético aumentar as verbas para Portugal face ao passado".
Carlos Noéme, presidente do Instituto Superior de Agronomia, é crítico
em relação a um qualquer reforço hipotético das ajudas no primeiro
pilar, "por valorizarem quem tem grandes áreas, mesmo que não
produza", e é apologista de mais verbas para o segundo pilar,
vocacionado para o investimento, a reconversão e inovação agrícolas,
por ver aí o rumo certo para o país. "Fruto desse investimento é que a
agricultura está a crescer em Portugal, e com ela a agroindústria, que
é neste momento o sector industrial mais dinâmico da economia".
Defende também a criação de novos agentes, destacando a crescente
procura do ISA por parte dos jovens e a importância que a formação e o
desenvolvimento tecnológicos estão a ter no aumento da produtividade
agrícola.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) decidiu reservar
para mais tarde um comentário às decisões do Conselho Europeu.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO099598.html?page=0

Subsídios agrícolas continuarão com maior fatia no orçamento da UE

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 18:26 BRST Imprimir [-] Texto [+]
Por Charlie Dunmore

BRUXELAS , 8 Fev (Reuters) - Os subsídios à agricultura continuarão a
consumir a maior fatia do orçamento da União Europeia até 2020, apesar
de uma queda de 13 por cento no futuro com as despesas agrícolas, como
parte de um acordo fechado pelos líderes da UE nesta sexta-feira.

A supremacia da agricultura no orçamento ficou assegurada depois que a
França e outras nações agrícolas frustraram as tentativas da
Grã-Bretanha e seus aliados do norte da Europa de deslocar uma parte
maior dos gastos da UE para novas medidas destinadas a impulsionar o
crescimento e o emprego.

Como resultado, os subsídios agrícola, que consumirão 38 por cento do
orçamento da UE no período 2014-2020, o equivalente a 363 bilhões de
euros (485,7 milhões dólares) do total de 960 bilhões de euros, ou
seja, cerca de 50 bilhões de euros por ano.

Isso já é uma redução significativa em comparação com os 417 bilhões
de euros à agricultura no atual orçamento de sete anos, mas os
partidários da Política Agrícola Comum do bloco europeu (PAC),
iniciada há 50 anos, vão argumentar que resultado poderia ter sido
muito pior.

O presidente francês, François Hollande, foi rápido ao reivindicar a
vitória nas negociações, dizendo que a França tinha conseguido manter
seus subsídios agrícolas, enquanto outras nações tiveram os delas
cortados.

"A participação relativa das despesas agrícolas no orçamento europeu
vai diminuir, mas tenho certeza de que foram preservados a recursos
destinados para os nossos agricultores", disse ele em coletiva de
imprensa, no final das negociações de 24 horas de duração.

O comissário da área agrícola da UE, o romeno Dacian Ciolos, afirmou
que o acordo confirma a importância da política agrícola europeia para
os 50 por cento dos cidadãos da UE que vivem em áreas rurais.

"Os líderes da UE reiteraram a sua confiança em uma PAC modernizada e
reconheceram a importante contribuição da agricultura e das áreas
rurais para a economia da UE", disse ele em um comunicado.

A única discordância total coube ao poderoso lobby do setor agrícola
europeu, acostumado a ver os seus subsídios protegidos em orçamentos
anteriores da UE.

"A decisão vai significar uma redução de 15 por cento em despesas da
PAC, ameaçando o emprego de 40 milhões de pessoas no setor
agro-alimentar e milhões mais em áreas rurais", afirmou em comunicado
o lobby agrícola Copa-Cogeca.

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE91706Z20130208

O PCP classificou hoje como "profundamente lesivo dos interesses nacionais" o acordo conseguido em Bruxelas

Cimeira: PCP diz que orçamento "é profundamente lesivo" para para Portugal

PCP
Gerardo Santos
08/02/2013 | 19:37 | Dinheiro Vivo
O PCP classificou hoje como "profundamente lesivo dos interesses
nacionais" o acordo conseguido em Bruxelas sobre o orçamento
comunitário e disse que tudo vai fazer no âmbito das negociações no
parlamento europeu.
"A aprovação deste acordo não autoriza qualquer posição de regozijo
por parte do Governo português, ele é profundamente lesivo dos
interesses nacionais", afirmou o dirigente comunista Ângelo Alves, em
declarações à Lusa.
"O acordo alcançado hoje no Conselho Europeu sobre o quadro financeiro
plurianual é sintomático quanto ao estado do processo de integração
capitalista na Europa, demonstra a completa falência da tão proclamada
política de solidariedade e coesão e revela até onde vai o grau de
imposição do diretório de potências na definição da política económica
e orçamental da União Europeia".
Por mais que "o Governo teime num exercício de ilusionismo político em
afirmar o contrário, o acordo hoje aprovado em Bruxelas é
profundamente negativo para Portugal e para os portugueses", apontou
Ângelo Alves.
O orçamento comunitário define "um teto de 908 mil milhões para
despesas efetivas", o que leva a uma queda para "0,95% do rendimento
nacional bruto do conjunto de Estados da União Europeia", referiu.
"Estamos perante uma redução histórica cujo impacto é ainda mais
acentuado no contexto do previsto alargamento da União Europeia a 28
Estados membros", disse.
Para o PCP, "a verdade nua e crua dos factos é que Portugal perde
cerca de 10% do financiamento da União Europeia em comparação com o
quadro financeiro em vigor", chamando a atenção para as rubricas da
política de coesão e da política da agricultura comum.
Ângelo Alves deu como exemplo que Portugal pode "perder no mínimo 500
milhões de euros" no âmbito do desenvolvimento rural e da política
agrícola.
O PCP considera que o orçamento comunitário aprovado vai trazer mais
divergência, mais crise e mais injustiça e assegura que "tudo fará
para que, no quadro das negociações no Parlamento Europeu, esta
proposta do Conselho seja liminarmente derrotada".
Após uma maratona negocial de mais de 24 horas, os chefes de Estado e
de Governo chegaram a acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual da
UE para o período 2014-2020, que contempla 959 mil milhões de euros em
compromissos (autorizações), o que representa uma redução de 34 mil
milhões relativamente ao quadro financeiro anterior (2007-2013).
No que respeita a Portugal, a nova proposta de orçamento plurianual da
UE apresentada hoje pelo presidente do Conselho Europeu contempla um
envelope de 500 milhões de euros para o desenvolvimento rural, além do
"cheque" de 1.000 milhões, oferecido em novembro, que ganha uma
distribuição mais flexível.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que representou Portugal nas
negociações, destacou, no final, que os benefícios para Portugal
superam mesmo os da proposta inicial da Comissão Europeia,
classificando o orçamento como "satisfatório".

