quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Portugal tem um novo sinal de trânsito: “Atenção, linces”


RICARDO GARCIA 16/12/2014 - 07:38
Para reduzir o risco de atropelamentos, a libertação dos linces em Mértola está a ser rodeada de cuidados adicionais.


Sinal que alerta para a presença de lincesDR

O pior que pode acontecer a Katmandu e >i>Jacarandá, o casal de linces ibéricos que será libertado esta terça-feira no concelho de Mértola, numa iniciativa inédita no país, é um dia virem a ser atropelados. Este risco real é uma das maiores apreensões que envolvem o programa de reintrodução desta espécie em Portugal, que entra agora numa fase decisiva, com a libertação de dez animais nos próximos oito meses no vale do Guadiana.

"A nossa principal preocupação de facto é a questão dos atropelamentos, que é a principal causa de mortalidade em Espanha", afirma o secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto.

Outrora abundante, a espécie Lynx pardinus tinha quase desaparecido da Península Ibérica – o único lugar onde existe – ao longo do século XX, até se transformar no felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo. Nos últimos dez anos, a sua população voltou a crescer em Espanha, através de um plano de reintrodução conjunto com Portugal.

Mas os animais regressaram a um território modificado, com mais estradas e maior circulação de automóveis. Em Espanha, o número de linces atropelados subiu de nove em 2012 para 14 em 2013, e este ano a conta já vai em 20. O último caso foi o de Ketamina, uma fêmea nascida em Portugal, no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves, e libertada em Julho passado na Extremadura espanhola. Teve apenas três meses de vida selvagem. Em Outubro, morreu sob as rodas de um automóvel, perto de Badajoz.

Para reduzir o risco de atropelamentos, a libertação dos linces em Mértola está a ser rodeada de cuidados adicionais. Um deles é a instalação de placas específicas de sinalização nas estradas da região. Na verdade, trata-se de um novo sinal de trânsito, para alertar para a presença de animais. Ao invés de um gamo ou de uma vaca, como os que figuram nos sinais já existentes, neste caso o contorno é o da face de um lince ibérico. O novo sinal, segundo o Ministério do Ambiente, já foi homologado, embora a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária tenha informado o PÚBLICO de que o processo de autorização não está ainda completamente concluído.

Os sinais foram  instalados nos pontos considerados de maior perigo, identificados a partir de registos de atropelamentos de outros animais. A preparação também inclui a limpeza das bermas, para melhorar a visibilidade dos condutores e afastar os animais da estrada.

Só dentro de algumas semanas é que os linces Katmandu e Jacarandá de facto correrão riscos. Serão soltos primeiro numa área cercada com dois hectares, onde permanecerão em adaptação até serem finalmente libertados na natureza, possivelmente dentro de um mês.

Jacarandá, a fêmea, nasceu em 2012 no centro de reprodução de Silves, uma de três crias do casal Flora e Foco. Já Katmandu, o macho, nasceu em 2013 em Zarza de Granadilla, onde fica um dos quatro centros espanhóis de reprodução de lince ibérico. Os nomes dados aos animais no programa luso-espanhol seguem uma ordem alfabética regular, com a mesma inicial para todas as crias nascidas num mesmo ano.

Por pouco os dois linces não ficam em Portugal. Há uma programação para a libertação das crias dos cinco centros de reprodução. Em Silves, já nasceram 58 e outros 28 por lá passaram, provenientes de Espanha. De todos estes, 38 foram libertados do outro lado da fronteira e 22 morreram. "Este ano havia um conjunto de animais reservado para serem soltos em Portugal. Se não fossem reintroduzidos cá, seriam em Espanha", afirma o secretário de Estado da Conservação da Natureza. "Vínhamos há meses a acompanhar a situação no terreno para ver se isto seria possível ou não", completa.

Linces no zoo
A ideia inicial era realizar a operação no princípio do Verão. Mas as populações de coelho bravo, o principal alimento do lince, não tinham recuperado da razia que a doença hemorrágica viral lhes causara no ano passado.

Em Mértola, o secretário de Estado assegura que a situação agora é favorável. "Em Agosto/Setembro, dados no terreno indicavam que na zona onde vamos reintroduzir o lince tínhamos valores superiores a 3,5 coelhos por hectare, sendo que o mínimo que está definido para podermos pensar na reintrodução são dois coelhos por hectare", explica. A temporada de caça pode ter reduzido a concentração de coelhos, mas apenas ligeiramente, segundo Miguel de Castro Neto.

Depois de Katmandu e Jacarandá, quatro outros casais serão libertados no vale do Guadiana, um a cada dois meses. Numa segunda fase, está prevista a libertação de mais linces na região de Moura-Barrancos. Só numa terceira fase, se as condições forem favoráveis, é que a mesma operação será realizada na serra da Malcata, região a que ficou associado o lince na cultura popular, devido a uma campanha pioneira pela sua preservação há quase 40 anos.

Um predador ameaçado


     
Sónia Balasteiro   Sónia Balasteiro, | 17/12/2014 20:46:00 1163 Visitas   
Há cerca de 300 lobos em Portugal
DR
Um predador ameaçado 
As últimas notícias de ataques a gado perto de povoações tornaram  o maior carnívoro ibérico ainda mais temido. Mas, garantem os especialistas, neste conflito antigo é o lobo que mais teme o ser humano que o deixou à beira da extinção.

O lobo 'Mouro' captado por uma câmara de vigilância durante a sua viagem de 60 km até às encostas de Santa Luzia e Serra d'Arga, em Viana do Castelo
'Mouro' andou 60 km «em linha recta» para chegar à Serra d' Arga e às encostas de Santa Luzia, a poucos quilómetros de Viana do Castelo. Conseguiu chegar a estas  montanhas em Fevereiro de 2013, após ter ultrapassado obstáculos que costumam ser mortais para a maioria dos lobos. 

Depois de ter sido expulso da sua alcateia, 'Mouro' foi obrigado a migrar. E, desde Castro Laboreiro, no Alto Minho, este lobo «atravessou todo o Vale do Vez, uma área fortemente humanizada,  passou pela A3 e, depois, pelo IC28», conta Helena Rio Maior, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/InBio) da Universidade do Porto.

'Mouro' é um dos cinco lobos ibéricos da alcateia que se instalou entre Santa Luzia e a Serra d'Arga, entre a cidade e o mar, e que, nas últimas semanas, foram notícia por atacar rebanhos nas aldeias próximas de Viana do Castelo. Os investigadores sabem exactamente por onde andou este lobo porque Mouro é um dos 15 animais marcados por telemetria desde 2007, através de um programa de monitorização da espécie executado pelo CIBIO e apoiado pela Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI). 

Mas, dos 15 lobos marcados com GPS no âmbito do programa para a conservação da espécie,  apenas nove sobreviveram durante o período de 18 meses em que foram seguidos - lamentam as organizações envolvidas na conservação do maior carnívoro português, actualmente em vias de extinção e com um território reduzido ao Norte e Centro do país.  «Já suspeitávamos que o conflito com o homem implicava taxas de mortalidade bastante elevadas para os lobos, mas nunca imaginámos que fosse tanto», lamenta Helena Rio Maior, que investiga o lobo ibérico há 12 anos, e está a realizar uma tese de doutoramento sobre a espécie.

Falta fiscalização
O primeiro lobo marcado a morrer, conta a especialista, foi abatido a tiro. Um outro morreu envenenado, dois foram capturados em laços (que os caçadores destinam geralmente aos javalis) e os últimos foram, também, abatidos a tiro: «O furtivismo é uma das maiores ameaças à conservação da espécie», nota a bióloga. 

A escassez de presas selvagens - o lobo alimenta-se de animais como o javali, o corço e o veado - é outra das grandes ameaças, nota Helena Rio Maior.

É por isso que o lobo desce às povoações: vai à procura de presas fáceis, ou seja, de animais domésticos desprotegidos. «A chave para a conservação do lobo e para uma maior protecção do gado seria uma fiscalização apertada para controlar o furtivismo, o que teria como consequência um aumento das presas selvagens e das presas silvestres», explica, acrescentando: «Um maneio do gado com métodos de protecção rigorosos permitiria diminuir os ataques aos animais domésticos e, desta forma, o conflito homem-lobo». Outra grande ameaça é a destruição do habitat natural do lobo.

Há cerca de 300 lobos
em Portugal
Mas o pior 'pesadelo' com que se deparam estes animais - sobretudo os da alcateia das serras d'Arga e Santa Luzia, a que 'Mouro' se juntou - é mesmo o ser humano. E é um inimigo devastador. Tanto que deixou o lobo em vias de extinção.

Segundo os últimos censos, já de 2002-2003, a população destes animais foi estimada em apenas cerca de 300 em território nacional. Em média, especifica Helena Rio Maior, cada alcateia tem seis  indivíduos a norte do Douro e 4,5 a sul.

As notícias sobre a aproximação deste predador às populações - apesar «de ser extremamente tímido» e «temeroso do ser humano» - não ajudaram a espécie, já de si mal-amada pelos pastores, diz, por seu lado, Sílvia Ribeiro, do Programa Cão de Gado (ver caixa): «Os lobos não são perigosos para o homem, não atacam humanos. Pelo contrário, têm medo deles», garante a responsável. 

