sábado, 18 de abril de 2015

06-14 junho . 52ª Feira Nacional de Agricultura


 06-14 junho . 52ª Feira Nacional de Agricultura - agroeventos
52ª Feira Nacional de Agricultura | 62ª Feira do Ribatejo | 6 A 14 DE JUNHO 2015 | CNEMA - SANTARÉM

11 junho . Dinâmica da ocupação florestal do território - Economia e regulação


 11 junho . Dinâmica da ocupação florestal do território - Economia e regulação - agroeventos


A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) organiza no próximo dia 11 de Junho, em Santarém, o seminário "Dinâmica da ocupação florestal do território – Economia e regulação". Este seminário enquadra-se no conjunto de eventos que decorre em paralelo à 52.ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo, que decorrerá de 6 a 14 de Junho, no recinto do CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (Quinta das Cegonhas), e que este ano tem como tema a Floresta Portuguesa. 

Cereais: radiografia de um setor que perde terreno no país


 15 Abril 2015, quarta-feira  Ana Clara Cerealicultura

Em entrevista ao Agronegócios, José Palha, presidente da Associação Nacional Produtores Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas (ANPOC), alerta para a necessidade de alavancar um setor que, na última década, «tem vindo gradualmente a perder área». Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta que, entre 2008 e 2013, a área dos cereais de qualidade (trigo mole, trigo duro e cevada dística) decresceu 51%, passando de 131.000 hectares (ha) para 63.000 ha. Solos pobres, produção e rendimento baixos são os principais problemas. Atenuam o problema as ajudas Agro Ambientais, no âmbito do 2.º pilar da Política Agrícola Comum (PAC), salienta o responsável.
cereais 
«Segundo o INE de 2008 a 2013 a área dos cereais de qualidade (trigo mole, trigo duro e cevada dística) decresceu 51% de cerca de 131.000 ha para 63.000 ha, muito devido à volatilidade dos preços, e ao clima, cada vez mais o clima é instável, e para os cereais de sequeiro este fator é de vital importância, veja-se como exemplo este ano, um outono chuvoso e um inverno muito seco», começa por relembrar José Palha.
Para o responsável, o principal problema do setor e, nomeadamente, do sequeiro, é «sem dúvida as baixas rentabilidades destas culturas, os solos nacionais são na sua maioria fracos, as produções por hectare são baixas, logo o rendimento também, as ajudas Agroambientais no âmbito do 2.º pilar da PAC têm, de certa forma, ajudado um pouco a minorar esta situação, mas no atual quadro a situação é pouco satisfatória neste campo».
Para José Palha, a questão do sequeiro reveste-se de «enorme importância porque estamos a falar de 2/3 da SAU (SAU=1,5 milhões ha) que é sequeiro e os cereais são uma cultura resistente e rústica que podem ter aproveitamento em parte importante destes solos».
«Acresce que, no momento em que se abandonem os cereais, a tendência natural será, primeiro para as pastagens pobres e, depois, para o abandono», afirma, lembrando que no regadio a questão não se põe desta maneira, já que «as boas produções que se obtêm colocam os cereais como uma alternativa cultural importante».
O último ano (2014) foi de grande volatilidade de preços, mas houve perda de rendimentos. A nível mundial houve um aumento generalizado.
Em Portugal, diz José Palha, no caso dos cereais de qualidade, «para o trigo duro houve um aumento de cerca de 12,5% e a perspetiva nesta campanha é de subida, no caso da cevada dística, como a maior parte da produção está contratada com a indústria com contratos plurianuais o preço tem-se mantido estável, a situação do trigo mole panificável é que é diferente, com um decréscimo de 7% face à campanha anterior».
Em termos de produções «pode dizer-se que foi um ano médio, julgo que não houve grande perda de rendimentos com estas culturas», acrescenta.
Bons resultados em trigo e cevada

Tendo em conta que «os nossos solos são, em geral, pobres e o nosso clima mediterrâneo, com as estações do ano cada vez menos pronunciadas», tal faz com que «produzir cereais de sequeiro seja difícil, a nossa única vantagem face aos nossos concorrentes do resto do Mundo, e uma vez que as nossas produções são inferiores, é a qualidade». «A solução do setor passa por produzir qualidade, temos boas condições para isso, o nosso produto é reconhecido, temos ótimos resultados qualitativos em trigo mole melhorador, semi-corretor, trigo duro e cevada dística», vinca o presidente da ANPOC.
Cereais em Portugal
Sobre a crise económica e o impacto que a mesma tem tido na fileira, José Palha diz que o nosso país apenas produz, em média, neste setor, 12% da sua necessidade, «isto é, à partida uma grande vantagem competitiva, como existe capacidade industrial instalada, o objetivo será sempre o de equilíbrio da balança comercial, a crise económica não terá tido grande impacto no setor».
A grande oportunidade, não duvida, «é a qualidade, é a nossa única vantagem competitiva em relação ao mercado global, nós produzimos qualidade, a indústria valoriza essa qualidade, temos que aproveitar esta vantagem».
Com Portugal a importar cerca «de 80% das suas necessidades» a exportação é, pois, uma miragem na fileira.
Prioridades

Ao nível do consumo em Portugal, a produção nacional ronda os 12% do consumo, e o valor das importações de cereais de qualidade andará na ordem de 75 milhões de euros, «valor que pode e deve ser retido em Portugal pelos agricultores portugueses».
Neste sentido, a ANPOC estabelece prioridades claras para ajudar o setor. Segundo José Palha tais passam pela «maximização dos rendimentos dos agricultores, a melhoria do itinerário técnico, redução de custos e formas de maximizar a cadeia de valor, protegendo o ambiente e a biodiversidade».
cereais 
Para alcançar estes objetivos, a ANPOC está envolvida em vários projetos, como é o caso da LVR - Lista de variedades Recomendadas.
Uma iniciativa levada a cabo com a colaboração INIAV - Pólo de Elvas e a Escola Superior Agrária de Beja.
«Fazemos dois ensaios em regadio, em regiões distintas com protocolos idênticos de todas as variedades que as empresas de sementes tenham no mercado e avaliamos os resultados em função dos critérios da indústria e da produção, com o objetivo de dar ao agricultor a possibilidade de escolher a variedade que a partida lhe dará mais garantias de qualidade e de rendimento, esta lista é publicada anualmente antes no início das sementeiras», sustenta.
Para além do regadio que «é determinante, José Palha explica que «não podemos esquecer os cereais que ainda são feitos em sequeiro». Uma opção que se deve a «uma estratégia territorial e ocupação do território». «Levando em linha de conta as superfícies já referidas e a necessidade de ocupação do nosso território do Interior, ou seja, o mais próximo das nossas fronteiras terrestres».
Mas há igualmente uma estratégia social que passa «por permitir que as populações do Interior tenham formas condignas de subsistência e aufiram rendimento das suas explorações agrícolas menos competitivas em termos de mercado puro».
No que respeita à parte alimentar e equilíbrio da balança comercial, a produção em sequeiro é igualmente importante «por forma a ir substituindo assim as importações por produção nacional».
Além disso, há uma clara redução de risco de incêndios, já que tal é mais elevado «em territórios agrícolas abandonados, pelo que é determinante que os solos pobres onde ainda se produzem cereais, não o deixem de fazer», conclui.  

Os maiores em vendas no mundo no vinho


13 Abr 2015 < Início < Notícias
Que continente mais contribuiu para estabelecer no mundo o conhecimento e a cultura do vinho? A resposta é fácil: a Europa.
Que continente detém os países com maior consumo per capita de vinho? A Europa, com 13 países na lista dos 15 maiores do mundo! Em que continente estão os países com maior área de vinha? Pois claro, a Europa. E ondes estão os 3 países que mais vinho produzem? Na Europa.
Contudo, no ranking das 10 marcas de vinho que mais vendem a nível mundial, nenhuma é europeia.

Surpreendido? Veja agora se conhece estas marcas: Barefoot, Gallo, Sutter Home ou Hardys? São algumas das marcas no top 10 mundial, de acordo com estimativas da revista Drinks Business, combinando valores fornecidos pelas marcas e por estimativas da indústria vínica.
Algumas destas marcas são quase desconhecidas do enófilo português porque têm os seus mercados-alvo noutros países. Especialmente o americano, que é, desde 2014, o maior do mundo, ultrapassando a França. Nesse ano, os americanos absorveram 2,91 mil milhões de litros de vinho, o equivalente a quase cinco vezes o total da produção nacional portuguesa no mesmo ano (620 milhões de litros)! Mas afinal estamos a falar de quanto vinho? Pois bem, apenas duas marcas da E&J Gallo Winery - a Barefoot e a Gallo, as duas primeiras do 'top ten' - lançaram para o mercado respectivamente 216 milhões e 174 milhões de garrafas de vinho. Numa só empresa produtora e num só ano! Para ficarmos com uma melhor ideia, poderemos dizer que estas duas marcas combinadas produzem o equivalente a acerca de metade de toda a produção nacional de vinho! Mais uma curiosidade: o maior produtor português, a Sogrape, em todas as regiões do país e levando ainda em conta os seus projectos na Argentina, Chile, Espanha e Nova Zelândia, em todas as marcas, terá vendido em 2014 o equivalente a mais de 76 milhões de garrafas.

