quarta-feira, 9 de março de 2016

Fenareg diz-se apreensiva com inviabilização da obra de modernização do bloco de rega de Silves


por Ana Rita Costa- 8 Março, 2016

O Ministério do Ambiente inviabilizou as obras de modernização do bloco de rega de Silves, obra avaliada em 6,5 milhões de euros com financiamento do Proder, segundo a Fenareg. De acordo com uma nota enviada às redações pela Fenareg, a organização diz que encara "o protelar da ligação do novo bloco de rega do aproveitamento hidroagrícola de Silves ao adutor da barragem do Funcho" com "apreensão".

Segundo a Fenareg, estas obras irão "permitir a rega com sistema em pressão em cerca de 600 hectares, abrangendo mais de 700 agricultores. O funcionamento da nova rede de rega terá um efeito duplo: aumentar a eficiência do uso da água em 45%, que significa, por ano, uma poupança de água da ordem dos 2 milhões de m3 – o equivalente a 800 piscinas olímpicas – e com zero consumo de energia, uma das principais preocupações do setor da água -reduzir o uso da água, sem aumento no consumo de energia."

A Fenareg sublinha também que "existem compromissos assumidos pelo Estado e o impasse da ligação da nova infraestrutura de rega tem de ser ultrapassada para evitar o desperdício de água, garantindo o abastecimento conjunto aos vários usos."

Recentemente, o secretário de Estado do Ambiente referiu na Assembleia da República, durante o debate do Orçamento do Estado, que a obra de modernização do regadio da Barragem do Arade é "completamente ilegal", porque "não tem parecer da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], nem da ARH/Algarve".

Carlos Martins explicou que o sistema não pode ser utilizado com o recurso à água proveniente da albufeira do Funcho, uma vez que esta é de menor qualidade e pode colocar em causa o abastecimento público do Barlavento algarvio.

A importância das abelhas no desenvolvimento de culturas



 07 Março 2016, segunda-feira  AgroflorestalAgricultura

Um estudo publicado pela Universidade de Rhode Island, nos EUA, mostra a grande importância que as abelhas têm no desenvolvimento das culturas.
abelhas
A investigação conclui que as abelhas contribuem para a polinização de 150 tipos de culturas, ou seja, 84% do total, sendo que estas culturas têm um valor de produção de 22 mil milhões de dólares por ano.
Sem as abelhas, muitos produtos agrícolas poderão vir a desaparecer das prateleiras dos supermercados. Falamos de frutas e legumes, tais como maçãs, cebolas, cenouras, limões, beringelas, pepinos, brócolos, couve flor, etc.
Durante os últimos dez anos, a mortalidade das abelhas tem sido cada vez maior, sendo que parece estar completamente provado que os pesticidas da família dos neonicotinóides têm uma relação directa com a mortalidade, indica o documento.
Recorde-se que, para minimizar o impacto, a União Europeia já decretou a suspensão por dois anos deste tipo de produtos.
Fonte: Reuters

FAO alerta para sementes geneticamente modificadas não incluídas na classe OGM



 08 Março 2016, terça-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) informa que podem vir a ser registadas novas sementes que tenham sido geneticamente modificadas, mas que não são incluídas na classe dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM's). Isto devido às novas técnicas de reprodução que estão a ser postas em prática.
sementes
A FAO, apoiada por vários governos e empresas de biotecnologia, está a desenvolver a aprovação de um programa NBT (novas técnicas de reprodução), de modo a que as novas sementes obtidas e, apesar de a sua genética ter sido alterada, não sejam englobadas na classificação de OGM's.
A Europa também já está a dar autorizações para o desenvolvimento de plantas sobre a base de novas descobertas genéticas das mesmas e não alteração genética, mas que no fundo pode também vir a abrir a porta a esta nova classificação da FAO.
Os críticos dos OGM's já estão a reagir, afirmando que isto é tudo uma manobra para ocultar os OGM's, numa altura em que o consumidor está cada vez mais contra os OGM's.
Está lançada a polémica e, também, a Comissão está neste momento numa posição muito difícil, pois tem de decidir se considera as plantas produzidas, segundo as NBT como OGM's ou não.
Fonte: Agroinfo 

terça-feira, 8 de março de 2016

Talent Seed cria 30 novas vagas na empresa


Programa de desenvolvimento de talento ajuda a criar raízes na SUMOL+COMPAL

Portela de Carnaxide, 8 de março de 2016 – A SUMOL+COMPAL, líder portuguesa no sector das bebidas não alcoólicas, lança o programa Talent Seed, com 30 vagas, entre 20 estágios de curta duração, 6 estágios profissionais e 4 vagas para um programa de trainees. O objetivo é de atrair jovens talentos de elevado potencial, que marquem a diferença e semeiem talento na empresa, para nela criar raízes.
O Talent Seed foi desenhado para ser um programa transversal, com o objetivo de incorporar diferentes tipologias de estágio: Estágios Curriculares e de Verão, tipicamente de curta duração, destinados a estudantes do ensino superior e que visam proporcionar um primeiro contacto dos alunos com a SUMOL+COMPAL; Estágios Profissionais, desenvolvidos numa área operacional, visando dar resposta a uma necessidade específica da empresa e que ocorrem ao longo de todo o ano; e o Programa de Trainees, de elevada exigência, com a duração de um ano e com início em setembro de 2016.
Através do Talent Seed da SUMOL+COMPAL podem candidatar-se jovens estudantes, finalistas ou recém-diplomados, independentemente da área de estudos, que aspirem uma experiência desafiadora, exigente e marcante na sua evolução profissional.
Os candidatos que vierem a ser selecionados terão a oportunidade, ao longo dos diferentes programas, de aprender em contexto prático de trabalho os vários processos da SUMOL+COMPAL, conhecendo de perto a realidade de uma ou mais áreas de negócio da empresa. Os selecionados terão um acompanhamento permanente ao longo da sua evolução, com aconselhamento e sugestões de melhoria.
De acordo com Catarina Graça, diretora de Pessoas da SUMOL+COMPAL, "o programa foi lançado com o objetivo de atrair talento e para lançar as sementes que serão o futuro da empresa. Queremos atrair para o Talent Seed candidatos que demonstrem paixão, forte capacidade de resiliência, pro-atividade, capacidade de trabalho em equipa e um sentido crítico apurado".
As candidaturas ao Programa de Trainees já abriram, decorrendo até ao final de março, e poderão ser feitas através do endereço eletrónico talentseed@sumolcompal.pt.
Com a SUMOL+COMPAL as tuas ideias dão fruto!

Plano Nacional de Regadios deverá estar pronto daqui a quatro meses, anuncia Governo



O Plano Nacional de Regadios, que vai permitir avançar com a reabilitação e a criação de novas zonas de rega, deve estar concluído dentro de quatro meses, anunciou hoje o secretário de Estado das Florestas, Amândio Torres.