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO099210.html?page=0

Barragem de Veiros deita fora milhares de metros cúbicos de água por dia

MARIA ANTÓNIA ZACARIAS 08/02/2013 - 00:00

A nova barragem do concelho de Estremoz deverá irrigar 1174 hectares a
partir de 2015 ADRIANO MIRANDA

Atraso dos serviços do Ministério da Agricultura está a impedir que as
comportas da nova barragem sejam encerradas

A recém-construída barragem de Veiros, no concelho de Estremoz, está a
desperdiçar milhares de metros cúbicos de água por dia. A fiscalização
por parte da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo
peca por tardar, o que leva a Associação de Beneficiários do Perímetro
de Rega de Veiros a recear que o regadio, previsto para 2015, se
inicie logo com muitas dificuldades em cobrir toda a área beneficiada.

José Nuno Pereira, vice-presidente da associação, critica o facto de a
barragem "estar a despejar desde os finais de Outubro do ano passado
até hoje, em vez de estar a encher". O problema, refere o empresário
agrícola, está no atraso das acções de fiscalização a que a barragem
tem de ser submetida ao longo das várias fases de enchimento.

"Se a fiscalização fosse mais célere, já poderíamos estar a aproveitar
a água e, assim, está a ser mandada para a ribeira de Ana Loura, que
segue o seu curso até ao rio Tejo e que vai desaguar no mar",
sustenta.

O dirigente associativo diz não entender as razões do atraso da
vistoria do Ministério da Agricultura, alegando já terem sido
efectuados testes à barragem que "revelaram que está tudo a funcionar
bem". Os dispositivos da barragem, acrescenta, descarregam em
condições e estão a trabalhar devidamente.

Deste modo, e depois de ter realizado vários contactos com a Direcção
Regional, a associação continua a reclamar a maior urgência para que
as comportas possam ser encerradas. "Se o regadio está previsto para
2015, e se em 2013 vamos continuar a descarregar água, isto começa a
comprometer o enchimento da albufeira para que em 2015 possa estar a
regar em pleno", adverte o responsável da associação de beneficiários.

José Nuno Pereira assevera que a rentabilização da infra-estrutura
está a ser posta em causa porque, neste momento, "a barragem já podia
ter atingido metade da sua capacidade". O projecto prevê que Veiros
tenha uma capacidade total para 17 milhões de metros cúbicos que
poderão regar 1174 hectares explorados por meia centena de
agricultores.

O dirigente associativo sublinha que esta barragem representa uma
grande mais-valia para o Alentejo, e mais precisamente para o concelho
de Estremoz, sobretudo para as empresas agrícolas que podem ser
capazes de criar riqueza com esta nova valência do regadio. "A
agricultura é um sector que demora cerca de dez anos a ser competitivo
no mercado e se andamos sempre a mudar de políticas agrícolas nunca
nos deixam atingir o objectivo que é o da produção nacional e da
exportação", salienta, acrescentando: "Esta infra-estrutura também
poderá servir de reserva estratégica de água no caso de ser necessário
abastecer a população do concelho."

O projecto da barragem de Veiros já vem do tempo do Estado Novo,
embora haja quem diga que é ainda mais antigo, do início do século
XIX. Certo é que esteve décadas adiado e após muitas reivindicações
por parte das populações e do poder local foi finalmente edificado.

O vice-presidente da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega
de Veiros diz estar já habituado a entraves, estando, agora, perante
um outro que tem que ver com a autorização da ministra da Agricultura,
Assunção Cristas, para o início das obras de infra-estrutura do
terreno adjacente à barragem. "Estamos à espera para podermos avançar
com as obras da rede de rega, com os caminhos e com a construção da
estação elevatória porque está tudo já aprovado e adjudicado", garante
o dirigente associativo.

http://www.publico.pt/local-lisboa/jornal/barragem-de-veiros-deita-fora-milhares-de-metros-cubicos-de-agua-por-dia-26030440

Mapa identifica as estradas do Sul com maior risco de colisão com javalis

NICOLAU FERREIRA 06/02/2013 - 00:00

Quatro quintos dos acidentes entre veículos e javalis acontecem em
estradas nacionais e regionais

Bióloga fez estudo inédito que avalia os percursos onde carros e
javalis se podem cruzar e causar acidentes. Évora, Beja e Portalegre
são os distritos onde há mais risco de um choque com estes animais

Se, numa noite de Inverno, um javali se atravessar à frente do seu
carro, saiba que um possível choque faz parte de um problema europeu
que está em crescimento por cá. Por ano, estima-se que 300 pessoas
morram na Europa devido a acidentes rodoviários com ungulados -
animais como o javali, o veado ou o cavalo. Em Portugal, a
contabilização não representa o verdadeiro problema. Entre 2000 e
2011, houve pelo menos 221 acidentes nos distritos a sul do Tejo - foi
a partir desta informação que a bióloga Estrela Matilde fez um mapa
inédito das estradas com mais risco na região.