Mercados internos e mercados globais
Qual é a explicação para não haver uma única marca europeia neste ranking? Por um lado temos que ver, logo à partida, a dimensão do país. Com uma população de mais de 300 milhões de pessoas, os Estados Unidos (com 4 marcas nos 5 primeiros) registam crescimentos regulares no consumo de vinho per capita desde há vários anos (10, 42 litros por americano em 2012). O caso da Austrália é completamente diferente: na população ('apenas' 22 milhões) e no consumo (24 litros per capita em 2012, o dobro dos EUA mas metade de Portugal). O que ambos os países têm em comum é a estrutura empresarial, onde há empreendorismo (e financiamento) para formar empresas de grande dimensão. Nos EUA para abastecer o gigantesco mercado interno. Na Austrália também para o interno e, sobretudo, para o externo. No ano passado a Austrália exportou cerca de 700 milhões de litros de vinho, mais do que produção total de Portugal.
Não espanta assim que sejam estes os dois países que possuam maior número de marcas no top 10 mundial de vendas. O único 'intruso' nesta lista é a chilena Concha y Toro, a segunda maior em área de vinha no mundo, com cerca de 10.700 hectares, distribuídas por Chile (a maioria), Argentina e EUA. A marca Casillero del Diablo (a mais conhecida da empresa) é exportada para mais de uma centena de países. Já agora, qual é o produtor que tem mais área de vinha própria? É a australiana Treasury Wine Estates (detentora da marca Lindeman's) com cerca de 11.000 hectares, em quatro países (Austrália, EUA, Nova Zelândia e Itália).
A Lindeman's, já agora, também está no top 10 mundial...
Os países maiores produtores
Uma curiosidade final: apesar de terem as mais poderosas empresas produtoras, nem Estados Unidos (4º no mundo) nem Austrália (6º) não estão na lista dos três países que mais vinho produzem. O topo do ranking de 2014 é ocupado por França, Itália e Espanha, que, mesmo assim, têm registado quebras regulares desde 2000.  
Tal como, aliás, todos os outros países europeus, Portugal incluído. O nosso país ocupa o 11º lugar no mundo da produção mundial. Em contrapartida, todos os maiores produtores extra-europeus têm aumentado a produção desde o início do século: Estados Unidos (5%), Argentina (21%), Austrália (56%), China (12%), África do Sul (64%) e Chile (50%). A única excepção é o Brasil (14º produtor mundial), que desceu 23% a produção desde 2000.
Resumindo, o "Velho Mundo" está a produzir cada vez menos enquanto o Novo Mundo produz cada vez mais. Os próximos anos prometem....
As marcas que mais vendem no mundo e produção estimada de garrafas em 2014 (em milhões)
1 Barefoot (E&J Gallo Winery, EUA) 216
2 Gallo (E&J Gallo Winery, EUA) 174
3 Concha y Toro (Concha y Toro, Chile) 170
4 Robert Mondavi (Constellation Brands, EUA) 145
5 Sutter Home (Trinchero Family Estates, EUA) 130
6 Yellow Tail (Casella Wines, Austrália) 126
7 Hardys (Accolade Wines, Austrália) 113
8 Lindeman's (Treasury Wine Estates, Austrália) 97
9 Beringer (Treasury Wine Estates, EUA) 89
10 Jacob's Creek (Pernod Ricard Winemakers, Austrália) 72

Nota: estes valores baseiam-se numa combinação de valores fornecidos pelas marcas e por estimativas da indústria vínica.
 
Fonte: Revista de Vinhos

Tratado de Viticultura em segunda edição


14 Abr 2015 < Início < Notícias

Tratado de Viticultura – A Videira, a Vinha e o Terroir é uma obra indispensável para quem queira saber mais sobre a videira.
Esta segunda edição do professor Nuno Magalhães (autoridade na matéria) contém 608 páginas e vai custar 60 euros nas livrarias. A edição é da Esfera Poética (www.esferapoetica.pt).
Nuno Magalhães teve o trabalho de actualizar a primeira edição com novos textos e indicadores apurados até 2014. É, diz o autor, "uma obra didáctica sobre o tema técnico-científico da viticultura, apresentado de uma forma sistemática, visando um público de formação nesta área tão diversificado quanto possível".
Combinando conhecimentos da área académica (ISA e UTAD) com os da sua fase prática em vários projectos vitícolas, Nuno Magalhães afirma ter criado um "livro de Viticultura Geral, ou seja, não circunscrito técnica e geograficamente ao País, que pudesse servir de suporte, de fácil consulta, a todos aqueles que trabalham e/ou se interessam pela vitivinicultura, como base de partida ou complemento de outros conhecimentos disponíveis".

IFAP: PEDIDO ÚNICO 2015




Apresente a sua candidatura ao Pedido Único de Ajudas!

A partir do dia 2 de março de 2015 já se pode candidatar ao Pedido Único 2015, nomeadamente ao Regime de Pagamento Base (RPB), Medidas Agro e Silvo-Ambientais e Manutenção da Atividade Agrícola.

Decorrente do processo de implementação do novo quadro regulamentar da PAC 2014-2020, a candidatura a algumas ajudas poderá estar condicionada.

O IFAP apela a que os Beneficiários efetuem a sua candidatura o mais cedo possível evitando, assim, os congestionamentos de final de prazo e eventuais penalizações por entrega tardia.

O prazo de candidatura ao PU termina a 15 de maio e a apresentação atempada do pedido é fundamental!

A candidatura ao PU 2015 poderá ser efetuada diretamente pelo Beneficiário na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", ou através das Entidades reconhecidas numa das Salas de Atendimento existentes para o efeito.

Consulte o IFAP através de ifap@ifap.pt, ou ainda pelos restantes canais de atendimento que tem ao seu dispor: Atendimento Presencial, na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa, ou pelo Call Center 217 513 999.

IFAP: DECLARAÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO EXTERNA DE BOVINOS - SAÍDA




Encontra-se disponível na Área Reservada do Portal, na plataforma iDigital, a aplicação para comunicação on-line da movimentação externa de bovinos - saídas, com ligação ao TRACES "(Trade Control and Expert System).

Sempre que existam saídas de bovinos para a UE ou países terceiros, os detentores de bovinos devem proceder à comunicação do movimento à base de dados SNIRA, no prazo de 7 dias úteis após a saída dos animais.

A declaração de movimentação externa de bovinos (saídas) poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP para o efeito ou em qualquer departamento dos serviços veterinários regionais.

Para mais informações consulte Manual do Utilizador da Declaração de Movimentação Externa   [pdf: 52 Mb, 70 pág; Versão: 07.04.2015].

Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP, através do endereço de correio eletrónico ifap@ifap.pt ou ainda no Atendimento Presencial na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa ou pelo Call Center 217 513 999.

Copa-Cogeca defende que manteiga e gordura deviam estar incluídos no armazenamento privado

 17-04-2015 
 

 
A medida de ajuda ao armazenamento privado de carne de porco foi criada devido à crise que atingiu o mercado da mesma depois do encerramento das fronteiras russas.

Por esta razão, o Grupo de trabalho do Copa-Cogeca considera que dentro dos produtos elegíveis deveriam incluir-se a manteiga e gordura, que são produtos tradicionalmente exportador para o mercado russo. Para além disso, consideram que a medida devia ser mais flexível e permitir aos operadores retirarem carne do armazenamento durante o período do mesmo, caso as condições de mercado não melhorassem.

O Grupo de trabalho defende ainda que é necessário procurar novos mercados e eliminar barreias sanitárias e fitossanitárias, assim como outros obstáculos comerciais, para evitar a queda de preços quando a carne sai do armazenamento.

Na opinião do Copa-Cogeca também é preciso desenvolver uma estratégia comum em bem-estar animal e encontrar formas que permitam aos produtores conseguirem melhores preços pelo seu produto em compensação das elevadas normas de bem-estar animal e aumentar a competitividade e sustentabilidade do sector através da investigação e inovação.

Fonte: Agrodigital

Ministra afirma que a agricultura «já é uma boa oportunidade para os jovens»

17-04-2015 
   
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, elogiou, em Felgueiras, o dinamismo da agricultura portuguesa, defendendo que o sector já constitui «uma boa oportunidade para os jovens».

