quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Negociação sobre denominação Alvarinho avançou "mais um bocadinho" - Instituto da Vinha


Lusa
17 Dez, 2014, 20:33

O vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) afirmou hoje que se "caminhou mais um bocadinho" em direção a um acordo sobre denominação de origem do vinho Alvarinho na região dos vinhos verdes.
"Hoje saio mais satisfeito ainda" do que na reunião efetuada há uma semana, acrescentou Toscano Rico, em declarações à agência Lusa, sem, porém, detalhar o que hoje foi conseguido entre os produtores de vinho alvarinho de Monção e de Melgaço e os das restantes sub-regiões do vinho verde.

O IVV e a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) estão a patrocinar uma negociação entre produtores que defendem que Monção e Melgaço devem manter o exclusivo denominação Alvarinho e outros que pugnam pelo seu alargamento a toda região dos vinhos verdes.

Uma das decisões tomadas hoje foi a marcação de uma ronda negocial para 13 de janeiro, sendo que o Ministério da Agricultura, através do IVV, determinou que este processo tem de ficar fechado até 15 desse mês.

O presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, declarou à Lusa que hoje "não houve um avanço significativo", mas referiu que este "é um caminho que está fazendo".

"Há pontos fechados ou muito próximos de ser fechados", acrescentou também.

Toscano Rico e Manuel Pinheiro frisaram que "é preciso ainda trabalhar" até dia 13 de janeiro na procura de um acordo final que seja "vantajoso" para as duas partes e salientaram que há "confiança" para que isso aconteça.

A reunião de hoje "foi muito boa", considerou também António Guedes, administrador da Aveleda e um dos representantes dos produtores que reclamam o alargamento da denominação Alvarinho.

"Não queria muito entrar em pormenores", acrescentou.

A agência Lusa tentou ouvir igualmente o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), Miguel Queimado, mas tal não foi possível. Esta organização é a porta-voz dos representa os produtores de Monção e de Melgaço, os quais temem ser lesados economicamente se perderem o seu exclusivo.

Os produtores que contestam o fim desse exclusivo alegam que "não há motivo para que seja possível fazer Alvarinho DOC (Denominação de Origem Controlada) em todo o país, exceto em 90 por cento da região dos vinhos verdes".

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