Redação, 31 mar - A Agência do Ambiente espera um aumento de
eficiência da rega no Douro para abranger uma maior área, que permita
contrariar a redução de afluência de água prevista pelo plano
hidrológico do Douro espanhol, disse aquela entidade.
Lusa
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13:12 - 31 de Março de 2013 | Por Tiago Dias
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Redação, 31 mar - A Agência do Ambiente espera um aumento de
eficiência da rega no Douro para abranger uma maior área, que permita
contrariar a redução de afluência de água prevista pelo plano
hidrológico do Douro espanhol, disse aquela entidade.
Em mensagem escrita enviada à Lusa, a APA referiu que "o aumento de
área regada no plano do Douro pode ocorrer com aumento de eficiência
de rega, e é uma exigência das regras comunitárias (veja-se a Política
Agrícola Comum em fase final de aprovação)", algo que é "não só
desejável como viável" nos próximos anos.
Na edição de sábado do Jornal de Notícias, o diário escrevia que o
plano hidrológico do Douro, aprovado pelo Conselho espanhol da Água na
passada terça-feira, vai levar a um aumento de 35,6% da área de
regadio do lado Este da fronteira, "fazendo diminuir as afluências de
água a Portugal".
O resumo não técnico do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do
Douro, datado de agosto do ano passado, apontava para uma "redução de
14% das afluências provenientes de Espanha, entre 2015 e 2027, por via
do aumento dos regadios", bem como para uma "taxa de utilização dos
recursos hídricos na parte espanhola da região hidrográfica do Douro
perto do limite considerado como aceitável internacionalmente".
Além disso, o mesmo documento alertava para a "escassez de água para
consumo humano e atividades económicas devido ao insuficiente
armazenamento, sendo os concelhos de Bragança, Carrazeda de Ansiães e
Vila Pouca de Aguiar os mais afetados".
A APA salientou que "os planos são cenários e a sua concretização
passa pelo acompanhamento e negociação dentro do fórum próprio
bilateral que é a Convenção de Albufeira", sublinhando que o horizonte
de 2027 é "uma declaração de intenções quanto a potenciais
necessidades", levando a que as metas traçadas dos dois lados da
fronteira sejam "necessariamente revisitadas".
O Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Douro foi publicado em
Diário da República no passado dia 22 de março e propõe 216 medidas,
num investimento que, em dezembro, estava estimado em 372 milhões de
euros.
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Por seu lado, o plano hidrológico espanhol destinado à bacia do Douro
tem um investimento previsto de 1.497 milhões de euros, com 371 para
saneamento, 360 para modernizar regadios e 351 para as infraestruturas
hidráulicas, de acordo com comunicado do Ministério espanhol da
Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente.
"O maior esforço do plano do Douro centra-se nas medidas de redução de
descargas de águas residuais e a contaminação difusa, fortalecendo os
sistemas de depuração de descargas urbanas e industriais e a aplicação
de boas práticas agrárias", acrescentou, na semana passada, o Governo
espanhol.
A região hidrográfica do Douro integra um espaço internacional de
79.000 quilómetros quadrados, dos quais cerca de 19.000 se encontram
em território português, de acordo com o plano publicado em Diário da
República.
"A agricultura é o maior consumidor de água, sendo responsável por
cerca de 81% das necessidades totais da região. Segue-se o setor
urbano, com um peso de cerca de 17% das necessidades de água totais e
a indústria, com um peso de 1,3%", acrescenta o documento.
TDI (PLI) // PMC
Noticias Ao Minuto/Lusa
http://www.noticiasaominuto.com/ultima-hora/58663/ag%C3%AAncia-portuguesa-do-ambiente-diz-que-douro-deve-ser-mais-eficiente-em-termos-de-rega#.UVhMCBy86C0
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