quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nível baixo de preços vai parar a expansão agrícola

 23 Julho 2015, quinta-feira  AgroflorestalAgricultura

De acordo com um relatório da PotashCorp, um dos maiores produtores de adubo do mundo, o nível de preços dos produtos agrícolas vai bloquear o avanço da agricultura no mundo, que se registava há alguns anos.
Neste relatório pode ler-se que a área arável cultivada no mundo estagnou, mesmo com o aumento desta e a realização, em alguns casos, de duas culturas no mesmo ano.
O que acontece é que, com o baixo preço dos produtos agrícolas, o crescimento parou e está a assistir-se ao abandono de certas áreas menos produtivas. No entanto, a procura de adubos, apesar de vir a diminuir em 2015 em relação a 2014 (que foi um ano histórico), deve manter-se a níveis muito elevados e superior à média dos últimos anos.
A procura de adubos no Brasil e na Índia baixou no início do ano, mas as previsões são que recuperem no segundo semestre, para a preparação das sementeiras de final do ano.
As previsões são que a Índia venha a importar cinco milhões de toneladas de potássio este ano.
O relatório termina dizendo que esta diminuição do consumo de adubos não é compatível com a necessidade de aumentar a produção agrícola, para alimentar correctamente todo o mundo.
Fonte: Agroinfo

UE e FAO anunciam combate à insegurança alimentar em 35 países

 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar

A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciaram novos programas para fomentar a segurança alimentar e nutricional, a agricultura sustentável e a resiliência.
As medidas foram anunciados numa reunião entre o Comissário da UE para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, durante a 3ª Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento, que se realizou na capital da Etiópia, Adis Abeba.
A UE deverá contribuir com 50 milhões de euros e a FAO com 23,5 milhões de euros para esta iniciativa, que será levada a cabo pelos países, em função da procura, segundo um comunicado da FAO.
Para Nevem Mimica «esta iniciativa será crucial no apoio dos países parceiros e organizações regionais ao reunir meios políticos, técnicos e financeiros para o objetivo comum de reduzir a insegurança alimentar e nutricional, e contribuirá também para fortalecer a parceria entre a União Europeia e a FAO».
Por outro lado, Graziano da Silva considerou que «esta nova fase» na parceria com a UE «reforçará em larga escala a capacidade da FAO de trabalhar com os governos para ajudá-los a adquirir dados e informação de que necessitam para desenvolver e implementar políticas eficientes, destinadas a abordar as causas primárias da fome e para a criação de resiliência a situações de choque e crises».
A nova iniciativa consiste em dois programas interligados de cinco anos: o serviço de Impacto da Segurança Nutricional, Resiliência, Sustentabilidade e Transformação (FIRST, na sigla em inglês); e o programa de Informação para a Segurança Alimentar e Nutricional e Resiliência para a Tomada de Decisão (INFORMED, na sigla em inglês).
De acordo com o último relatório de insegurança alimentar da ONU, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo ainda passam fome e um número mais elevado não tem acesso a uma alimentação saudável.
A erradicação da fome até 2030 irá requerer um investimento anual adicional de 267 mil milhões de dólares (246 mil milhões de euros), em áreas rurais e urbanas, e em proteção social, segundo cálculos publicados num relatório conjunto da FAO, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e Programa Mundial para a Alimentação.
A UE - um dos maiores doadores da FAO - juntou-se à Organização como membro em 1991.
Em 2004, a UE e a FAO tornaram-se parceiros estratégicos.
Fonte: Lusa

2014: um ano de maior produção de cereais de inverno, batata, hortícolas e fruta



 22 Julho 2015, quarta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
A atividade agrícola em 2014 ficou marcada por aumentos de produção nos cereais de inverno, na batata, nas culturas hortícolas e nalguns frutos, enquanto a produção de azeite caiu 33,5%, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as "Estatísticas Agrícolas 2014" do INE, no ano passado a produção animal registou aumentos nos principais produtos (carne de suíno e aves, ovos e leite).
«O ano agrícola 2013/2014 decorreu com relativa normalidade, apesar das chuvas estivais que condicionaram as colheitas», refere o instituto, destacando, entre os frutos, os aumentos de produção registados na pera, no pêssego e ameixa e nos citrinos.
Em contrapartida, a produtividade do tomate para a indústria (76,1 mil kilos/hectare) ficou «aquém do esperado», sendo que a campanha oleícola «também não decorreu nas melhores condições», registando-se um decréscimo de 33,5% na produção de azeitona para azeite, com o peso dos azeites com acidez igual ou inferior a 0,8º a descer «consideravelmente».
No que respeita à produção pecuária, em 2014 registou-se um aumento do volume de carne, ovos, leite e produtos lácteos transformados, com a produção total de carne a subir 1,8% devido sobretudo ao maior volume de carne de suíno e aves de capoeira.
A produção de ovos de galinha para consumo aumentou 5,2%, fixando-se nas 111 mil toneladas, «em resultado do crescimento do efetivo de galinhas poedeiras e da modernização de alguns pavilhões de maior dimensão».
A produção de leite de vaca aumentou 8,2%, para cerca de 1.940 milhões de litros, com os produtores a beneficiarem de «condições climatéricas normais e de preços em alta» e a registarem um «ano mais produtivo» do que 2013.
Segundo o INE, no que diz respeito aos produtos lácteos derivados, a indústria nacional absorveu grande parte do excedente de leite de vaca recolhido em 2014, com o leite em pó a aumentar 35,4%, (19,8 mil toneladas), a manteiga 9,2% (28 mil toneladas) e o queijo 3,9%, com 78,7 mil toneladas produzidas em 2014.
Pelo contrário, os principais produtos frescos reduziram o volume de produção, tendo os leites acidificados (incluindo os iogurtes) diminuído 6,5% e o leite para consumo público registado também um ligeiro decréscimo (-0,4%) face ao ano anterior.
Em 2014, o índice de preços da produção de bens agrícolas registou uma variação de -6,0% e o índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente na agricultura decresceu 2,4%, enquanto o índice de preços dos bens de investimento na agricultura aumentou 2,3%.
Os produtos que mais contribuíram para a variação negativa dos preços da produção foram a batata (-53,1%), as plantas forrageiras (-21,2%), os hortícolas frescos (-14,9%), os outros animais (-9,0%) e os suínos (-8,4%).
De acordo com a segunda estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2014, na base 2011, o rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), registou um decréscimo de 3,0% em relação a 2013, apesar da redução estimada para o volume de mão-de-obra agrícola (-3,1%).
Para esta evolução de rendimento o INE aponta como «determinantes» a evolução do valor acrescentado bruto (VAB) (-3,2%) e dos outros subsídios à produção (-4,2%).
Relativamente à área ardida em 2014, a informação do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) revela um «decréscimo significativo» do número de incêndios (-63,3%), com apenas 7.111 ocorrências e uma área ardida (20,3 mil hectares) inferior em 86,8% (menos 133,7 mil hectares) face a 2013.
As maiores reduções aconteceram nas regiões Norte (-93,2%) e Centro (-82,6%).
Fonte: Lusa

“Alimentaria&Horexpo” e “Portugal Agro”: promover a produção e exportação nacionais é a missão



 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar
alimentaria

As feiras "Alimentaria&Horexpo" e "Portugal Agro de 2015", que se realizam em novembro de 2015, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), foram apresentadas oficialmente sendo que os promotores garantem que o objetivo passa, uma vez mais, por «promover a produção nacional e o encontro entre profissionais agrícolas, hoteleiros, fabricantes e distribuidores, com vista ao aumento de exportações e melhoria da economia local».
No evento de apresentação, Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP – entidade responsável pela organização de ambas as feiras – explicou que ambas têm refletido «dinâmicas de crescimento positivas», uma vez que contribuem para «impulsionar a exportação, favorecer a economia local e regional» e, ainda, apresentar novos produtos e serviços essenciais nos setores agroalimentar, turístico e de restauração».
Já a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, recordou a importância de «desvendar o nosso Portugal excepcional» ao aproveitar os encontros para promover a produção nacional dentro e fora de portas, trazendo «profissionais e potencionais compradores internacionais» e, assim, aumentar as exportações.
A ministra realçou que as exportações valeram mais de seis mil milhões de euros em 2014 e que, atualmente, há 208 mercados fora da União Europeia que se encontram abertos aos produtos portugueses.
A Portugal Agro vai realizar-se de 21 a 23 de novembro, enquanto a Alimentaria & Horexpo decorrerá de 22 a 24 de novembro de 2015.
A AHRESP, APED, Crédito Agrícola, FIL e AICEP são os parceiros dos certames na edição de 2015.

