sábado, 11 de agosto de 2012

APA:"Contratempo" com projecto de Roquette não põe em causa destino Alqueva

08 Agosto 2012 | 14:24
Lusa

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A Associação de Promotores do Alqueva (APA), que representa vários
investimentos no sector do Turismo ligados à albufeira, considerou
hoje que "o contratempo com o projecto" liderado por José Roquette
"não põe em causa" aquele destino turístico.
"Este contratempo, apesar de ser obviamente importante e que esperamos
que tenha a melhor resolução, não põe em causa o destino turístico do
Alqueva", argumentou à Agência Lusa José António Uva, da APA.


Esta associação engloba os promotores dos projectos do Roncão d'el
Rei, Herdade do Barrocal, Herdade do Mercador, Fortaleza de Juromenha,
Quinta da Sanfana e Marina da Amieira, abrangendo quatro concelhos do
distrito de Évora (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel e Alandroal).

Em informação enviada hoje à Agência Lusa, a Sociedade Alentejana de
Investimentos e Participações (SAIP), liderada por Roquette e
promotora do projecto Roncão d'El Rei, revelou que as suas empresas se
"apresentaram, na terça-feira, a Processo Especial de Insolvência".

"A empresa viu-se forçada a apresentar o pedido de insolvência em
resultado da falta de acordo quanto ao modelo de financiamento do
projecto, que foi comunicada, de forma definitiva, pelo grupo Caixa
Geral de Depósitos (CGD), no final do mês de Julho", adiantou a SAIP.

O pedido de insolvência deu entrada no Tribunal de Reguengos de
Monsaraz, que terá agora de se pronunciar sobre este processo.

Contactado hoje pela Lusa, o representante da APA, José António Uva,
escusou-se a comentar o caso concreto da SAIP, mas defendeu as
potencialidades turísticas do Alqueva.

"O potencial turístico do Alentejo e do Alqueva, e aquilo que se tem
feito, não é posto em causa quando há um contratempo com um projecto",
insistiu, frisando que o pedido de insolvência da SAIP "diz respeito
exclusivamente à empresa".

O Roncão d'El Rei -- antigo Parque Alqueva -, num investimento de
quase mil milhões de euros, a concretizar em várias décadas, tem a
classificação de Projecto de Interesse Estratégico Nacional, atribuída
pelo actual Governo.

Até ao momento, era o único empreendimento, do lote de projectos
turísticos previstos para a zona do Alqueva, que já tinha avançado
para obras, com a construção do campo de golfe, uma das valências da
primeira fase.

Esta "paragem", segundo a empresa liderada por Roquette, implica "o
fim do projecto âncora do destino turístico do Alqueva" e "a perda de
cerca de 200 empregos directos e 300 indirectos, que seriam criados só
nesta primeira fase".

Aldeamentos turísticos, hotéis, campos de golfe e de férias, unidades
de saúde, agricultura biológica e centros equestre, de conferências e
de desportos náuticos eram algumas das valências contempladas no
Roncão d'El Rei, que previa gerar, ao longo de várias décadas, vários
milhares de postos de trabalho, directos e indirectos.

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