Os lobos aproximam-se das povoações apenas para procurar alimento e «muitas vezes as pessoas confundem-nos com cães vadios». «A verdade é que, quando os prejuízos são causados por lobos, há direito a indemnização, por se tratar de uma espécie protegida», acrescenta Sílvia Ribeiro.

Os testes de ADN realizados pelo Grupo Lobo às carcaças de gado deixadas na zona de Almeida, por exemplo, mostram que, por vezes, o predador não é o lobo, mas cães vadios. 
De qualquer modo, «é importante», insiste Sílvia Ribeiro, que «os proprietários de animais voltem a ter velhos cuidados de protecção dos seus rebanhos ou manadas».


França apresenta plano de proteínas vegetais

17-12-2014 
 

 
O ministro francês da Agricultura, Stephan Le Foll, apresentou o novo plano para o desenvolvimento de culturas proteaginosas e, desta forma, reduzir a dependência com o exterior.

O anúncio coincidiu com a fusão das interprofissionais francesas de culturas proteaginosas UNIP e de oleaginosas ONIDOL, dando lugar a uma interprofissional de culturas oleo-proteaginosas.

O plano francês é constituído por três eixos. Um primeiro para promover as culturas deste tipo e reforçar a autonomia das exportações pecuárias, mobilizando fundos em forma de diversas ajudas.

Uma ajuda associada, com um orçamento toral de 49 milhões de euros, repartidos por proteaginosas, com 35 milhões de euros; soja, com seis milhões e leguminosas forrageiras desidratadas, com oito milhões de euros.

Pagamento verde da política agrícola comum (PAC), que estabelece a obrigatoriedade de rodar três culturas nas explorações com mais de 30 hectares, com maior destaque para as proteaginosas. Além disso, cinco por cento da superfície arável deve ser de interesse ecológico e o cultivo de leguminosas tem esta consideração.

Dirigir ajudas às leguminosas forrageiras, de um total de 98 milhões de euros destinados à sua produção em explorações pecuárias, ajudas de quatro milhões de euros associadas à produção de sementes de leguminosas forrageiras; ajudas agro-ambientais e outras medidas dentro dos programas de desenvolvimento rural e, por último, o Programa Ambição 2017, cujo objectivo é duplicar a superfície de culturas biológicas em 2017.

O segundo eixo de actuação é o desenvolvimento da investigação e formação. O terceiro visa melhorar as relações, aumentando a interlocução com a interprofissional de oleo-proteaginosas e com o sector dos cereais.

Fonte: Agrodigital


Primeiro hotel vínico na região dos vinhos verdes

17-12-2014 
 

O primeiro hotel vínico da região dos vinhos verdes está a ser construído pela Quinta da Lixa, entre Amarante e Felgueiras, e vai dar emprego a 26 pessoas, adiantou à Lusa fonte do projecto.

Óscar Meireles, administrador da empresa com sede na Lixa, Felgueiras, explicou que a região «vai passar a contar com o primeiro hotel de charme», com uma ligação directa à vitivinicultura, através da Quinta da Lixa, um dos maiores produtores e exportadores de vinho verde.

«A ideia é criarmos sinergias em torno da nossa marca. O hotel era a ferramenta que nos faltava», afirmou, recordando que a empresa está a receber nas suas instalações cerca de 2.600 turistas por ano, em visitas planeadas.

A partir de Abril, observou, os apreciadores do enoturismo poderão contar com alojamento, numa unidade com preocupações ecológicas. Os turistas que regressam da região do Douro em direção ao Porto, a maioria estrangeiros, poderão ser potenciais hóspedes, explicou.

O novo espaço representa um investimento de quatro milhões de euros e estará preparado para proporcionar aos clientes a possibilidade de colher as uvas, podar, vinificar e engarrafar, beneficiando de um conjunto de equipamentos espalhados pela propriedade, incluindo uma adega experimental e sala de provas.

«No hotel, quem quiser, pode ser enólogo por um dia. O turista pode fazer o seu próprio vinho», comentou. A unidade hoteleira, de quatro estrelas, aproveita antigos edifícios de uma propriedade agrícola, designada Quinta de Sanguinhedo, totalmente remodelados, com cerca de 30 hectares, 20 dos quais com vinhas de várias castas.

Aquela área é repartida por territórios dos concelhos de Amarante e Felgueiras, correspondendo às freguesias de Telões e Borba de Godim, respectivamente. A unidade de alojamento designar-se-á "Monverde - Wine Experience Hotel", vai ter 30 quartos, 15 dos quais na casa nascente e 14 na casa poente, para além de um apartamento e equipamentos de apoio, com destaque para um SPA vínico.

A Quinta da Lixa comercializa quatro milhões de garrafas por ano, contando com 76 hectares de vinha. Cerca de 50 por cento da produção destina-se à exportação.

Em 2013, investiu quatro milhões de euros numa nova linha de produção e na aquisição de outra propriedade agrícola. O investimento permitiu triplicar a produção.

Fonte: Lusa

Negociação sobre denominação Alvarinho avançou "mais um bocadinho" - Instituto da Vinha


Lusa
17 Dez, 2014, 20:33

O vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) afirmou hoje que se "caminhou mais um bocadinho" em direção a um acordo sobre denominação de origem do vinho Alvarinho na região dos vinhos verdes.
"Hoje saio mais satisfeito ainda" do que na reunião efetuada há uma semana, acrescentou Toscano Rico, em declarações à agência Lusa, sem, porém, detalhar o que hoje foi conseguido entre os produtores de vinho alvarinho de Monção e de Melgaço e os das restantes sub-regiões do vinho verde.

O IVV e a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) estão a patrocinar uma negociação entre produtores que defendem que Monção e Melgaço devem manter o exclusivo denominação Alvarinho e outros que pugnam pelo seu alargamento a toda região dos vinhos verdes.

Uma das decisões tomadas hoje foi a marcação de uma ronda negocial para 13 de janeiro, sendo que o Ministério da Agricultura, através do IVV, determinou que este processo tem de ficar fechado até 15 desse mês.

O presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, declarou à Lusa que hoje "não houve um avanço significativo", mas referiu que este "é um caminho que está fazendo".

"Há pontos fechados ou muito próximos de ser fechados", acrescentou também.

Toscano Rico e Manuel Pinheiro frisaram que "é preciso ainda trabalhar" até dia 13 de janeiro na procura de um acordo final que seja "vantajoso" para as duas partes e salientaram que há "confiança" para que isso aconteça.

A reunião de hoje "foi muito boa", considerou também António Guedes, administrador da Aveleda e um dos representantes dos produtores que reclamam o alargamento da denominação Alvarinho.

"Não queria muito entrar em pormenores", acrescentou.

A agência Lusa tentou ouvir igualmente o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), Miguel Queimado, mas tal não foi possível. Esta organização é a porta-voz dos representa os produtores de Monção e de Melgaço, os quais temem ser lesados economicamente se perderem o seu exclusivo.

Os produtores que contestam o fim desse exclusivo alegam que "não há motivo para que seja possível fazer Alvarinho DOC (Denominação de Origem Controlada) em todo o país, exceto em 90 por cento da região dos vinhos verdes".

Organização ambiental denuncia agravamento da desflorestação em Moçambique


A organização moçambicana Justiça Ambiental (JA) considerou hoje que a desflorestação em Moçambique continua a agravar-se, apontando a exploração ilegal de madeira, as queimadas descontroladas, a falta de fiscalização e a corrupção como principais causas.

«A exploração ilegal de madeira permanece na sua maioria impune, a corrupção é generalizada, a fiscalização é insuficiente e ineficiente e terá de passar por uma análise integrada e discussões sérias e inclusivas a vários níveis», destaca a JA, no relatório Análise do Sistema de Exploração dos Recursos Florestais em Moçambique, enviado hoje à Lusa.
De acordo com dados oficiais da Direção Nacional de Terras e Florestas do Ministério da Agricultura, citados no relatório, a desflorestação anual em Moçambique está acima dos 219 mil hectares, num país que possui uma área florestal de cerca de 40,6 milhões de hectares.
Diário Digital / Lusa

Associações locais apreensivas com operacionalização do novo DLBC


por Ana Rita Costa
16 de Dezembro - 2014
As associações de desenvolvimento local estão preocupadas com o processo de transição para o novo quadro de Fundos Europeus Estruturais de Investimento (FEEI) e com os dados conhecidos relativamente ao processo e aos montantes financeiros constantes do aviso do "Concurso para a apresentação de candidaturas", referente ao Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC). 

 
Estas preocupações surgiram na Assembleia-Geral da Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, explica a Federação. "Ao nível da transição, a Federação Minha Terra e os seus associados consideram essencial que este processo se desenrole de forma rápida e tranquila, de modo a permitir a continuidade dos processos de desenvolvimento em curso, evitando situações de rutura, com efeitos graves nas economias locais, e permitindo o robustecimento das intervenções existentes, tanto ao nível das parcerias como dos territórios. Atrasos na receção e aprovação das candidaturas dos empreendedores poderão implicar um consequente prejuízo para as economias locais", refere a Minha Terra.

