domingo, 19 de julho de 2015

Maioria parlamentar e PS aprovaram novo Código Cooperativo


Os deputados da maioria juntamente com os do PS aprovaram hoje, na especialidade, o novo Código Cooperativo que altera algumas regras para os setores da agricultura e dos serviços, introduzindo a possibilidade de as cooperativas terem membros investidores.
"Tentámos apresentar um projeto-lei que conciliasse a inovação com os princípios das cooperativas e depois de ouvirmos várias entidades, na comissão da especialidade, apresentámos várias propostas de alteração, que mereceram a concordância do PS e o resultado vai permitir aumentar a competitividade do setor cooperativo", disse à agência Lusa a deputada social democrata Mercês Borges.
Segundo a parlamentar, as grandes novidades do novo código são a introdução do membro investidor, que é quem introduz capital para dar maior sustentabilidade à cooperativa, e do respetivo voto plural.
Até agora não existia a figura do investidor e cada membro de uma cooperativa tinha direito a um voto.
A nova legislação vai dar ao membro investidor o direito ao voto plural, que varia em função do capital investido.
"Mas tanto o capital a investir como o voto plural têm limites", disse Mercês Borges.
Para a deputada do PSD "estas alterações vão permitir que o setor cooperativo tenha maior competitividade e se possa fortalecer".
Estas alterações apenas vão ser aplicadas às cooperativas agrícolas e de serviços e de crédito agrícola.
Nos restantes setores continuará a vigorar o princípio de um voto para cada elemento da cooperativa.
O projeto de lei da maioria PSD/CDS-PP para um novo Código Cooperativo vai regular organizações da área da solidariedade social, educação, saúde, cultura, habitação ou a agricultura.
O texto apresentado pelo PSD e CDS-PP reduz o número mínimo de membros cooperantes para três, admite três modelos alternativos de governação das cooperativas e impõe a nomeação de um Revisor Oficial de Contas ou de uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
Segundo o documento, referindo dados de 2010, cerca de 2.260 cooperativas ativas empregavam mais de 34 mil pessoas, o que correspondia a 5,5% do emprego remunerado em Portugal.
O Código Cooperativo não era revisto há cerca de 20 anos.
Diário Digital com Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário