terça-feira, 2 de abril de 2013

Manuel Castro e Brito sobre a OVIBEJA 30 anos “A OVIBEJA é uma feira que não engana o visitante”

A menos de um mês da 30ª OVIBEJA, que se realiza de 24 a 28 de Abril,
no Parque de Feiras e Exposições de Beja, está tudo preparado para a
grande feira da ruralidade que, ao longo destas três décadas se
constituiu como uma janela para o interior do país. Com mais de 300
mil visitantes anuais e um número de expositores que ronda o milhar, a
OVIBEJA marca o calendário da região e é um importante centro de
negócios. Organizada pela ACOS – Agricultores do Sul o mundo rural
está sempre presente e, nesta entrevista, Manuel Castro e Brito,
presidente da Feira, considera que apesar da situação ser diferente de
há 30 anos ainda há muito para fazer na definição de uma política
agrícola para o país.

A OVIBEJA está aí, mais uma vez, à porta. São 30 anos de OVIBEJA. Para
trás há já história. Como é que vai ser esta 30ª OVIBEJA?

Com 30 anos as pessoas e as coisas asseguram a sua personalidade cada
vez mais e a OVIBEJA é uma feira, na verdadeira acepção da palavra,
que veio continuar uma feira que existia. Não é nem uma exposição
específica de agricultura, nem uma feira regional ou uma feira apenas
de comércio ou divertimentos. É tudo isso, tem todas essas
especificidades em conjunto e esse foi o modelo que se encontrou e que
se constituiu já como a tradição desta feira.

Com 30 anos é já uma feira madura…
Sim, é uma feira madura e muito conhecida no país todo e no
estrangeiro, e é uma feira que não engana o visitante, que oferece uma
quantidade de oportunidades a quem a visita e a quem aqui está a fazer
negócio.

A OVIBEJA tem sido desde o início organizada pela ACOS, uma
organização de agricultores e produtores pecuários, e é curioso que a
feira se tenha afirmado em paralelo com a diminuição do peso da
agricultura na economia portuguesa.
Sem dúvida e teve a ver com o exercício que foi feito de abrir a feira
a toda a gente e trazer até aqui a informação do que se passa na
actividade agrícola e pecuária, mas não só. Quisemos trazer para a
feira também aquilo que é a vida do interior do país, a vida do campo,
a vida das aldeias, das pequenas cidades, com uma cultura muito
própria. A palavra cultura é cada vez mais abrangente hoje em dia,
muito mais do que há 30 anos atrás….

A OVIBEJA foi também uma janela que se abriu para esta cultura e para
estas vivências do interior, da ruralidade?
Sim. A ideia foi essa e esse exercício traz aqui muita gente, que tem
curiosidade de saber o que é que se passa fora das grandes cidades.
Nós sabemos que ultimamente tem havido uma grande publicidade –
digamos assim – ao sector agrícola e à agricultura que é uma
actividade que se tem mantido. É uma actividade muito difícil, que
requer muito investimento e que requer muito "know how", muito saber
técnico e muita experiência. É também um sector que a comunicação
social agora parece ter descoberto, mas que está cá desde sempre.

Mas tem sido importante essa descoberta mediática da agricultura?
Há alguma demagogia em volta desta propaganda à agricultura, que
muitas vezes induz em erro. A agricultura nunca foi um grande negócio.
É uma actividade que nunca foi especulativa e que deve ser encarada
com seriedade e com bom senso.

Jovens agricultores têm que ser acompanhados

No ano passado, segundo números divulgados pela ministra da
agricultura, ter-se-ão instalado cerca de oito jovens agricultores por
dia em Portugal. Isto é positivo? São agricultores ou são apenas
pessoas que vêm experimentar a actividade?
O que me aflige é que esses jovens podem não ter um acompanhamento
efectivo no terreno. Podem ser jovens que se lembraram de vir para a
agricultura, alguns atraídos até pelo bucolismo da profissão, e que
poderão não levar, em muitos casos, os seus projectos até ao fim. Por
isso, estando em causa também fundos comunitários, toda esta situação
deve ser encarada com muita seriedade.

Mas é sempre bom haver mais jovens agricultores. Ou não?
Sim, é uma notícia agradável porque nós, de facto, precisamos de mais
jovens na agricultura. De qualquer modo, havendo a necessidade de
renovar, por assim dizer, o sangue dos agricultores, será bom garantir
aos mais velhos uma reforma digna e que nos programas comunitários o
reforço dessas reformas seja tido em conta, coisa que não acontece no
nosso país, mas que é muito usual nos países da União Europeia.

Neste momento de crise temos ouvido repetidos apelos a que se aumente
a produção nacional. Isto tem também alterado a posição dos vários
agentes relativamente à importância da agricultura para a economia
portuguesa?
Há uma grande mudança principalmente aqui na nossa região com o
regadio de Alqueva, mas é preciso notar que as grandes mudanças
requerem grandes investimentos e os investimentos têm que ser seguros
e planeados em tempo para que sejam viáveis. E essa é uma questão que
nós gostaríamos muito de ver abordada com mais bom senso por parte dos
governos.

Tem faltado crédito para esses novos investimentos?
Não há crédito específico para a agricultura. Quem quiser investir na
agricultura terá que ter garantias – de preferência fora da
agricultura – para conseguir algum crédito. Mas cada vez é mais
difícil obter esse crédito e também mais difícil pagá-lo porque os
juros estão a 10 por cento, ou seja, a Banca oferece juros para a
agricultura do mesmo valor que oferece para uma actividade de consumo,
individual, quase de luxo. Esse é um dos motivos porque o país não se
desenvolve nem na agricultura, nem noutros sectores. A Banca, que tem
muitas regalias e consegue ir buscar dinheiro a juros baixos, faz
negócio com as empresas que, em geral, não conseguem pagar os juros
actualmente no mercado e, na agricultura, vive-se uma situação muito
complicada porque os investimentos no sector têm uma amortização a
longo prazo.

Sobretudo estes investimentos ligados ao regadio de Alqueva?
Esses e outros, mas principalmente nos do regadio porque mudar do
sequeiro para o regadio requer grandes investimentos e requer também
conhecimento.

Será difícil acabar Alqueva em 2015

Uma parte significativa de Alqueva está terminada. Pode-se dizer que a
agricultura na região também já está a mudar com a água de Alqueva?
Está a mudar, embora o projecto de Alqueva se tenha atrasado e nós
temos aqui situações em que o investimento avançou e continua-se à
espera da água que não vem. Também aqui terá de haver uma atitude
séria da parte deste governo em relação ao regadio de Alqueva.

O prazo de conclusão da obra mantém-se para 2015?
Está anunciado que sim, mas é um anúncio que é feito por este governo.
O que é certo é que já estamos em 2013 e será difícil num ano e meio
concluir o regadio de Alqueva, que neste momento só está a regar
metade do que se prevê que regue no fim do projecto.

Que tipo de culturas estão a ser postas no terreno nestes novos regadios?
Há novos olivais, milho e também outras culturas. Não é fácil
concorrer com aqueles que fazem este tipo de culturas há mais tempo do
que nós. É o caso dos pomares, das hortícolas, que constituem
investimentos brutais e que requerem muitas infra-estruturas também na
transformação e na comercialização. O que estamos a fazer é com passos
pequenos, mas seguros e, com todas as dificuldades que há, este não é
um momento para embandeirar em arco e fazer investimentos muito
arriscados. O que interessa é que se ocupem as áreas irrigadas e
deverá haver uma penalização daqueles que tendo terra com regadio não
o utilizem. Mas daí a grandes investimento, sem bases sólidas, é muito
complicado.

Contra a opinião da Federação das Associações de Agricultores do Baixo
Alentejo (FAABA) a ministra da Agricultura entregou a gestão da rede
secundária de Alqueva à EDIA e não às associações de regantes. O que é
que está aqui em jogo?
Essa decisão é uma espécie de fenómeno porque o governo – e um governo
de direita como temos agora - devia ter confiança nos empresários,
sobretudo quando nalguns campos, quanto a mim, faz uma política
ultra-liberal. Todos temos ouvido que quanto menos Estado melhor
Estado e o que se passa aqui na EDIA é, exactamente ao contrário, ou
seja, o reforço extraordinário duma estrutura que pertence a cem por
cento ao Estado e ao governo, isto quando ao mesmo tempo no terreno
existe uma grande experiência, com mais de 50 anos, do trabalho das
associações de regantes. O agricultor quer água de qualidade e quanto
mais barata melhor, porque a água é um factor de produção que é caro,
e não confia que uma empresa do Estado, com muitas pessoas e cujos
dirigentes têm muitas regalias, lhe possa pôr a água em condições e a
bom preço. As associações de regantes têm um "know how" muito superior
à EDIA, que nunca geriu água e agora, para o fazer, vai contratar
outras empresas particulares de gestão da água.

Em causa está, sobretudo, o preço da água?
Exactamente. Nós até admitimos que, numa primeira fase, algumas
associações de regantes que se constituíram recentemente, possam ser
assessoradas pela EDIA, mas não compreendemos que a EDIA fique com
todos os poderes, inclusivamente de escolher os agricultores que vão
participar numa espécie de conselho consultivo para acompanhar os
trabalhos da empresa. Isto é uma coisa estranhíssima, são poderes
exacerbados, com a agravante de poderem escolher quem lhes vai auditar
o trabalho. Estamos perante uma situação que só nos lembra regimes
passados. Esta solução nunca será boa para os agricultores e nunca
será bom para este projecto de regadio do Alqueva. Será bom para
alguns gestores, para algumas empresas, mas nunca para os interessados
que são os agricultores.

No entender da FAABA, a EDIA deveria apenas manter-se apenas até à
conclusão da obra de Alqueva?
A EDIA tem obrigação de fazer a obra e tem a obrigação de gerir a rede
primária e tudo o que seja mais do que isso será muito prejudicial
para este projecto.

Quanto à reforma da PAC, que informações é que os agricultores têm?
Nós não temos nenhuma informação, mas penso que o que se vai passar é
um corte de verbas, porque se o orçamento da União Europeia está com
problemas, uma vez que não há solidariedade entre os Estados-membro, a
política agrícola comum que depende desse mesmo orçamento irá, por
certo, também ter problemas. Iremos receber menos apoios para a
actividade agrícola e pecuária, mas iremos também receber menos apoios
para o investimento e para o ambiente. É uma situação muito complicada
que temos pela frente.

A agricultura portuguesa é competitiva por ela própria?
A agricultura em Portugal nunca foi competitiva. Tem alguns sectores
onde poderá ser competitiva e entre estes está o regadio, porque temos
bons solos e bons climas nessas áreas, mas não é competitiva no geral
e, por isso, terá que haver um acompanhamento muito importante pela
parte nacional e pela parte comunitária para não abandonar o nosso
território e para conseguir fixar - o que parece já impossível –
algumas pessoas no interior do país.