No domínio financeiro, o limite máximo de investimento elegível de 100 mil euros para operações a apoiar via Fundo Social Europeu (FSE) e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) "causa apreensão por ser limitativo face às expetativas de que o DLBC possa contribuir para a criação de emprego e perante a importância de um mecanismo desta natureza para apoiar as necessidades de crescimento e consolidação das empresas nos territórios rurais", conclui.

Portugal quer exportar dois mil milhões em frutas e legumes até 2020


por Ana Rita Costa
16 de Dezembro - 2014
A Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou na passada semana, no âmbito do 3º Simpósio Nacional de Fruticultura (SNF), que Portugal tem como objetivo exportar mais de dois mil milhões de euros em frutas, legumes e flores até 2020.

 
"Estamos a exportar mais de mil milhões de euros em frutas, legumes e flores e em 2020 ambicionamos exportar dois mil milhões de euros. Isso é uma meta extraordinariamente interessante e ambiciosa", apontou a responsável pela pasta da Agricultura.

Assunção Cristas quer que Portugal seja reconhecido como a "joalharia da agricultura", pela qualidade de produtos como a fruta, os legumes, as flores, bem como o azeite e o vinho.

Para além de Assunção Cristas, o 3º SNF recebeu outros dirigentes políticos, como o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, e o eurodeputado José Manuel Fernandes, que referiu que "o setor das frutas e produtos hortícolas tem um volume de negócios superior a 120 mil milhões de euros, empregando aproximadamente 550 mil pessoas."

Detetado surto de gripe aviária em aves selvagens nos EUA


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou, esta terça-feira, um surto de gripe aviária em aves selvagens no condado de Whatcom, no estado de Washington, ressalvando, porém, não haver razão para alerta.
A gripe aviária, do subtipo H5N2, foi detetada em patos, enquanto a estirpe H5N8 em falcões-gerifalte cativos que tinham sido alimentados com aves selvagens caçadas, explicou a USDA numa nota.
«Não foi encontrado o vírus em aves domésticas destinadas a consumo em nenhum lugar dos Estados Unidos. Não há um alerta imediato por causa dessas estirpes de gripe aviária», indicou o departamento.
Diário Digital / Lusa

Cavalo evoluiu geneticamente em função do seu uso pelos humanos


A domesticação dos cavalos provocou mudanças fisiológicas significativas neste animal, surgidas a partir do uso que os humanos fizeram deles, revela um estudo genético internacional.
Os cientistas decodificaram o genoma de antigos cavalos originários da Rússia a partir de ossos fósseis de 16.000 a 43.000 anos de antiguidade, uma era muito anterior à domesticação destes equinos, que remonta há 5.500 anos.
De seguida, compararam estes genomas antigos com os de cinco espécies modernas de cavalos domesticados, assim como com o genoma do cavalo de Przewalski, a única raça selvagem que não se extinguiu e que foi descoberta em 1879 na Mongólia.
Estas comparações mostraram que os cavalos domesticados partilham mais semelhanças genéticas com os seus ancestrais selvagens do que com os Przewalski, que ainda vivem.
Os autores do estudo estimam que entre 13% e 60% do genoma dos cavalos da actualidade provêm de espécies extintas.
Isto quer dizer que as raças domesticadas descendem todas, pelo menos em parte, de antigas populações equinas desaparecidas, concluíram os autores no trabalho publicado nos anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Os cientistas também identificaram o grupo de genes sobre os que teve mais influência a domesticação, em particular aqueles vinculados com a formação muscular, os membros, as articulações e o desenvolvimento do sistema cardíaco.
Isto ilustra as adaptações fisiológicas que aparentemente foram resultado do uso que deram os humanos aos cavalos ao longo dos séculos.
Os pesquisadores também constataram as mutações genéticas vinculadas ao comportamento social do cavalo e as suas capacidades de aprendizagem, o que também reflecte o processo de doma do animal.
Mas o genoma dos cavalos modernos contém, ainda, grande quantidade de mutações genéticas nefastas como resultado da domesticação, que significaram uma grande perda da diversidade genética e a extinção das espécies selvagens.
«Nós, (os humanos) provavelmente tivemos influência nos genes, cujas mutações permitiram transformar o cavalo num animal de transporte», disse a professora Beth Shapiro, chefe do laboratório de paleogenética da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e uma das principais autoras do estudo.
«Pudemos identificar os genes que controlam o comportamento do cavalo e a sua resposta ao medo», disse Ludovic Orlando, professor do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague.
«Estes genes poderiam ser os que transformaram os cavalos de animais selvagens em animais dóceis, como os conhecemos hoje», acrescentou.
Mas todo o processo de domesticação tem um custo se provocar uma acumulação de mutações genéticas que atentem contra a diversidade.
Este fenómeno já foi constatado em plantas cultivadas, como o arroz, e noutros animais, como os cães.
A domesticação do cavalo permitiu revolucionar a civilização e as sociedades humanas, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias, assim como a propagação de ideias, idiomas e religiões.
Os cavalos também revolucionaram a forma de guerrear, com o advento das carruagens e da cavalaria. Além do campo de batalha, também facilitaram a agricultura, acrescentaram os pesquisadores.

UE: Financiamento e ERASMUS para jovens agricultores


17 DE DEZEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
Os jovens agricultores foram uma das prioridades da presidência italiana, presidência que agora termina. A influência geracional na agricultura é essencial em todos os países da UE, se se tiver em conta que os trabalhadores agrários com menos de 35 anos apenas supõe 7,5% do total, enquanto que os que têm mais de 60 anos são 30%.

Por este motivo, a Presidência apresentou na reunião do Conselho de Ministros da Agricultura realizada na passada segunda feira, uma iniciativa de apoio ao jovens, cujas conclusões foram adotadas. As principais linhas da iniciativa são:

- Estabelecer um plano de acesso ao crédito com apoio do Banco Europeu de Investimento;

- Possibilidade de que os Estados membros, com carácter voluntário, possam porporcionar créditos sem juros para que os jovens possam adquirir terras, sempre que possuam a formação adequada e tenham um plano de negócio.

- Reforçar o conceito de Erasmus Agrícola, para facilitar a transferência de conhecimento e inovação, assim como o intercâmbio de informação e experiência profissional. Pode ficar a saber mais sobre um dos programas de erasmus para os estudantes de agronomia aqui: http://www.agrismundus.eu/

 Ler aqui.

Portugal está a abanar o mundo dos vinhos, diz o USA Today

Vinhos do Douro ocuparam três dos quatro primeiros lugares nos 100 melhores vinhos de 2014 da Wine Spectator

Douro é uma das regiões demarcadas mais antigas do mundo
Rui Manuel Ferreira/GI
17/12/2014 | 10:57 |  Dinheiro Vivo
"A melhor região de vinhos? Se está a pensar em Bordeaux, Burgundy ou Napa Valley, talvez seja tempo de pensar outra vez." O artigo do USA Today sobre os vinhos portugueses arranca assim, nem mais nem menos.
O jornal norte-americano explica que, depois de três vinhos do Douro terem ficado nos primeiros quatro lugares dos melhores de 2014 para a revista especializada Wine Spectator, os apreciadores de vinhos deviam pensar em Portugal como um dos países que mais agitam, neste momento, o mundo dos vinhos.
No artigo publicado esta semana pelo jornal USA Today, Paul Symington é um dos protagonistas. "Há muitos superlativos que se podem atribuir ao Douro. Muitos de nós argumentam que esta é a região vitivinícola mais bonita do mundo", diz.
O jornal escreve que, apesar de o Douro ser uma das mais antigas regiões de vinho demarcadas do mundo - que foi considerada Património Mundial pela UNESCO em 2001 -, a reputação dos seus vinhos data dos anos 90 e coincide com a época em que os produtores mudaram os métodos de produção para poderem produzir e comercializar vinhos tintos e brancos de qualidade.
O potencial dos vinhos do Douro, assegura o USA Today, vem da conjugação de fatores de solo com a proximidade do rio. "O Douro tem tudo", explica ao jornal Rui Cunha, professor universiário e enólogo na histórica Quinta da Boavista.
Os vinhos portugueses andam nas bocas do mundo: na semana passada, a BBC já tinha publicado um artigo que destacava a "geração revolucionária de fazedores de vinho portugueses".
Leia aqui o artigo completo publicado no USA Today.

Associações queixam-se de que fundos para a agricultura apoiam projectos que não são sustentáveis

ANA RUTE SILVA 16/12/2014 - 08:25
Agricultores sem experiência e dificuldades de escoamento de produção são o reverso da medalha do regresso aos campos. Novo programa comunitário terá critérios de acesso mais exigentes.