Holanda defende a utilização de produtos naturais no combate às pragas



 22 Julho 2015, quarta-feira  Agroflorestal

A Holanda quer que os países europeus comecem a banir progressivamente os produtos químicos de maior risco utilizados no combate às pragas, passando a utilizar, cada vez mais, produtos não-químicos, como, por exemplo, recorrer à utilização de alguns insetos.
Aquela país defende a necessidade de incrementar a tecnologia de deteção, o mais precoce possível, dos problemas que podem afetar as plantas e o uso cada vez maior de produtos de baixo risco.
É necessário implementar um programa de medidas verdes e substâncias autorizadas, incluindo medidas alternativas de controlo de pragas.
A Holanda quer apresentar um programa concreto já este outono. Esta proposta teve o apoio de Portugal, da Bélgica, da Hungria e da Grécia.
O Comissário Andriukaitis, por outro lado, já confirmou que existem verbas disponíveis para desenvolver investigação neste domínio, salientando, no entanto, que, para que este programa se torne uma realidade, é necessário o compromisso e empenhamento de todos os países europeus.
Fonte: Agroinfo

Prevê-se um aumento da produção de vinho no Douro


Julho 21
12:06
2015

Prevê-se, este ano, um aumento considerável em relação ao ano passado, na produção de vinho na região demarcada do Douro, sendo que a produção deverá oscilar entre as 278 mil a 300 mil pipas.

Estes dados foram divulgados pela Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).

É claro que ainda existem bastantes condicionantes, mas, se nada de anormal acontecer, do ponto de vista climatérico, as previsões são bastante optimistas.

No ano de 2014, a zona perdeu 10% da produção, devido à instabilidade das condições meteorológicas, que potenciaram várias doenças e provocaram uma heterogeneidade da produção entre várias zonas.

As previsões da potencial de colheita são efectuadas com base no modelo do pólen recolhido na fase da floração da videira, entre Abril e Junho, nas três sub-regiões; Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

Apesar da campanha começar com muita chuva em Novembro, ela tem de ser considerada de seca, pois no Inverno as precipitações foram inferiores à média, o que também contribuiu para uma baixa pressão sobre as doenças, como o míldio.

A ADVID é uma associação privada sem fins lucrativos e foi criada pelas principais empresas do vinho do Porto, com o objectivo de contribuir para a modernização da viticultura do Douro e melhoria da qualidade dos vinhos.

IFAP: MANUTENÇÃO DOS PRADOS E PASTAGENS PERMANENTES




Informamos que o formulário do «Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso» em áreas classificadas como Prado ou Pastagem permanente já se encontra em funcionamento.

Pós-Graduação "Wine Business" 2015/2016

16 Jul 2015 Pós-Graduação "Wine Business" 2015/2016


O curso de pós-graduação em "Wine Business" está concebido para valorizar as competências de profissionais em pleno exercício de funções na área da produção, marketing e gestão de empresas privadas e cooperativas, bem como técnicos superiores do sector público e de associações interprofissionais que tenham por missão avaliar o mercado a nível nacional ou internacional.

Assunção Cristas diz que feiras são “essenciais” para “valorizar os nossos produtos”


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Foi oficialmente apresentada na passada semana a Alimentaria & Horexpo Lisboa e o Portugal AGRO 2015, num evento que decorreu na ViniPortugal, em Lisboa. A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, marcou presença e referiu que "Para valorizar e dar a conhecer os nossos produtos, estas feiras são essenciais."

"Tudo o que podemos fazer em conjunto para dar a conhecer os produtos portugueses, juntar a este conhecimento dos nossos produtos uma imagem de maior diferenciação, de qualidade seja na perspetiva da segurança alimentar, seja na perspetiva da excelência do produto do 'Portugal Excecional', é uma mais-valia", referiu a ministra da Agricultura.

"Não basta a produção, que tem estado a trabalhar muito e bem, não basta a indústria que tem estado a trabalhar muito e bem. A minha esperança é que existam cada vez mais alianças duradouras e mutuamente benéficas entre a produção primária e a indústria para acrescentar valor, inovação e para deixarmos mais riqueza no nosso país."

Assunção Cristas referiu ainda que "hoje, cada vez mais, temos a possibilidade de trazer a Portugal profissionais e potenciais compradores internacionais, articulados com a AICEP em missões diversas, que vêm conhecer os nossos produtos."

Agradecendo a todos os intervenientes que têm contribuído para este esforço, a ministra da Agricultura salientou que "o sector agroalimentar é precisamente um dos sectores que mais tem visto as suas exportações crescerem", referindo mesmo que "os sectores agrícola e agroalimentar estão na linha da frente das exportações portuguesas."

Segundo Assunção Cristas, a meta é "chegar a 2020 com mais mercados abertos", uma vez que "há muito mercado externo para ser agarrado pela nossa produção de produtos excecionais."

Alimentos em fim de vida podem agora transformar-se em comida em pó


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Os alimentos em fim de vida podem agora ser convertidos em novos alimentos em pó. Sim, em pó! A ideia é da FoPo Food Powder, um projeto de estudantes internacionais que seca frutas e legumes em fim de vida que já ninguém quer comprar e os transforma em pó que pode ser consumido.

"[Não estamos] a usar um novo produto ou uma nova tecnologia, [mas] sim a criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar", explicou um dos responsáveis pela ideia ao site Mashable.

A ideia partiu de um estudante sueco de engenharia mecânica, que mais tarde se juntou a quatro outros estudantes para concretizar o projeto que tem um cariz social e que pretende contribuir para lutar contra o desperdício alimentar.

Com a inovação, a vida útil dos hortofrutícolas passa para dois anos, mas para já ainda só estão disponíveis três sabores, banana, manga e framboesa, que podem ser consumidos na confeção de sumos, bolos ou como 'topping' de outros alimentos.

Agricultores já podem doar produtos através de plataforma digital


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Os agricultores podem agora doar os seus produtos a instituições de solidariedade social através de uma plataforma digital. A iniciativa é da responsabilidade da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares e da Entrajuda e surge no âmbito da plataforma 'Dar e Receber' com a meta de combater o desperdício alimentar.

Assim, o site 'Dar e Receber' alberga agora o pilar "Produtos Agrícolas", que já tem registadas cerca de 4200 instituições de solidariedade que precisam de alimentos.

"Pareceu-nos que seria oportuno desafiar os agricultores portugueses para que coloquem, num site na Internet, todos os seus excedentes e todos os produtos agrícolas que não podem, por alguma razão, ser comercializados ou que não encontram no mercado um preço que compense a sua apanha", explicou Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares ao jornal Público.

As doações podem ser colocadas por região e todas as instituições locais registadas serão posteriormente alertadas por email da disponibilidade dos produtos agrícolas.

Além da Entrajuda e da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, o projeto conta com a participação da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Governo anuncia obras de 28 milhões de euros para regadio agrícola em Óbidos



Fonte: Lusa

A ministra Assunção Cristas anunciou, em Óbidos, o lançamento de obras no valor de 28 milhões de euros, com prazo de conclusão até 2017, para dotar o concelho de água e de infraestruturas de rega para a agricultura.

A ministra da Agricultura disse que a construção de uma estação elevatória para fornecer água aos agricultores vai ser adjudicada ainda nesta legislatura e anunciou ter assinado o despacho relativo ao lançamento do concurso público para a construção de infraestruturas para a de rega de Óbidos. O concurso para a rede da Amoreira é lançado até ao final do ano.