O problema do interior é não haver aqui votos

Este Alentejo é muito diferente daquele que existia há 30 anos quando
se realizou a primeira OVIBEJA? Ou os problemas mantêm-se os mesmos?
Os problemas são iguais, mas a mentalidade das pessoas melhorou um
pouco. A mentalidade de quem faz agricultura é demasiadamente
conservadora e é preciso termos uma mentalidade mais aberta, mais
tolerante e mais objectiva para tratarmos dos nossos assuntos. Também
é preciso nunca nos esquecermos que a agricultura tem uma vertente
social muito importante, porque sem pessoas não há agricultura., como
também não haverá pessoas se não houver agricultura, porque todos
temos que comer. De qualquer modo, nos últimos 30 anos progrediu-se
bastante, também porque os mais novos têm já um bom conhecimento deste
sector.

Mas olhando para os problemas da região eles mantêm-se. Todos os dias
muita gente abandona o Alentejo, não há emprego, a região continua a
perder população…
Nos últimos 50 ou 60 anos já perdemos mais de metade da população e
esta é uma realidade que envolve responsabilidades de todos,
principalmente dos políticos que têm tido uma atitude muito demagógica
para com a agricultura e para com as gentes do interior. No interior
não há votos, é este o problema, e enquanto houver esta mentalidade
contabilística dos votos nada irá acontecer de bom para o interior do
país, mas também para o país em geral. E pormos os nossos créditos em
mãos alheias, em pessoas que pensam muito no umbigo e em toda esta
alternância de poderes, que vai dar ao mesmo, a que temos assistido
nos últimos 30 anos é, de facto, horrível. Hoje vemos pessoas que
tiveram todos os poderes nas mãos, que se aproveitaram deles para
proveito próprio e a quem não acontece nada por isso.

E muitos desses políticos têm passado aqui pela OVIBEJA…
A OVIBEJA sempre foi muito popular, nunca foi elitista e penso que
nunca irá ser. Há aqui a sensibilidade de que os políticos, alguns
políticos, não são todos felizmente, muitas vezes estão a mais na
OVIBEJA, como estão a mais na governação do país.

Este ano, necessariamente, a OVIBEJA vai ser marcada pela presença de
políticos dos vários quadrantes?
Penso que sim. Nós recebemos aqui a maior parte dos políticos com uma
grande satisfação.

Água, Azeite e Vinho em destaque na OVIBEJA

Relativamente a esta 30ª OVIBEJA. A água, o vinho e o azeite vão estar
em destaque. São os líquidos preciosos do Alentejo?
Também são. Há muita gente a ganhar a vida com o azeite e com o vinho,
não apenas os agricultores que se dedicam a isso, mas todo o tecido
social envolvente. Muita gente que tem oficinas, que tem negócios
ligados ao sector da agricultura, etc. É um tema que está na
actualidade, tal co mo a água que todos temos que pensar em gerir da
melhor maneira, poupar, preservar a sua qualidade e que essa é uma
grande preocupação que todos deveremos ter.

Este ano assinala-se o "Ano Internacional da Cooperação pela Água".
Sim, em que se apela a uma melhor gestão da água e por isso faremos
aqui na OVIBEJA algumas manifestações acerca desse assunto.

Pelo que se sabe, esta OVIBEJA vai ser também marcada pela instalação
no espaço da feira de um monumento à Ovelha, o símbolo da ACOS, que
esteve na base da actual associação Agricultores do Sul.
A ACOS começou como uma associação de criadores de ovinos e os seus
associados eram unicamente os criadores de ovinos. A ACOS hoje tem
várias vertentes da pecuária e da agricultura em geral e isso é
importante porque se aproveitou uma dinâmica já existente para se ir
um pouco mais longe. Mas recordamos sempre os nossos princípios, a
forma como começámos. Infelizmente o sector dos ovinos e caprinos é
dos sectores que mais têm diminuído no nosso país. Também por isso
iremos fazer uma homenagem com uma escultura que representa os
princípios da associação e é, de facto, uma ovelha. Vai ficar mesmo em
frente do Pavilhão Multiusos, que é propriedade da ACOS.

António Zambujo, Virgem Suta e Xutos e Pontapés na OVIBEJA

Outro dado importante é que, ao nível dos espectáculos, a OVIBEJA para
estas comemorações dos 30 anos apostou nalguns artistas locais de
grande sucesso: António Zambujo e Virgem Suta. Foi propositado ou
aconteceu assim?
Foi propositado porque nós sentimo-nos também muito orgulhosos
daqueles que conseguem vencer e que são aqui da nossa terra. Estes são
dois exemplos que temos que ter em conta e que este ano estão na
OVIBEJA de pleno direito. É uma alegria podermos contar com eles, mas
também com os Xutos e Pontapés, Buraka Som Sistema ou os The Gift.

Quando a organização da Feira pensa a OVIBEJA pensam-na para diversos
públicos ou há espaços preparados para públicos em particular?
Há espaços para toda a gente. No que diz respeito aos espectáculos,
pensamos nos mais novos, daqueles que – geração após geração – vêm
acompanhando as ovinoites, que já se tornou um termo popular nascido
aqui na OVIBEJA. A juventude tem aqui um lugar muito importante e, ao
longo de todos estes anos, aqueles que eram mais jovens e que agora
são menos jovens continuam a vir à OVIBEJA.

Estamos a um mês da OVIBEJA e num ambiente de crise económica. Houve
uma boa recepção por parte dos expositores à reserva de espaços?
Curiosamente e, talvez, sem grande explicação, temos muito mais
espaços reservados do que no ano passado. Este ano a OVIBEJA vai ser
uma grande feira, vamos ver se conseguimos alojar todos os expositores
que nos procuram. E se perguntarmos às pessoas que aqui se dedicam
mais à organização da feira sobre a explicação para haver mais
expositores, embora haja crise, o que dizem é que há uma grande
procura de informação online e que a internet desempenha um grande
papel na divulgação da feira.

Os novos espaços da Internet, nomeadamente as redes sociais, são já
canais privilegiados para a divulgação da OVIBEJA?
Sem dúvida. E esses novos modos de fazer negócios são muito
importantes e têm influído muito também no sucesso da OVIBEJA.

Muitas feiras transformaram-se em meras montras expositivas. Mas a
OVIBEJA mantém-se como um espaço de negócio. Essa característica
continua a ser importante?
A OVIBEJA é uma feira de negócios, de todos os sectores, e pretendemos
mantê-la assim, porque isso é muito importante para esta região e para
esta cidade, cuja população estima muito a feira. Às vezes não se pode
dizer o mesmo dos políticos que temos aqui na cidade e que têm tido
sempre um complexo relativamente ao sucesso do projecto que é a
OVIBEJA, aliado, muitas vezes, ao insucesso político de pessoas que
aparecem aqui e que esquecem que é preciso contar com o povo. O povo é
que manda na OVIBEJA.

A OVIBEJA assinala os 30 anos. Daqui a 30 anos de que feira se poderá
falar? Justificar-se-á uma feira deste tipo ou ela evoluirá noutro
sentido?
A OVIBEJA vem no seguimento da Feira de Maio, cujo foral data do
século XV, e daqui a mais 30 ou 300 anos continuará a haver, com
certeza, uma grande feira em Beja. Agora chama-se OVIBEJA, já se
chamou Feira de Maio e poderá vir a chamar-se qualquer outra coisa.
Mas o espírito vai continuar de certeza absoluta.

Fonte: ACOS

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/04/02.htm

Açores/Mau tempo: Agricultores pedem um milhão de euros para colmatar danos

Lusa
13:45 Segunda feira, 1 de abril de 2013


Ponta Delgada, 01 abr (Lusa) - A Federação Agrícola dos Açores vai
pedir ao Governo Regional uma duplicação dos 500 mil euros que já
tinham sido disponibilizados para ajudas ao setor por causa dos danos
causados pelo mau tempo.

"Continuamos, com exceção dos últimos dois dias, e mais na ilha de São
Miguel, com o mau tempo de forma persistente e continuada a causar
graves prejuízos na alimentação dos animais", referiu o presidente da
Federação Agrícola dos Açores (FAA), Jorge Rita, em declarações à
agência Lusa.

O secretário regional dos Recursos Naturais, Neto Viveiros, anunciou a
15 de março, na sequência de uma reunião com a direção da FAA, um
apoio de 500 mil euros ao setor agrícola neste inverno por causa do
mau tempo, através da aquisição de 10 mil toneladas de alimentos
fibrosos para animais.



http://expresso.sapo.pt/acoresmau-tempo-agricultores-pedem-um-milhao-de-euros-para-colmatar-danos=f797410

Mau tempo: PS quer que ministra do Ambiente acione Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos

Lusa
16:22 Segunda feira, 1 de abril de 2013


Leiria, 01 abr (Lusa) - Os deputados do PS eleitos por Leiria querem
que a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do
Território acione "de imediato" o Fundo de Proteção dos Recursos
Hídricos (FPRH) para minorar os prejuízos do mau tempo.

"Queremos que a situação se resolva o mais rapidamente possível",
disse hoje à agência Lusa o deputado socialista João Paulo Pedrosa,
explicando que o requerimento a enviar a Assunção Cristas será
efetuado na terça-feira.

A ideia é "acudir aos problemas de regularização do rio [Lis]" e, ao
mesmo tempo, "permitir a candidatura imediata de entidades públicas e
privadas, por forma a verem minorados os graves prejuízos que esta
situação lhes acarretou", defendem os parlamentares.



http://expresso.sapo.pt/mau-tempo-ps-quer-que-ministra-do-ambiente-acione-fundo-de-protecao-dos-recursos-hidricos=f797428

Candidaturas aos apoios comunitários para a agricultura MAMAOT clarifica implicações com novas obrigações fiscais

O Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território (MAMAOT), através do Gabinete do Secretário de Estado da
Agricultura vem por este meio informar o seguinte, em relação às
candidaturas dos agricultores aos apoios comunitários e possíveis
implicações com novas obrigações fiscais, no que diz respeito ao
sector agrícola:

1 - O prazo para entrega da declaração de início de atividade fiscal
ou de alterações passou para o dia 31 de maio de 2013, o que permite
aos agricultores submeterem as suas candidaturas como habitualmente,
usufruindo dos apoios comunitários que têm à sua disposição.

2 - Os agricultores cujo volume de negócios anual não exceda os 10.000
euros continuarão a beneficiar de um regime de isenção de IVA, à
semelhança do que ocorre com a generalidade dos sujeitos passivos.

3 - Queremos clarificar que a declaração de início de atividade (a
primeira vez que seja declarada atividade) não terá implicações
imediatas no pagamento da segurança social para os agricultores, dado
que:

Nas situações determinantes de primeiro enquadramento no regime dos
trabalhadores independentes, este só produz efeitos após o decurso de
pelo menos 12 meses e quando o rendimento relevante anual do
trabalhador ultrapasse seis vezes o valor do Indexante dos Apoios
Sociais (IAS);

Após o decurso dos primeiros 12 meses, o enquadramento não produz
efeitos se os valores dos subsídios1/faturação em vendas for inferior
a €12.500/ano e esta seja a única forma de exercício da atividade
independente;

Nas situações em que a atividade seja legalmente cumulável com as
respectivas pensões, existe isenção de pagamento de contribuições.