Os distritos mais perigosos são Évora e Beja, o menos perigoso é Faro,
e é nas estradas nacionais e regionais que um acidente destes é mais
provável, sugerem os resultados da tese de mestrado da bióloga, na
Universidade de Évora.

"O aumento crescente dos registos dos acidentes ao longo dos últimos
12 anos, que poderá traduzir um aumento real no número de acidentes,
faz prever que esta venha a ser uma realidade preocupante", escreve
Estrela Matilde. "Daí a necessidade de perceber [este fenómeno], para
se poder agir", explica a bióloga, de 27 anos, que terminou o mestrado
em 2012, com orientação de António Mira e Sara Santos, investigadores
da Universidade de Évora.

Em Portugal, o animal selvagem mais frequente com um tamanho capaz de
pôr em perigo quem está dentro de um veículo é o javali (Sus scrofa).
As vacas e os cavalos podem ter maior porte, mas existem em menor
número e são controlados pelo homem.

Apesar de não haver uma contagem actualizada da população de javalis
no país, o conhecimento de campo e o aumento do número de animais
caçados apontam para que esta espécie esteja em expansão. No Alentejo,
o abandono dos terrenos agrícolas e a disponibilidade de alimento e
abrigo durante todo o ano são factores que permitem este crescimento.
O que faz com que 61,5% dos javalis caçados sejam desta região. Estes
dados são um alerta para o que pode acontecer numa viagem corriqueira
de carro.

A tese "foi um ponto de partida para perceber se esta é realmente uma
problemática e se é preciso agir nesse sentido", explica Estrela
Matilde. "Os nossos resultados dizem-nos que sim."

9200 quilómetros de alcatrão

Para isso, a bióloga começou por recolher junto da Guarda Nacional
Republicana a informação existente sobre os acidentes rodoviários com
javalis nos distritos de Portalegre, Setúbal, Évora, Beja e Faro.
"Infelizmente, a amostragem que temos destes acidentes é uma pequena
amostra da realidade, porque a grande maioria dos acidentes deste
género não é reportada às autoridades." Por uma questão de tempo,
ficaram de fora do trabalho da tese os distritos a norte do rio Tejo.

Depois, assinalou o local de ocorrência dos acidentes num mapa com as
estradas destes distritos. Existem 9200 quilómetros de alcatrão na
região estudada, divididos em 610 quilómetros de auto-estradas, 620 de
itinerários principais, 4200 de estradas nacionais e regionais e 3800
de estradas municipais.

Os distritos mais afectados com acidentes foram Évora, com 121, e
Portalegre, com 59 acidentes. E 175 das 221 colisões ocorreram em
estradas nacionais ou regionais.

Para avaliar as estradas com maior risco, a bióloga dividiu os 9200
quilómetros de rodovia em hexágonos com uma área de quatro quilómetros
quadrados que abrangem o troço de alcatrão e área à volta. Isso
resultou numa rede de 4221 hexágonos que se sobrepõem à rede de
estradas dos quatro distritos.

Deste modo, foi possível caracterizar cada hexágono em relação a
diversas variáveis: a altitude, o declive, o clima, a presença de
rios, a abundância de javalis obtida a partir do índice de caça, o
tipo de usos de solo e o tipo de estrada. Com esta caracterização, a
bióloga comparou os 4221 com os hexágonos em que tinha havido
acidentes, para "perceber quais os factores [descritos acima] de
agregação dos acidentes, de maneira a conseguir prever locais mais ou
menos perigosos, consoante esses factores que "ocorrem" nos locais
onde houve acidentes", explica a cientista, sublinhando que ainda vai
trabalhar mais os dados para tornar os resultados, para já
provisórios, mais robustos.

"As estradas nacionais e regionais são as de maior risco, porque não
apresentam vedações nem impedimentos dos animais à via, e porque são
estradas mais sinuosas que acabam por integrar habitats preferenciais
à espécie", acredita Estrela Matilde. Por outro lado, as áreas
agrícolas são aquelas onde o risco de atropelamento é maior, já que
têm alimento e são atractivas para os javalis.

A partir desta avaliação, obteve-se um mapa com quatro cores, do azul
ao laranja, onde um troço de uma estrada num hexágono azul apresenta
risco reduzido de atropelamento do javali e o laranja apresenta um
risco muito elevado. Depois de Évora e Beja, os distritos com mais
hexágonos amarelos e laranjas, vem logo a seguir o de Portalegre. Os
resultados para o distrito de Évora coadunam-se com o número de
acidentes contabilizados. Em Beja, pode haver, por um lado, uma menor
contabilização de acidentes. Por outro, a baixa densidade populacional
no distrito pode explicar um menor número de encontros trágicos. Faro
é o distrito que apresenta menos perigo.