"Estaremos com todas as obras concluídas para a campanha de 2017", disse a ministra, segundo a qual não se trata de um "prazo irrealista para quem esperou 39 anos" pelo projeto.

Considerando um "líquido precioso para a competitividade e para a criação de postos de trabalho" da agricultura, Assunção Cristas explicou que a água vai chegar a 1.200 hectares de terrenos agrícolas, de 900 agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral.

O presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques (PSD), sublinhou que o investimento "é um velho sonho com 40 anos" dos agricultores do concelho e que é indispensável para o seu desenvolvimento económico.

Vão ser construídos 50 quilómetros de rede de distribuição, por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, sendo disponibilizadas 400 tomadas de água, ou seja, cerca de três tomadas por hectare.

Integrada no Projeto Hidroagrícola das Baixas de Óbidos, a rede é aguardada desde 1978.

O regadio está integrado na construção da Barragem do Arnóia, obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005, e parada desde então devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

Destinado em 60% a pomares e 40% a hortícolas, o projeto permite, por exemplo, aumentar a produção média de pera rocha de 12 toneladas (em sequeiro) para 40 toneladas por hectare, em regadio.

O projeto, orçado em 28 milhões de euros, conta com um financiamento comunitário.

Melgaço ultima contestação ao alargamento da produção de vinho Alvarinho



Fonte: Lusa

A ação judicial de contestação ao alargamento da produção de Alvarinho a todos os concelhos da Região dos Vinhos Verdes (RVV) deverá entrar nos tribunais ainda antes das próximas vindimas, previu o presidente da Câmara de Melgaço.

Manoel Batista adiantou que a "estratégia de contestação" ao alargamento será "afinada" no dia 27, numa reunião que irá decorrer no edifício da autarquia e que sentará à mesma mesa "o município, os advogados responsáveis pelo processo, e produtores de vinho Alvarinho" do concelho.

Segundo o autarca, trata-se do segundo encontro realizado após a publicação, em maio, em Diário da República (DR), da portaria 152/2015 que veio regulamentar o alargamento da produção de Alvarinho a todos os concelhos da RVV.

"Esta legislação vai entrar em vigor a 01 de agosto, e a partir dessa data temos três meses para formalizar contestação", adiantou.

A Câmara de Melgaço anunciou o recurso à justiça em maio passado após a publicação da nova legislação classificada pelo autarca como um "erro crasso" que resultou de um processo "ferido de ilegalidades, que "não serve nem a região nem o país".

A portaria resultou de um acordo alcançado em janeiro passado pelo Grupo Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo Governo para negociar a denominação daquele vinho, cuja exclusividade de produção é detida pela sub-região, constituída pelos municípios de Melgaço e Monção.

O acordo alcançado pelo GTA, liderado pela Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes (CVRVV), prevê o alargamento da produção daquele vinho aos 47 municípios que a integra a Região dos Vinhos Verdes (RVV).

Aquele acordo foi aceite por Monção, que tem cerca de 900 hectares de terrenos dedicados exclusivamente à produção daquele vinho.

Já os 600 produtores de Melgaço, acionistas da empresa "Quintas de Melgaço", cuja maioria do capital é detido pela autarquia local, contestam o acordo por considerarem que "prejudica" a sub-região.

A produção de Alvarinho é, até agora, detida em exclusivo por aqueles dois concelhos do Alto Minho, que juntos integram a sub-região demarcada do Vinho Alvarinho, desde 1908.

Tetra Pak apresenta nova geração de máquinas de enchimento



Fonte: ANIL/Revista Grande Consumo

A Tetra Pak apresentou na Fispal - Feira Internacional de Tecnologias que decorre em São Paulo, no Brasil, a Tetra Pak E3, uma máquina de enchimento que utiliza feixes de eletrões para esterilizar o material de embalagem em substituição do peróxido de hidrogénio. Comparada com a plataforma Tetra Pak A3/Speed, a máquina de enchimento Tetra Pak E3 "baixa os custos operacionais, melhora o desempenho ambiental e aumenta a flexibilidade de produção", declara a Tetra Pak em comunicado.

No centro da nova máquina está a tecnologia de esterilização eBeam desenvolvida pela Tetra Pak em colaboração com a COMET. A tecnologia permite centrar um feixe controlado de eletrões sobre a superfície do material de embalagem no interior da máquina de enchimento, eliminando quaisquer bactérias ou micro-organismos presentes.

Charles Brand, vice-presidente executivo de Product Management & Commercial Operations da Tetra Pak refere: "Este é um desenvolvimento muito entusiasmante. A Tetra Pak E3 não só oferece aos clientes vantagens significativas em termos ambientais e de custos de produção como marca o início de uma nova era no mundo das embalagens de cartão para alimentos líquidos. A eficiência e eficácia dos equipamentos de enchimento acabam de dar um grande passo em frente."

"A utilização da tecnologia eBeam remove uma limitação física de longa data à velocidade de produção das embalagens de cartão para alimentos líquidos: o processo de esterilização com peróxido de hidrogénio. Com a tecnologia eBeam, a capacidade de produção aumenta para até 40,000 embalagens individuais por hora ou seja, 11 embalagens por segundo. Testes de mercado revelaram que este aumento de produção pode gerar uma redução até 20% nos custos operacionais", explica ainda a empresa.

A Tetra Pak E3/Speed estará disponível para comercialização no início de 2016. O equipamento produz embalagens familiares Tetra Brik Aseptic 1000 Edge com LightCap 30, com capacidade para 15,000 embalagens/hora.

Mais três meios aéreos para o combate a incêndios



Fonte: dn.pt

Durante a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, o secretário de Estado da Administração Interna anunciou: "brevemente estarão operacionais três Kamov".

O secretário de Estado da Administração Interna revelou que dois helicópteros pesados Kamov já estão disponíveis para o combate aos fogos florestais e que até final de julho um outro Kamov estará operacional.

João Almeida falava na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar após um requerimento do PCP, aprovado por unanimidade, para ouvir o Governo sobre os meios aéreos do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

O governante lembrou que a manutenção destas aeronaves foram adjudicadas a uma nova empresa, a 06 de fevereiro de 2015, tendo posteriormente sido detetados problemas "graves" que levaram à inoperacionalidade de quatro Kamov, o que somado a outra aeronave que teve um acidente em 2012, deixou apenas um Kamov operacional.

João Almeida recordou que o seu Ministério abriu um inquérito para apuramento total das responsabilidades relacionadas com os problemas do KAMOV, o que não impediu que se iniciasse o processo de reparação das aeronaves, o que permite que atualmente dois Kamov estejam disponíveis e um outro pronto até final do mês.

"Brevemente estarão operacionais três Kamov", sublinhou o secretário de Estado, anunciando que durante o período mais intenso de fogos florestais (fase Charlie) houve um reforço das forças terrestres e antecipação da atuação de meios de atuação ampliada no combate aos incêndios na floresta.

João Almeida reconheceu que a inoperacionalidade dos Kamov é um "problema estrutural", indicando que em 2014 estas aeronaves estiveram inoperacionais 1.846 horas, enquanto em 2013 foram 2.887 horas e, em 2012, atingiu 2.146 horas.

O responsável realçou que o Governo "não nega a gravidade da situação dos kamov", nem desvaloriza a importância destas aeronaves pesadas no combate aos incêndios florestais, mas apontou a utilização de outros meios aéreos anfíbios que, com a ajuda das equipas terrestres, têm mantido taxas elevadas de sucesso nos ataques iniciais aos fogos.

João Ramos (PCP) questionou sobre se não era suposto o Governo estar a par da situação dos Kamov, observando que há dois anos tinham sido dados alertas sobre o estado das aeronaves e que aparentemente não houve a resposta adequada do executivo.