4 - Aproveitamos para reiterar junto dos agricultores a importância de
os mesmos submeterem as suas candidaturas aos apoios comunitários da
agricultura o mais cedo possível não deixando para o fim do período de
candidaturas que encerrará no dia 30 de Abril.

(1) Subsídios da PAC (ajudas diretas)

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/04/01e.htm

Kelly England: "China classifica vinho português de excelente"

Presidente dos China Wine & Spirits Awards defende que "é a hora de
Portugal ter orgulho e manter a produção de vinhos de qualidade"



Kelly England com o Portugal Wine Guide
D.R.
01/04/2013 | 14:40 | Dinheiro Vivo

Os produtores de vinho nacionais podem ainda não vender ao nível de
outros congéneres europeus, mas nas medalhas não se ficam atrás. No
Vinalies Internacionales, em Paris, conquistaram 70 medalhas e no
Berliner Wein Trophy, na Alemanha, arrecadaram 64. Mas foi no
mercado-sensação, como é o chinês, que os produtores trouxeram maior
número: 78 medalhas (28 de prata, 42 de ouro e oito de duplo ouro),
mais concretamente dos China Wine & Spirits Awards (CWSA),
considerados os Óscares do mundo do vinho na China.

Em entrevista ao Dinheiro Vivo, a presidente dos CWSA, Kelly England,
explica como o consumidor chinês vê o vinho made in Portugal, e dá
pistas ao produtores nacionais. Ver aqui noticia sobre valores de
exportação.

Os vinhos portugueses conquistaram 78 medalhas nos CWSA. É sinal de
que estão a ganhar terreno na China?
Os jurados - os mais proeminentes importadores, distribuidores e
profissionais da hotelaria - gostaram realmente dos vinhos
portugueses, mesmo em prova cega, e acreditam que são adequados para
este mercado. Nas duas competições dos CWSA (Best Value e Prova
Geral), os vinhos portugueses superaram as expectativas. Para a edição
de setembro dos CWSA 2013 há mais 27% de vinhos portugueses inscritos
face a 2012, o que é um bom presságio para Portugal vir a ser um key
player.

Que aspetos do vinho português são valorizados pelo consumidor chinês?
Os compradores chineses consideram os vinhos portugueses de excelente
qualidade e com um value for money, um atributo raro e valioso. Acham
também que têm um sabor frutado rico, requintado, agradável e muito
apropriado para acompanhar os seus pratos favoritos. Além disso, o
CWSA notou a valorização da cultura portuguesa pelos consumidores
chineses, seguindo os laços históricos com Macau. Neste sentido, o
Portugal Wine Guide, distribuído aos 100 jurados destes prémios, está
a ajudar os produtores a comunicar e a apresentarem os seus vinhos.

Como vê o possível crescimento dos consumidores de vinho nas cidades
mais pequenas e menos conhecidas da China, também denominadas cidades
Tier 2?
Os jurados do CWSA são selecionados de todas as regiões para dar um
padrão global e preciso e adequado da China. Das cidades menos
conhecidas, destaque para estas, com níveis interessantes de
crescimento: Chongqing, uma cidade não costeira a ter em atenção. As
importações de vinho em Chongqing e as áreas de Sichuan estão a
crescer de forma explosiva devido à crescente e acelerada riqueza
económica neste eixo. Acresce ainda que esta cidade é acessível por
rio e assim beneficia consideravelmente de vantagens ao nível dos
transportes. Tianjin é outra cidade a ter em conta pois funciona como
abastecimento da poderosa Pequim e de grande parte do norte da China.
Este antigo porto comercial é agora responsável por uma percentagem
crescente de importações de vinho. Por fim, Qingdao, a capital
tradicional da cerveja, com com património histórico ligado à cerveja
alemã, está a verificar-se um interesse surpreendente pelo vinho
devido também à tradição do consumo de bebidas. Ao beneficiar também
da sua proximidade com vinhedos chineses, Qingdao está a consumir,
quer os vinhos produzidos na China como vinhos internacionais
importados de qualidade.

Como pode Portugal afirmar-se contra concorrentes de peso?
A China está apenas no início do seu interesse pelo vinho, o que, de
acordo com o verificado noutras áreas de consumo, no interesse pela
cultura internacional e na capacidade de rendimento, poderá tornar-se,
em breve, no maior mercado do mundo para os vinhos. A França, Espanha
e Austrália estão a ser muito agressivos no marketing das suas
medalhas CWSA, o que faz com que certos vinhos brilhem. Agora é a hora
de Portugal ter orgulho e manter a produção de vinhos de qualidade e
bater seus rivais como forma de assegurar uma parte satisfatória e bem
merecida do mercado, aqui na China.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO132199.html?page=0

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Agricultores que ganhem mais de 10 mil euros por ano pagam IVA a partir de abril

Todos os agricultores vão ser obrigados a registar-se nas Finanças e a
pagar IVA se faturarem mais de 10 mil euros anuais



Registo de agricultores prolongado
D.R.
14/03/2013 | 12:45 | Dinheiro Vivo

Todos os agricultores vão ser obrigados a registar-se nas Finanças até
01 de abril, deixando de estar isentos de IVA os que faturam mais de
10 mil euros anuais, uma situação que preocupa as associações
representativas do setor.

A Confederação Nacional da Agricultura receia o "complicómetro" fiscal
por temer que venha a "atirar borda fora muitos pequenos agricultores
que não têm condições de cumprir estas exigências burocráticas".

O dirigente da CNA, João Dinis sublinhou que, apesar de estarem
isentos de IVA os agricultores com rendimentos anuais inferiores a 10
mil euros, "as Finanças lançaram já a base para a tributação fiscal
porque obrigam toda a gente a coletar-se".

João Dinis criticou a ministra da Agricultura, lembrando que "vem de
um partido cujo líder viveu à custa da propaganda de ser amigo da
lavoura e dos feirantes" e sublinhou que "o resultado final destas
imposições" é "fiscalizar, tributar, eliminar".

Por exemplo, quem se atrasar a declarar ao fisco o início ou alteração
de atividade incorre numa multa de 37,50 euros, até 30 dias, mas pode
ter de pagar 75 euros se o atraso for superior a um mês.

Além disso, passam a estar sujeitos à taxa mínima de IVA de 6%
serviços como a poda de árvores, operações de sementeiras e colheitas,
engorda de animais ou armazenagem de produtos, bem como atividades
agrícolas em geral (incluindo viticultura, horticultura e produção de
cogumelos) e criação de animais, sejam eles aves, coelhos, abelhas,
caracóis, cães ou bichos-da-seda, se o rendimento anual for superior a
10 mil euros.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) iniciou, este mês,
um ciclo de sessões de formação em todo o país, em conjunto com a
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC), para esclarecer as
dúvidas sobre as alterações do IVA e a emissão de faturas.

Este será também um dos temas centrais na reunião de hoje do conselho
consultivo da CAP.

As sessões de esclarecimento da CAP incidem também sobre as novas
regras de faturação, já que todos os agricultores, mesmo os que vendem
nas feiras, são obrigados a passar fatura, podendo ser penalizados com
coimas que variam entre os 150 e os 3750 euros.

A circulação de produtos passou também a ter de ser acompanhada de
documentos de transporte, exceto no caso dos "bens provenientes de
produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes
da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta".

Os produtores com um volume de negócios superior a 100.000 euros, no
período anterior, são obrigados a comunicar os elementos dos
documentos de transporte à Autoridade Tributária, a partir de 01 de
maio de 2013.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO116197.html?page=0

Agricultores: prazo para novas obrigações fiscais prolongado até maio

DINHEIRO PESSOAL



Agricultores têm assim mais tempo para entregar declaração de início
de atividade

Por: Redacção / CPS | 2013-04-01 17:13

O prazo para os agricultores se registarem nas Finanças ou comunicarem
alterações de atividade foi prolongado até 31 de maio de 2013,
anunciou esta segunda-feira o Ministério das Finanças.

Assim, todos os agricultores com atividade comercial vão passar a ser
obrigados a declarar o início de atividade e estão sujeitos a IVA se
obtiverem um rendimento anual bruto superior a 10 mil euros.

O prazo para cumprir as novas obrigações fiscais, que decorrem do
Orçamento do Estado para 2013, acabava esta segunda-feira, mas a
adaptação ao regime geral de IVA «tem suscitado algumas questões»,
pelo que o Governo julgou «conveniente permitir um alargamento do
prazo».

As declarações submetidas até 31 de maio de 2013 produzem os seus
efeitos à data da entrada em vigor do novo regime, ou seja, 1 de abril
de 2013.

De acordo com uma nota das Finanças, o fim do regime de isenção do IVA
para os agricultores resultou de uma decisão do Tribunal de Justiça
europeu, que considerou que este era «contrário ao disposto na
Diretiva do IVA».

As alterações têm sido contestadas por várias organizações que pedem a
suspensão destas medidas, nomeadamente as que terão mais consequências
para a agricultura familiar.

Entre estas, estão o novo enquadramento da Segurança Social, a
declaração ao fisco das ajudas pagas pelo IFAP, que acontece pela
primeira vez em 2013, a obrigatoriedade de declaração de início ou
reinício de atividade para todos os agricultores.

Serviços como a poda de árvores, operações de sementeiras e colheitas,
engorda de animais ou armazenagem de produtos, bem como atividades
agrícolas em geral (incluindo viticultura, horticultura e produção de
cogumelos) e criação de animais, sejam eles aves, coelhos, abelhas,
caracóis, cães ou bichos-da-seda, passam a estar sujeitos à taxa
mínima de IVA de 6% se os rendimentos forem superiores a 10 mil euros.

http://www.tvi24.iol.pt/economia---dinheiro-pessoal/agricultores-agricultura-obrigacoes-fiscais/1435032-6378.html

Crédito Agrícola vai ser reestruturado e algumas caixas fundidas

LUSA

31/03/2013 - 08:49

Presidente do banco cooperativo tenciona, durante o seu mandato de
três anos, dar início a um processo de reestruturação interna.

Em 2012, o banco obteve menos 21% de lucros do que no ano anterior
CATARINA OLVEIRA ALVES/ARQUIVO

O Crédito Agrícola vai avançar com um processo de reestruturação
interna, que implica o fecho por fusão de algumas caixas, disse à Lusa
o novo presidente do banco cooperativo.

Em entrevista à Lusa, Licínio Prata Pina, que tomou posse em Janeiro,
deu uma perspectiva do que pretende fazer no seu mandato de três anos
à frente do Grupo Crédito Agrícola (CA), a começar por um processo de
reestruturação interna do banco que é composto por 84 Caixas de
Crédito Agrícola e pela Caixa Central. Uma reestruturação que
implicará mesmo a fusão de algumas Caixas, adiantou.