«A agricultura está a ser uma boa oportunidade para os jovens e para os menos jovens em Portugal, porque tem um dinamismo extraordinário», afirmou, sublinhando que «a execução dos fundos comunitários no sector é exemplar e muito acima da média da União Europeia».

Falando aos jornalistas a propósito do III Congresso Nacional do Kiwi que decorre em Felgueiras até sábado e no qual participou, a titular da pasta da Agricultura recordou que «o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020) já está em funcionamento, com muitas candidaturas recebidas».

«A nossa balança comercial melhora de ano para ano. Temos um défice agro-alimentar para colmatar, mas nestes anos diminuiu em mais de 1.300 milhões de euros», comentou.

Segundo Assunção Cristas, aquele resultado deve-se «a um extraordinário dinamismo das exportações e também à substituição de importações». A ministra recordou que, «só no ano passado, as exportações do sector agrícola aumentaram 7,8 por cento em relação ao ano anterior e as importações diminuíram 2,9 por cento».

«No conjunto de todos os produtos agrícolas, nos últimos anos, abrimos 72 mercados. Este trabalho é feito para que os nossos produtores possam aproveitar e acrescentar mais valor e rendimento nas suas explorações», vincou.

A governante recordou também que o próximo quadro comunitário «tem respostas adequadas para o apoio ao investimento, à investigação, à inovação e seguros de colheitas».

Fonte: Lusa

Ministra da Agricultura assegurou que Alqueva vai continuar a ser «prioridade máxima»

17-04-2015 
  
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou que o projecto do Alqueva continua a ser uma «prioridade máxima» nas suas funções e prometeu desenvolver um estudo aprofundado sobre o preço da água no sector agrícola.

Assunção Cristas, que falava no Estoril no encerramento do fórum Agroin, sublinhou que o calendário previsto para o projecto do Alqueva «está a ser cumprido».

«Estamos a começar a campanha de rega e temos já 88 mil hectares infra-estruturados, mas no próximo ano teremos 120 mil hectares prontos, emboras saibamos que há trabalho de casa. O nosso compromisso é este. Há quase 200 milhões de euros de investimento público no terreno», frisou. A ministra avaliou o projecto como de «maior importância» por poder garantir água aos agricultores, mesmo em anos de seca.

«Quando falo do projecto de Alqueva, que é o maior projecto de irrigação e no qual se pode fazer agricultura com garantia de água mesmo se, por azar, as alterações climáticas fizerem com que tenhamos até quatro anos de seca, a água continua a lá estar e o solo permite produzir, as pessoas ficam impressionadas», sustentou Assunção Cristas.

A ministra da Agricultura mostrou ainda intenção de atrair pessoas novas para a região para «conhecerem a possibilidade de transformar uma terra numa terra de água, de regadio, com possibilidade de produzir coisas diferentes».

«O desafio é passarmos dos 62 por cento de adesão ao regadio e caminhar para números ainda mais ambiciosos. Gostaríamos que cada hectare infra-estruturado no Alqueva com rega pudesse ser aproveitado», acrescentou.

Assunção Cristas admitiu ainda que a questão sobre o preço da água no sector é «altamente complexa» e preocupa também o Governo. «Os agricultores mostram-se preocupados com o preço da água e os limites que não podem ser suportados em certas culturas. Essa é uma preocupação nossa também, até porque todo este investimento só faz sentido se depois puder ser aproveitado», referiu.

Assim, a ministra prometeu tratar o tema «com muito rigor» e fazer um estudo aprofundado para saber como fazer os regadios noutras regiões, inclusive em Espanha, na região da Extremadura e Andaluzia.

A 2.ª edição do fórum Agroin, que decorreu  no Centro de Congressos do Estoril, foi dedicada à região do Alqueva, sob o tema "gerir e rentabilizar em regadio", e juntou 150 profissionais.

Fonte: Lusa

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Comunicado: Certificação florestal: negócio privado transparente?


por Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal
15 de Abril - 2015
 
A gestão florestal consiste na aplicação de princípios e metodologias de caráter técnico, comercial, ambiental e social a uma determinada superfície florestal, seja uma propriedade ou um conjunto de propriedades. O objetivo de concretização de uma adequada gestão florestal é determinado, mais ainda em floresta essencialmente privada, pelas expetativas de rentabilidade que, ao longo do tempo, a produção de bens e a prestação de serviços possa gerar a partir dessa superfície. O negócio privado da certificação florestal não garante uma adequada gestão florestal, é tão só um elemento que, a par de outros, muitos da responsabilidade do Estado, evidencia que uma determinada superfície é adequadamente gerida, sobretudo no plano ambiental. Mas, será essa evidenciação transparente?

A Acréscimo tem vindo desde 2013 a suscitar a visita a locais de floresta certificada, especificamente onde são aplicados resíduos industriais. Em causa estão áreas certificadas de um operador silvo-industrial nacional. Até agora não teve sucesso.A aplicação de resíduos industriais em áreas florestais pode aportar, se inadequadamente gerida, problemas vários, incluindo de Saúde Pública.A certificação florestal assenta na realização de auditorias periódicas às entidades que voluntariamente recorreram à certificação. A par do que aconteceu na banca ou com grandes grupos empresariais, também na certificação florestal se pode assistir ao mesmo tipo de ineficiências por parte dos auditores, sobretudo quando está em causa a certificação de grandes "players" industriais. Este é um dos motivos que levou a Acréscimo a sugerir maior transparência do processo, incluindo a visitação por terceiros de áreas florestais certificadas, sobretudo as que estão na posse ou são geridas por grandes operadores silvo-industriais.Na sequência dos pedidos de esclarecimento sobre a aplicação de resíduos industriais em áreas florestais certificadas, temos tido conhecimento que, da parte do Ministério da Agricultura não existem manuais específicos para a aplicação destes resíduos em culturas florestais. Não são conhecidos estudos científicos independentes, que tenham por base áreas e culturas florestais nacionais, e que suportem tal aplicação.

Mais, estamos em crer que, nalgumas áreas sugeridas para visitação pela Acréscimo, terão decorrido entretanto visitas por parte de responsáveis de algumas Associações Ambientais. Mas, poderão ser estas últimas consideradas independentes neste domínio se, nas suas receitas, constarem apoios financeiros periódicos oriundos das entidades certificadas cujas áreas visitaram?Importa ter presente que, nos dois principais sistemas de certificação florestal existentes em Portugal, nos seus órgãos dirigentes nacionais, se encontram a par representantes de grandes operadores industriais e das Associações Ambientais.A fiscalização da aplicação de resíduos industriais em culturas agrícolas e florestais compete a organismos do Ministério da Agricultura. Essa fiscalização, sobretudo em áreas de grandes operadores silvo-industriais, tem sido efetiva e eficiente? Estão disponíveis relatórios respeitantes a estas ações?

A certificação florestal, sobretudo em áreas de grandes operadores silvo-industriais carece de transparência. Essa transparência, quando está em causa a gestão de centenas de milhares de hectares de floresta, tem de envolver entidades que estão para lá das que integram os sistemas de certificação, sejam organizações cívicas, organismos técnicos e autarquias, estas últimas na qualidade de representantes das populações locais, as que correm maiores riscos de serem afetadas por deficiências do processo de certificação florestal, sobretudo no que respeita à aplicação de resíduos industriais.

Produtores de leite querem simplificação das regras do Greening


por Ana Rita Costa
14 de Abril - 2015
 
Com a abertura das candidaturas às ajudas anuais da PAC, a Aprolep – Associação dos Produtores de Leite de Portugal pediu ao Comissário Europeu para a Agricultura, Phil Hogan, para "simplificar ou ajustar a aplicação das regras do Greening da PAC ainda em 2015."

Segundo a associação, "para os produtores de leite, são penalizadoras todas as opções colocadas em cima da mesa no âmbito do Greening para a Primavera-Verão de 2015: reduzir 25% da área habitualmente semeada com milho, trocando-a por uma cultura de rendimento muito inferior, o que obrigará a mais despesas com a compra de rações ou abdicar de uma percentagem importante das ajudas comunitárias, depois do preço do leite ao produtor também ter baixado de forma significativa sem que a Comissão reconheça a atual crise no setor."

Para a associação, é importante que "os agricultores e produtores de leite portugueses não sejam discriminados face aos colegas europeus para quem a Comissão Europeia já apresentou soluções, como o caso dos produtores franceses, considerando os benefícios ambientais da cultura de inverno que também faz parte da rotação cultural do nosso país."

Publicada portaria que estabelece aplicação de “Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola” do PDR2020


por Ana Rita Costa
14 de Abril - 2015
 
Já foi publicada a portaria n.º 107/2015 que estabelece o regime de aplicação da operação "Pequenos investimentos na exploração agrícola" e da operação "Pequenos investimentos na transformação e comercialização de produtos agrícolas", do PDR2020.