O deputado comunista estranhou ainda que tenha havido a substituição de diversos motores dos Kamov, sem que a situação melhorasse, e que o governo não tivesse acionado uma cláusula contratual que obrigava a que existisse um stock de peças para estas aeronaves.

"O Estado foi alertado para a situação destes meios aéreos e não tomou as medidas adequadas", criticou o deputado do PCP.

João Almeida garantiu que o Governo tinha informação oficial que "contrariava o estado" em que as aeronaves, afinal, se encontravam, pelo que decidiu instaurar um inquérito para apurar responsabilidades de entidades públicas ou privadas causadoras da situação.

O secretário de Estado elogiou a eficácia do ataque inicial aos fogos florestais em Portugal, que continua acima dos 90 por cento, dizendo que o mérito não é deste ou daquele governo, mas dos operacionais no terreno e dos seus coordenadores.

Jovens recolhem lixo e vigiam a floresta em Estarreja



Fonte: Lusa

Vinte e quatro jovens vão vigiar as zonas florestais de Estarreja, até 14 de agosto, em colaboração com os bombeiros e forças de segurança, informou a autarquia.

Trata-se da 9.ª edição do programa "Juntos pela floresta, todos contra o fogo no município de Estarreja", que arrancou com uma ação prévia de formação e que vai estar no terreno até 14 de agosto.

Este ano são 24 os voluntários envolvidos, os quais, ao longo de duas semanas, vão estar empenhados em diferentes tarefas, como detetar colunas de fumo, cartografar caminhos e linhas de água e recolher lixo.

Segundo o presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina, o programa é uma "experiência enriquecedora para os jovens e importante para a prevenção, "num ano que se prevê seco e muito propício a fogos florestais.

A iniciativa decorre durante o período crítico de incêndios florestais, sendo os 24 participantes divididos em equipas e distribuídos por quinzenas.

O programa de voluntariado jovem para as florestas é promovido pela Câmara Municipal de Estarreja desde 2006 e visa a vigilância da área florestal do concelho.

Uma das vertentes é a recolha de resíduos deixados na floresta, tendo sido recolhidas na edição do ano passado 4,5 toneladas de lixo.

Serras de Valongo com patrulhas a cavalo para evitar incêndios

 21-07-2015 
 

Fonte: Lusa

O Centro Hípico de Valongo vai assegurar a vigilância e a deteção de ignições nas áreas florestais deste concelho do distrito do Porto, através de patrulhamentos diários às serras que formam um total de 4.300 hectares de zona verde.

"A zona verde de Valongo é uma zona de altíssimo risco porque é uma zona de contacto com a zona urbana. Investimos em muita prevenção e muita vigilância", afirmou o presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, acrescentando que este concelho a par de Baião "tem sempre risco máximo quando há dias de temperaturas elevada".

Aos elementos do Centro Hípico de Valongo, entidade que esta manhã assinou um protocolo com a câmara, fica destinada a tarefa de se deslocarem a cavalo, em ações de vigilância móvel, nos percursos e horários definidos pelos Serviços Municipais de Protecção Civil e Proteção da Floresta (SMPCPF) e comunicar, via telemóvel, à Protecção Civil de Valongo sempre que detetem colunas de fumo.

"O alerta rápido é muito importante e a presença do patrulhamento a cavalo reforça o efeito dissuasor. Um território desta natureza deve ser muito utilizado para afastar quem tem más intenções", descreveu José Manuel Ribeiro.

O período de maior vigilância às áreas florestais de Valongo, devido ao risco de incêndio, já se iniciou, estendendo-se até outubro, embora, conforme referiu o autarca "ao longo do resto do ano sejam várias as ações nas serras como gestão das faixas de combustível, exercícios de fogo controlado, limpeza e reflorestação".

A par do patrulhamento a cavalo, pelas serras de Valongo estão espalhadas equipas que incluem desempregados a fazer vigilância, no âmbito dos chamados Contratos Emprego e Inserção do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Soma-se, ainda, a equipa de sapadores da câmara de Valongo, um grupo de cinco elementos constituído ao abrigo de um protocolo celebrado com associação Portucalea, e a cooperação com as associações de bombeiros locais.

"São bons exemplos de trabalho em parceria porque envolvemos várias entidades que no âmbito das suas atividades - por exemplo o centro hípico tem vocação para o ensino de equitação - conseguem encontrar motivações comuns à população e território onde se inserem", referiu José Manuel Ribeiro.

No protocolo hoje estabelecido lê-se que "é responsabilidade de todos zelar pela proteção e defesa das áreas florestais", e recorda-se que o Centro Hípico de Valongo "usufrui destes recursos florestais, imprescindíveis à sua atividade, pelo que apoia a sua valorização e defesa".

"Os nossos 4.300 hectares são muito importantes e devem ser bem vigiados. Temos um património que já não é só de Valongo, é um património metropolitano, nacional e europeu. Há que o salvaguardar", completou José Manuel Ribeiro.

Desse território, classificado como Área de Paisagem Protegida de Âmbito Local, 800 hectares estão afetos à Rede Natura 2000.

Dados da câmara de Valongo indicam que nos últimos dez anos o pior ano no que se refere a área ardida corresponde a 2005 com mais de mil hectares (223 ocorrências) ardidos, seguindo-se 2006 em que a área ultrapassou os 800. Em 2010 foram 785 os hectares ardidos, enquanto em 2014 apenas 36, o que correspondeu a 117 ocorrências.

Já este ano foram desenvolvidas acções como abertura de zona de proteção alargada na zona de Chães, o que, refere a informação da câmara, "facilitou a utilização em diversos incêndios, quando no passado havia receio dos pilotos dos helicópteros".

Quanto à rede viária foi iniciada a beneficiação de aproximadamente 12 quilómetros em área protegida.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Lagar português eleito o melhor do mundo por especialistas do azeite


21.07.2015

Um lagar alentejano, no centro do "maior olival do mundo", conquistou o prémio de produção. E há vários azeites portugueses entre os melhores.

Pelo segundo ano consecutivo, o lagar da Oliveira da Serra, em Ferreira do Alentejo e pertença da Sovena, foi reconhecido como "o melhor produtor de azeite do mundo". Não em vão, a marca já se tinha celebrizado a nível global por possuir o anunciado "maior olival do mundo".

A distinção foi conquistada na competição World's Best Olive Oil Mills, um ranking de qualidade, conseguido a partir dos resultados obtidos por produtores e marcas em "19 torneios internacionais dedicados a azeites extra virgem", segundo os organizadores, uma organização ("não-governamental e não-lucrativa") que reúne especialistas internacionais do azeite. O lagar alentejano foi projectado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon.

No top 25 dos lagares, há mais Portugal, para além da Sovena: a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços e a CARM - Casa Agrícola Roboredo Madeira estão também muito bem classificados, nos 10.º e 11.º lugares, respectivamente. A lista é dominada por casas de Portugal, Itália e Espanha.

Já no ranking dos azeites, o domínio é espanhol, com os primeiros quatro postos do top (também calculado a partir de resultados de 19 competições internacionais) a pertencerem à Andaluzia. O azeite português mais bem cotado é o Oliveira da Serra Lagar do Marmelo, em 5.º lugar, seguido de perto pelo Oliveira da Serra Gourmet, em 7.º. Ainda assim, na lista dos 50 melhores, há uma dezena de azeites portugueses, produzidos no Alentejo, Trás-os-Montes, Abrantes e Beira Interior.

O maior olival do mundo
Começou em 2010 com a plantação de "mais de dez milhões de oliveiras", precisamente "uma por cada português". É no centro deste mega-olival que se espalha por diversas zonas que está o lagar Oliveira da Serra. A proximidade entre olival e lagar "permite que o tempo decorrido entre a apanha das azeitonas e a extracção do azeite seja o menor possível", uma garantia de "elevada qualidade", defende a empresa. "Ao posicionar o azeite nacional como um dos melhores do mundo", comenta Otto Teixeira da Cruz, director de marketing da Oliveira da Serra, "abrem-se novas oportunidades de expansão tanto para os azeites como para outros produtos portugueses nos mercados internacionais". 