 
Aumento da produção fez cair preços, como aconteceu com o mirtilo JORGE SILVA/ARQUIVO

 Novos fundos para a agricultura têm 15 candidaturas formalizadas
Marta Martins, arquitecta de 31 anos, nunca tinha ouvido falar em hidroponia, um sistema de cultivo feito dentro de estufas e sem uso de solo. Mas quando uma consultora a abordou com a ideia, entusiasmou-se. O pai tinha um terreno disponível, em Almeirim, ela estava desempregada. "Não sabia nada sobre hidroponia nem de agricultura. Não sabia onde e a que preço iria vender a produção. A empresa que fez o projecto, vendeu-me a ideia como sendo uma agricultura de nova geração, fácil, mas com aceitação e valorização no mercado, escoamento garantido. Mostraram números que agradam a qualquer pessoa", conta.

 
O financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), o instrumento financeiro aprovado pela Comissão Europeia para o período de 2007-2013, foi-lhe também apresentado como uma solução "chave na mão". E, de facto, bastaram poucos meses para conseguir 50% de comparticipação, mediante factura, de um investimento global de 150 mil euros. Contudo, quase um ano depois, Marta Martins não consegue ainda tirar um ordenado para si. E, ao contrário do que lhe tinham dito, as alfaces que vende a dois intermediários não são valorizadas face às que são produzidas de forma convencional. "Disseram-me que o produto tinha muita aceitação no mercado, com escoamento garantido, mas a verdade é que tenho muito mais despesa e vendo ao mesmo preço", admite, acrescentando que também falhou "a parte do escoamento". Além disso, as experiências iniciais de cultivo tiveram "muitos azares pelo meio". "Na primeira vez, perdi 21 mil alfaces por erro meu, porque não tinha conhecimento", recorda.

Agricultores sem experiência e dificuldades de escoamento de produção são o reverso da medalha do regresso aos campos, fenómeno que ganhou espaço no discurso político e que, nos anos de crise, tem sido visto como uma alternativa à falta de trabalho. Entre 2009 e 2013, o número de novas empresas no sector disparou 100%, de 783 para 1569. E quase 25% dos projectos financiados pelo Proder são de jovens agricultores, num país que tem os produtores mais velhos da União Europeia (ver texto ao lado).

"Criámos uma imagem na população de que a agricultura é um oásis. Atraiu-se um conjunto de pessoas à terra que não têm condições financeiras, humanas, de solos, para serem agricultores. Mas como acharam que é o que está a dar, fazem os seus investimentos. É uma opção de cada um, mas mais grave é a análise e aprovação dos projectos para financiamento do Proder", critica Domingos dos Santos, presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (Fnop).

A esta organização têm chegado vários pedidos de ajuda. Há quem esteja a plantar culturas em terrenos impróprios, quem não faça as contas ao custo de transporte ou ainda quem venda a produção "a qualquer preço". "Temos de voltar à terra, mas é preciso ser eficiente", defende, acrescentando que na hora de disponibilizar fundos do Proder é preciso "dizer não". "Se eu quiser plantar morangos no centro do País, onde estou distante de qualquer centro de comercialização, posso até ter o melhor solo do mundo, mas se tiver uma produção para 50 caixas, a logística vai-me comer os resultados. Isso tem de ser analisado ", afirma.

Descida dos preços
Outro dos problemas que a viragem ao campo colocou é a descida de preços, impulsionada pelo aumento de produção. Segundo o INE, a superfície agrícola não utilizada caiu 20% face a 2009, apresentando o valor mais baixo desde que há registos estatísticos. Neste cenário de dinamismo, culturas como a dos mirtilos explodiram e o que antes era produto de nicho, proliferou, com a consequente queda de valor.

"Foi uma cultura interessante e era daqueles projectos chave na mão, todos iguais, e todos se faziam. As modas, como a dos mirtilos e das plantas aromáticas, são uma grande preocupação", diz Ricardo Brito Pais, presidente da Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP).

O representante desta organização, fundada há 40 anos, partilha a mesma opinião de Domingos do Santos e diz que "há muitos projectistas [consultoras que elaboram as candidaturas] que querem apenas receber o dinheiro do projecto, já fizeram 20 candidaturas iguais e submetem novas sem estarem preocupados". O acompanhamento técnico aos jovens agricultores é quase inexistente, contudo, há um apertado controlo e fiscalização depois de obtidos os incentivos comunitários. "Quando a entidade que gere o Proder aprova não vai ao terreno. Só lá vai depois fiscalizar. O importante é instalar jovens. Politicamente isso é positivo", continua Ricardo Brito Pais. O presidente da AJAP frisa que é feito um estudo de viabilidade económica associado ao investimento. Mas sabe que "às vezes é preciso alterar alguns dados para que as contas sejam favoráveis" e, assim, conseguir luz verde na aprovação final. Os problemas surgem depois, quando a produção avança e não se conseguem atingir os objectivos.

"A AJAP tem defendido um acompanhamento técnico. O projectista tem de continuar a acompanhar o projecto e não deixar o agricultor sozinho. Neste novo quadro comunitário lutámos muitos para que seja diferente. Há alterações mas são escassas para as necessidades", lamenta, defendo visitas mensais aos campos.

Em respostas enviadas por e-mail, fonte oficial do Ministério da Agricultura admite ter conhecimento de "casos de sucesso e alertas desse tipo de problemas". A tutela confirma que o novo programa de desenvolvimento rural (PDR 2020) já introduz "algumas cautelas" para dar resposta às dificuldades relatadas. Uma delas são os incentivos aos jovens que pertencem a Organizações de Produtores (OP). "Assim, entrarão mais protegidos e com mais força no mercado, com acções de produção em conjunto e com estratégias comuns, com ganhos de eficiência e uma clara orientação para o mercado", justifica. Foi também introduzido um "nível de co-responsabilização dos jovens no financiamento do projecto". Finalmente, a formação e o aconselhamento junto das OP vão passar a ser condições necessárias ao financiamento.

Questionado sobre o acompanhamento dos projectos financiados que, só para os jovens agricultores, totalizou 650 milhões de euros, o ministério liderado por Assunção Cristas responde que o Proder obriga a uma formação de 24 meses no caso de produtores sem experiência. "Têm de apresentar um plano empresarial que contempla um comprovativo da parte de compradores que garantem o escoamento dos seus produtos. É também feita uma visita final ao projecto, onde se confirma a boa execução do seu plano empresarial", continua a mesma fonte.

Marta Martins, a arquitecta que se virou para a agricultura depois de perder o emprego, não espera obter rendimentos tão cedo. "Há dias em que ficamos muito desiludidos, outros em que até gosto de andar aqui. Vi isto crescer, cada alface", conta. Se não tivesse sido abordada pela consultora, que ficou com 3% dos 75 mil euros conseguidos pelo Proder, provavelmente, não estaria a gerir uma estufa de hidroponia.

Novos fundos para a agricultura têm 15 candidaturas formalizadas


ANA RUTE SILVA 16/12/2014 - 08:19

Novo quadro comunitário 2015-2020 teve luz verde de Bruxelas. Portugal é um dos dez primeiros países com programas aprovados.

 
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, anunciou em Bruxelas a aprovação do PDR 2020 RUI FARINHA/ARQUIVO
 

Desde que arrancaram as inscrições, a 15 de Novembro, foram submetidas dezena e meia de candidaturas às primeiras medidas do Programa de Desenvolvimento Rural 2015-2020 (PDR2020). A aprovação de Bruxelas foi anunciada nesta segunda-feira pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e espera-se agora um aumento no número de projectos submetidos.

O Governo decidiu abrir as candidaturas ao PDR2020 antes da luz verde da Comissão Europeia para assegurar "continuidade no investimento" e, no site do novo programa de fundos comunitários, há um total de 1245 inscrições, metade das quais de beneficiários individuais e o restante de consultoras. As primeiras medidas disponíveis referem-se ao "investimento na exploração agrícola" e ao "investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas". Fonte oficial do Ministério da Agricultura esclarece que o incentivo aos jovens agricultores só deverá estar disponível em Janeiro.

A aprovação do PDR2020 "demonstra que Portugal fez desde muito cedo o seu trabalho interno", disse Assunção Cristas. "Pela primeira vez, aparece no pelotão da frente das aprovações dos programas de desenvolvimento rural. Isto ainda é mais relevante se tivermos em conta que Portugal tem um dos dez maiores programas de desenvolvimento rural da União Europeia", continuou, acrescentando que, caso não houvesse já luz verde, toda a campanha de 2015 estaria em risco, uma vez que as próximas aprovações só estão previstas para meados do próximo ano.

Até 2020, o PDR nacional vai ter à disposição cerca de 4,1 mil milhões de euros e foi um dos dez programas da União Europeia a ser aprovado, a par dos da Alemanha ou Finlândia, num total de 118 (nacionais e regionais). O pacote é co-financiado através do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader), no montante global de 95,6 mil milhões de euros, e de fontes nacionais, regionais e privadas. 