As operações "Pequenos investimentos na exploração agrícola" e "Pequenos investimentos na transformação e comercialização de produtos agrícolas" destinam -se a apoiar candidaturas cujas áreas geográficas não são ou não venham a ser abrangidas por Estratégias de Desenvolvimento Local apoiadas no âmbito da área de apoio do regime simplificado de pequenos investimentos nas explorações agrícolas e da área de apoio dos pequenos investimentos na transformação e comercialização da operação "Implementação das estratégias de desenvolvimento local" da medida 10 "Leader" do PDR 2020.

Assim, estes apoios têm como objetivo "melhorar as condições de vida, de trabalho e de produção dos agricultores e contribuir para o processo de modernização e capacitação das empresas do sector agrícola e da transformação e comercialização de produtos agrícolas."

Cinco países armazenam 80 por cento da carne de porco

16-04-2015 
 

 
Desde a abertura da ajuda ao armazenamento privado no início de Março, foram acolhidas com a medida 53 mil toneladas de carne de porco, segundo dados avançados a 13 de Abril.

A grande parte desta carne é presunto, que representa 63 por cento do total e quase 80 por cento da carne está armazenada em cinco países, nomeadamente em Espanha, 23,8 por cento; Dinamarca; 20,1 por cento; Polónia, 13,6 pontos percentuais; Alemanha, com 13,3 pontos e a Itália, com oito por cento.

Fonte: Agrodigital

Copa-Cogeca e CE destacam fracas perspectivas para o sector de gado bovino europeu

14-04-2015 

Numa reunião com especialistas de alto nível da Direcção-geral da Agricultura e Comércio da Comissão Europeia, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, e o presidente do grupo de trabalho sobre a carne de bovino, Jean-Pierra Fleury, destacaram que a situação do mercado na Europa continua difícil.

Jean-Pierre Fleury afirmou que «o sector da carne de bovinoé muito frágil desde o ponto de vista estrutural e os rendimentos baixos do mesmo, o que é problemático, em particular, para os produtores especializados em carne de bovino que é a sua única fonte de rendimentos. A situação tem vindo a piorar depois da perda do mercado russo, o principal mercado de exportação para a União Europeia (UE). Por isto, é fundamental para a Europa encontrar novas e adicionais saídas de mercado».

O responsável pelo grupo de trabalho referiu ainda que «o consumo de carne está estagnado e a situação de mercado destes produtos pode continuar a destabilizar como consequência das flutuações no sector do leite europeu e as repercussões das excessivas existências no mercado para os animais destinado ao abate».

Fleury alertou ainda para as «importações adicionais na União Europeia como consequência dos acordos comerciais actualmente em negociação também poderem vir a aumentar as quantidades comercializadas e, logo, ameaçar a produção e carne europeia, o que pode ter um grave impacto nas zonas rurais onde fazem falta outras fontes de emprego".

Para concluir, o secretário-geral do Copa-Cogeca referiu as negociações bilaterais de comércio livre entre a UE e os Estados Unidos da América (EUA), afirmando que representam tanto oportunidades como desafios. «Os Estados Unidos são o nosso principal parceiro para as nossas explorações agrícolas. Contudo, vão permanecer atentos e fazer tudo o que for possível para proteger o sector de carne de bovino europeu e os métodos de produção específicos. Para além disso, antes de avançar com mais negociações, é fundamental abordar os obstáculos sanitários e fitossanitários ao comércio», declarou Pekka Pesonen.

Fonte: Copa-Cogeca

Australianos vão cultivar papoila em Alqueva

15-04-2015 
 

 
A TPI Enterprises, um dos maiores produtores mundiais de papoila, vai cultivar papoila branca na região de regadio de Alqueva. De acordo com o Diário Económico, a empresa vai instalar uma área de produção de cerca de três mil hectares.

O objectivo da empresa passa por extrair o ópio da papoila para vender a empresas farmacêuticas, investimento que rondará os 10 milhões de euros.

Segundo o mesmo jornal, no final de 2015, quando o projecto de regadio de Alqueva estiver concluído, «o regadio da barragem vai cobrir cerca de 120 mil hectares», fruto de um investimento da EDIA, entidade que gere Alqueva, que chega aos 2,5 mil milhões de euros.

Fonte: Vida Rural

Produção de flores na Madeira regista aumento de área e dinamização no consumo interno

13-04-2015 
 
O sector madeirense da produção de flores, que gera um rendimento médio anual de seis milhões de euros, tem registado um aumento das áreas de cultivo, uma dinamização no comércio interno e uma redução da exportação e da importação.

Dados fornecidos pela Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural referem a existência de 135 explorações florícolas ao ar livre e em estufa, ocupando um total de 45 hectares, mais nove do que em 2002, com destaque para a produção de orquídeas, antúrios, próteas, rosas e gerberas.

Em 2014, a produção geral foi de 13 milhões de flores e hastes, mas a exportação baixou para 70.448 unidades, quando em 2010 tinha sido de 212.169. A Direcção de Agricultura considera este indicador sinal de que «o mercado interno está a absorver as flores produzidas em maior quantidade», realçando que, este ano, o conjunto das actividades da Festa da Flor, o maior cartaz turístico da Madeira, que decorre entre 16 de 22 de Abril, vai contar com uma quota de flores regionais entre os 70 e os 80 por cento.

«O mercado das flores está a crescer», confirmou à Lusa Liliana Dionísio, proprietária da exploração Plantatlântico e da empresa Tulipa, que se dedica ao comércio florícola há 28 anos. «O problema é que não estamos a conseguir praticar os preços ideais devido à situação de contingência no país. Estamos a praticar os mesmos preços de há dez anos, não houve evolução nisso, o que é bastante complicado», sublinhou.

Em 2012, as flores ficaram sujeitas à taxa máxima do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que na região é de 22 por cento. Em 2013, a situação foi revista, passando o comércio de flores a estar sujeito à taxa mínima de cinco por cento. No entanto, a tendência de quebra das exportações e das importações manteve-se e estas últimas sofreram um decréscimo de 150 mil euros, passando de 765 mil euros em 2011 para 614 mil em 2012.

A mão-de-obra afecta à floricultura também tem vindo a diminuir, apesar do aumento das áreas de produção, ocupando actualmente 153 trabalhadores, situação que as autoridades explicam com uma aposta cada vez maior no factor tecnológico e com o facto de muitas das explorações serem pequenas e familiares.

O concelho de Santa Cruz é o maior produtor de flores do arquipélago, com 43 por cento das explorações e 52 por cento da área total. Segue-se o Funchal, com 18 por cento do total das explorações e nove por cento da área. As restantes explorações distribuem-se um pouco pelos outros concelhos localizados na vertente sul da Madeira, uma vez que a costa norte não apresenta grande apetência para este tipo de cultura. No Porto Santo não existe nenhuma exploração florícola.

O mercado grossista absorve 52 pontos percentuais (p.p.) da produção de flores, mas a venda directa ao consumidor e às floristas assume também grande destaque, mantendo viva uma tradição que criou rótulos para a região como "a ilha das flores", "o jardim do Atlântico" ou "a Madeira é um jardim".

«Agora, estamos com um "handicap" muito grande, porque os clientes não podem levar flores nos aviões devido aos encargos e às taxas que são cobradas», explicou Liliana Dionísio, realçando que o seu grupo nunca esteve vocacionado para a exportação.

«O mercado regional é um bom consumidor de flores, além de que o projecto foi todo ele pensado tendo em conta um determinado público e as quantidades que podíamos produzir», disse.

A Plantatlântico, situada no concelho do Funchal, produz em média 187 mil flores por ano, entre antúrios, gerberas e liliuns, tendo como grandes clientes os hotéis e os organizadores de eventos. Liliana Dionísio salientou, no entanto, que, em termos individuais, as suas flores acompanham a vida inteira dos clientes: «Nós vivemos todos momentos da pessoa, desde a nascença até, infelizmente, a parte final. Apanhamos os casamentos, os baptizados, as comunhões, os aniversários e, depois, a parte final que é a menos agradável».

Fonte: Lusa

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sabe o que anda a comer? Perigos escondidos nos rótulos dos alimentos

Os perigos para a saúde não estão só no açúcar e no sal como demonstrou a SIC na reportagem 
"Somos o que Comemos". Quais os outros "ingredientes" que devem ser consumidos com conhecimento e moderação?