O programa do Governo "prevê a área de regadio, a reabilitação e modernização dos perímetros de rega degradados e a criação de novas áreas com potencial de ligação", afirmou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, estimando que o Plano esteja concluído "dentro de três a quatro meses".
Questionado pela agência Lusa, o governante explicou que o plano pretende "identificar todas as necessidades que existem em termos de obra [ao nível do regadio] e estabelecer um conjunto de prioridades, quer em termos de novos regadios, quer "de obras que estejam construídas e que precisem de renovação e melhorias".
A definição das prioridades será feita, segundo o Governante, "de acordo com um levantamento que está a ser ultimado", com base em dados recolhidos pelas direções regionais de agricultura do país.
O anúncio foi feito em Óbidos, onde Amândio Torres presidiu ao auto de consignação da rede de rega das baixas [terrenos agrícolas] de Óbidos, obra integrada num projeto de aproveitamento hidroagrícola reivindicado há 40 anos e que orçará, no total em 40,1 milhões de euros.
A construção de redes viárias e de uma barragem, concluída em 2005, absorveu já 14 milhões de euros, mas, apesar de concluída, a barragem não teve aproveitamento nos últimos dez anos, por faltar concluir a rede de rega, que irá permitir irrigar 1.200 hectares de terrenos e servir quase mil agricultores dos concelhos de Óbidos e Bombarral.
"Uma obra pública há muito tempo, e justificadamente, almejada pelos agricultores", lembrou o secretário de Estado, considerando que a rede de rega "irá permitir dar um novo fôlego à iniciativa privada e contribuir para a afirmação cada vez maior da agricultura desta região".
Para Amândio Torres é "este tipo de investimentos que faz a diferença e que, bem utilizado pelos empresários agrícolas, irá contribuir para alavancar o setor agrícola como uma das áreas de atividade que pode contribuir positivamente para a balança comercial [do país]" e o "necessário equilíbrio entre as importações e as exportações".
Um aspeto sublinhado também pelo presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, para quem a rede de rega "vai permitir duplicar, ou mesmo triplicar, as culturas, sobretudo hortícolas, na região".
Um acréscimo que permitirá desenvolver economicamente a região, onde, segundo o presidente da Associação de Regantes, "só 60% da área cultivada já é irrigada", representando um contributo de "2% para o Produto Interno Bruto (PIB)".
A cumprirem-se os prazos para a conclusão dos três blocos de rega incluídos no projeto (Óbidos, Amoreira e Bombarral), a expetativa do agricultor é que, dentro de ano e meio "possamos ter a rede de rega a funcionar" e, "duplicar a nossa contribuição para o PIB", disse Filipe Daniel.
A obra hoje consignada é referente à primeira fase da rede de rega e contemplará a construção de uma estação elevatória orçada em 4,6 milhões de euros.
Na segunda fase serão construídas uma rede de rega com 45.800 metros e uma rede de drenagem com 49.500 metros, totalizando a obra, no conjunto cerca de 28 milhões de euros.
Dinheiro Digital com Lusa

Governo desbloqueia investimento de 60 milhões de euros para agro-indústria



O primeiro pacote de candidaturas a fundos comunitários na área da agro-indústria, num total de 60 milhões de euros de investimento, vai começar ser desbloqueado a 08 de março, anunciou hoje o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

«Vamos começar a contratar os projetos, começando pelos que deram entrada em janeiro de 2015», anunciou o ministro, assegurando que o Orçamento do Estado (OE) terá «as verbas necessárias para assegurar 100% do programa» previsto para a agro-indústria.
Os projetos a contratualizar nesta primeira fase correspondem a «60 milhões de euros» de investimento na agro-indústria, um setor no qual Capoulas Santos disse à Agência Lusa ter encontrado «um grau de execução de zero por cento e candidaturas [no âmbito do Programa de Desenvolvimento Regional 2020,que vigora entre 2014 e 2010] bloqueadas há um ano».
Dinheiro Digital / Lusa

Leite e carne orgânicos possuem 50% mais ômega 3, segundo estudo


O leite e a carne orgânicos diferem dos produzidos convencionalmente na quantidade de certos nutrientes, em particular os níveis de ácidos gordos ômega 3, 50% mais elevados, apontou uma revisão de estudos científicos.
«A composição de ácidos gordos é definitivamente melhor», disse Carlo Leifert, professor de Agricultura Ecológica da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, e líder de uma equipa internacional que realizou a revisão.
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, e a Sheepdrove Trust, uma instituição de caridade britânica que apoia a pesquisa de agricultura e agropecuária orgânicas, pagaram pela análise, que custou cerca de 600 mil dólares.
No entanto, a questão de saber se essas diferenças se traduzem numa saúde melhor para quem consome carne e leite orgânicos ainda é algo discutível.
«Não temos essa resposta agora. Com base na composição, parece que são melhores para nós», disse Richard P. Bazinet, professor de Ciências Nutricionais da Universidade de Toronto, que não estava envolvido na pesquisa.
Os dois novos trabalhos científicos, publicados na revista especializada The British Journal of Nutrition, não são resultado de novas experiências; empregaram uma técnica estatística chamada meta-análise que tenta tirar conclusões mais concretas de muitos estudos díspares.
E certamente vão agitar o debate dos alimentos orgânicos; são ou não mais saudáveis? Alguns cientistas afirmam que orgânicos e convencionais são nutricionalmente indistinguíveis, e outros encontram benefícios significativos nos primeiros.
Os níveis mais elevados de ômega 3, um tipo de gordura polinsaturada benéfica para a redução do risco de doenças cardíacas, não vêm de atributos normalmente associados aos alimentos orgânicos – animais que não recebem antibióticos, hormonas ou alimentação geneticamente modificada –, mas sim da exigência que animais criados organicamente passem tempo ao ar livre.
O leite e a carne orgânicos provêm de gado criado no pasto, enquanto que a maioria dos convencionais vem do animal alimentado por ração.
Não há nada mágico. Tudo está relacionado com a alimentação dos animais

Cientistas africanos temem epidemia de fungo que já afeta bananas de Moçambique


Um fungo que mata a bananeira Cavendish e ameaça o comércio mundial de bananas já chegou a Moçambique, fazendo temer uma epidemia na África Subsaariana, segundo a página na Internet de informação científica para o desenvolvimento SciDev.Net.
Cientistas nos países em desenvolvimento procuram uma cura para este fungo, denominado Tropical Race 4, e que é a nova estirpe daquilo que se conhecia como Mal-do-Panamá.
Detetado nos anos 1990 na Malásia, o fungo escapou da Ásia em 2013 e em 2015 já tinha infetado plantações em Moçambique, assim como na Jordânia, Líbano e Paquistão.
Muitos cientistas temem que de Moçambique a doença se espalhe para o resto da África Subsaariana, lançando para a pobreza milhares de produtores de bananas.
"O impacto nas plantações afetadas é imenso, com perdas significativas de plantas e com a impossibilidade de erradicar o fungo dos solos afetados", disse Altus Viljoen, um especialista em doenças das plantas na Universidade Stellenbosch, na África do Sul.
A doença pode ser devastadora para os pequenos agricultores, que fornecem grande parte dos 17 milhões de toneladas de bananas Cavendish comercializados anualmente.
Na Indonésia e na Malásia, por exemplo, o fungo destruiu mais de 5.000 hectares de bananas Cavendish entre 1992 e 1993, disse Agustin Molina, que lidera a investigação sobre a doença na região Ásia-Pacífico para a organização científica internacional Bioversity International.
Apesar de todos os esforços, a Tropical Race 4 já chegou a Moçambique e outros países da África Oriental muito dependentes da exportação de bananas - como o Uganda - temem uma epidemia.
"Se nada for feito nos próximos dez anos, perder-se-ão milhares de milhões de dólares em colheitas", afirmou Enoch Kikulwe, cientista na sucursal ugandesa da Bioversity International.
Apesar da preocupação dos cientistas africanos, a maior ameaça é para a região da América Latina e Caraíbas, responsável por 25% da produção mundial de bananas e por 80% das exportações mundiais.
Já em 2014, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) exortara os países, especialmente da América Latina, para reforçarem a prevenção deste fungo.
Segundo a FAO, a banana é a oitava cultura alimentar mais importante no mundo e o quarto alimento mais importante entre os países menos desenvolvidos, pelo que "a disseminação da doença da banana "poderia ter um impacto significativo sobre os produtores, comerciantes e famílias que dependem da indústria da banana", disse na altura Fazil Dusunceli, patologista de plantas da FAO.
A doença é transmitida pelo solo e o fungo pode permanecer ativo durante décadas, pelo que estando presente num campo não pode ser totalmente controlada pelas práticas e fungicidas (que destrói fungos) atualmente disponíveis.
Segundo a FAO, a melhor maneira de combater a doença é evitar a sua propagação, o que inclui evitar o movimento de materiais de plantas doentes e as partículas do solo contaminadas.
Segundo a Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, a exportação de bananas rende mais de 70 milhões de dólares (64,5 milhões de euros) anuais ao país.
Diário Digital com Lusa