Indústria Alimentar: inovação aumenta o desafio para a análise de riscos



 20 Julho 2015, segunda-feira  IndústriaIndústria alimentar

O setor alimentar é um dos que maior peso tem no seio da União Europeia e é encarado como um setor-chave para fomentar a criação de emprego, caso consiga continuar a desenvolver novas tecnologias e produtos.
O Comissário Europeu de Saúde Vytenis Andriukaitis está, assim, convencido de que a indústria alimentar pode contribuir para o plano do Presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, de transformar a Europa, criando mais empregos e promovendo uma maior prosperidade.
Wim Debeuckelare, diretor legislativo da DG Sante, afirma, por seu lado, que «podemos contar com a European Food Safety Authority (EFSA) para fazer a necessária avaliação de risco. Quando tivermos a avaliação do risco, então ainda precisaremos, de acordo com as nossas regras, de considerar os benefícios e necessidades tecnológicas. A proporcionalidade é algo que se deve ter em mente. Precisamos de analisar para saber se o risco potencial realmente supera os benefícios».
Tobin Robinson, chefe do departamento de Estratégia de Ciência e Coordenação da EFSA, destacou as dificuldades que a Agência tem para a avaliação do risco. Por exemplo, sempre que a EFSA está a estudar o potencial risco para os seres humanos de um resíduo químico ou um metal pesado, a avaliação tem de incluir como o mesmo também afeta a qualidade da água e do ar e como se desenvolve em diferentes situações.
O representante da EFSA pediu mais e melhor tecnologia disponível para os especialistas que realizam as avaliações de risco e enfrentam, constantemente, novos desafios. Estes prendem-se, sobretudo, com novos alimentos, nano tecnologia e a clonagem de animais.
«Aqui, novamente, precisamos ter certeza de que a segurança alimentar não é um travão à inovação», terminou Robinson.
Gert Meijer, adjunto de Regulamentação e Assuntos Científicos da Nestlé, disse que, no momento, reduzir a pegada ambiental e melhorar a qualidade das matérias-primas, são alguns dos desafios mais importantes, a nível de investigação, para a indústria.
Acrescentou que a indústria alimentar está a seguir mais numa direção de remover aditivos dos alimentos, em vez de adicioná-los.
Fonte: Lusa

terça-feira, 21 de julho de 2015

Metade das vagas para limpar matas destinadas a desempregados ficaram vazias


ANA GASPAR | Hoje às 00:00
Mais de metade das vagas para limpeza e vigilância das florestas destinadas a desempregados e utentes do Rendimento Social de Inserção ficaram por preencher no ano passado.
 


O Governo tinha anunciado a abertura de 2000 lugares, mas, segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) fornecidos ao JN, apenas 791 pessoas acabaram por desempenhar estas funções em 2014. A eficácia do programa é posta em causa pelos parceiros.

Bruxelas opõe-se a medidas de apoio ao setor do açúcar

 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar

A Itália em vindo a reclamar medidas concretas excecionais de apoio ao setor do açúcar, antevendo, desde já, graves problemas no mercado, com o fim das quotas em 2017.
A resposta da Comissão é radicalmente negativa, pois considera que o mercado tem tempo e capacidade de se autorregular por si só e fazer face a uma situação diferente, após o fim das quotas.
Por seu lado, a Alemanha defende que a ajuda ligada à produção de beterrabas, que foi atribuída em dez Estados-membros, corre o risco de provocar situações de distorção de concorrência e gostaria de medidas para fazer escoar no mercado as quantidades que ultrapassam a quota.
A Itália defende que a quotização paga pelos produtores de 13 euros por tonelada pode e deve ser utilizada para eventuais soluções que apoiem e defendam o mercado.
Phil Hogan reconheceu que a produção da campanha 2014-2015 foi muito abundante, atingindo 19,4 milhões de toneladas, enquanto a quota estava situada nos 13,5 milhões de toneladas, o que provocou stocks importantes extra-quota, que tiveram, como impacto, uma descida acentuada do preço, que atingiu os 416 euros por tonelada, ou seja, o preço mais baixo desde 1980. Contudo, este preço é cerca de 100 euros superior às cotações mundiais do açúcar.
Para concluir, Phil Hogan afirmou que o setor tem beneficiado de um mercado fortemente protegido, com preços a níveis muito altos nos últimos anos e, portanto, é perfeitamente capaz de fazer face a uma situação de mercado mais difícil.
Fonte: Agroinfo

CNA contraria ideia de «oásis» da agricultura e lamenta queda dos preços



 21 Julho 2015, terça-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
O dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Dinis, salientou esta segunda-feira (20 de julho) que os pequenos agricultores sofrem cada vez mais dificuldades devido aos baixos preços pagos aos produtores, contrariando a ideia de «oásis» veiculada pelo Governo.
«A propaganda oficial não faz produzir a agricultura portuguesa e não apaga fogos», disse o responsável da CNA, que integra uma delegação que recebida em audiência pela ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas.
João Dinis lamentou que o ministério da Agricultura funcione «como um aparelho de campanha eleitoral, como se a agricultura fosse um oásis em que tudo vai bem» e criticou o facto de os estímulos ao setor estarem essencialmente direcionados para as grandes empresas.
«95% dos apoios destinados à agricultura vão para o agronegócio», reforçou, apontando as «grandes dificuldades» dos agricultores devido à baixa de preços na produção, como acontece com o leite.
Lembrou ainda que enquanto alguns jovens agricultores estão a iniciar a atividade, muitos mais estão a «desinstalar-se» e a abandonar as suas explorações.
Na reunião, a CNA apresentou à ministra um plano para prevenir os acidentes com tratores, que já provocaram a morte a cerca de três dezenas de agricultores este ano.
O objetivo é «combater esta tragédia nacional», embora João Dinis acredite que o plano só deverá avançar na próxima legislatura.
Os dirigentes da CNA questionaram ainda a ministra sobre o processo de liquidação da Casa do Douro e sobre as implicações para a agricultura portuguesa do tratado transatlântico de comércio e investimento que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos (TTIP).
Fonte: Sapo

O Copa-Cogeca solicita medidas urgentes para o sector da carne de suíno da UE

20-07-2015 
 

Fonte: Copa-Cogeca

O Copa-Cogeca enviou uma carta ao Comissário Europeu Phil Hogan a solicitar acções específicas urgentes dirigidas ao sector da carne de suínos da UE que minimizem o impacto da decisão Russa de bloquear importações de géneros alimentares.


O Presidente do Copa Albert Jan Maat sublinhou "É uma situação extremamente difícil para o mercado de carne de suíno da UE, em parte como resultado das restrições que foram impostas no final de janeiro de 2014. Na altura, a Rússia proibiu a importação de quase todos os produtos de porco de toda a UE, após o surto de peste suína Africana, registado na Polónia e nos países bálticos. Mais tarde nesse ano, em agosto, as autoridades russas impuseram um novo conjunto de restrições à importação, como resultado de uma disputa política entre a UE e a Rússia, que foi prolongado até 2016 ".

"Consequentemente, o setor da carne de suínos da UE foi duramente atingido pelas restrições à importação injustificadas e desproporcionadas da Rússia. A Rússia foi o nosso mercado de exportação número um. Apesar da introdução do regime de armazenagem privada, os preços atingiram níveis críticos, o que tem um grande impacto sobre as margens dos produtores e na sustentabilidade das suas explorações. A situação no mercado da carne de suíno é insuportável, forçando alguns a desistir do negócio, o que é particularmente preocupante quando é esperada uma subida na procura no longo prazo. A Comissão está acompanhar a situação e deve tomar medidas imediatas. Se a situação não melhorar, os Estados-Membros devem ser autorizados a negociar com as autoridades russas os seus certificados de exportação, a fim de restabelecer o comércio de carne de suíno, o mais rapidamente possível. ", acrescentou o senhor Maat .