"O que posso dizer é que Caixas com dificuldades económico-financeiras
são cinco e temos de tomar decisões que passarão pela fusão delas com
outras", disse Licínio Pina, sublinhando que para isso o grupo não
precisará de qualquer ajuda do Estado.

O responsável garantiu que a reorganização interna não implica
qualquer programa de saída de trabalhadores, mas admitiu que serão
feitos ajustamentos aos recursos humanos, eventualmente com propostas
de reformas antecipadas.

"A saída de pessoal não se tem verificado nem temos o objectivo de
prescindir de uma série de pessoas. O que acontece é que quando as
Caixas são fundidas é necessário criar estruturas funcionais em que
depois se acomodam as pessoas. Em todos aqueles que estão próximos da
reforma são propostas soluções que não prejudiquem as pessoas",
afirmou o presidente do Crédito Agrícola, que tomou posse em Janeiro.

O grupo Crédito Agrícola tem vindo a reduzir o número de caixas
espalhadas pelo país, que já foram mais de 100 e hoje são 84, estando
a correr no Banco de Portugal o processo para a fusão da Caixa de
Estarreja com a de Oliveira de Azeméis.

Paralelamente, Licínio Pina quer "fazer crescer" o Crédito Agrícola e
para isso, disse, o banco tem de conceder mais crédito baseando-se nos
níveis de "conforto" tanto em termos de capital (mais de 11% de rácio
'core tier 1' em 2012) como de liquidez (com um rácio de transformação
de depósitos em crédito de 82%).

Mas há um obstáculo a este objectivo: a recessão económica que
Portugal atravessa, admitiu o presidente do Crédito Agrícola.
"Precisávamos é que a economia crescesse. Se crescer temos condições
para financiar as empresas e particulares, apoiando-os nos seus
projectos de desenvolvimento e contribuindo para o crescimento do
país", referiu.

Sobre como conseguirá o sétimo maior banco português competir com os
designados 'grandes', tanto na captação de depósitos como de bons
projectos a quem concedem crédito, Licínio Pina referiu que o banco
está bem implantado nas zonas rurais, onde há uma elevada fidelização
dos clientes.

Já mais difícil é a captação de novos clientes "e especialmente
jovens", pelo que tem como objectivo apostar em novas tecnologias para
chegar a uma população mais jovem e urbana.

O grupo Crédito Agrícola é composto por 84 Caixas e pela Caixa
Central, que articula e coordena as várias instituições locais. Tem
400 mil associados e 700 balcões em todo o país. Ainda segundo dados
do próprio banco, tem uma quota de mercado de 5% nos depósitos e de 3%
no crédito.

O banco obteve lucros de 42 milhões de euros em 2012, menos 21% do que
no ano anterior.

http://www.publico.pt/economia/noticia/credito-agricola-vai-ser-reestruturado-e-algumas-caixas-fundidas-1589674

Agricultores: novas regras fiscais entram hoje em vigor

DINHEIRO PESSOAL


Todos os agricultores com atividade comercial têm de estar registados
nas Finanças, ficando sujeito a IVA quem ganhe mais de 10 mil euros
anuais

Por: tvi24 | 2013-04-01 08:08

Todos os agricultores com atividade comercial têm de estar registados
nas Finanças, a partir de hoje, ficando sujeito ao IVA quem ganhe mais
de 10 mil euros anuais, alterações contestadas por várias organizações
que pedem a suspensão destas medidas, refere a Lusa.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que realizou um
ciclo de sessões de esclarecimento juntamente com a Ordem dos Técnicos
Oficiais de Contas, considera que subsistem muitas dúvidas e pediu
explicações ao Governo sobre algumas das medidas, nomeadamente as que
terão mais consequências para a agricultura familiar.

Entre estas, estão o novo enquadramento da Segurança Social e a
declaração ao fisco das ajudas pagas pelo IFAP, que acontece pela
primeira vez em 2013.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) receia o complicómetro
fiscal e teme que venha a «atirar borda fora muitos pequenos
agricultores que não têm condições de cumprir estas exigências
burocráticas», enquanto a Confederação das Cooperativas Agrícolas
(CONFAGRI) alertou o Governo para o «grande clima de instabilidade»
que está a ser criado, pedindo a suspensão das medidas.

O mesmo fez o PCP, que também manifestou a sua oposição à «ofensiva
fiscal» por inviabilizar «o consumo e os mercados de proximidade»,
obrigando agricultores a declararem o início ou reinício da atividade
«mesmo que tenham 80 anos» e a passar faturas para vender «uma couve,
um ramo de salsa, meia dúzia de ovos» num mercado.

Os agricultores que não cumprirem esta obrigação podem ser penalizados
com coimas que variam entre os 150 e os 3750 euros.

O deputado social-democrata Mendes Bota defendeu igualmente um
adiamento «das novas disposições» alertando para «as especificidades
da micro agricultura, designadamente no mercado dos frutos secos».

«Tome-se como exemplo o caso de um proprietário que junta a família
alargada (filhos e netos) para proceder à colheita dos frutos e estes
de seguida vendem a mercadoria para fazerem uma festa familiar.
Pergunta-se: quem deve assumir-se como agricultor e cumprir as
obrigações fiscais», questionou o parlamentar, sugerindo que os
produtores agrícolas só sejam obrigados a iniciar atividade em termos
fiscais se ganharem mais de 10 mil euros.

Quem se atrasar a declarar ao fisco o início ou alteração de atividade
incorre numa multa de 37,50 euros, até 30 dias, mas pode ter de pagar
75 euros se o atraso for superior a um mês.

Serviços como a poda de árvores, operações de sementeiras e colheitas,
engorda de animais ou armazenagem de produtos, bem como atividades
agrícolas em geral (incluindo viticultura, horticultura e produção de
cogumelos) e criação de animais, sejam eles aves, coelhos, abelhas,
caracóis, cães ou bichos-da-seda, passam a estar sujeitos à taxa
mínima de IVA de 6% se o rendimento anual for superior a 10 mil euros.

A circulação de produtos passa também a ter de ser acompanhada de
documentos de transporte, exceto no caso dos «bens provenientes de
produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes
da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta».

http://www.tvi24.iol.pt/economia---dinheiro-pessoal/agricultura-agricultores-financas-impostos-iva-cap/1434882-6378.html

Alqueva enche e faz descargas controladas

CARLOS DIAS

01/04/2013 - 13:32

Cota da água chega praticamente ao nível de pleno armazenamento.

Alqueva encheu pela primeira vez em 2010 (na foto) RAQUEL ESPERANÇA


A barragem de Alqueva está a fazer, desde a noite de ontem, descargas
controladas, depois de ter praticamente atingido a sua capacidade
máxima de armazenamento.

A cota de enchimento chegou aos 151,98 metros, apenas dois centímetros
abaixo do nível de pleno armazenamento, que é de 152 metros.

Segundo a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva
(EDIA), foi iniciada "uma operação de descargas controladas através de
dois descarregadores, um de meio fundo e um de superfície", segundo um
comunicado.

Às 12h desta segunda-feira, o débito total da barragem de Alqueva era
de 2400 metros cúbicos por segundo, um volume de descarga que
corresponde a 800 metros cúbicos por segundo das duas centrais
hidroelétricas e 1600 metros cúbicos por segundo nos dois
descarregadores, registando-se "uma tendência para uma ligeira descida
do nível de armazenamento".

A barragem de Pedrógão, localizada 23 quilómetros a jusante de
Alqueva, também se encontra a libertar caudal. O consequente aumento
do fluxo de água do Guadiana foi previamente comunicado aos Serviços
de Protecção Civil, segundo a EDIA.

Em 2010, quando Alqueva encheu pela primeira vez, pastores foram
surpreendidos, tendo perdido dezenas de cabeças de gado.

As descargas em Alqueva seguem-se às que tem vindo a ter lugar nas
albufeiras espanholas localizadas na bacia do Guadiana, devido às
chuvas abundantes registadas nos últimos dias.

Neste momento a reserva de água nas 29 barragens espanholas erguidas
na bacia do Guadiana é de 8362 hectómetros cúbicos, um volume que
representa 91% da capacidade máxima de armazenamento. Na bacia do
Guadiana em território português, no final de Fevereiro os valores
estavam também já nos 91%.

http://www.publico.pt/local/noticia/alqueva-enche-e-faz-descargas-controladas-1589757

Previsões para os próximos dez dias não incluem chuva forte

IPMA



Económico com Lusa
01/04/13 12:46


As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para
os próximos dez dias não incluem períodos de chuva forte como a que
caiu no final de março em Portugal Continental.

"As quantidades de precipitação expectáveis para os próximos dias
serão bastante inferiores [do que as registadas nos últimos dias]",
disse hoje à agência Lusa a meteorologista Ângela Lourenço, do IPMA.

A meteorologista explicou que na quarta-feira, "com a passagem de um
sistema frontal", poderá cair "chuva forte", mas será "uma situação de
apenas um único dia".

Para os próximos dez dias, o IPMA prevê a queda de precipitação hoje,
"em regime de aguaceiros", na terça-feira "pouco frequente e também em
regime de aguaceiros".

De acordo com Ângela Lourenço, sexta-feira, sábado e domingo serão
dias sem chuva, mas nos dias 09 e 10, terça-feira e quarta-feira da
próxima semana, as previsões apontam para "um agravamento das
condições meteorológicas, nas regiões do Litoral norte e centro".

A meteorologista explicou que o mês de março deste ano foi "mais
chuvoso do que é habitual nos meses de março", no entanto "pode
acontecer" que o inverno se prolongue pela primavera.

"Lembro o março de 2001, que foi um março bastante chuvoso. [Este] é o
março com maiores quantidades de precipitação nos últimos anos, mas
tivemos outros", referiu.

http://economico.sapo.pt/noticias/previsoes-para-os-proximos-dez-dias-nao-incluem-chuva-forte_165988.html

Frio em Março na Europa fica entre os mais intensos desde que há registos

PÚBLICO

01/04/2013 - 12:51

Nevão na Polónia no fim-de-semana deixa 100 mil casas sem electricidade.

Uma árvore caída perto de Varsóvia, Polónia
JANEK SKARZYNSKI/AFP


A Europa enfrentou um dos seus meses de Março mais frios de sempre,
com temperaturas baixas a atrasarem a chegada da Primavera.

Num balanço provisório, a agência meteorológica alemã (DWD) diz que a
temperatura média no país, até dia 28, foi de apenas 0,2 graus Celsius
– 3,3 graus abaixo da média de 1961-1990 e 4,1 graus abaixo da média
de 1981-2010.

Terá sido o sexto Março mais frio, desde que se iniciou, na década de
1880, a recolha sistemática de dados meteorológicos com instrumentos.
Na região Nordeste do país, os meteorologistas estimam que foi o Março
mais frio dos últimos 120 anos.

No Reino Unido, o balanço também vai no mesmo sentido: foi o quarto
Março mais frio desde 1910 e o mais frio desde 1962, segundo a agência
meteorológica britânica (Met Office).