Informe-se sobre composição dos produtos que está a comprar
13/04/2015 | 14:07 |  Dinheiro Vivo

"Sempre que tivermos de dobrar a língua muitas vezes para conseguir ler o que está escrito nos rótulos é porque não é comida. Não compre". O aviso, feito há precisamente um ano, por Cristina Sales, médica especialista em alimentação, numa entrevista à Notícias Magazine, parece ter passado despercebido, apesar de serem cada vez os portugueses a preocuparem-se com o que comem. Até que surgiu a reportagem da SIC, "Somos o que Comemos".
Este trabalho fez as contas às quantidades gigantescas de açúcar e sal que os portugueses comem diariamente. Presente em quase todos os alimentos, o açúcar e o sal surgem muitas vezes escondidos ou indecifráveis.
Ler também: Saiba como ler os rótulos dos alimentos
Tal como os aditivos usados pela indústria alimentar, que comummente conhecemos por corantes e conservantes e que onde se incluem também os antioxidantes e edulcorantes. Apesar de haver aditivos com papel importante na prevenção de intoxicações alimentares e os conservantes que travarem a multiplicação de micro-organismos, prolongado a vida dos alimentos, aconselha-se o seu consumo com moderação.
A lista destes aditivos é enorme e o seu consumo sem conhecimento e moderação "podem ser geradores de inflamação em contacto com o organismo", dizia Cristina Sales alertava, na mesma entrevista. Uma outra nutricionista, Helena Santos, que colabora na revista online da Clínica de Cristina Sales, "Esmeralda Azul" defende que a lista de ingredientes de qualquer produto/alimento deve ser sempre verificada. Mas para ser compreendida, há que saber ler o rótulo.
Deste logo é preciso saber que os aditivos podem ser denominados pelo seu código ou pelo seu nome. Por exemplo E 621 é glutamato monosódico ou monossódio glutamato. "Quantas mais palavras conhecer na lista de ingredientes melhor, e se começa a ter muitas palavras estranhas, provavelmente não é muito natural", defende a nutricionista, que aconselha: "Não queira produtos com adoçantes, E621, corantes artificiais, gordura hidrogenada, e não escolha com frequência produtos com frutose." Sobretudo, tratando-se de alimentação para crianças. Ler mais aqui.
Mas o que é isto de "E" seguido de um número? A cada aditivo alimentar corresponde um código constituído pela letra E (de Europa) seguida de 3 ou 4 algarismos, sendo o mesmo válido em todos os países da União Europeia. A explicação está na área de nutrição do site do hipermercado Continente, onde constam os aditivos alimentares mais comuns e as suas funções. Veja aqui a lista completa.
O Dinheiro Vivo destaca os mais importantes, alguns deles prejudicam o cérebro, como defende a nutricionista Daniela Seabra.
E621 ou Glutamato monossódico: Este aditivo alimentar é classificado como um intensificador de sabor, e é o responsável pelo gosto saboroso dos alimentos. Quando o ingerimos sob a forma concentrada e usada como aditivo alimentar, este é absorvido rapidamente, ao contrário do glutamato naturalmente presente nos alimentos que vai sendo absorvido à medida que o alimento vai sendo digerido. A entrada de quantidades elevadas de glutamato a nível cerebral pode induzir uma hiperexcitabilidade demasiado elevada a nível destes neurónios capazes de "ouvir" o glutamato, que pode mesmo induzir morte neuronal. Hiperatividade, enxaquecas, náuseas e vómitos são apenas alguns dos sintomas.
Atualmente este aditivo pode ser encontrado em diferentes aliementos e sob diferentes nomes: "glutamato monossódico", "Monoglutamato de sódio", "extrato de levedura" ou "proteína vegetal hidrolisada". Saiba mais aqui.
E 951 ou Aspartame: Descoberto "por acidente" em 1965, é constituído em 90% por dois aminoácidos (50% fenilalanina e 40% de ácido aspártico) e em 10% por metanol. O consumo elevado deste edulcorante poderá estar na origem ou no agravamento de: dores de cabeça e enxaquecas, depressão, alterações graves de humor, perda de memória, tonturas e alterações de equilíbrio, comportamento agressivo, desorientação, hiperatividade, excitabilidade, alterações na visão, ataques de pânico, convulsões, alterações no sono e insónia, perda de memória, e mesmo aumento da incidência de doença de Alzheimer. Veja aqui como.
Corantes alimentares E102, E133 e E124. Presentes nas gomas de todas as cores, gelados de cores vivas, sumos e gelatinas, tentam substituir as cores da natureza. "O consumo destes corantes alimentares está associado a hiperatividade infantil, ao despoletar de crises de asma e a eczemas", diz Daniela Seabra.
Tartrazina ou E102, Ponceau Red ou E124 e Azul Brilhante ou E133 são alguns dos nomes que deve evitar, mas há mais. Em 2013, eram estes os corantes sob suspeita. Leia aqui a lista completa, as suas consequências e atitudes a tomar.
No entanto, há aditivos naturais que podem ser consumidos com segurança. É o caso de:
Os carotenos ou E160a. Nesta categoria temos as diferentes apresentações dos mesmos compostos que dão a cor laranja à cenoura - os carotenos, ou pró-vitamina A. São bons para a visão, para o sistema imunitário e para um crescimento adequado.
Licopeno ou E160d. Este corante de cor avermelhada é responsável pela cor vermelha do tomate, sendo um importante antioxidante.
As xantinas ou E161. Este grupo contempla diferentes compostos fitoquímicos, com capacidades anticancerígenas, e antioxidantes. Neste grupo estão incluídas as flavoxantinas (E161a), a luteína (ou E161b), a criptoaxantina (ou E161c), a rubixantina (ou E161d), a violaxantina (ou E161e), a rodoxantina (ou E161f) e a cantanxantina (ou E161g).

PRIMAVERA lança software gratuito para setores do Retalho e Restauração


 
Tecnológica portuguesa pretende impulsionar milhares de micro e pequenas empresas de dois setores vitais para a economia portuguesa
 

Braga, 14 de Abril de 2014 – A PRIMAVERA BSS, tecnológica portuguesa dedicada ao desenvolvimento de soluções de gestão empresarial, disponibiliza a partir de hoje no mercado português duas soluções gratuitas de gestão de vendas ao balcão (POS). O Pssst! Express e o Tlim Express destinam-se aos setores da Restauração e Retalho, respetivamente, duas áreas de atividade cujo tecido empresarial é maioritariamente constituído por micro e pequenas empresas.
 
Estas soluções de gestão estão certificadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), permitindo aos pequenos empresários do Retalho e Restauração, com faturação até 40 mil euros ano, gerir os seus estabelecimentos de forma simples e intuitiva, acedendo sem custos a soluções inovadoras que permitem modernizar o serviço ao cliente e aumentar a produtividade, dando resposta simultaneamente a todas as obrigações legais e fiscais.
 
Segundo o CO-CEO da PRIMAVERA BSS, José Dionísio, esta medida terá um grande impacto nestes dois setores. O responsável justifica "segundo dados do INE, no setor da Restauração e Bebidas mais de 96% das empresas em atividade (cerca de 73 mil) são micro negócios, muitos deles, com sérias dificuldades de manutenção da atividade. Face a este cenário, quisemos dar o nosso contributo, disponibilizando um software gratuito que permite reduzir os custos de atividade".
 
"Com esta medida pretendemos apoiar não só os empreendedores que estão a iniciar atividade -cerca de 30 mil todos os anos, segundo o INE-, como aqueles que já estão estabelecidos, mas procuram reduzir custos operacionais para dessa forma solidificar o negócio", salienta o responsável.
 
Soluções gratuitas da PRIMAVERA existem desde 2006
 
Em 2006 a PRIMAVERA BSS foi a primeira software house a disponibilizar uma solução de gestão completamente gratuita, de uma marca reconhecida - o PRIMAVERA Express. Este software sem custos tem sido utilizado, desde então e até aos dias de hoje, por milhares de pequenas empresas portuguesas, maioritariamente do setor dos Serviços, que faturam até 30 mil Euros anuais.
 
O sucesso do PRIMAVERA Express motivou esta decisão da fabricante de alargar a gama Express (gratuita) aos setores do Retalho e Restauração, disponibilizando um software totalmente adaptado às necessidades de gestão de Pontos de Venda, o primeiro de marca reconhecida e totalmente livre disponibilizado no mercado português.
 
Sobre as novas soluções Pssst! Express e Tlim Express
 
As soluções Pssst! Express e Tlim Express disponibilizam um leque alargado de funcionalidades que potenciam a produtividade dos pontos de venda, através do acesso rápido e facilitado às principais operações diárias, proporcionando um controlo transversal do negócio: gestão de caixa, gestão de pedidos, controlo de stocks, gestão de contas correntes, fidelização de cientes e relatórios de gestão que permitem acompanhar a evolução do negócio.
 