Quanto ao Proder, designação do programa de apoio ao desenvolvimento regional no anterior quadro de apoio, que termina agora a sua vigência, registou mais de 37.500 projectos, que representam um apoio de 4,5 mil milhões de euros. De acordo com o Ministério da Agricultura, alavancou um investimento superior a 7,6 mil milhões, com um potencial de postos de trabalho associados "a rondar os 38.500". As medidas para jovens agricultores (mais de sete mil) somaram 650 milhões de euros, num bolo total de 1,1 mil milhões de euros. O Alentejo foi a região que concentrou a maior fatia (37%), com destaque para o azeite. Seguiram-se o Centro (31%) e o Norte (24%). Mais de metade do investimento aprovado foi direccionado para as explorações agrícolas e para a transformação e comercialização. No caso do regadio, 50% foi direccionado para o Alqueva.

Em termos de sectores, 36% dos fundos foram aplicados em frutas e legumes, seguido da pecuária (27%). O investimento em vinho está presente em todas as regiões, "mas é na Região Norte que assume maior relevância", sublinha o ministério.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Queda de preços na produção preocupa Confederação Nacional da Agricultura (CNA)


15-12-2014 17:30 | Economia
Fonte: Agência Lusa 

Lisboa, 15 dez (Lusa) - A quebra dos preços na produção e o escoamento dos produtos são alguns dos temas que mais preocupam os agricultores e que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) vai levar na terça-feira ao Parlamento.

A CNA vai ser recebida em audiência na Comissão de Agricultura e Mar para abordar "problemas concretos da agricultura familiar", disse à Lusa o dirigente João Dinis.

A baixa "generalizada" de preços na produção e a "especulação com os preços dos fatores de produção", como o gasóleo, a electricidade, os adubos ou as rações são alguns dos assuntos que vão ser destacados.

João Dinis salientou que os agricultores são obrigados a vender os seus produtos "ao desbarato" devido aos preços ou "ficam com eles em casa por não terem escoamento".

A batata, por exemplo, que era vendida a 30 cêntimos por quilo no ano passado, foi vendida em 2014 a cerca de cinco cêntimos em média.

O mesmo responsável criticou também o facto de a comissão parlamentar não se ter feito representar no 7.º Congresso da CNA e da Agricultura Familiar Portuguesa, que decorreu a 23 de novembro em Penafiel.

"Protestámos por causa desta ausência e convocaram-nos logo a seguir para vir ao Parlamento", disse João Dinis.

RCR// ATR

Lusa/fim

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Exposição: josé maria da fonseca – 180 anos


DEC 15LISBOA, PORTUGALSETÚBALPOR GERSON INGRÊS
SETÚBAL – "José Maria da Fonseca – 180 anos" é o nome de uma exposição que apresenta espólio da empresa vitivinícola, inaugurada na passada sexta-feira no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, Setúbal.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, realçou que é um orgulho ter no concelho uma instituição como a José Maria da Fonseca, que surgiu numa altura em que Azeitão era uma terra pequena para se tornar num dos maiores impérios vinícolas a nível nacional.

A mostra conta os quase dois séculos de história da empresa, numa viagem através do espólio documental e fotográfico sobre localização das vinhas, castas, produtos e o engarrafamento de vinhos, de que é pioneira em Portugal.

Algumas peças referentes à primeira linha de engarrafamento e vinhos de grande visibilidade estão expostos, como é o caso do Periquita, a marca ex-líbris da empresa fundada em 1834, o vinho branco BSE e o famoso moscatel.

Ao longo da exposição, patente no Museu Sebastião da Gama até 31 de janeiro, são evidenciados os êxitos alcançados pela empresa, uma das líderes nacionais na produção e comercialização de vinhos de mesa e moscatéis, e a aposta na exportação, eixo fundamental do negócio.

O papel da empresa no campo social, em Azeitão e na Península de Setúbal, onde participa em atividades de patrocínio de eventos com organizações locais, obras e parcerias de cariz social, foi destacado na inauguração, em que estiveram presentes a sexta e sétima gerações da família, incluindo António Soares Franco, presidente da José Maria da Fonseca.

A exposição, de entrada livre, uma organização conjunta da Autarquia e da empresa vitivinícola, pode ser vista de terça a sexta das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00 e aos sábados das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00.

Encerramento do ano internacional da agricultura familiar



DEC 15NORTE, PORTUGALVILA REALPOR GERSON INGRÊS

VILA REAL – Comemorou-se ao longo do ano de 2014, o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF). A Câmara Municipal de Vila Real entendeu desde a primeira hora associar-se a estas comemorações, porquanto a larga maioria do seu território agrário é explorado essencialmente por explorações de cariz familiar com forte relevância na economia das populações locais, que tem na agricultura a sua principal fonte de rendimento.

No programa de atividades estava previsto que o encerramento destas comemorações acontecesse com um colóquio, que tivesse como tema a agricultura familiar e o desenvolvimento rural, aspetos particularmente relevantes num momento em que o país inicia um novo período de apoios comunitários. A Fagrorural decidiu também associar-se a esta iniciativa, para a qual todos estão convidados a participar.

Assim, no próximo dia 16.12.2014, pelas 10:30 horas, na Biblioteca Municipal, numa organização conjunta entre o Município de Vila Real e a delegação de Vila Real da Fagrorural, será promovido um colóquio cujo tema será a "AGRICULTURA FAMILIAR E O DESENVOLVIMENTO RURAL", em que participarão o Sr. Presidente da CM de Vila Real, Engº Rui Santos, e teremos como principal orador o Sr. Prof. Doutor Fernando Oliveira Batista, que é licenciado em Agronomia, foi catedrático no ISA, tendo vários artigos publicados em revistas de especialidade, é autor de vários livros sobre a problemática agrícola e florestal e foi Ministro da Agricultura e, nesta qualidade, o impulsionador de Leis como a lei do Arrendamento Rural, Lei dos Baldios etc.

Ainda como orador, estará presente o Sr. Armando Carvalho, Diretor da CNA e da Fagrorural, que abordará a importância do Associativismo na Agricultura Familiar.

Dia do Alto Douro Vinhateiro assinalado em S. João da Pesqueira com inauguração do Museu do Vinho


 Notícias do Nordeste  5 horas atrás  Museu do Vinho

Assinalou-se ontem, dia 14 de dezembro, mais um aniversário sobre a elevação da região vinhateira do Douro a Património da Humanidadeda da UNESCO. 


Museu do Vinho. Foto facebook CM  S. João da Pesqueira
Uma cerimónia que teve lugar em S. João da Pesqueira e que contou com a presença de Emídio Gomes, presidente da CCDR-N, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida.

Este ano dedicado ao tema "O Douro e as suas Comunidades", o programa do Dia do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial ficou marcado pela inauguração do Museu do Vinho e a inauguração do Centro de Interpretação Turística, do Município de S. João da Pesqueira. 

A cerimónia contemplou ainda o lançamento do livro "Museu do Vinho de S. João da Pesqueira", no novo equipamento museológico. 

O Dia do Alto Douro Vinhateiro é uma organização da Missão Douro (CCDR-N), da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, da Comunidade Intermunicipal do Douro e da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial.

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos


     
15/12/2014 20:45:24 688 Visitas   
A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos
Os caçadores dos Açores vão apresentar uma queixa-crime contra desconhecidos junto do Ministério Público na sequência da morte de um grande número de coelhos na ilha Graciosa por terem "fortes suspeitas" de ter havido mão criminosa.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo
"Vamos formalizar uma queixa-crime ao Ministério Público e obrigar o Governo Regional a tomar medidas de prevenção para que aquilo não se alastre para outras ilhas, que será muito difícil", disse à Lusa o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, José Maria Arruda.

A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa face ao "surgimento de um grande número de coelhos-bravos mortos" naquela ilha "indiciando a ocorrência da Doença Hemorrágica Viral (DHV)".

O Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, assim como outros grupos de caçadores noutras ilhas açorianas, reúne-se esta noite para discutir esta questão, sendo que a decisão de recorrer ao Ministério Pública "é já ponto assente" e "uma certeza", segundo José Maria Arruda.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, que conta com cerca de 470 sócios e representa 40 a 50 por cento dos caçadores da ilha de S. Miguel.

Embora alegando não haver provas de nada, José Maria Arruda afirmou que este "é o pior vírus que chegou à região", sendo que "este não é só um problema dos caçadores, mas também de saúde pública".

A portaria publicada em Jornal Oficial a 11 de Dezembro refere que a confirmação desta doença nos coelhos bravos "está dependente dos resultados laboratoriais dos exames aos animais recolhidos", mas frisa que "se torna necessário impedir a disseminação da doença, através do exercício da caça, até que a mesma seja considerada extinta e que os seus efeitos, na população de coelho-bravo local, sejam devidamente avaliados", sendo também necessário "acautelar eventuais repercussões da doença, ao nível da saúde pública".

Para José Maria Arruda, são sobretudo os lavradores que mais prejudicados se sentem por causa dos coelhos.

Nos Açores, existem no total mais de 3.000 caçadores.