Cientistas dizem que dejectos podem tornar-se em combustível para os nossos carros


Esqueça os híbridos, veículos eléctricos e carros movidos a hidrogénio. Cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), Los Angeles, querem que os seus dejectos sejam usados para abastecer os carros do futuro.
Os EUA produzem um monte de esterco todos os anos: mais de mil milhões de toneladas. Todo este resíduo está a aumentar as emissões de gases com efeito estufa na atmosfera, segundo David Wernick, estudante da UCLA.
Por essa razão, ele e os seus colegas estão a tentar usar os dejectos para produzir novas formas de biocombustíveis. «Estamos a trabalhar com tudo, como restos de agricultura, resíduos da cidade como esgoto, vegetais, celulose e até dióxido carbono retirado da atmosfera», disse Wernick num vídeo sobre a sua pesquisa.
Quando se fala de combustíveis líquidos, o mercado é dominado por gasolina e gasóleo - todos componentes com hidrocarbonetos provenientes de petróleo bruto. E há uma importante razão para que isso aconteça; são baratos, abundantes (por enquanto) e altamente densos em energia. De modo geral, quanto maior for a densidade de energia do seu combustível, melhor será, pois significa que pode transportar e armazenar muito mais energia com o mesmo volume. Eles também têm altas taxas de eficiência energética.
Para constar, biocombustíveis, como o etanol derivado do milho, ainda não conseguem competir com os combustíveis fósseis líquidos.
Além disso, o etanol corrói tubulações de metal, e ainda não é compatível com a infraestrutura existente. Precisa de modificações especiais para fazer o seu carro aceitar esse tipo de combustível ou biocombustíveis similares.
Wernick e a equipa da UCLA acreditam que podem levar os biocombustíveis a um novo patamar. A ideia é modificar bactérias para serem mais eficientes na quebra de proteínas nos excrementos humanos, assim com outros dejectos ricos em proteína, como água obtida em estações de tratamento e todos os produtos do processo de fermentação do vinho, etanol e cerveja.
«A maioria desses organismos não consomem proteína para convertê-la num produto», explica Wernick. «Eles encontram proteína no ambiente e utilizam-na para crescer.» A sua bactéria modificada usará algumas proteínas para produzir biocombustível feito com excrementos - sem a necessidade de interferência de tecnologia automotiva: «Poderá colocar o combustível directamente no carro e funcionará.»

Ataque de lobos mata centenas de ovelhas e cabras em Vila Real

VIDEO

07.03.2016 às 14h134



Numa aldeia de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, quase meia centena de ovelhas e cabras foram ontem mortas e gravemente feridas. pelo que os produtores dizem ter sido um ataque de lobos. Algumas imagens podem impressionar as pessoas mais sensíveis.

GPP: SIAZ Sistema de Informação sobre o Azeite e a Azeitona de Mesa

SIAZ – GPP estima que a produção agrícola nacional de Azeitona de Mesa tenha atingido 18 mil toneladas na Campanha 2015-2016

SIAZ – GPP estima que a produção nacional de azeite ultrapasse as 92 mil toneladas (estimativas preliminares), na campanha 2015-16, um aumento superior a 30% relativamente à produção média das últimas 5 campanhas e superior a 50% em relação à produção da campanha anterior.

CNA: Concentração de agricultores 14 de Março 2016

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CONCENTRAÇÃO  DE  AGRICULTORES  -- 14   MARÇO  -  2016  -  (11H 30)
FRENTE  À  DELEGAÇÃO  DA  DRAPNORTE -  SRª  DA  HORA  -  MATOSINHOS
COM  IDA  ATÉ  JUNTO  DE  DOIS  HIPERMERCADOS

C N A  -  APPLC  - E  OUTRAS  ORGANIZAÇÕES   DA  LAVOURA
JUNTAS  NA  DEFESA  DA  PRODUÇÃO  NACIONAL  DE  LEITE (E CARNE)
SALVEMOS  A  PRODUÇÃO  NACIONAL  E  O  NOSSO  TRABALHO !

A  CNA e a sua Filiada  APPLC, Associação Portuguesa de Produtores de Leite e Carne, em conjunto com outras Organizações da Lavoura, vão realizar uma Concentração-Manifestação de Agricultores – em especial Produtores de Leite (e Carne) – na Segunda-Feira, 14 de Março – início às 11h30 – frente à Delegação da DRAPNorte, na Sra. da Hora, em Matosinhos.
Os Participantes vão depois parar junto a dois Hipermercados da zona para também aí assinalarem reclamações específicas perante as práticas comerciais abusivas que as grandes superfícies comerciais continuam a praticar e que têm contribuído para a grave crise que arrasa a Pecuária Nacional – Leite e Carne. É pois indispensável a regulação legislativa e a fiscalização da actividade dos Hipermercados. 
Oportunidade para também se reclamar ao Ministério da Agricultura e ao Governo:
-- A criação de condições para escoamento, a melhores preços à Produção, dos nossos Produtos Agro-Alimentares, a começar pelo Leite e Carne, para o que também terá que haver controlo severo das Importações (como está a fazer a Espanha desde há meses).  
-- Uma "retirada" à Produção – uma compra pública a preços compensadores – dos Vitelos e das Vacas já fora da Produção Leiteira.
-- A isenção temporária do pagamento das Contribuições Mensais para a Segurança Social e sem perda de direitos.
-- O reembolso de parte do consumo da Electricidade "Verde".
-- O aumento da Ajuda – ligada à Produção – à Vaca Leiteira.
-- O consumo prioritário da Produção Nacional nas Cantinas Públicas e o fomento dos Mercados de proximidade. 

NA  U E  IMPÕE-SE  A   REGULAÇÃO  PÚBLICA   DA  PRODUÇÃO  E  DO MERCADO ! 
AJUDAS  PARA  CONTINUAR  A  PRODUZIR  E  NÃO  PARA  DEIXAR  DE  PRODUZIR !
Entretanto, nesse mesmo dia 14 de Março, o Ministro da Agricultura estará em Bruxelas numa reunião do Conselho Agrícola (dos Ministros da PAC) em que de novo vai estar em discussão o tema do Leite e da Carne Suína.
O Leite e a Carne Suína são produções estratégicas para a soberania alimentar do País, para a economia nacional e para a nossa alimentação. 
Nesse contexto, a CNA e a APPLC reafirmam que – a nível da UE – o Ministério da Agricultura e o Governo devem lutar, e sem mais hesitações, para a retoma de mecanismos públicos de controlo da produção e dos mercados como as "quotas" leiteiras nacionais cujo fim determina, em grande parte, a actual crise. E também o aumento do preço à "Intervenção" (compra pública) de Leite / Lacticínios e de Carne.
É pois mais um grave erro estratégico admitir – como parece que admite o Ministro da Agricultura – a redução, com Ajudas Públicas, da Produção Nacional de Leite e Carne Suína e ainda que de "forma voluntária e temporária" como nos dizem 
com sofisma.
Aquilo que é necessário conseguir-se, são Ajudas de facto excepcionais para fazer frente a uma situação de excepcional gravidade. Mas para também assim apoiar e manter os Produtores Pecuários a produzir, para não deitar a perder os vultosos investimentos – públicos e privados – feitos neste sector e para se garantir qualidade alimentar à nossa População !

Coimbra, 7 de Março de 2016       
A Direcção da C N A

segunda-feira, 7 de março de 2016

Azeitonas, cenouras e iogurtes: A nova geração de rações animais


Produzido por Julián López Gómez

29/02 11:15 CET 

Leitões alimentados, em grande medida, com resíduos de azeitonas. É apenas um dos originais menus que resultam de um ambicioso projeto de investigação em nutrição animal.