Consulte mais informações sobre o Tlim Express e o Pssst! Express.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Aposta na papoila começou há dois anos com regadio do Alqueva


CÁTIA SIMÕES
00:05

Os escoceses da MacFarlan Smith foram os primeiros a investir na papoila em Portugal.
A aposta no cultivo de papoila chegou há cerca de dois anos a Portugal, com a farmacêutica escocesa MacFarlan Smith a investir na região do regadio alimentado com a água da barragem do Alqueva.
Inicialmente o projecto contava com cerca de 100 hectares para testes à qualidade do solo e viabilidade da cultura na região. Passada esta primeira fase, a empresa escocesa avançou com um uma plantação que conta já com mil hectares e que, no próximo ano, terá dois mil hectares de área cultivada. A exploração envolve os agricultores locais, a quem é comprada a produção. No próximo ano, a previsão é que a área de cultivo seja duplicada, para quatro mil hectares. E já várias outras empresas seguiram as pisadas, como os australianos da TPI Enterprises (ver texto ao lado), que terão 2.500 a 3.000 hectares.
O projecto da farmacêutica escocesa já foi licenciado, em Março de 2013, pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e a implementação do projecto em Portugal resulta de um memorando de investimento assinado com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) para a plantação de um total de quatro mil hectares em três anos.
A MacFarlan Smith, além das plantações, já iniciou a construção de uma fábrica na região para o processamento da papoila. O investimento pode chegar aos 40 milhões de euros na sua fase final.
Na primeira fase de construção, que visa o armazenamento e tratamento das papoilas - a separação das sementes do resto das plantas - e, numa segunda fase, para extrair morfina para fins medicinais, o investimento foi de quatro milhões de euros. Esta fase deverá estar concluída já em Outubro. A longo prazo, e consoante os projectos da farmacêutica, deverá avançar-se para a segunda fase de investimento, que rondará os 20 milhões de euros mas pode chegar aos 40 milhões de euros.
A região do Alqueva tem recebido novas culturas nos últimos anos, desde que a área de regadio se expandiu. No final deste ano, com a conclusão do projecto, o regadio da barragem vai cobrir cerca de 120 mil hectares. O investimento total da EDIA, a entidade que gere o Alqueva, atinge os 2,5 mil milhões de euros. Em andamento estão ainda 22 empreitadas do projecto, com cerca de 200 milhões de euros de investimento público em execução, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Agricultura.

Produtores de leite e carne satisfeitos com abertura do mercado marroquino


Última atualização ontem às 10:16, 
Publicado ontem às 10:11

Os produtores de leite e de carne estão satisfeitos com o "sinal verde" dado às exportações para Marrocos. Ontem, fonte do gabinete do vice-primeiro-ministro disse à TSF que Portugal vai passar a exportar para Marrocos leite e produtos lácteos, assim como ovos de incubação e pintos do dia.
Contactado hoje pela TSF, José Campos Oliveira da LEICAR, Associação dos Produtores de Leite e Carne, diz que se trata de uma boa notícia, embora considere que o grande objetivo do setor é exportar para a China. O responsável pela Associação apela, por isso, a que se encontre soluções para que Portugal possa vender mais para o gigante asiático.
Depois da declaração de José Campos Oliveira, relativamente à China, a ministra da Agricultura reagiu na antena da TSF. Assunção Cristas desafia as empresas a fazerem a sua quota parte na conquista de novos mercados.
O Governo marroquino comunicou no final da semana passada a Lisboa, que as empresas portuguesas estão habilitadas a exportar leite e produtos lácteos para aquele país norte-africano, e a autorização concedida abrange também ovos de incubação e pintos do dia.
O número de empresas que aguardava os certificados para iniciar a exportação de leite e laticínios para Marrocos ronda as 35. Fonte do gabinete de Paulo Portas não precisou o número de empresas avícolas que aguardam os respetivos documentos.
A abertura do mercado marroquino ao leite nacional segue-se às aberturas dos mercados de Madagáscar e Chile.
O certificado de exportação para o mercado de Marrocos, de cerca de 33 milhões de consumidores, surge depois de ter sido dada "luz verde" para a carne bovina.

Agricultura: Ditames europeus e opções nacionais

Capoulas Santos  Email
13/4/2015, 13:24

Os resultados na Agricultura só são visíveis a longo prazo. Começa a ver-se, hoje, o que foi sendo semeado ao longo de três décadas, quase sempre com desconfiança por parte dos media.

Durante mais de três anos foram duramente negociadas nas instituições europeias as dotações financeiras e as regras da política agrícola europeia, que vigorarão até 2020, e começam agora a ser aplicadas em Portugal.

A nova Política Agrícola Comum, PAC, garante um envelope financeiro para o nosso país superior a oito mil milhões de euros, mais de metade dos quais sem exigência de qualquer co-financiamento nacional. Em 50 anos de PAC, e 30 de adesão de Portugal à UE, esta é, de longe, a mais adaptada à nossa realidade e, também, a mais positiva para os consumidores, para os contribuintes e para os cidadãos europeus em geral.

A alteração de paradigma que foi introduzida na nova política agrícola europeia torna-a mais "verde" e sustentável, uma vez que os pagamentos diretos por hectare ficarão condicionados ao cumprimento, por parte dos agricultores, de práticas agrícolas amigas do ambiente, as chamadas medidas de "greening", concebidas de forma a conciliar a valia ambiental com a competitividade do setor.

Os agricultores deixarão de ser subsidiados em função das quantidades produzidas, muitas vezes a qualquer preço, passando a ser remunerados, mediante um pagamento por hectare, pelos "serviços ambientais" que prestam a toda a sociedade.

Teremos também uma PAC, mais justa, uma vez que, ainda que aquém do desejável, haverá uma maior aproximação do valor médio pago por hectare aos agricultores dos diferentes Estados-membros. Haverá igualmente maior equidade entre os próprios agricultores dentro de cada país, tendo em conta que, até 2020, será aplicado um mecanismo de "convergência" que transferirá uma percentagem das ajudas diretas daqueles que recebem valores, por hectare, acima da média nacional, para aqueles que dela estão abaixo, de forma a que nenhum fique aquém de 60% desse valor médio. Mas, por outro lado, ninguém, dos mais beneficiados, verá o seu nível de ajudas ser reduzido em mais de 30%.

A possibilidade dos Estados membros majorarem, até 65%, os primeiros 30ha, ficou igualmente contemplada, de forma a beneficiar, de forma acrescida, a pequena agricultura. Passa a ser também a ser concedida aos Estados membros, a faculdade de poderem reduzir apoios acima do limiar dos 150.000 euros anuais por agricultor, redistribuindo o remanescente pelos restantes, elevando assim o valor médio unitário dos pagamentos por hectare. Tais pagamentos passam a abranger todas as culturas e não apenas alguns setores específicos, como sucedia no passado.

Haverá ainda um regime simplificado e financeiramente mais benéfico para os pequenos agricultores, impedindo que nenhum deles receba menos de 500 euros, como sucedia. E, igualmente, apoios mais alargados para os jovens agricultores, traduzidos, para além de uma ajuda financeira à primeira instalação, a fixar por cada Estado membro, até 70.000 euros, por uma majoração de 25% das ajudas diretas, até aos primeiros 90 hectares.

É ainda introduzido o co-financiamento comunitário para os sistemas de seguros agrícolas e de fundos mútuos, para acorrer a situações de catástrofes naturais, incluindo incêndios florestais, ou de doenças de plantas e de animais. Igualmente elegíveis, apoios a fundo perdido para diversos tipos de investimentos nas explorações agrícolas, na agro-indústria, na irrigação, e para um vasto número de outras medidas, como as chamadas "agro-ambientais", os apoios à floresta ou compensações para as denominadas zonas de montanha ou sujeitas a outros constrangimentos naturais ou, até, apoios para investimentos não agrícolas, ao abrigo de um conceito mais amplo de desenvolvimento rural.

As regras comuns e os apoios financeiros europeus de que Portugal beneficiou nos últimos trinta anos, garantiram uma "certa continuidade das políticas", que contribuíram de forma relevante para que agricultura portuguesa tivesse dado um importante salto qualitativo, pese embora os custos inerentes aos ajustamentos estruturais que foi necessário efetuar, em muitos casos com pesados sacrifícios para os agricultores e as populações rurais.
A agricultura rege-se pelos ciclos lentos da natureza e os resultados só são visíveis a longo prazo. Começa a ver-se, hoje, o que foi sendo semeado ao longo de três décadas, quase sempre com desconfiança, senão mesmo hostilidade, por uma boa parte dos "media".

Causa-me, por isso, alguma tristeza constatar que, depois de tantas e tão penosas horas de negociações, no preciso momento em que é concedida aos Estados membros da União uma margem de manobra de decisão nacional antes inimaginável, a mesma não seja utilizada pelo atual governo de Portugal para introduzir fatores de maior justiça e equidade entre os agricultores portugueses, durante tantos anos reclamados e não concretizadas, com o preciso argumento de que os ditames de Bruxelas o não permitiam.


* Ex-Deputado Europeu e Relator do Parlamento Europeu para a Reforma da PAC.