Na Polónia, o mês encerrou com um forte nevão, causando estragos na
rede nacional de energia e deixando mais de 100 mil casas sem
electricidade nas regiões Centro e Nordeste do país.

"As árvores tombaram com o peso da neve e caíram sobre as linhas de
electricidade, deitando-as abaixo em muitos sítios. Às 6h locais,
cerca de 81 mil casas estavam sem energia eléctrica na zona de
Varsóvia e 21 mil na região de Bialystok, no nordeste", lê-se num
comunicado emitido pela empresa distribuidora de energia eléctrica
polaca, PGE, citado pela AFP.

Desde domingo que neva intensamente no país. A neve chegou aos 30
centímetros de altura e está a perturbar a circulação rodoviária em
várias zonas.

Mais a Sul, na República Checa e na Eslováquia, a neve atingiu 40
centímetros de altura em 24 horas em algumas regiões, causando também
complicações no trânsito.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/neve-deixa-mais-de-100-mil-casas-sem-electricidade-na-polonia-1589732#/0

XVII Encontro Anual da Pera Rocha

Realizou-se no passado dia 13 de Março de 2013 o XVII Encontro Anual
da Pera Rocha. Este encontro representa a reunião suprema dos
produtores e exportadores de Pera Rocha, que anualmente se juntam para
fazer o balanço da campanha passada e pensar a campanha em curso. Mas
também para festejar os sucessos e mostrar a força e importância do
sector.

Este ano o encontro realizou-se entre portas, na central fruteira
C.P.F, Centro de Produção e Comercialização Hortofrutícola, no
Bombarral, dando continuidade à iniciativa de promover a festa do
sector dentro de portas, ou seja nos locais onde se trabalha a nossa
Pera Rocha, promovendo assim uma festa temática e mostrando aos
convidados a dimensão do sector frutícola em especial da pera Rocha.

O encontro contou com o seguinte programa:

Cocktail/ Recepção de Convidados

Foi servido um cocktail onde foram recebidos os cerca de 250 convidados que estiveram presentes no encontro.

De entre os vários convidados destaca-se a presença do Sra. Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, do Director

da DRAPLVT, Eng.º Nuno Russo, e da Directora Geral e da Subdirectora geral da DGAV, Drª Teresa Villa de Brito e

Engª Flávia Alfarroba. De destacar ainda a presença de algumas individualidades como é o caso dos deputados da

Assembleia da República, Duarte Pacheco e Manuel Isac, bem como dos presidentes das Câmaras Municipais do

Bombarral e do Cadaval, José Manuel Vieira e Aristides Sécio, respectivamente.

A sessão geral decorreu no auditório criado na sala de embalamento, que contou com a seguinte ordem de trabalhos:

- Apresentação soluções financeiras para a Fruticultura – BES – Banco
Espirito Santo, pelo Dr. Paulo Gil Correia

- Conservação da Pera Rocha:

i) Ponto de situação do processo DPA – ANP, com apresentações de Eng.ª Sofia Comporte e Eng.º Armando Torres Paulo

ii) Soluções para conservação da Pera e controlo de escaldão superficial – Agrofresh, representada pelo
Eng.º Josué Clemente

i) Ponto de Situação – COTHN, Engª Maria do Carmo Martins

ii) Bayer – Soluções para o combate da doença, Eng.º Avelino Balsinhas

iii) Selectis - Soluções para o combate da doença, Eng.º Josué Clemente


Reunião Direcção da ANP com Sra. Ministra da Agricultura

Enquanto decorria a sessão de trabalho realizava-se ao mesmo tempo uma reunião entre a Direcção da ANP e a Sra. Ministra da agricultura, Drª Assunção Cristas.

Nessa reunião, além dos assessores da Sra. Ministra e da Técnica da Associação, Eng.ª Sofia Comporta, estiveram também presentes O Director da DRAPLVT, Eng.º Nuno Russo, o deputado da Assembleia da República, Duarte Pacheco, bem como o presidente da Câmara Municipal do Bombarral José Manuel Vieira, e o presidente da Câmara Municipal Cadaval, Aristides Sécio.

Os pontos abordados pela Direcção da Associação foram os seguintes:

1. Seguros de colheita;

2. Conjunto de acções para o crescimento e sustentabilidade da Pera
Rocha. Apresentou-se a ideia de o

3. Principais acções para o crescimento e sustentabilidade da Pera Rocha

Gabinete da Sra. Ministra ter um elemento a quem apresentemos as acções a desenvolver, de modo a
melhorar o relacionamento com o Ministério;

Fomento da exportação: Barreiras à Exportação;

Casos de países com os quais a UE está a negociar dossiers; EUA, México, Índia e China;

Situação especial da negociação bilateral com o Brasil, relativa a hortofrutícolas, dos quais o mais relevante é a Pera Rocha;

Caso específico de Marrocos – Principal prioridade exportadora da Pera Rocha;

Fomento da exportação: parcerias entre exportadores, acções que permitam crescer a nossa força de venda;

Fomento da exportação: A grave ameaça das greves nos Portos;

Os apoios a fundo perdido devem ser concedidos a quem tem capacidade de os multiplicar a favor do território que os envolve – tal é óbvio quanto à pera Rocha: as verbas investidas têm
tido frutos e geram desenvolvimento e emprego;

Capacidade negocial da Produção – relação com supermercados nacionais;

Regime Fruta nas Escolas;

As organizações de produtores devem ser mantidas como a pedra angular
do regime de ajudas

ao sector de F&L – tema tratado pela FNOP enquanto Federação Nacional
das Organizações de

Produtores;

É importante promover uma estruturação do diálogo entre produção e a
distribuição organizada.

Questões técnicas

Fogo Bacteriano;

Jantar com atribuição dos prémios da fileira da Pera Rocha do Oeste:

O jantar foi servido na sala de embalamento permitindo, transformando
esta sala num espaço de festa bastante acolhedor.

No início do Jantar foram atribuídos os Prémios Pera Rocha do Oeste,
onde foram atribuidos os prémios aos Maiores

exportadores, ao Técnico do ano, ao Pericultores do ano e o Prémio
Reconhecimento. Este ano foram atribuidos os premios referentes às colheitas de 2010 e 2011.

Os Técnico homenageados foram a Eng.ª Cristina Rosa e a Engª Claudia
Neto, recebendo respectivamente o premio de Engª Cristina Rosa licenciou-se em Eng.ª Agricola pela Universidade de Évora, em 1994. Participou em dezenas de cursos em Protecção e produção integrada de pomoideas e Prunoideas, auditoria ISSO, HACCP entre outras. Iniciou a sua actividade profissional em 1993, integrou os quadros AJAL, Associação de jovens agricultores do distrito de Leiria, e da AVAPI até 2008, actualmente é tecnica da Granfer. Fez parte do grupo de produção das normas de protecção integrada. A Técnica Cristina Rosa, apresenta uma enorme paixão pela vida e pela
sua profissão, destaca-se especialmente as suas qualidades humanas de dedicação, simplicidade, companheirismos e a sua gargalhada sincera e franca. Ao nível profissional, destaca-se a paixão pelo seu trabalho, tem incorporada uma apetência nata de professora, tendo um enorme prazer em ensinar e transmitir de uma forma simples e clara os conhecimentos que possui, especialmente com os agricultores, contribuindo em muito para a qualidade dos produtos que
entram na Granfer.

Engª Cláudia Neto licenciou-se em Engª Agronómica no Instituto
Superior de Agronomia (1997). Doutorou-se em Engª Agronómica pelo mesmo instituto em 2008, no tema da nutrição vegetal "Absorção e eficiência de utilização do azoto em pereira". Iniciou a sua atividade profissional na região do Oeste em 1997. Trabalhou em pequenos frutos (framboesa), proteção e produção integradas de pomóideas, prunóideas e vinha em distintas empresas e associações. APAS, Unirocha,

Obirocha e Jovagro. Atualmente exerce as suas funções na Associação dos Agricultores da Região de Alcobaça.

É autora ou coautora em mais de 20 artigos técnicos e científicos. Contribuiu na realização de vários livros. Participou em mais de uma dezena de projetos científicos de apoio ao sector da pera
Rocha. Tem acompanhado vários estudantes de engenharia na elaboração dos seus trabalhos de Curso ou Mestrado. Tem contribuído para a formação técnica dos agricultores através da sua intervenção em palestras e formação profissional. É coordenadora para os concelhos de

Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós no âmbito do plano de erradicação do
fogo bacteriano, e uma das principais

responsaveis pelo controlo da propagação da doença nessa região.

O Prémio Maior Exportador foi entregue às três empresas que exportaram
mais Pera Rocha durante a campanha de

2010/2011. Assim em 3º Lugar está Lusopera, que exportou 8432
toneladas, em 2º Lugar a Triportugal, que exportou 10

632 toneladas e em 1º Lugar a Coopval que exportou 12 246 toneladas de
Pera Rocha.

Relativamente ao ano de 2011 esse feito foi alcançado em 3º Lugar pela
Triportugal, que exportou 11 367 toneladas, em 2º

Lugar a Coopval, que exportou 13 125 toneladas e em 1º Lugar a
Lusopera que exportou 16 725 toneladas de Pera Rocha.

O Prémio Reconhecimento 2010 e 2011 foram entregues a duas
individualidades que se destacaram no plano agrícola em
geral, que desenvolveram trabalho na Pera Rocha e que portanto o
sector resolveu premiar.

Desta forma foi entregue o prémio Reconhecimento 2010 ao Eng.º Antonio Campos

por todo o trabalho desenvolvido, durante a sua vida profissional e
pela sua ligação

Ministério da Agricultura por diversas vezes e em diversos governos,
mas sobretudo

pelo desenvolvimento da ideia de criação da Portugal Fresh, como entidade

promotora e defensora dos produtos hortofrutícolas Nacionais.

Relativamente ao ano de 2011 a premiada foi a Engª Maria do Carmo Martins,

secretária-geral do COTHN. A Eng.ª Carmo terminou o Mestrado no
Instituto Superior

de Agronomia em 2002. Trabalhou em Moçambique. Leccionou cadeiras de economia

dos recursos naturais na Ilha de São Tiago em Cabo Verde ao abrigo dum programa

de cooperação. Leccionou a Disciplina de Agricultura Tropical,
Economia dos recursos

Naturais da licenciatura em Ciências Agrárias, em Dili, Timor-leste. Foi também

docente da Escola Superior Agrária de Coimbra em colaboração parcial de 2005 a

2010. Está no COTHN desde Setembro de 2004, onde exerce o cargo de Secretária-

Geral desde o inicio de 2008.

O carácter da Carmo pode ser resumido na máxima: "We can wish or . . .
we can make it happen" ("Podemos formular

desejos . . . , ou . . . fazer com que realmente aconteçam").

De facto, a Carmo faz com que aconteça inovação. Tendo sido a pessoa
que fez com que o COTHN tenha crescido e que

exista transferência de conhecimento ao longo da fileira frutícola.
Este é um prémio muito merecido por todo o trabalho

desenvolvido pela Engª Carmo em prol do sector da Pera Rocha.