E o que se pode fazer para diminuir os riscos de, numa noite de
Inverno, um javali fazer-nos a vida negra? "Existem medidas para
impedir o acesso dos animais à via, através de vedações, barreiras,
direccionando-os para passagens que possam utilizar com segurança. É
importante também, depois de analisar os locais perigosos, instalar
mecanismos que "avisem" os condutores da presença de animais",
responde-nos a bióloga. Mas o melhor, quando passar por estas
estradas, é manter-se alerta, para o caso de um animal destes se
cruzar no seu caminho.

http://www.publico.pt/ciencias/jornal/mapa-identifica-as-estradas-do-sul-com-maior-risco-de-colisao-com-javalis-26014929

O murchar das palmeiras

OPINIÃO

HELENA FREITAS 06/02/2013 - 16:12
Controlar e assegurar a sanidade dos materiais de propagação e
monitorizar e erradicar as doenças não é possível sem recursos
técnicos adequados.

Nos últimos tempos, em especial quem vive nas cidades tem sido
surpreendido com a mortalidade de muitas palmeiras, que subitamente
desaparecem das praças e das ruas da cidade, ou dos jardins de algum
vizinho.

Alguns terão mesmo respondido com mágoa a um mandado irrefutável,
sendo obrigados a abater palmeiras agonizantes que ornamentavam há
muitos anos os seus jardins.

De uma forma ou de outra, percebemos que há um problema grave com as
palmeiras, e a própria imprensa tem feito divulgação das ocorrências e
da doença que as afecta. Neste caso, o flagelo fica a dever-se à
voracidade de um insecto não originário da Europa (Rhynchophorus
ferrugineus), que ataca um vasto leque de palmeiras, as quais
tipicamente usamos para ornamentar as avenidas e jardins de muitas
cidades do país.

Este insecto já está presente em todos os países mediterrânicos e
ameaça condenar a esmagadora maioria das palmeiras nesta região. A
gravidade e o potencial de expansão desta doença determina que as
palmeiras importadas de países terceiros afectados devem ficar em
quarentena, para que as autoridades possam actuar, detectando
eventuais sinais precoces da doença.

Este é um procedimento normal na prevenção da disseminação de doenças
e está naturalmente previsto para as plantas. Todavia, controlar e
assegurar a sanidade dos materiais de propagação e monitorizar e
erradicar as doenças não é possível sem recursos técnicos adequados.

Tendo em conta a escassez de meios de que dispomos, pode admitir-se
que se trata de uma situação de algum modo fora de controle.

Sendo a eficácia da praga quase garantida, e tendo em conta a escassez
de meios de que dispomos, pode admitir-se que se trata de uma situação
de algum modo fora de controle, pois está muito dependente do
conhecimento e vigilância das pessoas e da pronta actuação das
autoridades com responsabilidade nestas áreas.

Embora de natureza distinta, destaco uma outra praga que se disseminou
recentemente no país, com grave impacto económico, e que a maioria dos
portugueses acompanhou: a do nemátode-da-madeira-do-pinheiro ou
murchidão-dos-pinheiros. Esta última deve-se à actuação da espécie
Bursaphelenchus xylophilus, levando à morte do pinheiro num intervalo
de poucas semanas ou meses. Os sintomas traduzem-se no rápido
amarelecimento das agulhas, até atingirem uma cor
vermelho-acastanhada, bem como uma súbita redução da produção de
resina. A propagação do nemátode e a infecção de novas árvores depende
de um insecto-vector.

Recordo estas duas situações de calamidade associadas à mortalidade de
espécies vegetais, sendo uma espécie de interesse ornamental e uma
espécie florestal com forte impacto económico, mas podia citar muitas
outras, em particular as doenças que nunca deixam de ameaçar sectores
vitais da nossa economia, como a fruticultura nacional ou mesmo o
importante sector do vinho.

Ao fazê-lo, tenho dois propósitos: por um lado, manifestar a
preocupação que tenho com a perda de recursos e competências do Estado
para monitorizar e resolver situações fitossanitárias que são cada vez
mais complexas, entre outras coisas, porque as causas também o são, e,
por outro, chamar a atenção para a necessidade de pensar os
ecossistemas e as espécies seleccionadas em meio urbano, não apenas
pela sua expressão estética ou por conveniência de momento, mas também
na perspectiva de se evitarem espécies mais susceptíveis às pragas, o
que acontecerá mais facilmente quando a escolha se sustenta numa
importação pouco cuidadosa de espécies exóticas, tantas vezes
desadequadas aos espaços que as acolhem.

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/o-murchar-das-palmeiras-1583530

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Máfias são suspeitas na fraude da carne de cavalo

CLARA BARATA 09/02/2013 - 19:37
Carne de cavalo descoberta em alimentos processados é proveniente da
Europa de Leste, onde várias máfias controlam parte do comércio,
sublinham media britânicos


Uma lasanha Findus foi retirada do mercado porque tinha 100% de carne
de cavalo CHRIS HELGREN/REUTERS

Suspeita-se que haja a mão de máfias italianas e polacas no escândalo
da carne de cavalo misturada na carne de vaca picada — ou, nalguns
casos, vendida como se fosse de vaca mas afinal 100% de cavalo — que
esteve nas prateleiras dos supermercados britânicos, noticiaram ontem
os media do Reino Unido.

Há indícios de que veterinários e outros responsáveis por controlar a
qualidade na indústria alimentar, ao nível dos matadouros e nas
fábricas onde são transformados os alimentos, são intimidados para
dizerem que se trata de carne de vaca quando a carne usada é de
cavalo, diz a edição deste domingo do semanário britânico The
Observer. A carne de equino é mais barata e, por isso, é lucrativo
usá-la numa fraude.