Uma mistura de soja com cereais e restos de azeitonas provenientes da produção de azeite – é o prato do dia nesta suinicultura em Melle, na Bélgica. Na verdade, tudo isto faz parte de um estudo que pretende identificar os alimentos mais apropriados para reforçar a saúde dos animais. "Os níveis de crescimento são bons. E o volume de alimentos consumido por cada unidade é mais reduzido. Nas análises que temos feito ao aparelho digestivo e ao sistema imunitário dos animais, está tudo ótimo", salienta o microbiólogo Geert Bruggeman.

Normalmente, os resíduos alimentares utilizados na comida para animais têm de passar por um processo de secagem de forma a garantir um período de validade aceitável. O projeto europeu Noshan desenvolveu um sistema curiosamente à base de água para secar legumes como cenouras ou subprodutos do iogurte.

Bart Van Droogenbroeck, bioengenheiro do centro ILVO-Food Pilot, explica-nos o método: "Os resíduos passam num tapete por cima de água quente. O calor gerado seca-os, mas deixando alguma humidade. Leva de três a cinco minutos, é mais rápido do que os outros sistemas. O calor vai evaporar a água que se encontra dentro do alimento e que é responsável pela sua deterioração."


Segundo Karen Verstraete, especialista do mesmo centro, "durante a secagem, os alimentos são mantidos relativamente frios. Assim conservam as vitaminas, as cores, os nutrientes, os antioxidantes, o sabor. Esses elementos estão todos presentes no produto final, mas de forma concentrada."

Anualmente produzem-se cerca de 100 milhões de toneladas de resíduos alimentares na União Europeia. Os investigadores têm, portanto, matéria-prima mais do que suficiente para procurar os elementos mais ricos em péptidos, antioxidantes ou oligossacaradíeos que garantam aos animais uma saúde melhor. Esta nova geração de produtos tem sido administrada a aves e suínos.

"Pretendemos estudar melhor os resíduos que não costumam ser muito valorizados, como as cascas de cebola. Vamos analisar, ao detalhe, os componentes mais ativos e os que produzem mais consequências biológicas sobre os animais. A partir daí, podemos adaptar melhor o processo à medida de cada contexto", diz-nos a cientista Kathy Elst.

Montse Jorba Rafart, coordenadora do projeto Noshan, afirma que já foi elaborado "um catálogo de 42 produtos à base de resíduos alimentares que são produzidos na Europa. Esses resíduos foram categorizados de acordo com vários critérios: a nível químico, físico, microbiológico, e da segurança. Tudo isto para identificar quais são os elementos mais pertinentes para as rações animais."

Estes produtos deverão ser comercializados dentro de dois a três anos.

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Preços pagos à produção provocam «momento dramático» na agricultura


Mar 01, 2016Notícias01
João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), esteve presente na Frutalvor, durante a apresentação dos novos prémios do Clube de Produtores do Continente, e demonstrou a sua preocupação pelo «desequilíbrio» entre os custos de produção e os preços pagos aos produtores.

Para o responsável da CAP, vivem-se «momentos dramáticos», pelo que os preços dos factores de produção como a água e a energia «não podem continuar a aumentar». «Não é possível termos custos de produção cada vez maiores e preços ao consumidor cada vez menores», declarou.

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural
O ministro da Agricultura durante a sua intervenção.

Também presente no evento, Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, declarou que «a produção, a agro-indústria, a organização dos produtores e mesmo a distribuição são muito diferentes hoje do que eram há vinte anos atrás» e lamentou que «nestas duas décadas, o preço pago aos produtores não tenha acompanhado esta evolução».

Capoulas Santos assegurou que «sempre estarei disponível para ser um ponto de intermediação e facilitação do diálogo para que a justa distribuição da cadeia de valores possa ser tão equilibrada como todos gostaríamos».

Mértola reflete sobre Figo-da-Índia



 06 Março 2016, domingo  Pequenos Frutos
A 10 de março de 2016 tem lugar no Centro de Acolhimento da Amendoeira da Serra, em Mértola, um evento que irá debater o projeto "Cooperação para a Inovação no Figo-da-Índia: fruto desidratado". 
figo da india
Organizado pelo Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos  (CEVRM), a iniciativa irá debater o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), O projeto "Cooperação para a Inovação no Figo-da-Índia: fruto desidratado", "Transformação do Figo-da-Índia com aplicação de métodos de desidradatação, "Caracterização físico-química, nutricional, sensorial e microbiológica de novos produtos alimentares à base de figo-da-índia desidratado".
A par destes temas serão ainda dados a conhecer alguns exemplos práticos como um "Pomar experimental de plantas-mãe de figueira-da-índia.
Será ainda apresentado o livro "A cultura da Figueira-da-índia e a valorização agro-industrial do fruto".
No evento participam Manuela Oliveira, António Passarinho, Maria Elvira Ferreira, Inocêncio Seita Coelho, Margarida Lobo Sapata, Armando Ferreira e Luís Andrada (INIAV).
A inscrição é gratuita mas obrigatória e pode ser efetuada através dos seguintes contactos:
Telefone:967758886
E-mail: técnico@cevrm.pt 

Museu do Vinho Verde não será "uma mera exposição"

04 DE MARÇO DE 2016

É inaugurado esta sexta-feira, em Ponte de Lima, o Museu do Vinho Verde. A Comissão de Viticultura quer que seja uma estrutura viva, "um espaço de provas e experiências relacionadas com o Vinho Verde".

O presidente da Comissão de Viticultura da região dos vinhos verdes assegura que o novo museu não será apenas um local onde se poderão visitar exposições e conhecer a história deste vinho.

O jornalista Joaquim Ferreira ouviu o presidente da Comissão de Viticultura da região dos vinhos verdes sobre o novo museu.
Manuel Pinheiro promete que "todos os dias o visitante encontrará provas livres, cursos de prova, caminhadas pelas vinhas. Uma série de iniciativas que o levarão a conhecer o vinho verde e não apenas uma exposição extática".

A região demarcada do vinho verde estende-se pelo noroeste português, na região conhecida com Entre-Douro-e-Minho e tem nove sub-regiões.

Manuel Pinheiro defende que há boas razões para que o museu tenha sido criado em Ponte de Lima. "Esta zona do vale do Lima, que vai quase até Viana, é muito importante sobretudo pela produção do Loureiro que é uma das castas mais populares e que produz melhores vinhos. Produz bons vinhos há séculos".

Em termos económicos o vinho verde tem conquistado relevância, tanto no mercado externo como no mercado interno. Manuel Pinheiro diz que a região se "tem reinventado para produzir melhores vinhos em todos os anos. Hoje é muito conhecido no mercado nacional e nos mercados externos. 2015 foi o ano recorde de exportações". No ano passado as exportações atingiram 40 milhões de euros e chegaram a 104 mercados.

O museu que representa esta cultura resulta de uma parceria entre a Câmara de Ponte de Lima e a Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes que investiu no projeto perto de 500 mil euros.