PDR2020: Criar Valor na Agricultura

OVIBEJA 30 ABRIL 10h

Auditório do NERBE

Da responsabilidade da Estrutura de Missão do PDR 2020

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Abertura: Patrícia Cotrim - Gestora do PDR2020

10h15
"Enquadramento às medidas de apoio aos jovens agricultores e ao investimento agrícola e agroindustrial" - Rogério Ferreira - Secretário Técnico de Acompanhamento Operacional" 
11H15
"Enquadramento às medidas agroambientais" - Ana Teresa Silva - Coordenadora da Área de Inovação, Organização e Ambiente" 
11H40
Período aberto a esclarecimentos técnicos 
12H45
Sessão de Encerramento presidida pelo Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque

Programação de colóquios na Ovibeja já é conhecida


Rádio Pax - 14/04/2015 - 00:06
    
A Ovibeja apresenta-se como um importante palco de debate dos temas ligados, sobretudo, ao sector agrícola.

A programação dos colóquios arranca, quarta-feria, dia 29 de Abril, com a "Optimização Económica de factores de produção do Porco Alentejano: Nutrição e Sanidade". A iniciativa é da Associação de Criadores de Porco Alentejano.

O "Uso Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos e Doenças Emergentes - a Xylella Fastidiosa", fecha o programa do primeiro dia.

O Plano de Desenvolvimento Rural abre os trabalhos no segundo dia da Feira. A Estrutura de Missão do "PDR 2020" vem falar sobre os apoios para os jovens agricultores e sobre as medidas agro-ambientais.

"O Uso Eficiente da Água e a Eco-Inovação na Indústria" é outro tema em discussão no dia 30.

No dia 1 de Maio, pela mão da Câmara de Beja, terá lugar a "Conferencia Internacional – Energia Renovável e Utilização Eficiente da Água".

O "Olival e Azeites", colóquio promovido pela Acos- Agricultores do Sul e a "Protecção e Condução de Rebanhos - Utilização de cães" são os temas centrais de 2 de Maio.

DGADR: Produção integrada da cultura do arroz - Taxa de utilização de semente certificada

XX Concurso Nacional de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa



segunda-feira, 13 de abril de 2015

Temperaturas voltam a subir


     
13/04/2015 08:31:50 1556 Visitas   

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade nas regiões do interior durante a tarde, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos e dispersos na região norte durante a tarde.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando temporariamente para noroeste na faixa costeira a norte do cabo Espichel durante a tarde e soprando moderado no Algarve e nas terras altas, pequena subida da temperatura mínima nas regiões do litoral norte e centro e pequena subida da temperatura máxima.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 14 e 25 graus Celsius, no Porto entre 13 e 26, em Vila Real entre 11 e 25, em Bragança entre 9 e 24, em Viseu entre 10 e 24, em Coimbra entre 14 e 26, em Castelo Branco entre 12 e 24, na Guarda entre 8 e 20, em Évora entre 10 e 25, em Beja entre 12 e 26 e em Faro entre 13 e 21.

Dezoito distritos do continente em risco elevado de incêndio

Dezoito concelhos dos distritos de Santarém, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Vila Real, Porto e Viana do Castelo apresentam hoje risco elevado de incêndio, de acordo com informação disponível na página da Internet do IPMA.

O Instituto colocou ainda os concelhos do Sardoal (Santarém), Vila de Rei e Oleiros (Castelo Branco), Góis, Arganil e Pampilhosa da Serra (Coimbra), Castro Daire, São Pedro do Sul, Tarouca, Viseu e Vila Nova de Paiva (Viseu), Valongo (Porto), Chaves, Valpaços, Murça e Vila Pouca de Aguiar (Vila Real), Monção e Caminha (Viana do Castelo)

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, variando entre reduzido e máximo.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 de cada dia, da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

No domingo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou 70 incêndios que foram combatidos por 653 bombeiros, apoiados por 185 veículos.

Lusa/SOL

Portugal vai exportar leite, produtos lácteos, ovos e pintos para Marrocos


Publicado ontem às 20:09

Portugal vai passar a exportar para Marrocos leite e produtos lácteos, assim ovos de incubação e pintos do dia, informou hoje o gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Segundo a mesma fonte, o Governo marroquino comunicou no final da semana passada a Lisboa, que as empresas portuguesas estão habilitadas a exportar leite e produtos lácteos para aquele país norte-africano, e a autorização concedida abrange também ovos de incubação e pintos do dia.
O número de empresas que aguardava os certificados para iniciar a exportação de leite e laticínios para Marrocos ronda as 35, segundo a mesma fonte, que não precisou o número de empresas avícolas que aguardam os respetivos documentos.
A abertura do mercado marroquino ao leite nacional segue-se às aberturas dos mercados de Madagáscar e Chile.
O certificado de exportação para o mercado de Marrocos, de cerca de 33 milhões de consumidores, surge depois de ter sido dada "luz verde" para a carne bovina.
A mesma fonte disse à Lusa que o Governo considera a certificação agora concedida um sinal de abertura da parte das autoridades marroquinas, a pouco tempo da reunião de alto nível entre os dois Estados, que será "dentro de meses, mas sem dada marcada ainda".
Marrocos é o segundo cliente de Portugal em África, logo depois de Angola, e "uma aposta no reforço da presença comercial portuguesa no estrangeiro", segundo a mesma fonte.
Em março, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, liderou uma missão empresarial ao reino aluíta, composta por 45 empresas portuguesas.
A missão portuguesa visitou Casablanca e Rabat, e integrou também o secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e o presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Miguel Frasquilho.
Na ocasião, Portas destacou a importância do mercado marroquino e referiu que "em quatro anos", Portugal dobrou as exportações para aquele país, tendo fechado 2014 nos 600 milhões de euros, e estimou um aumento para mil milhões de euros das exportações nos próximos anos.
Segundo a mesma fonte, a apresentação de pedidos de certificação e pastas técnicas para produtos agroalimentares, agroindustriais e agroflorestais portugueses em novos mercados estrangeiros tem envolvido o Ministério da Agricultura, a rede diplomática portuguesa e a AICEP.
Lusa

domingo, 12 de abril de 2015

Açores: CDS quer adaptar à região legislação que regula cadeia agroalimentar


 12 Abril 2015, domingo  AgropecuáriaIndústria alimentar
agroalimentar

O líder do CDS-PP nos Açores anunciou a apresentação no parlamento regional, «em breve», de uma proposta para adaptar à região legislação nacional que regula a cadeia agroalimentar, criticando a «negligência» do governo açoriano nas questões da agricultura.
«É preciso envolver de facto indústria, produtores e distribuição e, nesse sentido, nós vamos também fazer uma proposta no parlamento regional para adaptar aqui aos Açores aquilo que na República existe, que é a PARCA [Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar]», disse Artur Lima.
A PARCA foi criada para fomentar a equidade e o equilíbrio da cadeia alimentar, promovendo o diálogo para permitir o aumento da transparência do mercado e o equilíbrio na distribuição de valor entre os diferentes setores da produção, da transformação e da distribuição de produtos agrícolas e agroalimentares.
O dirigente falava após uma reunião com o presidente da Federação Agrícola dos Açores, na sede da Associação Agrícola de São Miguel, no último dia das VII Jornadas Parlamentares do CDS-PP, subordinadas ao tema "Agropecuária e Agroindústria: Os desafios do setor produtivo da região".
Artur Lima frisou a importância de estender aos Açores legislação nacional que está «muito bem feita», alegando que é preciso que a indústria, os produtores e o setor da distribuição tenham «um papel, opinião e voz nesta matéria».
«Notamos também que há aqui uma grande negligência do Governo Regional em todo esse processo que não se preparou devidamente para o impacto do fim da quota leiteira, [inclusive] no Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, em que não previu nenhuma medida específica e adicional e que trouxesse alguma mais-valia para estes produtores e para a sua adaptação. Portanto, acho que é necessário haver umas ajudas adicionais», defendeu.
Neste sentido, Artur Lima adiantou que «em breve» se deslocará a Lisboa para um encontro com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que tem também prevista uma visita aos Açores.
«Nós vamos fazer sentir à senhora ministra que é preciso negociar junto de Bruxelas ajudas adicionais para os Açores como região ultraperiférica. O que esperamos é ter o apoio do Governo Regional nessa matéria», disse Artur Lima.
No seu entender, o governo açoriano socialista «tem de deixar de ser guerrilheiro» e adotar «uma postura institucional na defesa dos Açores, dos produtores e dos produtos dos arquipélago e da ultraperiferia» junto de Bruxelas para «ajudas compensatórias nesta transição da quota leiteira».
Para Artur Lima, o executivo não tem aproveitado para ter junto da República «uma postura institucional» para abordar as questões da agricultura, quando há «disponibilidade total» de Assunção Cristas.
O CDS-PP/Açores já tinha também solicitado um debate de urgência, este mês, sobre o fim das quotas leiteiras na Assembleia Legislativa do arquipélago, para exigir ao Governo Regional que apresente uma estratégia para o setor.
Artur Lima disse que «a agricultura não pode ser tratada nos Açores como uma questão política» e deve ser abordada em prol do desenvolvimento económico e social da região, criticando ainda «algumas associações» do setor por serem «coniventes» com o executivo.
O responsável deixou ainda «um elogio» aos produtores açorianos, porque desenvolvem «um trabalho com muita qualidade» e «deram um passo gigante na melhoria dos produtos lácteos e do leite dos Açores».
Fonte: Lusa

Uma «cidade agroalimentar» vai nascer no Vale de Santarém



 12 Abril 2015, domingo  IndústriaIndústria alimentar

O protocolo para a instalação do Centro de Competências para a Agricultura e a Agroindústria na antiga Estação Zootécnica Nacional (EZN), situada na Fonte Boa (Vale de Santarém), vai ser assinado no dia 23 de abril..