O Presidente do Cogeca Christian Pees afirmou que: "As negociações com a Rússia devem ser intensificadas no sentido de serem levantadas as restrições sanitárias e fitossanitárias (SPS) impostas às exportações de carne de porco da UE no início de 2014. Isso permitiria que as exportações para a Rússia sejam retomadas para alguns produtos como miudezas comestíveis e o bacon que não foram incluídos na lista global de produtos proibidos resultantes da disputa política entre a UE e a Rússia. Acreditamos que é fundamental encontrar mercados alternativos para enfrentar a longa lista de SPS e barreiras burocráticas em países não membros da UE como a Rússia, Bielorússia, Japão, etc, alguns dos quais com acordo de livre comércio com a UE, incluindo a Coreia do Sul, Peru e a Colômbia. Apelamos também para que sejam tomadas acções específicas nas regiões mais afetadas pela proibição ".

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Explorações de agricultura biológica podem ser mais poluentes que as tradicionais


18/7/2015, 22:53142 PARTILHAS

Um estudo publicado na revista Agriculture and Human Values garante que, em 49 estados norte-americanos, a emissão de gases com efeito de estufa é maior nas explorações biológicas que nas restantes.

Tiago Palma

Há cada vez mais consumidores a optar por comprar alimentos de origem biológica. Nos Estados Unidos, de acordo com os dados da Organic Trade Association, as vendas deste tipo de alimentos subiu 11% em 2014, por comparação com o ano anterior, e representa uma faturação anual de quase 36 mil milhões de euros. E se há quem compre por considerar que são alimentos mais saudáveis, também os que compram para não prejudicar o meio ambiente.

Mas a verdade é que as produções de agricultura biológica não são tão "amigas" do ambiente quanto se possa imaginar. Um estudo publicado na edição de junho da revista Agriculture and Human Values avança que, no caso norte-americano, esta pode ser tão ou mais prejudicial que a agricultura dita convencional e de massas.

O autor do estudo, Julius McGee, investigador na Universidade do Oregon, garante que a emissão de gases que causam efeito de estufa (GHGs) é maior na agricultura biológica. E tudo porque, nos Estados Unidos, a indústria biológica se tornou tão procurada e lucrativa, que derivou das mãos dos pequenos produtores para a produção em massa, o que levou, gradualmente, a um desrespeito pelo nível de emissões poluentes. Para chegar a esta conclusão, McGee avaliou as emissões em explorações agricultas (biológicas e "tradicionais") em 49 estados norte-americanos entre 2000 e 2008.

No entanto, McGee garante que, apesar das elevadas emissões, a agricultura biológica continua a ter "benefícios" ambientais, "como o baixo nível de poluição das águas, uma vez que a utilização de pesticidas é reduzida ou nula", conclui.

domingo, 19 de julho de 2015

Faculdade de Psicologia do Porto inaugura horta comunitária


A Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto inaugurou hoje uma horta comunitária em terrenos próprios, a segunda iniciativa do género lançada este ano com o objetivo de envolver comunidade académica e a sociedade civil.
Em abril passado a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) inaugurou juntamente com o Centro Hospitalar de São João, o seu Pomar Solidário, cujos frutos se destinam a satisfazer as necessidades alimentares de pessoas carenciadas, nomeadamente os utentes da Associação ABRAÇO, particularmente fragilizados pela doença.
Hoje é a vez da Faculdade de Psicologia dar um passo no sentido de recuperar a história e a ruralidade da freguesia de Paranhos, criando uma horta comunitária onde a comunidade académica vai plantar vários produtos hortícolas, com a pretensão de envolver a população local, explicou à Lusa Ana Caldas, relações públicas daquela faculdade.
O projeto conta atualmente com o envolvimento de docentes, técnicos e estudantes, mas pretende, no futuro, "envolver estruturas da freguesia de Paranhos, como instituições da terceira idade e escolas, com o intuito de reativar a memória agrícola da região, desenvolver a consciência ecológica e fomentar as relações intergeracionais", lê-se na nota de imprensa da Faculdade de Psicologia enviada à comunicação social.
Nos nove lotes de terreno, que integra um espaço de 400 metros quadrados, vão ser plantados produtos hortícolas tão variados como couves, tomates, beringelas, alfaces, courgettes, mas também ervas aromáticas. No terreno haverá também um espaço de lazer.
O projeto recebeu apoio logístico e de planeamento da Câmara Municipal do Porto.
Diário Digital com Lusa

O que é a Xylella fastidiosa?


Por Gerson Ingrês -  Jul 17, 2015 11 0

 
A Xylella fastidiosa (Wells et al.) é uma das mais perigosas bactérias vegetais a nível mundial, causadora de uma série de doenças e com um enorme impacto económico para a agricultura. Desde outubro de 2013, uma estirpe desta bactéria está a alastrar na Apúlia (Itália), sendo de momento o primeiro e único foco confirmado na UE, afetando principalmente os olivais.

A Xylella fastidiosa é regulada na UE como organismo de quarentena pela Diretiva 2000/29/CE do Conselho (Diretiva Fitossanitária) relativa às medidas de proteção contra a introdução na Comunidade de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais e contra a sua propagação no interior da Comunidade. Como tal, a introdução deste organismo e a sua propagação em todos os Estados-Membros serão objeto de proibição. A Diretiva Fitossanitária obriga legalmente os Estados-Membros, assim que se sabe que o organismo está presente e independentemente dos sintomas, a tomar todas as medidas necessárias com vista à sua erradicação ou, se tal não for possível, inibir a sua propagação.

A bactéria vive no tecido do xilema da planta e propaga-se normalmente por intermédio de cercopídeos, cigarras e cigarrinhas que se alimentam do xilema. A Philaenus spumarius (vulgarmente conhecida como cigarrinha espumosa), um inseto muito comum, polífago e abundante nas oliveiras, é conhecido por ser o vetor responsável pela transmissão da bactéria na Apúlia. Os sintomas associados à presença de Xylella fastidiosa nas plantas variam muito e podem conduzir à morte da planta num número limitado de anos, dependendo da planta hospedeira, da gravidade da infeção e das condições climáticas.

Com base na literatura científica, cerca de 300 espécies de plantas são sensíveis à bactéria e associadas às quatro diferentes subespécies de Xylella fastidiosa; no entanto, nem todas são sensíveis à doença.A estirpe identificada na Apúlia é considerada como uma nova variante genética da Xylella fastidiosa, subespécie pauca, cuja gama de plantas hospedeiras ainda não é totalmente conhecida. Ainda não foi detetada nos citrinos nem nas videiras, embora os testes de patogenicidade ainda estejam em curso. No entanto, devido ao grande número de plantas hospedeiras confirmadas (p. ex., oliveiras e ameixeiras) ou potenciais (p. ex., citrinos e videiras) e à abundância e distribuição generalizada dos insetos vetores, o risco de propagação desta praga para outras partes de Itália e o resto da UE é muito elevado.

Estão em vigor na UE, desde fevereiro de 2014, medidas de emergência para lutar contra este organismo. Estas medidas foram refinadas em julho de 2014 e reforçadas em maio de 2015 com o objetivo de prevenir a propagação da bactéria no interior da UE.

Perguntas e respostas

Que medidas foram tomadas pela Comissão para impedir a propagação no território da União?

Devido à grande incerteza quanto à gama completa de plantas hospedeiras sensíveis à estirpe da Apúlia (11 espécies e 2 géneros atualmente reguladas), as medidas de emergência da UE impõem requisitos rigorosos para a circulação dentro e fora da área afetada a uma longa lista de plantas especificadas, que consiste em 160 espécies e 27 géneros de vegetais para plantação, com exceção das sementes, incluindo videiras e citrinos.

Toda a província de Lecce, declarada como zona infetada, está sujeita a medidas de confinamento e cercada por uma vasta zona tampão de 20 km que se encontra livre da bactéria. Tem de ser estabelecida uma zona de vigilância reforçada em redor da zona demarcada de Lecce para assegurar a deteção precoce de novos focos. Também se estabeleceu uma zona demarcada (zona infetada e zona tampão) em redor do novo foco em Oria, na província de Brindisi, onde se aplicam medidas de erradicação rigorosas.