Lusa/SOL

Embarque numa viagem sensorial pelos sabores tradicionais de Portugal


Morango de Portugal, Laranja do Algarve, Pêra Rocha, Manga Magdalena, Cereja do Fundão e Maracujá de Odemira são os sabores dos néctares Compal, que comprovam a qualidade e variedade da fruta portuguesa e garantem a saciedade a cada gole. 
MAFALDA SOBRAL MARTINS
15 DEZEMBRO 2014, 15:15


 
Portugalidade, frutologia e naturalidade são os pilares da marca de néctares portugueses Compal que, desde 1952, e estando presente em mais de 60 países, aposta na qualidade e na variedade da fruta portuguesa e a prova disso mesmo são os seis sabores da gama Compal Clássico: Morango Portugal, Laranja do Algarve, Pêra Rocha, Manga Magdalena, Cereja do Fundão e Maracujá de Odemira. 
Os sabores típicos de Portugal, à excepção do sabor manga magdalena, que envolvem o consumidor numa viagem sensorial à descoberta de algumas das frutas mais consumidas e exportadas, no nosso país, como a pêra rocha. Um cunho português espalhado pelo mundo, através das exportações, e fabricado com 50% de fruta, sem corantes nem conservantes. 
Transmitir a sensação de se estar a comer uma peça de fruta acabada de apanhar de uma árvore é o objetivo das centenas de pessoas que trabalham na fábrica da Compal, em Almeirim, e que testam mais de 400 fórmulas de néctares para conseguir atingir o ponto de satisfação de todos os consumidores e disponibilizar um produto de qualidade. 
Um nível alcançado atráves de relações sólidas com vários produtores agrícolas e que permite dar a conhecer aos consumidores sabores exclusivos e em edição limitada, como o Compal Clássico Morango de Portugal, o Compal Cereja do Fundão e o Compal Maracujá de Odemira. 
Todos os sabores exclusivos da empresa Sumol+Compal encontram-se, à venda,  no site Mercado do Bairro e são entregues gratuitamente, em zonas várias seleccionadas. Os restantes néctares, tanto da gama Compal Clássico como das outras gamas (fresh, familiar, vital, light, etc), estão disponíveis em inúmeros pontos de venda, bem como no  quiosque Frutológica Compal, no Mercado da Ribeira. 
Para mais informações e curiosidades,  aceda ao site da marca e veja o vídeo do Compal Clássico Morango de Portugal. 

Bruxelas dá "luz verde" a fundos para agricultura portuguesa


Publicado hoje às 17:23
A ministra da Agricultura e Mar anunciou hoje em Bruxelas que a Comissão Europeia aprovou o programa de desenvolvimento rural de Portugal, o que classificou como uma «extraordinária notícia», antes do arranque da tradicional "maratona" negocial sobre pescas.
Em decalarações à margem de um Conselho de ministros da Agricultura e pescas da União europeia, Assunção Cristas disse que foi informada pelo comissário da Agricultura,Phil Hogan, «de que o nosso programa de desenvolvimento rural, os nossos fundos para a agricultura foram aprovados pela Comissão Europeia.
A ministra salientou ainda que se trata de um «contraste grande com o programa anterior», pois agora Portugal foi um dos primeiros países a ver o seu programa aprovado, quando antes foi «o último».
Assunção Cristas disse ainda que esta é a «garantia de que os 4 mil milhões de euros que temos para os próximos anos na agricultura podem continuar a ser usados, como aliás já estão a ser usados, no âmbito do regulamento de transição».
Questionada sobre as negociações que têm hoje início para fixar das capturas de peixe em 2015 e repartição de quotas pelos Estados-membros, Assunção Cristas reservou declarações para terça-feira, quando for conhecido o desfecho do Conselho, mas garantiu que Portugal sabe o que quer.

O Alentejo encanta o mundo. E recebe prémios atrás de prémios


HÁ 2 HORAS115 PARTILHAS
Em doze meses o Alentejo foi eleito a "melhor região vinícola do mundo", bem como um dos 21 "melhores destinos para se visitar", e viu o cante alentejano ser considerado património da humanidade.

Ana Cristina Marques
Milton Cappelletti

O "celeiro de Portugal", situado mesmo "abaixo do coração do país"  e que seduz pelo "ritmo lento" que lhe está associado. Era assim que no início do ano a National Geographic Traveler descrevia o Alentejo, considerado pela revista um dos 21 melhores destinos a visitar em 2014 ao lado de sugestões como Cabo Verde, Nova Orleães ou Puglia, na Itália. A distinção parece ter determinado o (bom) Karma para os restantes meses, com a região a somar prémios atrás de prémios e os valores no setor do turismo a constatarem uma evidência, o Alentejo está melhor e recomenda-se — segundo o Instituto Nacional de Estatística, o número de dormidas de não residentes registadas até setembro, 24,9%, superou o total verificado em todo o ano de 2013.

Com os elogios longe de cessar, em maio era a vez do britânico Guardian falar do destino — que produz metade do vinho no país e é líder mundial na produção de cortiça — como a "nova Toscana" ou a "Toscana mais acessível". O artigo redigido por Adrian Mourby dava conta da riqueza gastronómica e vinícola e "oferecia" ideias onde comer, beber e dormir — nem de propósito, o wine resort L'And Vineyards, em Montemor-o-Novo, foi uma das referências na primeira categoria, cujo restaurante ao comando do chef Miguel Laffan e apostado na reinterpretação da cozinha portuguesa manteve a estrela Michelin em 2014.

No currículo de uma região que ocupa 33% do território nacional há também espaço para uma menção global, a de "melhor região vitivinícola do mundo a visitar". O título resultou de uma votação promovida pelo USA Today, o maior diário norte-americano, e pelo portal para viajantes 10Best. A região portuguesa ficou à frente de nomes importantes no universo vínico — como Champanhe, em França, e a espanhola La Rioja –, num total de 20 candidatos pré-selecionados pelos peritos Frank Pulice e Kerry Woolard. Talvez por isso a próxima cidade europeia do vinho se encontre em pleno Alentejo. Reguengos de Monsaraz foi escolhida pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) e bateu em concurso a Bairrada, Monção e Melgaço.

(A linha de tempo em baixo é interativa e vai guiá-lo pelas principais notícias sobre o Alentejo ao longo do ano. Basta clicar do lado direito ou na linha de tempo na parte inferior)

Portucel investe 89 milhões em nova fábrica nos Estados Unidos

No mesmo dia em que garante 24 milhões do Banco Mundial para Moçambique, grupo anuncia investimento de 89 milhões na Carolina do Sul

Pellets
DR
15/12/2014 | 17:32 |  Dinheiro Vivo
A Portucel anunciou hoje que vai construir uma fábrica de pellets nos Estados Unidos, num investimento global de 89 milhões de euros, e que assegurou a entrada do Banco Mundial no seu projeto em Moçambique, com a subscrição de 20% do capital social, num total de 30, 4 milhões de euros. Estes são, diz, "os dois primeiros passos" de um plano para promover um ciclo de crescimento para a próxima década.
O plano de investimentos só será conhecido, "em toda a sua abrangência e de forma pormenorizada", no primeiro trimestre do próximo ano, sublinha o comunicado à CMVM. Mas o Dinheiro Vivo sabe que a grande aposta da Portucel na próxima década assenta no papel tissue, segmento em que pretende atingir, a médio prazo, a liderança na Europa, tal como acontece já hoje no papel não revestido. E que Cacia será o primeiro complexo fabril a receber a primeira máquina de papel tissue de grandes dimensões.
O plano a 10 anos está a ser definido com o apoio da McKinsey, sendo que há já vários bancos de investimento a trabalhar com a Portucel neste processo.
Mas o grupo não avança, para já, grandes pormenores, remetendo tudo para o primeiro trimestre de 2015. Diz, apenas, que o plano "assenta em rigorosos critérios de análise" sobre a sua rentabilidade e que visa "equilibrar geograficamente a base industrial, sem colocar em causa a robustez financeira do grupo, nem tão pouco a capacidade de remunerar, adequadamente, os seus acionistas".
O primeiro passo será a referida construção de uma unidade industrial de pellets (são um tipo de lenha, geralmente produzidos a partir de serragem ou serradura de madeira refinada e seca que depois é comprimida) na Carolina do Sul. Terá uma capacidade instalada de 460 mil toneladas e está orçada em 110 milhões de dólares, cerca de 89 milhões de euros.
Com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2016, esta fábrica "constitui uma atrativa oportunidade de investimento para o grupo, que assim poderá alavancar a sua experiência em matéria de transformação florestal e processos industriais, entrando na promissora área da bioenergia", pode ler-se no comunicado ao mercado. Localizada na região de Geenwood, a futura unidade fabril "beneficiará de condições muito favoráveis em termos de matéria-prima florestal e de energia", diz a Portucel, que garante, ainda, ter já "negociado contratos de fornecimento com preço fixo para um prazo de 10 anos". O que significa que tem já assegurada a venda de 70% da sua produção.
Quanto a Moçambique, onde o grupo está a desenvolver um projeto integrado de produção florestal, de pasta de celulose e de energia, a Portucel asssinou hoje um acordo com a International Finance Corporation (IFC), a maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento, e que faz parte do grupo Banco Mundial, que subscreverá 20% das ações da Portucel Moçambique, num investimento que, numa fase inicial, atingirá até 30,4 milhões de dólares (cerca de 24,4 milhões de euros).
"O referido acordo encontra-se, ainda, sujeito ao preenchimento das condições usuais neste tipo de operações, as quais deverão estar completadas no decurso dos próximos três meses", sublinha a Portucel.
Recorde-se que o projeto em Moçambique prevê, numa fase inicial, a plantação de 40 mil hectares de eucalipto, até ao final de 2016, nas províncias de Manica e Zambézia.