ASAE apreende vinho e mercadoria avaliados em mais de 90 mil euros


A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu mais de 75 mil litros de vinho e abriu dois processos-crime por fraude sobre mercadoria.
Em ações desencadeadas esta semana, a ASAE apreendeu mercadoria de valor superior a 90 mil euros.
Segundo um comunicado desta autoridade hoje divulgado, esta semana, a Unidade Regional do Sul da ASAE apreendeu 30 mil litros de vinho, tinto e branco.
"A ação decorreu em três operadores económicos, produtor, armazenista e embalador, nos distritos de Lisboa e Leiria, onde se verificou o enchimento de vinho de mistura da UE (União Europeia) em embalagens Bag in Box de capacidade de 5 l [litros], que estavam a ser introduzidos no circuito comercial, com a designação de 'Vinho de Portugal'. Foi ainda instaurado um processo de contraordenação por falta de identificação dos produtos vitivinícolas e deficiente rastreabilidade", lê-se no comunicado da ASAE.
Numa outra ação de fiscalização, levada a cabo também esta semana pela Unidade Regional do Centro, nos concelhos de Coimbra, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, e que teve como alvo três armazenistas de vinhos, a ASAE instaurou "três processos de contraordenação por irregularidades na rotulagem, designadamente por inexatidão de indicações legalmente obrigatórias e por falta de inscrição obrigatória para o exercício da atividade".
"Como resultado desta intervenção, foram apreendidos mais de 43.000 litros de vinho (branco, tinto e aromatizado), 1.093 litros de aguardente, 1.200 litros de vinho espumante, e ainda 5.200 rótulos", precisa o comunicado da ASAE.
Diário Digital com Lusa

Nunca vendemos tanto vinho tão caro como em 2015



MARIA JOÃO GALA / GLOBAL IMAGENS
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Portugal exportou mais de 737 milhões de euros de vinho, o valor mais alto de sempre. Setor dos espumantes é o mais rentável

Portugal está a exportar menos vinho, mas está a vendê-lo mais caro. Pelo sexto ano consecutivo, as exportações portuguesas de vinho cresceram em valor. E em 2015 novo máximo histórico foi atingido com 737,3 milhões de euros vendidos aos mercados internacionais. O preço médio é de 2,63 euros, o mais elevado de sempre. Cada litro foi vendido, em média, 2,8% acima de 2014.

Os dados são do Instituto da Vinha e do Vinho, cujo presidente considera os números "muito positivos", sobretudo atendendo à performance do mercado angolano. "É o principal destino extracomunitário dos vinhos portugueses e caiu no ano passado quase 24%", frisa Frederico Falcão, que destaca o crescimento sustentado do valor dos vinhos portugueses no mundo nos últimos seis anos.

De facto, desde 2010, Portugal aumentou em mais de 20% as suas exportações de vinho, o correspondente a mais 123 milhões de euros arrecadados em seis anos. Já no que ao preço médio diz respeito, o crescimento contínuo data apenas de 2011, mas desde então aumentou 23,4%. Em 2014, Portugal tinha o quarto maior preço médio de exportação, só ultrapassado pela França, pela Nova Zelândia e pelos Estados Unidos.

Os maiores contributos para esta evolução advêm dos espumantes, cujo preço médio é já de 8,25 euros por litro, uma valorização de quase três vezes mais face a 2011. O vinho da Madeira é o segundo no ranking dos mais bem pagos, com um preço médio de 6,31 euros por litro (um crescimento de 26,5% nos últimos cinco anos). Já o vinho do Porto, que ocupa a terceira posição, só se valorizou 11% e está nos 4,69 euros.

Em termos de mercados de destino, saiba que o Reino Unido, com 4,02 euros de preço médio, os Estados Unidos e o Canadá, ambos com quatro euros por litro, e Espanha, com 3,87 euros, são os países que mais caro estão dispostos a pagar o vinho português.

E a que se deve a redução das exportações em volume? Essencialmente a uma quebra de vendas no vinho sem origem, engarrafado e a granel. No total, venderam-se menos 62 272 hectolitros deste vinho, habitualmente designado por corrente e, como tal, de preço baixo. O maior crescimento, em volume, coube ao segmento do vinho da Madeira, mais 9,1%, e do vinho com indicação geográfica, que cresceu 4%.

E quanto a 2016, o que se perspetiva para o setor do vinho? "O nosso intuito é, claramente, continuar a crescer todos os anos e temos fortes esperanças de que isso se verifique novamente em 2016", sublinha o presidente do IVV. Frederico Falcão reconhece as debilidades do mercado angolano, bem como do brasileiro, mas acredita que será possível ultrapassar essas limitações.

"É natural que as exportações para Angola venham a cair ainda um pouco mais, mas esperemos que o mercado comece a estabilizar. De qualquer forma, temos imensos destinos novos a crescer muito, como os casos da China e da Polónia, que poderão ajudar a suprir essas debilidades. Sem falar, claro, de mercados estratégicos para Portugal, como os Estados Unidos e o Canadá, que estão, também, a crescer muito [16,3% e 14,6% respetivamente]", frisa este responsável.

domingo, 6 de março de 2016

“Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa" em livro



 06 Março 2016, domingo  Agroflorestal

"Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa – Interações e Gestão Integrada" é título do livro recentemente publicado pela Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) e coordenado por Edmundo Sousa (INIAV – Instituto de Investigação Agrária e Veterinária), Fernando Vale (FNAPF) e por Isabel Abrantes (IMAR – CMA, Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra). 
pinheiro
Esta obra é editada em duas línguas, português e inglês, e acompanhada por um Guia de Campo e um filme.
O livro divide-se em sete capítulos, ao longo dos quais é feita uma abordagem diversa e complementar da doença, nomeadamente, a história da Doença da Murchidão do Pinheiro, a relação entre o nemátode e a planta, entre o nemátode e o seu vetor, entre o vetor e a planta, o trinómio Bactéria- Nemátode- Planta, a análise da relação entre os factores abióticos/bióticos - planta e, por último, a gestão Integrada da Doença da Murchidão do Pinheiro.
O livro foi apresentado a 19 de fevereiro, no Buçaco, por Francisco Castro Rego com a presença de Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.
Na intervenção de abertura da sessão, o presidente da FNAPF, José Vasco de Campos aludiu à necessidade de se pensar numa «estratégia de convívio com a doença e travar a sua evolução» sendo para isso necessária uma adequada gestão integrada do pinhal de modo a impedir o alastramento da doença, que é ainda considerada um problema fitossanitário grave. 
Francisco Castro Rego considerou que «é fundamental agrupar conhecimento, mas que seja divulgado e transferido para a prática, essa é a grande virtude deste livro».
«Não basta criar conhecimento, é preciso divulgá-lo e utilizá-lo», enfatizou Castro Rego. 
«A dimensão científica, a procura de conhecimento sobre o nemátode, vetor e planta é importante, mas a sua percepção pelos políticos, pelo público e a sua transformação em acção, este interface, é de grande complexidade. Nem sempre aquilo que a ciência faz é ouvido pelo poder político e passado à ação», disse ainda Castro Rego.
Por sua vez, o Secretário de Estado das Florestas apontou a falta de gestão ativa na floresta como um dos principais fatores que favoreceram o avanço da doença, razão que explica o facto de nas matas nacionais o avanço da doença ter ficado aquém das matas privadas. «Estamos destinados a conviver com a doença, temos que passar à gestão activa», acrescentou Amândio Torres.
A necessidade de caminhar para sistemas de gestão mais adequados, como por exemplo sociedades de gestão florestal a constituir a partir das ZIF – Zonas de Intervenção Florestal e a criação de modelos de gestão técnica para as áreas comunitárias, foram a principal mensagem do Secretário de Estado nesta sessão.

Mês de Fevereiro chuvoso, com valores médios de precipitação mais altos desde 2000 a

 04-03-2016 

 
O mês de Fevereiro foi chuvoso, tendo o valor médio da quantidade de precipitação sido o mais alto desde o ano 2000, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera  

De acordo com o boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), publicado esta sexta-feira na sua página da Internet, o valor médio da quantidade de precipitação, 150.0 milímetros, foi superior ao valor médio, de 150 por cento, sendo o terceiro valor mais alto desde 2000.

O instituto salienta que nos primeiros 15 dias do mês de Fevereiro, os valores da quantidade de precipitação excederam o correspondente valor médio mensal em algumas estações do norte e do centro.

O IPMA destacou também que, entre 07 e 15 de Fevereiro, houve chuva diária persistente, com valores acumulados acima dos 300 milímetros em alguns locais das regiões noroeste e do centro, superiores a 400 mm na Serra da Peneda-Gerês e na Serra da Estrela.

Segundo o organismo, no dia 14 de Fevereiro registou-se ocorrência de vento forte: maiores valores de rajada de 118,8 quilómetros/hora e de 116,6 km/hora, respectivamente no Porto e no Cabo Carvoeiro, em Peniche.