Foi entregue ainda um premio reconhecimento à Compal pelo longo
trabalho realizado na promoção da Pera Rocha,

através da produção do néctar de Pera Rocha que é produzido por esta
marca desde 1965, mas também pela promoção

formidável que tem sido feita ao consumo de fruta em geral.

Finalmente foram entregues os prémios aos melhores produtores de 2010
e 2011. Foram assim premiados os seguintes

2010- Paulo Jorge Lucas Martins

2011- João Paulo Batista Luís

2010 - Ernesto Rodrigues

2011 - Amaro & Alves, SAG, Lda

2010 - "Quinta da aroeira SAG, Lda", representada pelo Sr. Emanuel
António Abreu Sobreiro

2011 - "HBIO, LDA", representada pelo Sr. José Fernando Filipe Henriques

2010 - José Crispim Madeira – recebe a técnica que lhe dá apoio Engª Ana Garcia

2011 - António Bernardo Maia Câncio Luizello

2010 - José Ferreira Siopa

2011 - Hélder Fernando Susano Duarte

2010 – Carlos Sobreiro Tavares

2011 – Arnoiafrutas (Jorge Tavares)

2010 - Paulo Jorge Reis dos Santos

2011 - Francisco José Santos

8- Central de Frutas do Painho

2010 - Sag. Casal dos Pavorais

2011 - Júlio Edviges

2010 – Ana Margarida Branco F. Santos – Quinta do Pombo

2011 - Horácio António Pereira Nicolau

2010 – José António Ferreira Martins

2011 – Gilberto Garcia Filipe

2011 – Carma – Casa Agrícola Ribeira Maria Afonso – Representada por
Eng.º Gonçalo Belchior

2011 – José Pedro Brogueira

2011 - José Zeferino Soares, representado pelo neto Ricardo Soares

2011 - Sancho Duarte

2011 - Maria de Lurdes Simões Silva, representada pelo seu filho Luís
Miguel Silva Francisco

2011 - Augusto Manuel Correia Carvalho, representado pelo Sr. Vitor Fonseca

2011 - António Manuel Veiga Magalhães

2011 - Joaquim José Tavares

2011 – Agostinho António Nunes dos Santos

2011 - Nelson Gonçalo Ribeiro Costa (Frutas F.N lda.)

fonte: ANP

domingo, 31 de março de 2013

Quercus vai fazer queixa em Bruxelas por poluição em Portugal

HOJE às 18:56

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A associação ambientalista Quercus anunciou hoje que vai enviar, na
segunda-feira, uma nova queixa à Comissão Europeia contra o Estado
português, por alegada violação da legislação nacional e europeia
sobre a qualidade do ar.

Em comunicado, a organização refere que a legislação não é cumprida há
oito anos, "por ultrapassagem dos valores limites diários e/ou anuais
relativos às partículas inaláveis", e há cinco anos, "por
ultrapassagem dos valores limite diários e/ou anuais relativos ao
dióxido de azoto".

A Quercus invoca ainda "falhas de monitorização" da qualidade do ar em
algumas estações de medição na Área Metropolitana de Lisboa (AML)
Norte (Reboleira, Cascais-Mercado, Beato, Santa Cruz de Benfica e
Odivelas-Ramada).

Confrontado pela agência Lusa com as acusações, o Ministério do
Ambiente reconheceu, numa curta nota, haver falhas, declarando que
algumas das medidas "não têm tido o resultado expectável" e que estão
a ser preparadas novas, sem fixar prazos.

Na nota, a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza
alega que, no ano passado, foram superados, na avenida da Liberdade,
em Lisboa, "os valores limite de proteção à saúde humana para alguns
poluentes, como partículas inaláveis e dióxido de azoto, emitidos
pelos escapes dos veículos".

A organização precisa que o valor limite diário para as partículas
inaláveis foi transposto 75 vezes ("35 é o número máximo anual de
ultrapassagens permitidas") e, no caso de dióxido de azoto, 13 vezes
("são permitidas um máximo anual de 18 ultrapassagens").

A Quercus lembra que os valores limites foram excedidos num ano em que
foram feitas, na avenida da Liberdade, alterações à circulação
automóvel, ao abrigo dos Planos de Melhoria da Qualidade do Ar da
Região de Lisboa e Vale do Tejo.

No comunicado, a associação aponta que, na Área Metropolitana de
Lisboa Norte, "não existem dados sobre o poluente benzeno em nenhuma
estação de qualidade do ar, desde há vários meses". A Quercus adverte
que a monitorização do composto cancerígeno, que tem como principal
fonte de emissão o tráfego rodoviário, é obrigatória por lei, nacional
e europeia.

Ainda de acordo com a Quercus, estações de medição da qualidade do ar
da AML Norte funcionam "com graves falhas de comunicação de dados,
desde há vários meses, estando algumas, mesmo, desligadas ou com
problemas nos seus equipamentos".

Sem responder diretamente às acusações, o Ministério do Ambiente
assinala, numa breve nota, que, em Portugal, "à semelhança de outros
países do sul da Europa, algumas das medidas não têm tido o resultado
expectável" e que a Comissão Europeia está "a efetuar a análise destas
situações", no quadro da revisão da Estratégia Temática da Poluição
Atmosférica, a concluir este ano.

A tutela adianta, sem fixar prazos, que a Agência Portuguesa do
Ambiente, em conjunto com as Comissões de Coordenação e
Desenvolvimento Regional, está a preparar a Estratégia Nacional para o
Ar, visando "a adoção de medidas de melhoria dos níveis de qualidade
do ar, de reforço da monitorização e de sensibilização da opinião
pública".

A nota do Ministério do Ambiente acrescenta que a última etapa do
projeto "Zonas de Emissões Reduzidas" em Lisboa, preconizado nos
Planos de Melhoria da Qualidade do Ar da Região de Lisboa e Vale do
Tejo, se iniciou em 2014.

A Quercus recorda, no comunicado, que o Estado português foi
condenado, em novembro, pelo Tribunal Europeu de Justiça, por
incumprimento dos valores limite de partículas inaláveis em Braga,
Porto Litoral, Área Metropolitana de Lisboa Norte e Área Metropolitana
de Lisboa Sul, uma decisão que decorreu de uma queixa dirigida à
Comissão Europeia, em 2006.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=624295

Benefícios das cooperativas confirmados pela CE devem fazer parte da nova PAC

28-03-2013



O Copa-Cogeca pediu às instituições da União Europeia a reforçar na
nova política agrícola comum os resultados da nova informação da
Comissão Europeia, que confirma os benefícios das cooperativas para os
agricultores.



O pedido da organização surge após a Comissão Europeia (CE) confirmar
que as cooperativas agrícolas desempenham um papel fundamental para
ajudar os agricultores a reterem uma melhor proporção de valor
adicional na cadeia alimentar e reforçar a sua posição no mercado,
instando às instituições comunitárias a garantirem que este inquérito
tenha reflexo no acordo final sobre o futuro da política agrícola
europeia (PAC), aguardado para o mês de Junho.



As 78 informações publicadas pela CE, relativas ao apoio às
cooperativas de agricultores, demonstram a importância do papel das
mesmas na ajuda aos produtores para obterem melhores valores
adicionais na cadeia alimentar e a reforçar o seu poder de negociação.
Trata-se de questões chave para fazer frente ao enorme poder de compra
de alguns distribuidores.



O documento analisa a situação dos 27 Estados-membros, demonstrando
que quando as cooperativas dispõem de uma elevada quota de mercado, o
nível dos preços na região pode aumentar a favor do agricultor e
reduzir a volatilidade do mercado. Todos são de especial importância
tendo em conta que a volatilidade dos mercados agrícolas é uns dos
principais desafios dos agricultores na actualidade.



Também indica que as cooperativas têm maior relevância em determinados
sectores e países, como por exemplo o caso dos sectores do leite e
frutas e hortícolas. A aposta pelas estratégicas de marcas comerciais
também varia em função do sector. Os produtos de consumo de marca
estão mais presentes nos lacticínios e no vinho e, me menor medidas,
nos sectores da fruta e hortícolas e do azeite. a informação revela
ainda que as cooperativas são essenciais para garantir o acesso ao
mercado e reduzir a incerteza em relação aos pagamentos, constatando
igualmente que seria benéfico fazer ajustes ao direito europeu da
concorrência, como uma ajuda ao restabelecimento do equilíbrio de
poderes na cadeia alimentar.



Em Bruxelas, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen,
declarou que a organização que representa «acolhe favoravelmente a
publicação destas informações, que credibilizam os benefícios das
cooperativas agrícolas e das vantagens que representam para o
agricultor organizar-se em cooperativas», acrescentando que são pontos
fundamentais a reflectir na nova PAC.



Pesonen afirmou que é «necessário exprimir ao máximo o potencial das
cooperativas», considerando acertada a proposta de aumentar o número
de produtos para o reconhecimento das organizações de produtores (OP),
como as coperativas. É fundamental que a posição dos agricultores na
cadeia alimentar seja consolidada mediante o reforço das OP e
cooperativas, logo que o financiamento da política europeia de
desenvolvimento rural; de forma que se possa garantir um sector
agro-alimentar viável para o futuro, concluiu o responsável.



Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia46037.aspx

“Os Verdes” consideram criação do Parque Natural Regional do Tua um “embuste”

LUSA

27/03/2013 - 21:32

É uma tentativa de iludir a UNESCO, que exige a compatibilização da
barragem de Foz Tua com a classificação Património da Humanidade
atribuída ao Douro, diz o Partido Ecologista.

Construção da barragem de Foz Tua continua a ser constestada por "Os
Verdes" MANUEL ROBERTO/ARQUIVO


O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) classificou esta quarta-feira
como um "embuste" a criação do Parque Natural Regional do Tua, que
entende como "uma operação de cosmética para camuflar" as
consequências da barragem em construção naquela zona.

Atribuir o estatuto de parque natural regional à barragem e à sua
albufeira só pode se entendido, segundo o PEV, "como uma afronta a
todos os que pugnam pela preservação e conservação dos valores
naturais e culturais".

A reacção do partido surge na sequência do anúncio feito, na
segunda-feira, pelo director executivo da Agência para o
Desenvolvimento do Vale do Tua, José Silvano, que adiantou à Lusa já
ter sido aprovado o parque que vai disponibilizar 900 mil euros por
ano da facturação de energia para projectos de desenvolvimento local.
A agência, o parque, assim como o fundo correspondente a 3% da
facturação anual de produção de energia são contrapartidas da barragem
de Foz Tua, em construção em Trás-os-Montes, na junção dos distritos
de Bragança e Vila Real.

"O descrédito em torno das razões e dos objectivos que levaram à
criação deste 'Parque Natural Regional' é tanto maior quando o próprio
responsável pela agência já veio a público afirmar que não será
submetido às 'regras ambientais' dos outros parques naturais", referem
"os Verdes", em comunicado.