O último caso, e o que causou mais escândalo no Reino Unido, onde o
consumo de carne de cavalo é tabu, foi o da lasanha congelada da marca
sueca Findus, feita com 100% de carne de cavalo. A marca testou 18 dos
seus produtos de lasanha de vaca produzidos pelo seu fornecedor
francês Comigel e descobriu 11 refeições pré-cozinhadas que continham
60 a 100% de carne de cavalo.

A empresa francesa Spanghero, de Metz, foi identificada como o
fornecedor original da carne, proveniente da Roménia. Mas as refeições
foram preparadas por uma filial da Comigel no Luxemburgo, diz o jornal
Libération.

Os serviços anti-fraude franceses anunciaram a abertura de uma
investigação e o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, considerou
que "não é aceitável" o "engano" sobre a composição dos pratos da
Findus e assegurou que se aplicarão "as sanções necessárias". A
própria Findus decidiu também apresentar queixa na justiça, para que
seja investigada a origem da fraude. "Fomos enganados", assegurou o
director-geral da Findus França, Matthieu Lambeaux, num comunicado
citado pelo Libération.

A Europa de Leste é um grande fornecedor de carne de cavalo, tanto
para França como para Itália, e cerca de 65 mil cavalos são abatidos
para carne todos anos na Europa, segundo números do Observer. Grupos
criminosos que operam na Rússia e no estados do Báltico controlam uma
parte substancial deste negócio.

Em Portugal, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
não detectou carne de cavalo em alimentos vendidos como vaca, disse à
Lusa, na sexta-feira, fonte oficial do Ministério da Economia. "Na
sequência das notícias sobre a eventual introdução de carne de
equídeos em hambúrguer de bovino e/ou suíno em Inglaterra e Irlanda, a
ASAE desencadeou uma operação a nível nacional, entre 22 e 24 de
Janeiro, com vista a verificar as condições da cadeia alimentar e
colher amostras." Nestas acções de fiscalização a 53 estabelecimentos
"não foram detectadas irregularidades semelhantes às das notícias em
Inglaterra e na Irlanda".

http://www.publico.pt/mundo/noticia/mafias-sao-suspeitas-na-fraude-da-carne-de-cavalo-1583966

Origem da viticultura está na Turquia

7 de Fevereiro de 2013, por Elisabete Mendes


José Vouillamoz, botânico e geneticista



Alguns cientistas revelaram recentemente que a origem do mundo está em
Portugal, em Cabeço de Vide. Agora, um estudo realizado por um grupo
de pesquisadores suíços concluiu que o primeiro lugar onde se plantou
vinho foi no sudeste de Anatolia, onde hoje é a Turquia. José
Vouillamoz, botânico e geneticista, iniciou as pesquisas para
descobrir o berço da vitivinicultura há mais de uma década, em
parceria com o arqueólogo biomolecular Patrick McGovern. A sua linha
de pesquisa era descobrir, geneticamente falando, em que região as
uvas selvagens e vitis viníferas tinham maior proximidade. Os
pesquisadores acreditavam que o local em que esse fenómeno fosse visto
em maior escala seria onde o homem começou a plantar uvas, pensando em
produzir vinho. A região de Anatolia era uma das alternativas, junto
com áreas onde hoje estão a Georgia, Armênia e Azerbaijão.
Depois de colher centenas amostras de variedades de uvas, Vouillamoz
comparou pequenos trechos de DNA denominados microssatélites
(sequências úteis para comparar genomas). Ele traçou perfis de DNA de
acordo com as variedades e mediu a concentração de similaridades entre
as uvas silvestres e as cultivadas. «A nossa hipótese era de que
aquele era o lugar mais provável de ter acontecido a primeira
domesticação da uva», revelou ele.

Combinando os seus campos de pesquisa, o pesquisador concluiu que as
primeiras uvas cultivadas foram plantadas entre 6.000 e 8.000 a.C. E
também descobriu que há algumas ligações surpreendentes. Por exemplo,
a Syrah é 'bisneta' da Pinot. «Esta foi uma notícia de última hora,
porque todos pensam que a Pinot e a Syrah têm origens completamente
diferentes. Eu digo que não! Elas pertencem à mesma árvore
genealógica», explicou Vouillamoz. Outra surpresa: A uva Gouais Blanc,
dita por alguns como produtora de vinhos menos refinados, tem mais de
80 descendentes em circulação, inclusive a Gamay, Chardonnay, Riesling
e Furmint.

http://www.mariajoaodealmeida.com/catalogo_noticias.php?ID=3570&ID_ORG=3

Portugal conseguiu um «excelente acordo», diz Durão Barroso

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou que
Portugal conseguiu "um excelente acordo" nas negociações sobre o
orçamento comunitário para os próximos sete anos, numa maratona de
mais de 24 horas que hoje terminou em Bruxelas.

"Para Portugal, é um excelente acordo", disse José Manuel Durão
Barroso, em declarações a jornalistas portugueses no final dos
trabalhos.
"Portugal tem nas diferentes rubricas, na coesão, na agricultura, uma
boa manifestação da solidariedade europeia", disse, sublinhando um
ponto que classificou de essencial: "a redução do financiamento
português para completar o europeu", no regime de cofinanciamento que
se aplica a políticas como a da coesão e do desenvolvimento rural.
O acordo permite, assim, "uma melhor qualidade dos instrumentos em
termos da sua execução", uma discriminação positiva para Portugal e
outros Estados-membros que considerou estarem "numa situação mais
vulnerável".
Portugal saiu de Bruxelas com um envelope adicional de 500 milhões de
euros garantidos para o desenvolvimento rural, sem cofinanciamento,
que se somam aos 1.000 milhões euros acordados em novembro passado e
agora confirmados para a coesão.
Dinheiro Digital com Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=194616

Floração das amendoeiras do Douro atinge ponto alto no final do mês

Publicado às 11.10

O ponto alto da floração das amendoeiras na região do Douro Superior
deverá acontecer até ao final do mês de fevereiro, disse, o diretor
Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

Amendoeiras em flor embelezam a região do Douro

Segundo Manuel Cardoso, as espécies autóctones de amendoeiras
plantadas nos vales dois rios Douro, Sabor, Águeda e Tua já começaram
a florir e a pintar a paisagem.