O IPMA fez também referência para os últimos dias do mês, entre 26 e 28, que registaram temperaturas «bastante abaixo do normal», tendo ocorrido chuva forte, vento muito forte, granizo, trovoada e queda de neve.

«Nos dias 26 e 27 de Fevereiro verificou-se queda de neve nas regiões do norte e centro, em alguns locais a cotas de 600 metros, no dia 26, e 300 metros no dia 27».

Neste último dia ocorreu também neve nas regiões mais a sul, nomeadamente nas Serras de Aire, Candeeiros, Montejunto, São Mamede e Monchique, adianta o instituto.

Fonte: Diáriodigital

Copa-Cogeca destaca medidas para terminar com crise na agricultura e pede à UE que actue

04-03-2016 
 
 
No âmbito da reunião entre os eurodeputados e o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, na próxima segunda-feira, o Copa e a Cogeca destacam as medidas necessárias para ajudar a colocar um fim à crise da agricultura europeia e pede à União Europeia que actue.

O secretério-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, alertou para «os protestos por toda a Europa. Muitos produtores devem cessar as suas actividades devido a graves problemas de liquidez, com preços de mercado que não cobrem os custos das matérias-primas. Perderam o seu principal mercado de exportação, a Rússia, um valor de 5,1 milhões e euros, como consequência da política internacional. Os preços das matérias-primas estão a fugir do controlo, em particular os custos dos fertilizantes, e o colapso nos preços do petróleo afecta gravemente os preços dos produtos básicos».

Dando destaque às medidas, Pesonen disse que «em resposta a esta crise sem precedentes», querem conseguir a reabertura do mercado russo, agilizar as negociações com o Japão, intensificar as medidas de promoção e utilizar os seguros de créditos de exportação. Tendo em conta os escassos instrumentos que nos deixam, é necessário reforçar as medidas utilizadas para gerir o mercado, incluindo um aumento temporário do preço de intervenção do leite da União Europeia (UE) e ampliar o regime de ajuda ao armazenamento privado para os produtos de carne de porco e lacticínios».

As ferramentas de mercado para as frutas e hortícolas têm de ser avaliadas como o preço mínimo de entrada de importações de tomate para a UE. Deve combater-se as práticas comerciais desleais ao longo da cadeia alimentar para que os agricultores consigam melhores preços pelos seus produtos e não sejam tratados injustamente pela distribuição. O preço das matérias-primas pode diminuir ao retirar os direitos de importação, em particular para os fertilizantes, como mostra uma nova informação publicada esta semana.

É necessário aliviar a dívida, empréstimos para investimentos por parte do Banco Europeu de Investimento (BEI), ajudas estatais e um ajuste do tecto do auxílio de mínimos Por outro lado, os Estados-membros também devem utilizar plenamente as ferramentas que colocam à sua disposição a política de desenvolvimento rural da UE e os regimes nacionais para ajudar os agricultores a gerirem melhor o risco.

Na próxima segunda-feira o Copa e a Cogeca reúnem, em Estrasburgo, cok os eurodeputados e o comissário Phil Hogan, onde vão apresentar as suas exigências. As organizações entendem que a Comissão analise a possibilidade de introduzir os seguros de créditos de exportação e de liberalizar em pleno o mercado dos fertilizantes.

Solicitam aos eurodeputados, a Phil Hogan e aos ministros da Agricultura para enfrentarem directamente a crise e garantirem aos agricultores um futuro viável, capaz de responder à crescente procura e resolver o problema da fome e da desnutrição. Pelo que vão intensificar a pressão até à próxima reunião dos ministros, que terá lugar a 14 de Março.

Fonte: Copa-Cogeca

Índice de preços dos alimentos da FAO estável

04-03-2016 
 
O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação manteve-se estável em Fevereiro. A compensar, a queda de preços do açúcar e os lacticínios e uma forte subida dos preços dos óleos vegetais em relação ao mês anterior.

Com uma média mensal de 150,2 pontos, o índice de preços da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) manteve-se praticamente sem alterações frente ao valor revisto de 150,0 pontos de Janeiro, com uma descida de 14,5 por cento em relação a Fevereiro de 2015.

A FAO também publicou o seu primeiro prognóstico para a colheita mundial de trigo em 2016, com uma porjecção de 723 milhões de toneladas de produção total, cerca de menos de 10 milhões de toneladas que a produção recorde do ano passado.

O índice de preços dos alimentos da FAO é um índice ponderado em base das trocas comerciais que faz o seguimento dos preços internacionais de cinco principais grupos de produtos básicos alimentares, como os cereais, óleos vegetais, lacticínios, carne e açúcar.

Rompendo a tendência geral estável de Fevereiro, deu-se um forte aumento do índice de preços de óleos vegetais da FAO, que subiu 8,0 por cento em relação ao mês anterior. Esta alta foi impulsionada por um aumento de 13 por cento no óleo de palma, que subiu depois das notícias de uma queda de inventários e más perspectivas de produção num futuro próximo. Como resultado, os preços do óleo de soja foram reforçados.

Assim, o comportamento de outros produtos básicos compensou significativamente esse aumento. O índice de preços do açúcar da FAO diminuiu 6,2 por cento frente a Janeiro, impulsionado pelas abundantes reservas mundiais e melhores condições das culturas no Brasil, o maior produtor e exportador do mundo.

O índice e preços dos lacticínios da FAO caiu 2,1 por cento em Fevereiro devido à débil procura de importações, em especial, por parte da China. Os preços dos principais cereais do mundo mantiveram-se em geral estáveis. O índice da FAO desceu apenas cerca de meio ponto percentual em relação ao mês anterior, mas estava 13,7 por cento abaixo de um ano antes. Os preços do trigo caíram 1,5 por cento e do milho apenas ligeiramente, enquanto os preços do arroz passaram por um modesto aumento.

Entretanto, o +índice de preços da carne da FAO aumentou ligeiramente, impulsionado por limitações da oferta de carne e bovino da Austrália e dos Estados Unidos, assim como as ajudas ao armazenamento privado de carne de porco na União Europeia. Os preços das aves domésticas desceram, devido aos menores custos com rações.

Fonte: Agrodigital

Investimento no Alqueva «valeu a pena», sublinha Passos



O líder do PSD considerou hoje que o investimento no Alqueva «valeu a pena» e «mudou radicalmente» a paisagem do Alentejo, onde há «potencial de crescimento», mas é preciso criar um clima de confiança que permita outros investimentos.


   
"Houve um investimento importante que se realizou com o Alqueva, que mudou radicalmente a paisagem alentejana, facto que se vem confirmando a cada ano e sobretudo nos últimos anos", disse Pedro Passos Coelho.
Segundo o também antigo primeiro-ministro, que falava aos jornalistas após ter visitado uma barragem do projeto e uma exploração agrícola de produção de morangos no concelho de Beja, no âmbito da sua recandidatura à liderança do PSD, "valeu a pena ter feito realmente um esforço muito grande de investimento primário em toda a área do Alqueva".
"Tenho a certeza de que há aqui [na área de influência do Alqueva, no Alentejo], agora, um potencial de crescimento muito grande", mas "é preciso que haja uma aposta, nacional também, em criar boas condições" para que outros investimentos se possam concretizar, "porque sempre que há um investidor há risco", afirmou.
No entanto, sublinhou, "nem todos os riscos podem ser corridos e é preciso que o contexto geral gere a confiança suficiente para quem quer assumir alguns riscos possa realmente investir e andar para a frente".
"É preciso que, de um modo geral, as autoridades no país possam, junto dos investidores, criar um clima de confiança que permita que estes investimentos venham a acontecer", defendeu.
Segundo Pedro Passos Coelho, pelo menos no Alentejo, "durante muito tempo havia terra, mas não havia água, agora há as duas coisas, água e terra, e isso permitirá que muitas ideias, muitos projetos possam sair das gavetas, das intenções e passem à prática", disse.
"Isso será decisivo para mudar o panorama de produção nacional, continuar a aumentar o potencial exportador do país e, em particular, numa área tão dinâmica" como a agricultura.
No caso da agricultura, "há uma parte importante" que está relacionada com o novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020, que "é importante que comece também a desenvolver-se mais rapidamente", disse.
"Havia, pelo menos, a expetativa criada pelo Governo de que seria assim, que agora as coisas andariam mais depressa, os instrumentos estavam lá todos, os regulamentos aprovados, agora é importante começar a por no terreno as decisões relativas aos projetos que foram candidatados para que as coisas possam avançar", defendeu.
Pedro Passos Coelho considerou "importante que tivéssemos tido nos últimos anos, ao nível da agricultura, os fundos europeus com pleno aproveitamento", referindo que o anterior Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) 2007-2013 "teve uma execução absoluta, o que foi muitíssimo bom".
"É preciso agora que haja continuidade neste processo e, uma vez que já temos as condições de base, é importante tirar partido delas. Agora é preciso que as coisas tenham sequência e que haja na parte de apreciação e de decisão mais rapidez para que as coisas possam funcionar como todos desejamos", defendeu.
Dinheiro Digital com Lusa