– Os focos detetados fora da província de Lecce (p. ex., no município de Oria, na província de Brindisi) estão sujeitos a medidas de erradicação muito rigorosas, que incluem o corte raso de todas as plantas hospedeiras (11 espécies e 2 géneros), independentemente do seu estatuto sanitário, num raio de 100 m em redor das plantas infetadas;

– Os focos na província de Lecce estão sujeitos a medidas de confinamento, onde pelo menos a remoção de todas as plantas infetadas (e não o corte raso) tem de ser realizada numa faixa de 20 km de largura, na parte norte da província, adjacente às províncias vizinhas de Brindisi e Taranto, bem como na proximidade dos locais autorizados de crescimento (p. ex., viveiros, centros de jardinagem) e locais com especial valor cultural, científico e social.

– A circulação para fora das zonas demarcadas de determinadas espécies de plantas apenas é autorizada se as plantas forem cultivadas em locais autorizados, sob condições de proteção, adequadamente amostradas e testadas antes da circulação, com notificação à autoridade competente de destino, incluindo requisitos de rastreabilidade.

Estas medidas terão um impacto significativo na província de Lecce e nas províncias vizinhas de Brindisi e Taranto devido à importância económica e cultural da produção de azeitonas na área afetada. A zona sujeita a medidas de emergência da UE tem 570 200 hectares. A província de Lecce, com 350 000 hectares, contém cerca de 12 580 000 oliveiras, das quais 2 900 000 com mais de 100 anos. No entanto, como a grande maioria dessas plantas ainda estão saudáveis, é necessário envidar os máximos esforços para evitar a sua contaminação.

De que modo irá a Comissão a impedir a introdução de Xylella fastidiosa a partir de países terceiros?

As regras atuais em matéria de importação foram reforçadas, e só é possível importar plantas especificadas (160 espécies e 27 géneros) a partir de países terceiros infetados se tiverem sido cultivadas em condições de proteção e, antes da exportação e à entrada na UE, forem inspecionadas, amostradas e testadas para determinar a ausência da bactéria. As condições para estas plantas importadas circularem no interior da UE são aplicadas de forma rigorosa.

Só é possível importar a partir de países ou zonas indemnes de pragas se o estatuto sanitário dessas zonas tiver sido previamente notificado oficialmente à Comissão. As importações, a partir das Honduras ou da Costa Rica, de plantas de Coffea para plantação são proibidas.

Existe algum apoio financeiro disponível para os agricultores afetados pela Xylella fastidiosa?

Pode ser concedido cofinanciamento da UE em matéria de fitossanidade para a execução de programas de vigilância e campanhas de erradicação/contenção ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 652/2014. No âmbito do mesmo quadro jurídico, a contribuição financeira da UE para a indemnização dos proprietários pelo valor das plantas destruídas só será possível a partir de 2017. Atualmente está a ser discutido um apoio financeiro suplementar no âmbito da política agrícola comum da UE.

Além disso, prevê-se a realização de um convite à apresentação de propostas específicas de investigação sobre a Xylella fastidiosa no âmbito do futuro programa de trabalho 2016/2017 do Horizonte 2020, que visa promover um pacote abrangente de atividades para melhorar o conhecimento sobre a bactéria e desenvolver opções para a sua prevenção e controlo, bem como ferramentas para a avaliação dos riscos e as políticas fitossanitárias.

Poderá haver outras causas para o declínio das oliveiras uma vez que alguns documentos científicos argumentam que é causada por uma combinação de fungos que enfraquecem as plantas antes de serem atacadas pela Xylella fastidiosa, existindo aparentemente tratamentos específicos?

A Comissão analisou todas as informações disponíveis durante a revisão das medidas de emergência da UE. Todos os documentos relevantes foram enviados à AESA para avaliação científica. Em 17 de abril de 2015, a AESA emitiu uma declaração no sentido de que, atualmente, não há dados científicos que corroborem a hipótese de que são os fungos e não a bactéria Xylella fastidiosa a causa principal da síndrome do declínio da oliveira observada na região da Apúlia, no Sul de Itália. Além disso, não há provas publicadas de que o tratamento das doenças fúngicas reduza o estabelecimento, a propagação e o impacto da Xylella fastidiosa, embora uma boa gestão dos pomares seja, de um modo geral, benéfica para a fitossanidade.

No parecer de janeiro de 2015, a AESA já tinha concluído que as oliveiras com sintomas foram geralmente afetadas por um conjunto de pragas e agentes patogénicos, incluindo a Xylella fastidiosa, vários fungos e a Zeuzera pyrina.No entanto, embora o papel específico da Xylella fastidiosa na síndrome do rápido declínio das oliveiras ainda não seja completamente compreendido, a Xylella fastidiosa foi detetada em plantas jovens que apresentavam sinais da síndrome do declínio, não tendo sido encontrados outros agentes patogénicos.

Como se pode controlar a Xylella fastidiosa?

De acordo com os peritos em fitossanidade da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA), não existe qualquer método de controlo atualmente disponível para curar plantas doentes no terreno. As alterações nos sistemas de cultivo poderiam ter algum impacto sobre a doença (p. ex., poda, fertilização e irrigação), mas isso não é suficiente para curar as plantas. Na Apúlia, a poda severa das oliveiras infetadas resultou na emissão de novos rebentos na base da árvore, mas, até à data, não se verificou que este processo tenha curado as plantas nem impedido a sua morte.

A estratégia de controlo tem de se centrar no inseto vetor e na eliminação de plantas infetadas que, se deixadas no terreno, podem funcionar como reservatório do inóculo da bactéria.

Para o controlo da população de vetores, exigem-se tratamentos fitossanitários adequados, tais como a remoção das ervas daninhas necessárias para o cumprimento do ciclo de vida do inseto, mas também a utilização adequada de produtos fitofarmacêuticos, especialmente antes da remoção das plantas infetadas. Esses tratamentos devem ser realizados juntamente com práticas agrícolas adequadas.

É importante notar que os hospedeiros assintomáticos, as infeção assintomáticas ou as infeções baixas podem não ser detetadas nas prospeções baseadas unicamente em inspeções visuais e mesmo em ensaios de laboratório, uma vez que as infeções podem ser recentes ou haver uma distribuição heterogénea da bactéria na planta. Este é o principal motivo para a aplicação de medidas de erradicação rigorosas (p. ex., corte raso de todas as plantas hospedeiras em redor das plantas infetadas) relativamente a focos detetados fora da província de Lecce.

O que eu posso fazer na qualidade de cidadão para impedir a propagação de Xylella fastidiosa na UE?

As autoridades nacionais competentes devem ser imediatamente informadas de qualquer suspeita de Xylella fastidiosa, de modo a que se possam tomar as medidas necessárias

É importante que a circulação, no interior e para fora das zonas demarcadas na Apúlia, de plantas especificadas provenientes desta zona se restrinja às plantas cultivadas num viveiro autorizado e que sejam acompanhadas de um passaporte fitossanitário.

Por último, não traga nenhuma planta quando regressar de países terceiros, a menos que a planta seja acompanhada de um certificado fitossanitário.