"Acredito que este seja um bom ano para a floração das amendoeiras, já
que as condições climatéricas assim o permitem. O tempo tem estado
seco e com algum sol, o que favorece a floração", acrescentou o
responsável.

Apesar de se registar uma "diminuição" das áreas de amendoal na região
do Douro Superior e Terra Quente transmontana, "o espetáculo das
amendoeiras floridas está garantido".

Na região do Douro Superior - que engloba os concelhos de Torre de
Moncorvo, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta,
São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa - há cerca de 10 mil
hectares de amendoal plantado.

Já na Terra Quente transmontana - região que abrange os concelhos de
Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé e Mirandela - há quatro mil
hectares de terreno coberto de amendoeiras.

"Estamos em condições de afirmar que as maiores manchas de amendoal
plantadas no país estão nestas duas regiões, apesar da fama das
amendoeiras do Algarve", frisou.

Estas duas manchas do amendoal proporcionam aos amantes do turismo de
natureza "uma visão fantástica, pintada em tons de branco e rosa",
através de um "fenómeno natural", que ocorre nesta altura do ano e
atrai milhares de pessoas.

O responsável pela DRAPN não tem dúvida de que o espetáculo natural
proporcionado pelas amendoeiras em flor é um "bom pretexto" para
visitar o Douro Superior e Terra Quente transmontana.

"O turismo relacionado com o setor agrícola é sempre uma atividade
complementar à economia regional", concluiu.

As festividades das Amendoeiras em Flor são realizadas entre meados de
fevereiro e final de março nos concelhos da região do Douro Superior
(Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Carrazeda de
Ansiães, Vila Nova de Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3045455&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1

Casa Santos Lima considerada “Best Value Winery”

Home \ Notícias \ Casa Santos Lima considerada "Best Value Winery"
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ontém às 12:59A revista americana Wine Spectator considerou a Casa
Santos Lima como a adega do país com melhor desempenho no que diz
respeito à relação qualidade-preço.

Esta distinção vem reforçar o reconhecimento dos vinhos da Casa Santos
Lima no gigante mercado americano.
Foram 7 os vinhos considerados, posicionando este produtor com uma
média de preço inferior à média do mercado americano, onde é difícil
comprar vinhos de qualidade por menos de 20 dólares.
Esta distinção atribuída à Casa Santos Lima, vai com certeza abrir
várias oportunidades para todos os vinhos de Portugal.

http://www.revistadevinhos.iol.pt/noticias/casa_santos_lima_considerada_%E2%80%9Cbest_value_winery%E2%80%9D__14446

Veja o que está escondido no que come

Gato por lebre

Já lhe passou pela cabeça que pode ter levado para casa fiambre de
peru que tem como ingrediente carne de porco? Ou um bacalhau à Braz
sem bacalhau? Não? Mas acontece... A VISÃO revela-lhe alguns dos
ingredientes escondidos nos alimentos
Paulo M. Santos
10:00 Sábado, 9 de Fevereiro de 2013



Afinal, o que andamos a comer? A VISÃO encontrou respostas
surpreendentes no Biopremier, um laboratório português especializado
em identificar o ADN dos alimentos que estão à venda por todo o País.
Alguma vez pensou em paté de pato sem pato? Refeições vegetarianas com
uma percentagem de carne de porco? Alheiras de caça, em que o porco
substitui o javali e o frango está a fazer o papel de faisão? Todos
estes casos já foram detetados por aquele laboratório.

É nas refeições processadas e embaladas, porém, que se encontram as
maiores surpresas.

Por exemplo, bacalhau à Braz que não tem bacalhau, mas sim outro peixe
menos nobre e mais barato. "Na grande maioria das vezes, o problema
não é de saúde pública, pois o produto encontrado tem boa qualidade",
diz Pedro Antunes, administrador da Biopremier. "A questão é económica
o consumidor paga um produto e recebe outro." Os casos de maior risco
são os que envolvem alimentos incluídos nas listas dos alergénicos e
não referenciados, para o efeito, no rótulo. "Imagine uma pessoa
alérgica ao amendoim e que compra uma refeição processada com este
produto, não mencionado na embalagem. Aqui, já existe um problema de
saúde pública", avisa Pedro Antunes. Outras preocupações remetem para
crenças religiosas ou opções de vida, como seja a existência de carne
de porco, sem referenciação, em produtos adquiridos por pessoas que a
não desejam.

Significa isto que andamos a comer gato por lebre? Mário Gadanho,
investigador e administrador da Biopremier, diz que não. "O controlo é
cada vez mais apertado", assegura. "Hoje, quase todas as grandes
superfícies pedem-nos para analisarmos os artigos que colocam nas
prateleiras." Mas não há regra sem exceção como se verifica na galeria
de fotos acima....



http://visao.sapo.pt/veja-o-que-esta-escondido-no-que-come=f711665

Capoulas Santos lamenta que acordo se distancie das propostas do PE

UE / Cimeira:

O eurodeputado socialista Capoulas Santos afirmou estar "preocupado"
com o acordo hoje alcançado pelo Conselho Europeu sobre o orçamento
comunitário plurianual para 2014-2020, lamentando que a decisão dos 27
se distancie das propostas do Parlamento Europeu (PE).