O documento, que estabelece a parceria entre as nove entidades envolvidas - Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Câmara de Santarém, Nersant, Agrocluster Ribatejo, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Universidade de Lisboa, Universidade de Évora, Instituto Politécnico de Santarém e a Escola Superior Agrária de Santarém - resulta do memorando de entendimento assinado em dezembro e antecede o passo seguinte, que é a captação de receitas para a instalação do centro de competências.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), explicou que a estratégia passa por apresentar uma candidatura a fundos comunitários que permita a instalação do centro na antiga EZN.
«É uma medida muito importante para Santarém e para toda a região porque permitirá criar uma espécie de cidade agroalimentar, ligada à investigação neste setor, que vai permitir fazer renascer a antiga Estação Zootécnica Nacional que assim poderá retomar o vigor que teve no passado», afirmou o autarca.
Ricardo Gonçalves acredita que o centro de competências vai fixar no concelho muita "massa cinzenta", que não se vai limitar a trabalhar no projeto mas também passar a residir na região.
A aposta na Agricultura e a Agroindústria foi identificada como um eixo crucial na estratégia dos onze municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), que querem aproveitar o atual quadro comunitário de apoio (2014-2020) para transformar a região numa referência nacional e internacional nestes setores.
No dia 16 de abril, quinta-feira, haverá uma nova reunião com todos os parceiros, que servirá para começar a alinhavar os projetos - e respetivos montantes - a candidatar aos fundos comunitários.
Rede regional

Música de universitárias sobre agricultura torna-se viral


«Norway Needs the Farmer» transmite uma mensagem política, apesar do grupo coral que criou a música garantir que não está ligado a nenhum grupo político

Por: Redação / CGF    |   10 de Abril às 15:52
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Um grupo de estudantes universitárias, da Noruega, fez uma música sobre o futuro da agricultura do país que se está a tornar um sucesso. A canção intitulada «Norway Needs the Farmer», transmite uma mensagem claramente política e já foi vista mais de 163 mil vezes no Youtube. 




Vestindo um macacão verde, as jovens do grupo coral Pikekoret IVAR, dançam com pás e ancinhos na mão enquanto cantam.
«Várias gerações cuidam das fazendas, mas as reformas do governo destroem as normas. Podemos ter um novo governo neste país, por favor?»
Numa das cenas do videoclipe, aparece uma figura semelhante a Sylvia Listhaug, a ministra da Agricultura, que é perseguida pelo campo pelas jovens.
«Viva os agricultores. Listhaug podes desistir», cantam.
A ministra havia anunciado mudanças significativas na no setor agrário, nomeadamente a redução dos pagamentos aos agricultores, que ,de acordo com a OCDE, recebem um dos mais altos subsídios em todo o mundo. 

Para além disso, o governo quer implementar novas leis sobre a herança e venda das fazendas, bem como mudar potencialmente os caminhos para as grandes propriedades e tornar a produção mais eficiente, medidas que têm como principal objetivo reduzir notoriamente o alto preço dos alimentos.
«Não só não queremos grandes fazendas, como isso não é bom para os animais e para o ambiente. A música pretende dar um impulso aos agricultores. Sim, os preços dos alimentos aqui são altos, mas os salários das pessoas também são», afirma uma das autoras da música, Gina Marie Ovale, que cresceu numa fazenda.
A porta-voz da ministra afirma que «o vídeo é uma das muitas declarações feitas antes das anuais negociações agrícolas. A Ministra não tem comentários a fazer». 

Já o grupo coral do qual fazem parte as jovens, Pikekoret IVAR, garante que não está ligado a nenhum grupo político e que o vídeo, gravado por um amigo, faz parte do concerto de fim-de-ano.
«A reação foi ótima. Tivemos um feedback muito positivo. Muitas pessoas consideram o vídeo amoroso e divertido». 

Intensificação Sustentável na Produção Animal


 10 Abril 2015, sexta-feira  Jorge Azevedo Agropecuária
Por Jorge Azevedo e Luís Ferreira

O desenvolvimento sustentável foi apresentado em 1987, no Relatório Brundtland ou Nosso Futuro Comum, como sendo aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades (Brundtland, 1987).
A intensificação sustentável sendo um conceito novo, em evolução, continuará a ser debatida, porque desde logo, aparenta representar conceitos contraditórios entre si: sustentável e intensivo. A aplicação da intensificação sustentável à produção animal comporta, em si, a necessidade de se analisarem múltiplas variáveis implicadas nos sistemas e nas modalidades existentes a nível mundial. A tarefa não se avizinha fácil mesmo quando se procura analisar uma única espécie animal numa dada região, com fatores de produção relativamente conhecidos e estabilizados, agravando-se exponencialmente quando passamos à escala a que estes assuntos são tratados: a escala mundial.
Relativamente às limitações à intensificação que passam por custos mais elevados, maior tempo de aprendizagem, e com maiores pressões geracionais, há maior dependência das flutuações do mercado internacional e dos combustíveis fósseis, e por vezes, contribuem para uma maior degradação ambiental, comprometendo a intensificação sustentável (Petersena e Snappb, 2015).
De acordo com Dias-da-Silva (2013) os animais que atingem melhores desempenhos zootécnicos – nomeadamente em termos de produção de leite, de ovos ou de velocidade de crescimento – são justamente os animais mais eficientes e, quanto mais elevada performance, menor a proporção de alimento ingerido destinado à satisfação das necessidades de conservação do animal que são relativamente elevadas, com menor dispêndio alimentar por unidade de leite, ovos ou carne produzida, e menor excreção relativa de dejetos.
A produção animal a nível global é altamente dinâmica, sendo que nos países em desenvolvimento, está evoluindo em resposta à crescente procura por produtos de origem animal e nos países desenvolvidos, essa procura está estagnada. Enquanto muitos sistemas de produção estão a aumentar a sua eficiência e sustentabilidade ambiental (Thornton, 2010), sendo esse um dos desígnios da produção animal sustentável que além de promover a proteção do meio ambiente, justiça social e eficiência económica, tem de ser eficiente, procurando a produtividade, e para ser produtiva deve utilizar mais tecnologia (Paniago, 2012).
No fim da Segunda Guerra Mundial, procurou-se, a todo o custo, responder a uma procura crescente de alimentos motivada pelo rápido crescimento das populações urbanas (Pingali, 2012). Surgiram nessa altura as preocupações com o bem-estar animal, quando se aumentou a intensificação, e o aparecimento de politicas a regulamentar as condições ambientais de criação dos animais e o tempo em que os mesmos podiam estar confinados, mas com respostas muito diferentes a nível dos animais dependentes dos criadores, dos seus conhecimentos e das condições higiénicas e sanitárias, alimentação e maneio a que estavam submetidos (Fraser, 2014).
Aprender com essas consequências, abordagens alternativas para a produção agrária, continuadas nas décadas seguintes chamaram a atenção para minimizar as consequências negativas para o meio ambiente (Petersena e Snappb, 2015). As abordagens para a produção agrária que procuram minimizar as externalidades ambientais são feitas desde a agricultura orgânica, a agricultura de manutenção, a agroecologia, a intensificação ecológica, a intensificação sustentável até aos sistemas de agricultura sustentável.
Caballero (2015) desenvolveu o conceito de intensificação sustentável como uma forma de adaptação das estratégias de gestão em resposta a situações de stresse, como a produção ou a escassez de mão-de-obra de pastoreio sazonal de pastagens, e não como uma decisão de gestão deliberada para aumentar os níveis de input, a fim de atingir uma produção mais elevada e/ou maior produtividade. Ainda segundo o mesmo autor o trabalho interdisciplinar é um predicado do conceito de intensificação sustentável. Na produção animal há que acrescentar às questões ecológicas, sociais e económicas a ética envolvida.