Maioria parlamentar e PS aprovaram novo Código Cooperativo


Os deputados da maioria juntamente com os do PS aprovaram hoje, na especialidade, o novo Código Cooperativo que altera algumas regras para os setores da agricultura e dos serviços, introduzindo a possibilidade de as cooperativas terem membros investidores.
"Tentámos apresentar um projeto-lei que conciliasse a inovação com os princípios das cooperativas e depois de ouvirmos várias entidades, na comissão da especialidade, apresentámos várias propostas de alteração, que mereceram a concordância do PS e o resultado vai permitir aumentar a competitividade do setor cooperativo", disse à agência Lusa a deputada social democrata Mercês Borges.
Segundo a parlamentar, as grandes novidades do novo código são a introdução do membro investidor, que é quem introduz capital para dar maior sustentabilidade à cooperativa, e do respetivo voto plural.
Até agora não existia a figura do investidor e cada membro de uma cooperativa tinha direito a um voto.
A nova legislação vai dar ao membro investidor o direito ao voto plural, que varia em função do capital investido.
"Mas tanto o capital a investir como o voto plural têm limites", disse Mercês Borges.
Para a deputada do PSD "estas alterações vão permitir que o setor cooperativo tenha maior competitividade e se possa fortalecer".
Estas alterações apenas vão ser aplicadas às cooperativas agrícolas e de serviços e de crédito agrícola.
Nos restantes setores continuará a vigorar o princípio de um voto para cada elemento da cooperativa.
O projeto de lei da maioria PSD/CDS-PP para um novo Código Cooperativo vai regular organizações da área da solidariedade social, educação, saúde, cultura, habitação ou a agricultura.
O texto apresentado pelo PSD e CDS-PP reduz o número mínimo de membros cooperantes para três, admite três modelos alternativos de governação das cooperativas e impõe a nomeação de um Revisor Oficial de Contas ou de uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
Segundo o documento, referindo dados de 2010, cerca de 2.260 cooperativas ativas empregavam mais de 34 mil pessoas, o que correspondia a 5,5% do emprego remunerado em Portugal.
O Código Cooperativo não era revisto há cerca de 20 anos.
Diário Digital com Lusa

Relatório "O Estado do Solo na Europa"



Publicado em quinta, 16 julho 2015 16:40
 

Autor: Joint Research Centre – Comissão Europeia

O Relatório de Política foi completado por um relatório de referência "O Estado do Solo na Europa" do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC), que fornece uma visão abrangente da nossa compreensão atual do recurso solo e processos de degradação.

Este relatório foi publicado em colaboração com a Agência Europeia do Ambiente, sendo uma contribuição para o relatório "O ambiente na Europa – situação atual e perspetivas 2010 - SOER de 2010".


Relatório de Orientação Sobre a Implementação da Estratégia Temática do Solo e Atividades em Curso



Publicado em quinta, 16 julho 2015 13:46
 

Cinco anos após a adoção da Estratégia Temática do Solo, em 13 de Fevereiro de 2012, a Comissão Europeia publicou um Relatório de Orientação Sobre a Implementação da Estratégia e Atividades em Curso (COM (2012) 46).

O Relatório fornece uma visão geral das ações desenvolvidas pela Comissão Europeia para implementar os Quatro Pilares da Estratégia, nomeadamente sensibilização, investigação, integração e legislação.

O Relatório Convida o Parlamento Europeu, o Conselho, o Comité Económico e Social Europeu e Comité das Regiões a apresentarem as suas opiniões e contributos, a fim de proteger os solos da Europa, ao mesmo andamento garantindo a sua utilização sustentável.

Aceder ao Relatório:

LIFE 2015 - Candidaturas

LIFE 2015 - Candidaturas
A Comissão publicou no dia 1 de junho o Convite à apresentação para 2015.

Para este período de candidaturas, poderão ser submetidos projetos tradicionais, preparatórios, integrados, de assistência técnica e de desenvolvimento de capacidades.

As propostas deverão ser apresentadas por entidades legais registadas na União Europeia; os beneficiários poderão ser organismos públicos, organizações comerciais privadas ou não comerciais privadas (incluindo ONG).

Produtores de leite alertam para “situação dramática” que se vive no setor


15/7/2015, 16:33
Cerca de duas centenas de produtores de leite manifestaram-se frente a hipermercados da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, alertando para a "situação dramática" que estão a atravessar.


PAULO CUNHA/LUSA

Cerca de duas centenas de produtores de leite manifestaram-se em frente a hipermercados da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, alertando para a "situação dramática" que estão a atravessar depois do fim das quotas leiteiras.

O protesto, que incluiu um desfile de tratores e alfaias agrícolas com várias mensagens, teve como objetivo dar conta da "situação crítica" da produção do leite, com preços muito baixos e dificuldades de recolha do leite produzido em Portugal.

Através das mensagens que se podiam ler nos tratores, os agricultores sensibilizaram a população para a importância do consumo de leite e derivados produzidos em Portugal.

O presidente da APROLEP – Associação dos Produtores de Leite em Portugal, Carlos Neves, disse que a situação que os produtores estão a viver é "muito difícil" e explicou os motivos da manifestação.

"Queremos lançar um apelo a Bruxelas para que reconheça esta crise (…), depois queremos um trabalho do Governo na fiscalização do leite importado, mediando a distribuição e a indústria".

O responsável sublinhou que existem produtores "a atravessar enormes dificuldades e que estão a colocar dinheiro do bolso na empresa".

"Quando não têm mais dinheiro, vivem dos fornecedores que vão alargando os prazos de pagamento", acrescentou.

Carlos Neves adiantou ainda que atualmente no continente restam cerca de três mil produtores, face aos 80 mil de há alguns anos.

"As pessoas vão resistindo até ao fim mas é muito complicado", afirmou.

Já o presidente da AJADP -Associação de Jovens Agricultores do Distrito do Porto, Miguel Silva, confessou que não percebe o motivo das importações de leite, defendendo que "estão a esmagar a produção nacional".

"Não se percebe o motivo das importações e como é que o leite chega a preços irrisórios. Estão a importar leite e isso está a esmagar a nossa produção. Os produtores estão falidos porque não há forma de combater estes preços", disse.

Miguel Silva explicou que atualmente o produtor recebe em média 28 cêntimos por litro, quando o valor justo ronda os 35 cêntimos.

"Isso já permitia, não ganhar muito dinheiro, mas pagar todos os investimentos que foram feitos. Assim é impossível resistir mais que quatro meses", afirmou.

"Não demorará muito para os produtores terem que vender os animais e fechar produções. Neste momento está já a dar prejuízo, as pessoas estão a viver de algum que têm amealhado ou de crédito", acrescentou.

Também presente na manifestação para apoiar o setor, Ariana Machado, engenheira zootécnica, alertou para a situação insustentável.

"Há aqui muitas questões que teriam de ser discutidas, as motivações são muitas, mas aquilo que mais nos preocupa são as estratégias nacionais que não foram adotadas pelas estruturas e acho que quanto à liberalização das quotas, que era sabida desde 2008, nada foi feito e agora estamos assim", explicou.

A engenheira zootécnica sublinhou ainda as dificuldades dos produtores em "cumprir com as necessidades básicas diárias de uma exploração, a desmotivação e a incapacidade de investimento".

Taxar os refrigerantes para subsidiar os hortofrutícolas


Jul 16, 2015Destaque Home, Notícias0Like

É o que propõe um estudo britânico, da British Medical Association (BMA). O documento sugere a criação de um imposto próprio para os refrigerantes e outras bebidas com elevados níveis de açúcar, de modo a subsidiar hortofrutícolas a preços mais baixos.

No relatório Food for Thought: promoting healthy diets among children and young people, os autores explicam que o imposto deve corresponder a, pelo menos, 20% do valor das bebidas – devem incluir-se neste universo todas as bebidas não-alcoólicas com açúcar adicionado.

A necessidade de tomar esta medida prende-se com dois factores: são bebidas altamente calóricas; e as crianças e adultos britânicos ultrapassam em muito os níveis recomendados de consumo de açúcar, o que aumenta o risco de aparecimento de vários problemas de saúde.

É com base nestes elementos que a BMA sugere a utilização dos fundos provenientes do imposto às bebidas para a promoção de uma alimentação saudável. Focando-se nas frutas e legumes, «um dos grupos alimentares mais afectados com o aumento do preço da comida» durante o período de crise, refere o relatório.

O documento propõe ainda a proibição da publicidade a alimentos pouco saudáveis dirigida a crianças e adolescentes.

Dados de um inquérito publicados no relatório da BMA indicam que a dieta britânica em pouco se compara com as recomendações dos nutricionistas. Com especial destaque para o exagero no consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar e a ingestão deficiente de frutas e vegetais.