Vinhos do alentejo crescem em 2014


15-12-2014
5% em volume, 1,3% em quota de mercado
 
Os vinhos do Alentejo devem terminar o ano com nota muita positiva. De acordo com as previsões anunciados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), os vinhos alentejanos deverão crescer 5% em volume e 1,3% em quota de mercado.
Em matéria de exportações, os vinhos alentejanos subiram 5,6% para a Europa, no primeiro semestre, e 5,1% para países extra União Europeia, até à data de hoje. Num comunicado onde faz um balanço do ano, a CVRA aproveita ainda para recuperar alguns dos momentos mais significativos para a região: o National Geographic Traveller destacou o Alentejo como um dos 21 melhores destinos a visitar, pela autenticidade e riqueza cultural; o jornal norte-americano "USA Today" elegeu o Alentejo como a melhor região vitivinícola do mundo a visitar; a UNESCO elevou o cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade; e a Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) selecionou Reguengos de Monsaraz para "Cidade Europeia do Vinho 2015".
Redação | WINE - A Essência do Vinho

Ministra Cristas saúda 'luz verde' a fundos para agricultura


A ministra da Agricultura e Mar anunciou hoje em Bruxelas que a Comissão Europeia aprovou o programa de desenvolvimento rural de Portugal, o que classificou como uma "extraordinária notícia", antes do arranque da tradicional "maratona" negocial sobre pescas.

POLÍTICA Cristas saúda 'luz verde' a fundos para agricultura Lusa
16:50 - 15 de Dezembro de 2014 | Por Lusa

"Acabei de receber a notícia, do comissário da Agricultura (Phil Hogan), de que o nosso programa de desenvolvimento rural, os nossos fundos para a agricultura foram aprovados pela Comissão Europeia. A Comissão Europeia vai dar nota pública amanhã (terça-feira), mas hoje já me deu a confirmação de que aprovou o nosso programa de desenvolvimento rural. Isto é, para, nós extraordinariamente importante", declarou Assunção Cristas, à margem de um Conselho de ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia.

Apontando, "com alguma alegria", que se trata de um "contraste grande com o programa anterior", pois agora Portugal foi um dos primeiros (quatro) países a ver o seu programa aprovado, quando antes foi "o último", a ministra sublinhou que tal significa que os investimentos na agricultura podem assim continuar "sem qualquer interrupção".

"É uma extraordinária notícia para o nosso país, para os agricultores portugueses, e é a garantia de que os 4 mil milhões de euros que temos para os próximos anos na agricultura podem continuar a ser usados, como aliás já estão a ser usados, no âmbito do regulamento de transição", afirmou.

Questionada sobre as negociações que têm hoje início para fixar das capturas de peixe em 2015 e repartição de quotas pelos Estados-membros, Assunção Cristas reservou declarações para terça-feira, quando for conhecido o desfecho do Conselho, mas garantiu que Portugal sabe o que quer.

"Fizemos o trabalho de casa", disse.

Fonte comunitária disse à agência Lusa que as prioridades fixadas por Portugal neste debate referem-se aos totais admissíveis de capturas (TAC) de lagostim, pescada, raias e areeiro, espécies para as quais o executivo de Bruxelas - baseando-se em pareceres científicos - propõe cortes nas águas ibéricas.

As capturas de pescada - que noutros anos foram aumentadas devido aos planos de recuperação da espécie - voltam a ser reduzidas em águas portuguesas e ibéricas, propondo a Comissão Europeia um corte de 15%.

Para os TAC de raias e de lagostim propõe-se um corte de 10% e para os areeiros, que no ano passado viram os TAC ampliados, a redução é de 55,1%.

No Mar do Norte, o acordo da UE com a Noruega prevê mais 5% dos totais admissíveis de bacalhau para 2015, face a este ano.

Tomate considerado produto excelência 2014

Actualizado há 2 horas e 15 minutos

 
 Na edição 2014 dos Prémios Agricultura, o júri da competição elegeu o tomate como Produto Excelência e entregou o troféu à AIT – Associação dos industriais de Tomate, em representação de toda a fileira. A cerimónia teve lugar no Ritz Four Season Lisboa e contou com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

 

"É uma honra receber este prémio especial, pelo que ele significa em termos de importância e méritos do setor, nomeadamente por ser uma indústria que está no topo dos rankings mundiais e a contribuir ativamente para a nossa economia", referiu Miguel Cambezes, Secretário-geral da AIT, qualidade que o levou a receber o troféu.

 

A AIT, fiel depositária do prémio, é a associação setorial que representa o setor do tomate de indústria português, um setor produtivo que se destaca fortemente a nível nacional e mundial. Ao exportar 95 por cento da produção, Portugal ocupa o 4º lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais. A nível nacional, a fileira do tomate é uma das principais indústrias agroalimentares do país. Em 2014, o setor processou um milhão e duzentas mil toneladas de tomate, ou seja, 250 milhões de euros em exportações. De destacar, ainda, que Portugal é o país europeu com maior rendimento por hectare e a nível mundial está no top 3.

Coimbra Agricultores dão "rosto" aos produtos com entregas de cabazes


Agricultores da região Centro estão a apostar na proximidade e entregam os seus produtos em cabazes, a dias fixos, na cidade de Coimbra, passando os clientes a conhecer o rosto de quem produz.
PAÍS Agricultores dão rosto aos produtos com entregas de cabazes Lusa
16:30 - 14 de Dezembro de 2014 | Por Lusa
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Todas as quartas-feiras, João Madeira sai de Penela a caminho de Coimbra para entregar cabazes com produtos agrícolas da sua quinta a clientes. Colhe os produtos no próprio dia ou no dia anterior.

"Mais fresco não dá. Só comendo ao lado da exploração", comenta o engenheiro agrónomo de 40 anos, natural de Coimbra, que decidiu em 2011 dedicar parte da sua vida à produção agrícola.

Para João Madeira, com este tipo de entrega "evitam-se intermediários" e cria-se "uma forma alternativa de relacionamento entre quem produz e quem consome".

No cabaz, só há produtos da época, exceto as ervas aromáticas produzidas em estufa e doces e compotas feitos para eliminar o desperdício.

"Não faz sentido comer laranjas da Nova Zelândia e tomates não sei de onde. A produção local é a única que faz sentido e é sustentável", defende Vasco Nogueira, cliente, realçando que o consumo de produtos de época é "um regressar às origens".

Poder comprar em cabazes permite "conhecer a pessoa que produz, perceber como se faz e até sugerir produtos", além de incluir legumes no cabaz que Ruben Torices, outro comprador, "nunca tinha experimentado e possivelmente num supermercado não encontrava".

Cristina de Jesus, de 43 anos, virou-se para a agricultura e para a entrega de cabazes depois de ter ficado desempregada em 2013, já que a alternativa "era eventualmente trabalhar para fora do país".

Começou a sua exploração agrícola há três meses, nos terrenos da família, no concelho de Cantanhede, com a ajuda "do saber e experiência" dos pais, tendo iniciado a entrega de cabazes há uma semana.

Optou pelos cabazes por ser "uma forma mais personalizada" de entregar os produtos, em que se cria uma relação com o cliente e que contrasta com as compras em hipermercados, em que "as pessoas escolhem e nem sabem a origem" dos legumes.

Rosa Rodrigues, de Coimbra, e Nuno Pereira, de Tondela, também fazem entregas de cabazes em Coimbra, apesar de não ser a principal forma de escoarem os seus produtos.

Esta opção permite entregar produtos em pequena quantidade ou que "não se aguentam muito tempo frescos" e que de outra forma não venderiam, o cliente não perde tempo e podem introduzir hortícolas que as "pessoas dificilmente conheceriam", apontam como vantagens.

Para Maria Nunes e o seu marido, reformados a viver em Tábua, os cabazes são uma forma de "passar o tempo", mas também "de ganhar mais alguma coisa".

Vão duas vezes por mês a Coimbra fazer as entregas e os clientes ficam "satisfeitos", dizendo que "a sopa fica diferente, com um gosto e um cheiro diferente".

"As pessoas, com o primeiro cabaz, conhecem o produto e ficam bem servidas. Veem que é tudo produtos naturais e sem químicos nem pesticidas e ficam a conhecer a cara de quem produz", conclui Maria Nunes.

Hermès descobre a cortiça do Alentejo


09.05.2014 Por Inês Garcia
A revista da marca francesa Hermès, Le Monde d'Hermès, de tendências e inspirações para a estação, publicou na sua última edição de Primavera/Verão 2014, um artigo do fotógrafo Sean Rocha sobre a cortiça e as paisagens alentejanas.