Para o partido, as declarações do responsável local deixam "bem claro
que estamos perante um mero rótulo com fim políticos e económicos e
perante mais uma tentativa de iludir a UNESCO e não perante uma
vontade de conservação", numa referência às exigências do organismo
cultural internacional de compatibilizar a barragem com o Douro
Património da Humanidade. "É uma gigantesca operação de cosmética que
visa camuflar o crime ambiental e patrimonial que a barragem de Foz
Tua constitui e os profundos danos que esta traz para o
desenvolvimento desta região e desvirtua os propósitos deste estatuto
de classificação que visam promover a conservação, protecção e
valorização da natureza, da biodiversidade e do património, numa
relação harmoniosa com o desenvolvimento", acrescenta.

"Os Verdes" reiteram que a construção da barragem vai afectar valores
ambientais e patrimoniais do vale do Tua e a linha do Tua, que se
encontra desactivada e ficará parcialmente submersa pela albufeira. "A
criação deste 'Parque Natural' é um uso abusivo e inadmissível dos
instrumentos de classificação previstos na Lei e uma descredibilização
total das entidades que dão cobertura a esta decisão, nomeadamente os
organismos competentes do Ministério do Ambiente", consideram.

http://www.publico.pt/local/noticia/os-verdes-consideram-criacao-do-parque-natural-regional-do-tua-um-embuste-1589363

Pêra rocha prepara entrada em Marrocos

Fruta
António de Albuquerque
28/03/13 00:05


Associação está a negociar com o Ministério da Agricultura e dos
Negócios Estrangeiros.

Os produtores de pêra rocha querem entrar no mercado de Marrocos a
pensar já no Magrebe e na África subsariana. "Estamos a trabalhar com
os ministérios da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros para que
seja estabelecido um protocolo com Marrocos para vendermos mais
naquele país", avançou Torres Paulo, presidente da Associação Nacional
dos Produtores de Pêra Rocha (ANP), ao Diário Económico. "Apesar do
mercado marroquino estar a crescer nos últimos quatro anos as empresas
portuguesas estão a ser penalizadas com os custos alfandegários muito
significativos", afirma.

O mercado de Marrocos representa, neste momento, pouco mais de 1% das
exportações nacionais, mas o objectivo é incrementar uma estratégia
para potenciar vendas não só para aquele país, mas também para toda a
região magrebina e subsariana.

"O mercado marroquino está muito bem organizado e que é um país de
comerciantes", lamenta Torres Paulo. O responsável explica que uma
maior presença de produtores naquele país vai permitir estabelecer
parcerias para a venda de pêra rocha em praticamente todo o continente
africano. Uma iniciativa, que a confirmar-se, vai imprimir um
acréscimo nas vendas desta fruta nos mercados externos que, em termos
médios, representam mais de 50% da produção.

Na última campanha de 2010/11 da ANP foram produzidas 223 mil
toneladas em Portugal, 115 mil das quais pelos seus associados.
Destas, 90 mil foram vendidas no mercado externo, sobretudo no Brasil,
Reino Unido, França, Rússia, Alemanha e Polónia.

Mas os empresários não querem ficar por aqui e a associação está a dar
os primeiros passos para entrarem em mercados como o dos EUA, México,
Índia e China, grandes consumidores que não dispõem de fruta no
período do ano em que existe a pera rocha", frisou Torres Paulo.
Contudo, reconheceu que o "processo poderá ser um pouco mais demorado
já que estão em causa negociações bilaterais" entre a União Europeia e
estes países.

Previsões? Torres Paulo admite apenas que, no "espaço de um ano e
meio, os empresários possam estar a vender para o mercado americano".

União fez a força
"Em Portugal não é difícil associar as pessoas o que é difícil é fazer
coisas em comum". A conclusão é de Torres Paulo quando questionado
sobre o segredo do sucesso da ANP que projectou Portugal para o 5º
lugar no 'ranking' dos maiores produtores europeus, e um dos dez
maiores a nível mundial.

A associação surgiu há 20 anos no âmbito do processo de Denominação de
Origem Protegida (DOP) para a pêra rocha com o objectivo de unir toda
a fileira, desde a produção até à comercialização, para a partir daí
coordenar e incentivar uma política de qualidade que define a pera
rocha do Oeste. A associação é responsável pela produção de 11.000
hectares de pêra, o que representa 81% da produção nacional. Das 28
empresas associadas da ANP, 21 são organizações de produtores e 24 são
empresas com central fruteira e quatro comerciantes de fruta.

http://economico.sapo.pt/noticias/pera-rocha-prepara-entrada-em-marrocos_165834.html

Agência Portuguesa do Ambiente diz que Douro deve ser mais eficiente em termos de rega

Redação, 31 mar - A Agência do Ambiente espera um aumento de
eficiência da rega no Douro para abranger uma maior área, que permita
contrariar a redução de afluência de água prevista pelo plano
hidrológico do Douro espanhol, disse aquela entidade.
Lusa
ÚLTIMA HORA
13:12 - 31 de Março de 2013 | Por Tiago Dias
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Redação, 31 mar - A Agência do Ambiente espera um aumento de
eficiência da rega no Douro para abranger uma maior área, que permita
contrariar a redução de afluência de água prevista pelo plano
hidrológico do Douro espanhol, disse aquela entidade.

Em mensagem escrita enviada à Lusa, a APA referiu que "o aumento de
área regada no plano do Douro pode ocorrer com aumento de eficiência
de rega, e é uma exigência das regras comunitárias (veja-se a Política
Agrícola Comum em fase final de aprovação)", algo que é "não só
desejável como viável" nos próximos anos.

Na edição de sábado do Jornal de Notícias, o diário escrevia que o
plano hidrológico do Douro, aprovado pelo Conselho espanhol da Água na
passada terça-feira, vai levar a um aumento de 35,6% da área de
regadio do lado Este da fronteira, "fazendo diminuir as afluências de
água a Portugal".

O resumo não técnico do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do
Douro, datado de agosto do ano passado, apontava para uma "redução de
14% das afluências provenientes de Espanha, entre 2015 e 2027, por via
do aumento dos regadios", bem como para uma "taxa de utilização dos
recursos hídricos na parte espanhola da região hidrográfica do Douro
perto do limite considerado como aceitável internacionalmente".

Além disso, o mesmo documento alertava para a "escassez de água para
consumo humano e atividades económicas devido ao insuficiente
armazenamento, sendo os concelhos de Bragança, Carrazeda de Ansiães e
Vila Pouca de Aguiar os mais afetados".

A APA salientou que "os planos são cenários e a sua concretização
passa pelo acompanhamento e negociação dentro do fórum próprio
bilateral que é a Convenção de Albufeira", sublinhando que o horizonte
de 2027 é "uma declaração de intenções quanto a potenciais
necessidades", levando a que as metas traçadas dos dois lados da
fronteira sejam "necessariamente revisitadas".

O Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Douro foi publicado em
Diário da República no passado dia 22 de março e propõe 216 medidas,
num investimento que, em dezembro, estava estimado em 372 milhões de
euros.

PUB

Por seu lado, o plano hidrológico espanhol destinado à bacia do Douro
tem um investimento previsto de 1.497 milhões de euros, com 371 para
saneamento, 360 para modernizar regadios e 351 para as infraestruturas
hidráulicas, de acordo com comunicado do Ministério espanhol da
Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente.

"O maior esforço do plano do Douro centra-se nas medidas de redução de
descargas de águas residuais e a contaminação difusa, fortalecendo os
sistemas de depuração de descargas urbanas e industriais e a aplicação
de boas práticas agrárias", acrescentou, na semana passada, o Governo
espanhol.

A região hidrográfica do Douro integra um espaço internacional de
79.000 quilómetros quadrados, dos quais cerca de 19.000 se encontram
em território português, de acordo com o plano publicado em Diário da
República.

"A agricultura é o maior consumidor de água, sendo responsável por
cerca de 81% das necessidades totais da região. Segue-se o setor
urbano, com um peso de cerca de 17% das necessidades de água totais e
a indústria, com um peso de 1,3%", acrescenta o documento.

TDI (PLI) // PMC

Noticias Ao Minuto/Lusa

http://www.noticiasaominuto.com/ultima-hora/58663/ag%C3%AAncia-portuguesa-do-ambiente-diz-que-douro-deve-ser-mais-eficiente-em-termos-de-rega#.UVhMCBy86C0

ACOS-Agricultores do Sul assume Direcção do CEBAL…

Regional | 19:07 | 28-03-2013


A ACOS – Agricultores do Sul ganhou a presidência da Direcção do
CEBAL, nas eleições para os seus órgãos sociais para o triénio
2013-2015, realizadas recentemente.

Claudino Matos, em representação da ACOS – Agricultores do Sul,
substitui o antigo presidente da Direcção do CEBAL, Jorge Pulido
Valente, que em representação da Câmara de Beja passa agora a presidir
a Assembleia-geral.

Vito Carioca, em representação do Instituto Politécnico de Beja, foi
eleito vice-presidente da Direcção do CEBAL e a tesouraria ficou
entregue a Rui Marreiros, que representa a EMAS de Beja.

Os dois vogais da Direcção são José Filipe Guerreiro dos Santos, em
representação da EDIA e Carolina Silvestre Ferreira, em representação
do Vale da Rosa, Sociedade Agrícola, S.A. .

O Conselho Fiscal é presidido pelo general Manuel Monge.

Ana Elias de Freitas

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/53326

Governo adiou concursos para liderança das CCDR

MARGARIDA GOMES

29/03/2013 - 00:00

No Norte, Agostinho Branquinho deixou de ser opção para liderar
comissão de coordenação de desenvolvimento regional.

A comissão de coordenação do Norte aguarda novo presidente NELSON GARRIDO


O Governo adiou para o final do ano os concursos públicos para a
escolha dos novos presidentes das comissões de coordenação de
desenvolvimento regional (CCDR) que estavam previstos para Maio.

O adiamento foi proposto pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do
Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).

O presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção para a
Administração Pública (CRESAP), João Bilhim, confirmou ao PÚBLICO que
foi apresentado pelo MAMAOT um pedido de adiamento dos concursos
relativos às CCDR.

Na base do adiamento está o facto de 2013 ser o ano de preparação do
próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) de 2014/2020, no valor de
cerca de 19 mil milhões de euros, e dos seus programas operacionais
regionais, bem como a necessidade de manter uma boa execução do actual
QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional). Daí que a realização
de concursos públicos nesta altura, dizem os autarcas, poderia criar
instabilidade nas CCDR.

No caso da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
(CCDRN), contudo, é provável que o Governo não espere pelo concurso e
opte por uma nomeação já. Desde meados de Fevereiro, quando morreu
Duarte Vieira, que a presidência da CCDRN é assegurada por Carlos
Neves, um militante do CDS.