"Todos sabíamos que era uma negociação muito difícil, porque os
contribuintes líquidos não estão dispostos a abrir os cordões à bolsa
e portanto saberíamos que a probabilidade de redução do orçamento era
muito grande", disse, em declarações à Lusa, o eurodeputado.

"Lamento que a decisão que acaba de ser tomada seja uma decisão que
está muito distanciada da posição do PE", frisou Capoulas Santos.

"Os quatro principais grupos políticos já disseram que não irão
aceitar esta decisão e, nos próximos dias, creio que vão existir
acesos debates no Parlamento", afirmou o socialista, recordando que a
decisão final sobre o orçamento comunitário, de acordo com o Tratado
de Lisboa, "terá de ser uma decisão consensualizada pelo Conselho e
pelo Parlamento".

Sobre Portugal, o eurodeputado socialista manifestou estar "muito
preocupado", em particular com as verbas para a agricultura.

"No desenvolvimento rural, o orçamento global era de 98 mil milhões de
euros, passa para 85 mil. (...) Vai haver uma redução que será
certamente a distribuir por todos e que vai cair bastante sobre nós",
indicou Capoulas Santos, relator do PE para os principais regulamentos
da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

"O Governo disse que Portugal vai receber mais 500 milhões de euros,
mas não disse qual é a base a que esses 500 milhões vão ser
acrescentados. Porque se a base for bastante reduzida, como é
previsível, isso significa que, mesmo com esse bónus, iremos perder
bastante dinheiro", frisou.

Segundo Capoulas Santos, se esta posição prevalecer, a agricultura
portuguesa ficará "com muito menos recursos".

Para o eurodeputado socialista, o PE não vai poder bloquear a decisão
sobre o orçamento, "porque a Europa precisa de estabilidade e
necessita de um quadro financeiro estável para os próximos anos", mas
antevê "quatro meses muito duros de negociação, em particular nas
políticas sectoriais".

"A decisão final não será tão má como aquela que hoje acaba de ser
decidida pelo Conselho, mas não será tão boa como aquela que o PE
gostaria que fosse", concluiu.

Os líderes europeus chegaram hoje, em Bruxelas, a acordo sobre o
orçamento comunitário para os próximos sete anos.

O acordo foi alcançado após mais de 24 horas de maratona negocial e
depois de o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, ter
apresentado quatro propostas de compromisso desde o início das
negociações, em Novembro.

O Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia (UE) 2014-2020 é,
pela primeira vez, inferior ao anterior e tem que ser aprovado pelo
Parlamento Europeu.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/08p.htm

Fiscalizações recentes em Portugal não detectaram carne de cavalo em alimentos, garante Ministério Economia

Por Agência Lusa, publicado em 9 Fev 2013 - 00:38 | Actualizado há 1 dia 8 horas


As fiscalizações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
(ASAE) recentes não detetaram carne de cavalo em alimentos vendidos
como vaca, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério da Economia,
no mesmo dia em que foi divulgado uma nova fraude.

"Na sequência das notícias sobre a eventual introdução de carne de
equídeos em hambúrguer de bovino e/ou suíno ocorridas em Inglaterra e
Irlanda, a ASAE desencadeou uma operação a nível nacional, que
decorreu entre 22 e 24 de janeiro, com vista a verificar todas as
condições da cadeia alimentar e colher amostras a fim de garantir a
segurança dos consumidores e evitar práticas fraudulentas", disse à
Lusa a mesma fonte.

Nestas ações de fiscalização a 53 estabelecimentos "não foram
detetadas irregularidades semelhantes às das notícias em Inglaterra e
Irlanda", adiantou hoje o Ministério da Economia, que tutela a ASEA,
no dia em que foi noticiado que as lasanhas de carne e bolonhesas
congeladas da Findus continham 100% carne de cavalo.

Esta nova fraude alimentar, que já levou à recolha do produto em
vários países europeus, aconteceu depois de, no mês passado, a
Autoridade de Segurança Alimentar da Irlanda (FSAI, na sigla em
inglês), ter anunciado que numa inspeção tinham sido detetados até 29%
da carne de cavalo em alguns hambúrgueres supostamente de vaca.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse hoje que esta
situação é "completamente inaceitável", na medida em que os produtos
alimentares em que foram detetados vestígios de cavalo são vendidos
com a indicação de serem 100% carne de vaca.

O Ministério da Economia português não se referiu a eventuais
fiscalizações a produtos como lasanhas em Portugal.

"A ASAE fiscaliza a um ritmo diário, e de forma sistemática, a cadeia
de distribuição de produtos à base de carne", explicou.

A Lusa visitou hoje hipermercados Continente, Jumbo e Pão de Açúcar e
constatou que a marca não é vendida nestes estabelecimentos.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/portugal/fiscalizacoes-recentes-portugal-nao-detetaram-carne-cavalo-alimentos-garante-ministerio-eco

Trabalhadores da Casa do Douro com 30 meses de salário em atraso

Lusa
19:36 Sexta feira, 8 de fevereiro de 2013
Peso da Régua, 08 fev (Lusa) -- Os trabalhadores do quadro privado da
Casa do Douro (CD), com sede no Peso da Régua, estão há 30 meses sem
receber salários, confirmou hoje à agência Lusa fonte dos
funcionários.

