segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos


     
15/12/2014 20:45:24 688 Visitas   
A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos
Os caçadores dos Açores vão apresentar uma queixa-crime contra desconhecidos junto do Ministério Público na sequência da morte de um grande número de coelhos na ilha Graciosa por terem "fortes suspeitas" de ter havido mão criminosa.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo
"Vamos formalizar uma queixa-crime ao Ministério Público e obrigar o Governo Regional a tomar medidas de prevenção para que aquilo não se alastre para outras ilhas, que será muito difícil", disse à Lusa o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, José Maria Arruda.

A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa face ao "surgimento de um grande número de coelhos-bravos mortos" naquela ilha "indiciando a ocorrência da Doença Hemorrágica Viral (DHV)".

O Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, assim como outros grupos de caçadores noutras ilhas açorianas, reúne-se esta noite para discutir esta questão, sendo que a decisão de recorrer ao Ministério Pública "é já ponto assente" e "uma certeza", segundo José Maria Arruda.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, que conta com cerca de 470 sócios e representa 40 a 50 por cento dos caçadores da ilha de S. Miguel.

Embora alegando não haver provas de nada, José Maria Arruda afirmou que este "é o pior vírus que chegou à região", sendo que "este não é só um problema dos caçadores, mas também de saúde pública".

A portaria publicada em Jornal Oficial a 11 de Dezembro refere que a confirmação desta doença nos coelhos bravos "está dependente dos resultados laboratoriais dos exames aos animais recolhidos", mas frisa que "se torna necessário impedir a disseminação da doença, através do exercício da caça, até que a mesma seja considerada extinta e que os seus efeitos, na população de coelho-bravo local, sejam devidamente avaliados", sendo também necessário "acautelar eventuais repercussões da doença, ao nível da saúde pública".

Para José Maria Arruda, são sobretudo os lavradores que mais prejudicados se sentem por causa dos coelhos.

Nos Açores, existem no total mais de 3.000 caçadores.

Lusa/SOL

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