Presidente do IVV diz que exportação vai bem graças à promoção fora da
Europa, onde as vendas estão bastante fortes e consolidadas
Frederico Falcão, presidente do IVV
D.R.
02/04/2013 | 15:48 | Dinheiro Vivo
Portugal ultrapassou a barreira dos 700 milhões de euros, em 2012, na
exportação de vinho. Um marco que acontece pela primeira vez, graças à
aposta de muitos produtores que se viraram para novos mercados, além
Europa, também em crise, associada a uma forte promoção, de que é
exemplo a Wines of Portugal.
Ao Dinheiro Vivo, Frederico Falcão, presidente do Instituto da Vinha e
do Vinho (IVV), explica a estratégia deste sector.
As exportações passaram a barreira dos 700 milhões de euros. Qual a
previsão para 2013?
É difícil prever, mas a expetativa que temos traçada é de crescimento
de 10% ao ano.
Na base destes resultados está a promoção. Em que mercados prioritários?
Fora da Europa, Canadá, EUA, Brasil, Angola. China, Rússia, Suíça,
depois uma série de novos países como o México, Moçambique, Japão.
De que modo é feita essa promoção?
Temos várias medidas e pacotes, que consome em termos de fundos
comunitários entre 9 milhões e 10 milhões de euros. Apoiamos cerca de
50% de investimento aos produtores e associações, havendo depois uma
majoração de apoios até 80% para países de mercados terceiros. Com o
programa do IVV, para 2013, estão previstos 3 milhões de euros.
Os prémios são também uma forma de ajudar a alcançar esses resultados?
São muito importantes. Portugal começa a ter uma quota importante no
que toca a prémios de concursos, alguns muitos importantes como o
alemão Berliner Wein Trophy [de onde trouxe 64 medalhas]. Na China
[onde conquistou 78 medalhas, nos CWSA] também começa a haver prémios.
Alguns relativos à relação qualidade-preço, mas quando se exclui o
preço, na qualidade os vinhos portugueses também vão bastante bem.
Quais as prioridades do sector para 2013 e anos seguintes?
Reestruturação das vinhas, renovar as castas, porque ainda há vinhas
com castas menos interessantes, retirar as mais velhas para obter não
só qualidade como quantidade. Acresce a isto a promoção como temos
vindo a fazer até aqui, já que na parte tecnológica e capacidade de
engarrafamento Portugal vai bem.
É este um sector que, definitivamente, pode ajudar Portugal a recuperar?
O sector do vinho é um sector muito ativo. Tem vindo a crescer de
forma exponencial, muito graças ao investimento que tem sido feito na
promoção nos mercados fora da Europa, onde as exportações estão
bastante fortes e consolidadas. E mantendo este ritmo, acredito que é
sector extremamente importante na recuperação do país.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO133809.html?page=0
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