Os trabalhadores em causa recusaram prestar declarações e apenas
confirmaram que são à volta de 25 pessoas as que não recebem salários
há 30 meses.

Entretanto, um vídeo a circular na internet está a chamar a alertar
para esta situação.



http://expresso.sapo.pt/trabalhadores-da-casa-do-douro-com-30-meses-de-salario-em-atraso=f785936

Portugal com 27.800 milhões de euros de fundos europeus até 2020

ISABEL ARRIAGA E CUNHA (Bruxelas) 08/02/2013 - 16:09 (actualizado às 17:55)
Líderes europeus chegaram a acordo sobre orçamento comunitário.
Portugal recebe menos 9,7% do que no actual orçamento. Passos Coelho
diz que valor é melhor do que proposta inicial.



Portugal obteve esta sexta-feira a promessa de receber um montante
total da União Europeia (UE) de 27.800 milhões de euros entre 2014 e
2020 através da política de coesão – os fundos estruturais de apoio às
regiões mais desfavorecidas – e da Política Agrícola Comum (PAC).

Este valor ficou acordado no quadro dos montantes globais do orçamento
comunitário até 2020 que foram fixados esta tarde pelos líderes da UE
no final de uma longa maratona de mais de 25 horas de negociações
interruptas.

Pedro Passos Coelho, primeiro ministro português, congratulou-se com o
valor conseguido, sublinhando que se tratou de um bom resultado no
contexto das fortes restrições impostas às despesas comunitárias pelos
países mais ricos da UE.

"Não posso deixar de manifestar a minha satisfação por poder anunciar
agora, neste momento, que fomos além" do objectivo inicial fixado pelo
Governo de conseguir um resultado igual ou melhor do que a proposta
original de orçamento da Comissão Europeia. "Num contexto de descida
generalizada, melhorámos a nossa posição relativa no seio da UE no
conjunto da coesão e agricultura", vincou.

Em resultado das poupanças exigidas pelos países mais ricos, o valor
obtido por Portugal representa menos 9,7% do que o envelope financeiro
a que o país tem direito durante o actual quadro orçamental plurianual
entre 2007 e 2013. Este valor é menos penalizador do que as perdas que
o Governo chegara a temer, sobretudo no caso do desenvolvimento rural,
em que podiam ter chegado aos 25% face ao actual quadro financeiro.

Segundo os cálculos avançados por Passos, a política de coesão contará
com um montante total de 19.600 milhões de euros (menos 10,6% do que
as ajudas actuais), enquanto que os apoios da PAC representarão 8.100
milhões (menos 7,6% do que hoje). Este último valor inclui 3.600
milhões de fundos para o desenvolvimento rural (uma perda de 13,4%
face ao quadro orçamental actual).

Estes resultados incluíram dois "bónus" extraordinários de 500 milhões
de euros para o desenvolvimento rural e 1000 milhões no quadro dos
fundos estruturais. Segundo o primeiro-ministro, este último envelope
será partilhado para canalizar 450 milhões para as regiões mais
desenvolvidas do país, incluindo 150 milhões para a Madeira, ficando o
restante para as regiões menos desenvolvidas ou em transição de uma
classificação para a outra, incluindo 75 milhões para o Algarve.

Além de todos estes montantes, o país obteve uma série de condições
facilitadas de absorção dos fundos, incluindo uma diminuição muito
considerável, até 2016, da habitual obrigação de complementar os
fundos europeus regionais ou agrícolas com um co-financiamento a cargo
do Orçamento de Estado. No caso dos 500 milhões conseguidos para o
desenvolvimento rural, o país fica mesmo dispensado do
co-financiamento nacional.

Segundo Passos, os fundos europeus conseguidos dirigir-se-ão sobretudo
para o reforço da competitividade da economia, para potenciar o
investimento nas pequenas e médias empresas (PME) inovadoras, para a
valorização da qualificação dos recursos humanos e para uma "gestão
sustentável dos recursos reforçando a coesão social".

Por outro lado, precisou, o Governo tem a intenção de reconverter
progressivamente os fundos europeus – actualmente concedidos a fundo
perdido – em empréstimos e garantias às empresas "com lugar a
reembolso", o que "permitirá que "os mesmos fundos possam estar
disponível para mais empresas e projectos ao longo dos sete anos".

"Muitas vezes a racionalidade económica é perdida porque o dinheiro é
alocado a fundo perdido", justificou.

Sem chegar a falar de um eventual banco de fomento, Passos ligou esta
reconversão dos fundos europeus à ideia de que os empréstimos às PME's
possam ser geridos por "uma instituição financeira especializada" que
"possa alavancar melhor esses fundos" de modo a permitir a sua
utilização mais alargada. "Não existe ainda um desenho final quanto a
essa solução", afirmou, precisando que os ministros das finanças e da
economia farão brevemente anúncios na matéria.

Entretanto, as quatro principais famílias políticas do Parlamento
Europeu (PE) avisaram os líderes dos 27 que rejeitam o orçamento
comunitário. Num comunicado conjunto, os partidos Popular Europeu
(PPE), Socialista (S&D), Liberal (ALDE) e Verdes sublinham que o PE
"não pode aceitar o acordo alcançado pelo Conselho Europeu tal como
ele está".

"As verdadeiras negociações irão começar agora com o PE. Manteremos as
nossas prioridades, de que demos conta variadíssimas vezes", escrevem,
citados pela Lusa.

http://www.publico.pt/economia/noticia/van-rompuy-anuncia-no-twitter-acordo-sobre-orcamento-comunitario-1583861