domingo, 23 de setembro de 2012

Assunção Cristas foi esta manhã para a vindima

MOSTRAR QUE ESTÁ ATENTA ÀS DIFICULDADES

por Lusa, publicado por Ricardo Simões FerreiraOntem


Assunção Cristas Fotografia © João Girão/Global Imagens
A ministra da Agricultura pegou hoje na tesoura e no balde e foi
cortar uvas numa vindima no Douro, para mostrar que está atenta às
dificuldades que afetam a viticultura duriense.

Assunção Cristas foi à Quinta dos Poços, em Lamego. Chegou à hora do
pequeno almoço no Douro, cerca das 10:00, e fez questão de
cumprimentar os vindimadores.
Apesar do pão na mão e da malga de sopa, a trabalhadora de 67 anos
Maria Adelaide fez questão de abraçar a ministra e aproveitar para lhe
pedir: "olhe bem por nós".
Esta vindimadora queixou-se de, apesar de reformada, ainda ter de
andar a trabalhar para ajudar os filhos.
No meio do valado, Assunção Cristas pegou na tesoura e no balde e
mostrou que já sabe cortar uvas.
Esta não foi a sua primeira vindima. Já em pequena, contou,
participava em algumas vindimas, principalmente na zona do Ribatejo.
Aqui, no Douro, a ministra colocou o balde debaixo dos cachos de uva e
a sua mão também por baixo das uvas e foi cortando e colocando no
balde, até o encher.
Nesta tarefa foi apenas acompanhada pelo secretário de Estado do
Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, enquanto todos os outros
convidados a olhavam.
"Assim só um bocadinho como eu estou a fazer não custa nada, agora o
dia todo é duro", afirmou Assunção Cristas.
A manhã não estava muito quente o que ajudou também no trabalho de campo.
Questionada pelos jornalistas, a governante fez questão de referir que
a vinda ao Douro foi uma forma de mostrar que está atenta às
dificuldades que afetam a região demarcada.
"É uma forma de mostrar que estamos numa zona maravilhosa do país, com
vinho muito bom, a crescer em termos de vendas, exportações, com
certeza que tem dificuldades, mas nós estamos atentos", salientou.
Assunção Cristas lembrou o aumento do benefício para 96.500 pipas este
ano, ou seja a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à
produção de vinho do Porto, e o aumento das exportações de vinho no
primeiro semestre.
"Significa que estamos a vender por melhor valor o que também é bom,
porque precisamos de ter qualidade", sublinhou.
Quanto às dificuldades sentidas por grande parte das adegas e das
queixas dos viticultores que dizem que não têm a quem vender as uvas,
a ministra afirmou estar "com muita atenção ao problema".
"Sabemos das dificuldades e temos estado empenhados nessa matéria,
conversando com as cooperativas e tentando encontrar soluções. Quanto
mais estabilidade das cooperativas, melhor conseguimos que elas
recebam toda a uva, que produzam bom vinho e que possam vende-lo ao
melhor preço", frisou.
Antes de seguir viagem até Vila Real, onde visitou a adega local, uma
das poucas com as contas em ordem na região demarcada, Assunção
Cristas ainda recebeu uma música de presente por parte da vindimadora
Cassandra Xavier.
Já na Adega de Vila Real, a ministra fez questão de dizer que está no
Douro para dar "visibilidade" ao bom trabalho que tem sido feito ao
nível da produção, vinificação e comercialização dos vinhos.
Assunção Cristas recusou-se a comentar a atualidade nacional,
nomeadamente o Conselho de Estado de sexta-feira e a notícia de que o
Governo admite rever a questão da Taxa Social Única.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2785174&page=-1

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