O primeiro-ministro tem sido pressionado por autarcas da região e
dirigentes do PSD para que o Governo indique já alguém, para não
comprometer a preparação do novo QCA. Os autarcas aludem à importância
que a CCDRN tem na região, sendo responsável pela gestão de fundos do
QREN da ordem dos 2,7 mil milhões de euros.

O presidente da CRESP, João Bilhim, adverte para as leituras que podem
ser feitas, caso o Governo opte por uma nomeação em regime de
substituição, uma vez que, sublinha, a realização do concurso público
para a escolha do novo presidente demora "apenas" 25 dias. Para João
Bilhim, o recurso a essa solução será "difícil de justificar", do
ponto de vista político.

Afastada parece estar a nomeação para a CCDRN de Agostinho Branquinho,
que alguns membros do Governo e autarcas consideram não ter o perfil
adequado para o lugar.

As razões para Passos Coelho recusar o nome de Branquinho, que foi
sugerido pelo líder da distrital do Porto do PSD, Vírgilio Macedo, têm
a ver com a relação de Agostinho Branquinho com a Ongoing, envolvida
em polémicas sobre as suas relações com os serviços secretos e com os
meios políticos e governativos. Branquinho liderou a Ongoing Brasil,
entre 2010 e 2012, e foi também responsável, através da empresa que
detinha, pela comunicação do programa Foral (Formação para as
Autarquias Locais). O Foral foi tutelado por Miguel Relvas, então
secretário de Estado da Adminsitração Local, e foi implicado em
suspeitas de favorecimento de uma empresa administrada por Passos
Coelho: a Tecnoforma.

http://www.publico.pt/local-porto/jornal/governo-adiou-concursos-para-lideranca-das-ccdr-26300764

Figo-da-índia está na moda

Planta, até agora selvagem, ganha dimensão comercial no país



Versatilidade do cato decisiva na aposta
D.R.
30/03/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo

Habituámo-nos a ver o figo-da-índia em estado selvagem, nas beiras dos
caminhos, mas está em transição avançada para um uso agrícola e
comercial cujo desempenho começa a surpreender.

Afinal, é um cato suculento de onde tudo se aproveita, depois de
vencida a agressividade dos picos. Certo é haver já um grupo de 60
amigos do figo-da-índia que se constituíram em associação (APROFIP),
com sede em Alcoutim, embora ainda só 15 tenham optado pelo cultivo
profissional, com uma média de 5 a 10 hectares por exploração, revela
José Alves, vice-presidente da associação e consultor agrónomo para o
cultivo da planta.

A prova de ser tudo muito recente reside na idade da exploração mais
antiga: tem quatro anos, quase o tempo necessário para a planta
atingir a maturidade. É em Sesimbra. Para a maior parte dos produtores
ainda se trata apenas uma atividade acessória, mas promissora, dada a
multiplicidade de usos viabilizados pela planta, bem conhecida da
civilização Azteca, a ponto de se manter como um dos símbolos na
bandeira do México. Estima-se que tenha chegado à Europa por volta do
séc. XVI, nessa altura, com especial importância em Espanha.

Cultiva-se como quem planeia um campo de plantas em fila, com as
palmas semi-enterradas que depois se multiplicam até formarem o
arbusto como o conhecemos. Também dá para sebes, além de ter a nobre
missão de evitar a erosão dos solos ou permitir a sua recuperação e
também como corta-fogo. Dá-se bem com o calor, mas é hipersensível às
temperaturas negativas.

A colheita, entre agosto, setembro (principalmente) e outubro, é a
fase mais arrojada para os produtores: são precisas luvas especiais,
óculos e roupa de proteção. Tem de ser de madrugada, enquanto os picos
estão húmidos (com o calor, os poros presentes na casca do fruto
dilatam e assim eles saem com mais facilidade), e a favor do vento,
para não existir a possibilidade de os picos voarem em direção à
pessoa que está a colher. O fruto apanha-se com um pouco de cato, mas
tem de ser submetido aos cuidados de uma máquina para ficar sem picos.
Daí vai para câmaras frigoríficas para melhor se conservar. Chega ao
mercado fresco ou segue para transformação.

Os frutos dão para a alimentação humana - estão à venda frescos nas
grandes superfícies junto dos frutos exóticos -, em compotas, sumos,
vinho, xaropes, barras de frutos e óleo de bagaço, mas também dão para
produzir bioetanol. A própria flor é comestível e seca dá para
infusões. Já as palmas, além de poderem ser usadas em compotas, sumos
e picles, também dão para a produção de biogás, espessantes, corantes
e forragem para animais. Há quem aproveite as características dos
compostos na construção como elementos de ligantes. Até o parasita seu
hospedeiro, a cochonilha, é usado como pigmento, para acentuar a cor
vermelha a refrigerantes, por exemplo. Atrai igualmente abelhas, com
efeitos garantidos na polinização e produção de mel. Já as sementes
podem ser usadas para a extração de óleo com fins cosméticos.

Em Portugal, apesar da apetência espontânea da planta pelos climas
áridos e semi-áridos, estão em estudo produções em Guimarães,
Mirandela e Castelo Branco, mas serão exceções face às soluções já
implementadas mais a sul. Há o caso de Serpa, onde há três
explorações. Numa delas fazem-se doces e compotas. Em Arraiolos,
existirá uma unidade de transformação para a extração de polpa dos
frutos e óleo das sementes. Em Portalegre produzem-se forragens, e em
Sesimbra dedicam-se ao fruto em fresco, às flores secas, licores e
compotas.

No último outubro até houve o Festival do Figo da Índia, em Portimão,
um sinal da boa fibra que está a contagiar produtores e simpatizantes.

A primeira exploração em Portugal

Quando em 2008 Mário Gonçalves se apercebeu que o país ia por "um rumo
menos saudável", decidiu seguir o caminho do figo-da-índia, que o
haveria de levar a Itália, o país europeu da atualidade com mais
conhecimento da cultura. Contactados vários pomares sicilianos, obteve
o "know how" e importou as espécies a explorar no hectare que tinha
em Sesimbra.

Criou a Cactacea e teve de lidar com o espanto de quem via a terra de
cultivo ser ocupada por uma planta silvestre. Superou as críticas com
a convicção de ter feito a opção correta. Criou uma máquina para
limpar a fruta, investiu nas câmaras frigoríficas e na transformação:
faz compotas, licores e seca as flores para infusão. Cultiva quatro
variedades e trata delas apenas com a ajuda da família. Aos 47 anos,
tem a sensação de dever cumprido por ver que conseguiu credibilizar a
produção. Foi, aliás, um dos fundadores da APROFIP. "Posso morrer
descansado porque contribuí com algo diferente para a agricultura
portuguesa", sintetiza.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO129799.html?page=0

São roubados cada vez mais alimentos nos supermercados

ECONOMIA



Dados da PSP podem indiciar que as mudanças no espaço de um ano podem
ser um reflexo da crise

Por: tvi24 / FC | 2013-03-30 23:04

Há menos roubos nos supermercados, mas a crise fez com que no ano
passado os artigos de higiene pessoal e alimentos representassem os
maiores furtos. Os dados são da PSP e revelam uma ligeira descida.

Quando comparado o número de queixas de 2012 com 2011, elas desceram
2%, mas o que mais se nota são as alterações quanto ao tipo produtos.
Se em 2011 o maior número de queixas dizia respeito aos carteiristas,
em 2012 o caso mudou de figura. As participações são principalmente
por furtos de produtos de higiene e produtos alimentares.

A lista divulgada pela PSP sobre as queixas de 2012 revela que: o
maior número foi para artigos de higiene pessoal, em segundo lugar os
produtos alimentares, em terceiro os carteiristas, em quarto os
artigos de eletrónica e em quinto lugar as bebidas alcoólicas.
.
Em 2011 o cenário era diferente: em primeiro surgiam os carteiristas,
em segundo os artigos de higiene pessoal, em terceiro as peças de
vestuário, em quarto os produtos alimentares e em quinto produtos
diversos.

Dados que podem indiciar que as mudanças no espaço de um ano podem ser
um reflexo da crise que está a levar mais gente a cometer crimes em
superfícies comerciais por necessidades financeiras.

http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/supermercado-alimentos-tvi24/1434628-6377.html

Dois livros importantes

Miguel Mota

Em 16 de Novembro de 2011, a Estação Agronómica Nacional,
então já oficialmente extinta, completou 75 anos de vida.


Remando contra a maré, pois se estava no período de destruição da
investigação agronómica do Ministério da Agricultura, um pequeno grupo
de jovens investigadores, liderados por Pedro Reis e Paula Coelho,
decidiu comemorar esse aniversário com dois livros, o primeiro com
relato dos trabalhos realizados pelos diferentes departamentos e o
segundo com uma breve história da Estação e com as biografias de um
certo número do que designaram "Investigadores de Referência da EAN.
Biografias". O primeiro livro, "Agrorrural. Contributos científicos",
foi editado em 2012 e o segundo "História e Memórias da Estação
Agronómica Nacional. 75 anos de Actividade", apresentado em 20 de
Março de 2013.


São duas obras que considero importantes porque temos ali um relato do
que foi feito nessa instituição, que foi o primeiro grande laboratório
de investigação científica do estado português, tão bem delineado e
posto em execução que serviu de modelo a todos os que, noutros
sectores, se lhe seguiram. O primeiro dos quais, nascido dez anos mais
tarde, foi o prestigiado Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que
também tanto deu ao país e que hoje é uma sombra do que foi.


Estes dois volumes, editados pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda,
seguiram-se ao que foi editado no 50º aniversário, modestamente
impresso nas velhas máquinas de off set da instituição, já nessa
altura a sofrer destruição e em grande penúria financeira. Tem, no
entanto, a vantagem de ter a lista completa de todas as publicações
científicas do organismo até essa data (1986).


Além das acções de destruição dos seus organismos, a investigação
agronómica tem sido objecto, aos longo das últimas décadas, de
intensas acções a denegri-la e a tentar ignorar o que foi feito e o
muito que deu ao país, da parte de entidades e de instituições com
grandes responsabilidades. Por isso é importante que estes volumes
sejam divulgados, para que os portugueses tenham uma boa ideia do
contraste entre o antes e o agora e conheçam melhor as razões e os
responsáveis de o país estar como está.


Em Elvas existe um outro importante organismo de investigação
agronómica, desde que, em 1942, foi criada a Estação de Melhoramento
de Plantas, hoje oficialmente extinta e com outro nome. Tive a honra e
o prazer de ali trabalhar durante uma meia dúzia de anos, há muito
tempo. Bem gostaria que, entre os investigadores que lá estão,
houvesse quem quisesse levar a cabo uma tarefa semelhante e editasse
um livro comemorativo dos 70 anos que se completaram em 2012. Creio
que a Câmara Municipal não deixaria de apoiar essa publicação, pois
foi a Estação de Melhoramento de Plantas que pôs Elvas no roteiro da
ciência, como se prova com os vários cientistas estrangeiros que a
visitaram, um deles laureado com o Prémio Nobel.


http://clubedospensadores.blogspot.pt/2013/03/dois-livros-importantes.html