domingo, 25 de fevereiro de 2018

Agricultores exigem Plano Nacional de Emergência para combater a seca


21 DE FEVEREIRO DE 2018 - 07:32

A Confederação dos Agricultores de Portugal considera que a agricultura no país atravessa uma catástrofe.



O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) avisa que o país está a definhar devido à seca, uma situação gravíssima e extraordinária. Esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística indicou que a redução da área de cultivo de cereais de inverno atingiu um mínimo histórico - a menor área dos últimos 100 anos.

Um alerta que leva o presidente da CAP a pedir medidas extraordinárias em entrevista ao Jornal de Negócios. Eduardo Oliveira e Sousa quer um Plano Nacional de Emergência comum a vários ministérios com medidas a curto, médio e longo prazo. Em declarações à TSF, o responsável considera que deve ser o próprio primeiro-ministro a coordenar este plano.

As declarações de Eduardo Oliveira e Costa à TSF.
O presidente da CAP refere que as linhas de crédito não resolvem o problema, já que são insuficientes e pouco adaptáveis a situações de emergência.

Eduardo Oliveira e Sousa pede outro tipo de medidas como, por exemplo, ajudas específicas à manutenção de animais e a simplificação das regras da Política Agrícola Comum.

O responsável fala ainda da necessidade de sensibilizar Bruxelas para libertar verbas para ajudas extraordinárias.

A atual situação de seca levou a uma redução da área de cultivo de cereais de inverno para um mínimo histórico dos últimos 100 anos. Já na terça-feira, o presidente da Associação Nacional de Produtores de Cereais explicava à TSF que esta é uma situação "preocupante" para a "soberania alimentar do país".

Agora, também o presidente da CAP considera que esta é uma situação gravíssima extraordinária, sobretudo no interior do país. Oliveira e Sousa refere que o país está a definhar, não só na agricultura, mas também na pecuária.

A 15 de fevereiro, quase 10% do país estava já em seca extrema. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera aponta as regiões do Interior Norte, Trás-os-Montes, a zona de Beja, e do sotavento algarvio como as mais preocupantes.

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