Governo quer garantir autenticidade do queijo certificado da Serra da Estrela


O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse hoje que o Governo "tudo fará" para assegurar a autenticidade do queijo certificado da Serra da Estrela.

"Quando se confunde gato por lebre, todos são tratados como gato", afirmou Capoulas Santos, ao intervir na cerimónia de abertura da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra.
A pureza do queijo Serra da Estrela com denominação de origem protegida (DOP) constitui "um testemunho de homenagem para aqueles que conseguem produzir algo que é único no mundo", salientou.
Neste contexto, o ministro da Agricultura disse que o Governo vai apostar na "simplificação do processo" de instalação e legalização das "pequenas queijarias".
Ao assinalar os 100 dias do executivo liderado por António Costa, com apoio parlamentar dos partidos da esquerda (PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes), Luís Capoulas Santos frisou que o Governo "pretende reconciliar o país consigo próprio", além de procurar "dar estabilidade" aos portugueses.
O Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, também vai participar esta tarde no programa da 25ª Festa do Queijo da Serra da Estrela, estando prevista a sua intervenção nos Paços do Concelho de Oliveira do Hospital.
Dinheiro Digital com Lusa

Primeiro-ministro promete continuar valorização do vinho do Porto



 05 Março 2016, sábado  Viticultura
O primeiro-ministro, António Costa, assinalou esta sexta-feira a «importância» que o vinho do Porto tem para o Governo e para a economia nacional, comprometendo-se a continuar a «valorizá-lo como grande produto bandeira» do país.
vinho
«Tem que haver um trabalho conjunto, dos diferentes setores económicos desta fileira, porque só assim nós faremos aquilo que o vinho do Porto merece que façamos que é continuar a valorizá-lo como grande produto bandeira do nosso país», afirmou o primeiro-ministro na cerimónia de tomada de posso dos novos corpos gerentes da AEVP - Associação das Empresas de Vinho do Porto.
Para o governante, «o vinho do Porto tem uma importância muito grande para o país enquanto representante da qualidade do que o país sabe produzir». 
«O vinho do Porto não é só importante na atividade vinícola. A paisagem que o homem construiu no vale do Douro, e que hoje é património da humanidade, tem tido uma importância extraordinária no desenvolvimento de outra área de atividade da maior importância para o país que é o turismo», acrescentou. 
Costa defendeu por isso ser «importante que haja um grande trabalho de estabilização e valorização de toda esta fileira» quer do ponto de vista da produção agrícola, quer da produção vinícola, da valorização turística de toda a região e «de todo o potencial que oferece para o país». 
«Temos o dever de simplesmente honrar, dando o nosso contributo na nossa geração, para preservar esse bem maior que é o vinho do Porto», frisou, sublinhando a «importância que para o Governo, para o estado português, o vinho do Porto e as atividades das empresas de vinho do Porto têm para a economia nacional». 
Durante a tomada de posse, o presidente da AEVP António Saraiva criticou o que chamou de dupla tributação de um setor que, para além dos normais impostos, paga ao Instituto do Vinho do Douro e do Porto (IVDP) uma taxa de comercialização por cada garrafa que, defendeu, deveria ser utilizada para a dinamização do setor. 
«O Douro e as suas gentes não poderão sobreviver mais tempo se não invertermos a queda de vendas com investimento maciço», defendeu António Saraiva. 
Em resposta, e antes de brindar à AEVP, António Costa afirmou: «estou certo que o ministro da Agricultura e o secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação saberão assumir esse desafio que aqui nos foi deixado com a devida galhardia», respondeu António Costa.
Fonte: Lusa

Adubos: barreiras alfandegárias prejudicam agricultores



 05 Março 2016, sábado 

Um estudo, feito ao nível europeu sobre o mercado dos adubos, veio revelar que a existência de barreiras alfandegárias à sua importação custa aos produtores qualquer coisa como mil milhões de euros.

Outro aspeto importante é a existência de um reduzido número de operadores (7 controlam 93% do mercado), o que leva a levantar algumas suspeitas sobre alguma cartelização do mercado.

Calcula-se que o levantamento das barreiras alfandegárias possa representar uma diminuição de 5% no custo dos adubos, o que é bastante importante para o setor numa altura de crise.
A evolução de preços na Europa, nos últimos 30 anos, está em contra ciclo com o que se passa em países como o Brasil, que registaram uma descida sensível de preços, enquanto, na Europa, o aumento foi de 123%.
Neste momento, os agricultores da Rússia e da Ucrânia têm acesso a adubos a preços muito mais baixos que os agricultores europeus.
Este estudo levou a que os agricultores irlandeses exigissem ao Comissário Phil Hogan, seu conterrâneo, medidas urgentes para resolver este problema.
Fonte: Agroinfo

Governo dos Açores pretende retirar 200 produtores do sector leiteiro


LUSA | 05 Março 2016, 15:53
Governo dos Açores pretende retirar 200 produtores do sector leiteiroREUTERS


O secretário regional da Agricultura e Ambiente dos Açores anunciou hoje que o próximo Conselho do Governo vai apreciar um programa de reestruturação do sector leiteiro que se estima venha a retirar da actividade 200 produtores.
Luís Neto Viveiros, que falava na sessão de abertura das jornadas agrícolas da Praia da Vitória, na ilha Terceira, referiu que a iniciativa, desenhada em parceria com a Federação Agrícola dos Açores, prevê uma compensação financeira aos produtores de leite de vaca da região que se comprometam a abandonar a produção de leite.

"Estimamos permitir a saída da actividade, de forma digna, a cerca de 200 empresários agrícolas, concorrendo, em simultâneo, para o redimensionamento das explorações, para o seu emparcelamento e para a continuidade do rejuvenescimento do tecido empresarial agrícola", declarou o governante.

O titular da pasta da Agricultura prevê que no caso específico da Terceira a medida permita retirar 60 produtores, que totalizam no seu conjunto, cerca de seis milhões de litros de leite.

O secretário regional explicou que produtores poderão reconverter as suas explorações para outras actividades, contribuindo-se assim, para atenuar os impactos negativos com que a ilha se confronta face às limitações de produção impostas pela indústria.

Luís Neto Viveiros revelou ainda que, também no próximo Conselho de Governo, será analisada a terceira proposta do Sistema de Apoio Financeiro à Agricultura da Região Autónoma dos Açores (SAFIAGRI III), que também foi desenhada em cooperação com a Federação Agrícola dos Açores e terá um volume de empréstimos de cerca de 80 milhões de euros.

"Assim, os agricultores açorianos vão poder contar com um programa de apoio ao financiamento das explorações agrícolas, que prevê a comparticipação pública em 30% dos encargos financeiros bancários associados a empréstimos contraídos para a realização de investimentos. Atenuaremos, assim, os encargos mensais das explorações agrícolas, especialmente das agro-pecuárias, numa altura em que os rendimentos baixaram", afirmou Luís Neto Viveiros.