Sean Rocha esteve alguns dias no Alentejo, e a partir daí escreveu sobre o processo de produção de cortiça naquela região. No texto, acompanhado por imagens quentes do Alentejo, recolhidas em Setembro de 2013, o fotógrafo fala da "rudeza implacável do terreno de beleza sem igual" e das "colinas ondulantes e secas que produzem, sem dificuldade, cortiça", recordando as propriedades deste recurso natural, por exemplo, na conservação do vinho.

A publicação bianual conta com a contribuição regular de Sean Rocha, escritor e fotógrafo que viaja pelo mundo à procura de imagens e histórias que descrevam "o ponto de vista único" que a marca de luxo francesa tem, escreve o fotógrafo no seu site oficial.

Nos últimos 30 anos, muitos foram os artistas, escritores e fotógrafos convidados a escrever na revista e a contribuir com imagens, gostos pessoais ou pequenas narrativas revelando curiosidades. Edmund de Waal, Peter Saville, Mark Borthwick, Tim Walker ou Koto Bolofo foram alguns dos que já participaram.

Esta publicação de Primavera/Verão, dedicada ao tema Metamorfose, onde são também reveladas histórias sobre a colecção para esta estação e até uma receita de merengue, está, pela primeira vez, disponível para iPad.

Texto editado por Bárbara Wong

Movimento "Slow Food" adota sotaque do Porto

Grupo de personalidades quer valorizar produtos da região


Projeto quer valorizar produção do Norte
DR
13/12/2014 | 15:20 |  Dinheiro Vivo
"Somos capazes de ter o telefone do nosso dentista, mas não temos o do nosso produtor", isto é, de quem produz os nossos alimentos. É a pensar numa possível mudança de hábitos que um grupo de pessoas, liderado pelo professor e gestor Rui Rosa Dias, criou o movimento Slow Food Porto, transpondo para a cidade e o distrito um conceito nascido em Itália, que pretende colocar a mais-valia da cadeia alimentar do lado de quem produz e de quem consome.
A apresentação pública do projeto é já amanhã, às 15 horas, no Parque da Cidade, no Porto, num espaço que passará a incluir um menu, criado pelo chef Álvaro Dinis, representativo do que deve ser uma alimentação "slow food" (comida lenta), por oposição à "fast food".
Já com uma centena de associados, o movimento tem sede no IPAM - The Marketing School, no Porto, onde a abordagem académica deu lugar à vontade de concretizar a valorização de produtos, em especial os típicos da região, à semelhança do que outras associações idênticas já fazem em Lisboa, Alentejo, Algarve e Arcos de Valdevez.
Se a marca e o preço de um produto são agora os principais critérios de compra do consumidor, o grupo pretende fazer ver que pode haver mais benefícios se a opção recair em três pilares: ser bom (saber bem e ter qualidade); ser limpo (respeitar a saúde, a biodiversidade e o ambiente); ter um preço justo para o produtor e o consumidor.
Para 2015, o movimento tem já apontadas algumas ações: um congresso nacional; criar uma associação nacional que reúna todas as associações "slow food" do país; estabelecer um dia onde, em todas as cidades do distrito do Porto, se possam oferecer à população petiscos "slow food" nos meios de transporte públicos; e conceber um selo de certificação, que adotará símbolo universal do caracol, para identificar os aderentes (restaurantes, produtores e produtos).

Em Coruche, o açúcar volta a ser feito da beterraba

A empresa DAI vai investir 30 milhões em 12 mil hectares de beterraba sacarina no Alqueva e na readaptação da fábrica


A DAI produz açúcar para marcas como a Rio Bravo, Auchan ou Continente
D.R.
15/12/2014 | 00:00 |  Dinheiro Vivo

A Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial (DAI), que opera uma fábrica em Coruche, no Ribatejo, vai voltar a usar beterrabas sacarinas para produzir açúcar já a partir de 2017, disse ao Dinheiro Vivo, o responsável pela área de inovação e desenvolvimento da empresa, Manuel Espadinha.
A empresa tinha deixado de o fazer porque, em 2008, a Comissão Europeia reduziu para menos de metade a quota nacional de produção a partir de beterraba e a DAI teve de recorrer à importação de cana de açúcar e investir 12 milhões de euros na readaptação da fábrica.
Agora, as quotas de produção vão aumentar novamente - ainda não está fechado para quanto - e a DAI encontrou boas condições para voltar a cultivar grandes áreas deste tipo de beterraba, a única que dá para produzir açúcar.
"Vamos para o Alqueva que é uma zona com um potencial muito grande e que está em franco desenvolvimento. Estamos em negociações para ocupar 10 a 12 mil hectares de terreno que originariam uma produção de um milhão de beterrabas sacarinas que dão depois para 120 a 150 mil toneladas de açúcar", explicou o mesmo responsável. Ou seja, cerca de metade das 250 mil toneladas de açúcar que saem da fábrica da DAI todos os anos para abastecer a marca Rio Bravo ou as marcas próprias do Continente e da Auchan.
É por isso que este regresso à beterraba marca uma revolução na empresa. "Hoje a fábrica apenas refina cana de açúcar que temos de comprar lá fora e, por isso, produzir beterraba siginifica menos dinheiro gasto na importação", diz Manuel Espadinha. Marca também uma alteração na economia nacional, dado que, neste momento, Portugal não tem qualquer produção própria de açúcar, apenas refinação da cana.
Além disso, acrescenta Manuel Espadinha, vai criar empregos porque, além do cultivo da beterraba no Alqueva - que daria trabalho a mais agricultores naquela zona - a DAI vai ter de voltar a readaptar a fábrica de Coruche para que esta possa transformar a beterraba sacarina. Esta é diferente daquelas que se vendem nos supermercados,"tem a forma de um cone e é maiores, chegando a pesar cerca de um quilo.
O investimento nos equipamentos necessários para a transformação e ainda nos campos agícolas no Alqueva ascenderia a 30 milhões de euros, adianta este responsável da DAI. Segundo o relatório e contas de 2012, apesar de operar em Portugal, 51% da empresa é detido por espanhóis, 20% por italianos, 15% por holandeses e o restantes por portugueses.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Quinta da Lixa: Quer ser enólogo por um dia num hotel de charme?

Empresa produtora de vinho verde entra no mercado do turismo com a abertura de um hotel de charme. O investimento está estimado em quatro milhões de euros


Óscar Meireles 
Lisa Soares
14/12/2014 | 00:00 |  Dinheiro Vivo

A Quinta da Lixa, a empresa portuguesa que mais vinho Alvarinho exporta para os EUA, vai abrir, no primeiro trimestre de 2015, um hotel de charme, com selo ecológico, onde os clientes podem ser enólogos por um dia.
Num investimento de quatro milhões de euros, o Monverde vai contar com 30 quartos, spa, wine bar, auditório e sala de provas, além de um adega experimental que permitirá aos visitantes a experiência única de colherem as uvas, elaborarem o seu próprio vinho e engarrafarem-no para trazer para casa.
China, Rússia e EUA são as apostas prioritárias para a divulgação do novo hotel, bem como os países nórdicos. A intenção é apostar em consumidores que já identifiquem a Região dos Vinhos Verdes e a marca Quinta da Lixa. O Monverde ainda nem abriu, mas já tem uma semana reservada pela câmara dos arquitetos chineses, que vem a Portugal organizar um seminário sobre arquitetura.
Este é apenas o mais recente projeto da Quinta da Lixa, que recebe, anualmente, mais de 2600 turistas no seu centro de visitas. O objetivo é que este novo investimento potencie as sinergias da marca e ajude à sua promoção, reconhece Óscar Meireles, responsável da empresa. "Há uma grande carência, mesmo na região dos Vinhos Verdes, a nível de enoturismo", na medida em que "há muito turismo de habitação, mas de dimensão muito pequena".

ICNF promove inventário florestal nacional



DEC 12ALENTEJO, PORTUGALESTREMOZPOR GERSON INGRÊS

 
ESTREMOZ – O Instituto da Conservação da Natureza e da Florestas, ICNF, I. P., é um organismo do Estado que prossegue atribuições do Ministério da Agricultura e do Mar e desempenha funções de autoridade florestal nacional, cabendo-lhe, nesse âmbito, e de acordo com as alíneas a) e h) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 135/2012, de 29 de junho, promover a execução do Inventário Florestal Nacional.

Por virtude dessas funções e no exercício daquela competência, o ICNF, I.P. vai promover, no período de novembro de 2014 a março de 2015, uma campanha de recolha de dados de campo sobre florestas e matos, em pontos de amostragem distribuídos aleatoriamente pela área florestal do Concelho.

Os dados a recolher, por medição das árvores e outra vegetação, têm como objetivo único a produção de estatísticas sobre os recursos florestais nacionais. As medições a efetuar não provocarão quaisquer danos no arvoredo, servindo apenas os objetivos mencionados, não tendo quaisquer efeitos fiscais ou outros, sendo ainda garantia a confidencialidade da informação recolhida.

A recolha de dados será assegurada por técnicos especializados, os quais se encontram identificados por uma declaração emitida pelo ICNF, I.P..

O ICNF, I.P. solicita a colaboração e compreensão dos proprietários e gestores florestais, facilitando o acesso e a presença destes técnicos nas suas propriedades.