O membro do executivo açoriano deixou a mensagem que o preço do leite ao produtor "não pode continuar a descer e, para isso, é preciso que este problema, que é um problema europeu, tenha uma solução europeia".

"Afirmei-o e reafirmo: o sector preparou-se nos Açores para a liberalização num cenário de normal funcionamento dos mercados, mas ninguém, em toda a Europa, estava preparado para esta 'tempestade perfeita' criada por uma conjugação de acontecimentos inesperados. Além de que liberalização não pode, no nosso entender, ser sinónimo de desregulação", disse.

Luís Neto Viveiros vai participar a 14 de Março, em Bruxelas, no Conselho de Ministros Europeus da Agricultura, a convite do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, o que revela, na sua leitura, um "respeito pela autonomia e pela importância da fileira do leite" nos Açores.

Reguengos de Monsaraz: " Capital dos Vinhos de Portugal" na BTL

02-03-2016 

 
Reguengos de Monsaraz vai aproveitar a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), a decorrer até domingo, para promover o turismo, a vitivinicultura e a sua nova imagem de marketing promocional, como "Capital dos Vinhos de Portugal".
 
Segundo divulgou a câmara, o concelho vai ter um stand duplo, integrado no espaço promocional da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
 
«Um dos stands da autarquia vai promover o turismo na região, enquanto o outro vai divulgar os produtores de vinho do concelho e a nova imagem de Reguengos de Monsaraz, Capital dos Vinhos de Portugal», realçou o município.  
 
Fonte: Lusa

AMPV propõe criação de rede de aldeias vinhateiras

29-02-2016 
 

 
A Associação de Municípios Portugueses do Vinho propôs aos seus associados a criação de uma rede das aldeias vinhateiras, que visa a promoção e valorização socioeconómica das aldeias que têm no vinho o seu elemento diferenciador.

«Entendemos que é importante promover a nível nacional uma rede de aldeias vinhateiras, baseando-nos numa experiência que foi feita no Douro, com seis aldeias vinhateiras. Esta rede terá muito a acrescentar em termos de oferta futura de enoturismo», sustentou o secretário-geral da AMPV.

No final de uma reunião da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV,) que decorreu ao longo da tarde em Nelas, José Arruda disse à Lusa que gostaria que ficassem identificadas até Junho as aldeias que irão integrar esta rede.

«Numa primeira fase teremos ainda de decidir que modelo iremos seguir, dando início a uma associação de raiz ou criando uma rede nacional assente na experiência da rede das aldeias vinhateiras do Douro, que se iniciou em 2010 e constituiu-se em associação em 2013. O ideal seria pegar neste modelo que há no Douro e transformá-lo num modelo nacional», acrescentou.

O secretário-geral da AMPV está convencido de que a associação das aldeias vinhateiras do Douro, à qual pertencem Salzedas, Ucanha, Favaios, Barcos, Trevões e Provesende,  irá aceitar o desafio de integrar uma rede nacional. «Vamos trabalhar nisso e, no dia 21 de Março, vamos ter uma assembleia geral da AMPV para aprovar o modelo a seguir», referiu.

No seu entender, este projecto tem todas as condições de vingar e de ser um sucesso, já que nas visitas que vão fazendo pelo país percebem que «em todos os municípios há pequenos núcleos urbanos e sobretudo rurais onde o tema do vinho tem um papel muito importante, a nível económico, cultural ou social e que está a ser mal explorado».

«Há uma procura enorme por parte dos turistas no sentido de conhecerem o que é nosso, a nossa cultura, tradição e paisagens. Através de uma rede a este nível, conseguimos ter em todo o país ofertas muito diferentes, mas todas ligadas entre si pelo vinho e cultura do vinho», sustentou.

José Arruda revelou ainda que com esta rede pretendem criar um projecto nacional integrado e estruturado, que possa «sustentar a elaboração de candidaturas para captação de financiamento para requalificar e dinamizar esses territórios».

«Já tivemos oportunidade de estar com o senhor secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, já pusemos esta proposta em cima da mesa e a disponibilidade dele é de poder apoiar uma candidatura ao nível desta rede. Isso para nós é fundamental e vem dar a garantia de que podemos fazer um trabalho no âmbito destas aldeias ou envolvendo as freguesias» sublinhou.

O responsável da AMPV apontou ainda que actualmente conta com mais de 80 associados e que, nas reuniões que foram sendo feitas pelo país, em todos os municípios têm sido indicadas aldeias vinhateiras, não só no continente, como na Madeira e nos Açores.

«Não temos um número de quantas aldeias poderão integrar esta rede, mas, como temos 80 municípios associados, serão mais de 100 ou até 200», concluiu.

Fonte: Lusa

Portugal espera uma das produções de azeite mais altas dos últimos 75 anos

02-03-2016 

 
A produção de azeite prevista em Portugal é de 765 ml toneladas, o terceiro maior resultado dos últimos 75 anos, segundo os dados a 31 de Janeiro do Instituto Nacional de Estatística.



Estre resultado é 75 por cento superior ao de 2014, quando a produção atingiu apenas 438 mil toneladas. Este aumento não foi homogéneo em toda a superfície. A escassez de chuva dificultou a produção tradicional de sequeiro, com grande peso no interior Norte e Centro. Pelo contrário, no Sul, onde predomina o olival intensivo em regadio, a produção foi muito boa.

Nos últimos anos, o olival em Portugal passou por uma importante reestruturação, sobretudo na região do Alentejo, onde nos últimos 10 anos cresceu muito a superfície desta cultura, em mais de 13 mil hectares, com plantações de variedades muito produtivas e com instalação de irrigação.

Fonte: Agrodigital

Alheira de Mirandela na lista IGP comunitária

Março 04
14:09
2016

Mais dois produtos foram incluídos na lista de produtos de alta qualidade europeia, passando a poder utilizar o título de Indicação Geográfica Protegida (IGP).

Trata-se do Jambon d'Auvergne, que é um presunto produzido nos departamentos franceses de Cantal, da Haute-Loire, do Puy-de-Dôme, de l'Allier , de la Corrèze e du  Lot.

O outro produto é português, é a famosa Alheira de Mirandela, que, como todos sabem, é um enchido tradicional português feito à base de carne de porco e de ave.

Estes dois produtos vêm engrossar a lista IGP, que conta já com mais de 1300 items.

É também um grande reconhecimento pela qualidade e especificidade da Alheira de Mirandela e esta distinção pode tornar-se muito importante, não só para a produção interna, como também para a exportação deste produto.


Governo admite recorrer ao Plano Juncker para financiar expansão do Alqueva

Março 04
14:10
2016

Segundo o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, o Plano Juncker é uma das possibilidades que está a ser estudada para financiar os 45 mil hectares de regadio no Alqueva, que pretende executar até 2020.

O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, conhecido como 'Plano Juncker', pretende mobilizar 315 mil milhões de euros de investimento público e privado nos próximos três anos, pagando projectos que não consigam recorrer aos atuais fundos nem financiar-se no mercado.

Capoulas Santos, que aproveitou para lamentar a herança muito pesada da sua antecessora na pasta, Assunção Cristas, nesta matéria, explicou que a margem de manobra existente no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) é insuficiente para fazer face ao custo da obra, estimado em 150 a 160 milhões de euros.

Adiantou, ainda, que o PDR tinha previsto para regadio 365 milhões de euros até 2020. Neste momento, estão comprometidos mais de 300 milhões, pelo que a margem de manobra face ao compromisso assumido é da ordem dos 55 milhões de euros, não sendo possível fazer mais nada.

O Sistema Global de Rega do Alqueva previa, inicialmente, um total de 120 mil hectares, que deverão estar concluídos e operacionais na campanha de rega deste ano.

LUSA