terça-feira, 13 de janeiro de 2015

FAO: preços dos alimentos voltam a descer em dezembro


12 DE JANEIRO DE 2015 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
precos-alimentos-faoSegundo um comunicado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os preços dos produtos alimentares baixaram 3,7% em 2014.

Este estudo tem por base a evolução, a nível mundial, dos preços de 5 grupos de produtos: cereais, leite, carne, óleos e açúcar. De todos estes produtos, em 2014, apenas a carne registou um aumento de preço em relação a 2013, que foi de mais 8%. Os cereais, por outro lado, registaram uma queda de 12.5%.

O índice mensal de evolução dos preços teve uma queda em dezembro, face a novembro, de 1,7%, devido sobretudo à baixa de preços dos açúcares (-4.8%) e dos óleos alimentares (-2.4%).

No caso do açúcar, esta redução deve-se ao elevados stocks no Brasil, pois com a baixa do preço do petróleo, a produção de etanol diminuiu e, consequentemente, também a procura de cana de açúcar. A descida do preço do petróleo foi também a razão para a queda do preço dos óleos alimentares, que levou a uma queda na procura por biodiesel e, consequentemente de alguns óleos vegetais.

Os produtos lácteos também tiveram uma descida de 2,3%, atingindo o valor mais baixo desde 2009.

Os cereais apresentam um subida de 0,4%, devido ao anúncio de que a Rússia vai restringir as suas exportações.

Amerifarms. A ‘startup’ de marijuana que está a dar que falar


4/1/2015, 21:39
Quatro amigos de Silicon Valley trocaram a tecnologia pela agricultura e transformaram a quinta do avô numa estufa com 2.200 plantas de "cannabis". Produzem 40 mil dólares por dia em óleo de haxixe.

Ana Pimentel
São dois irmãos e dois amigos, e estão a gerir uma plantação de marijuana como se fosse uma startup, em Seattle, nos Estados Unidos da América. Dois anos depois de o estado de Washington ter legalizado a utilização recreativa de cannabis, Josh Chase, Alex Curry, Miles e Connor Deife despiram os fatos de executivos para fazerem aquilo que a maior parte dos empreendedores faz: arriscar num negócio incipiente. Neste, a droga, que o Governo federal norte-americano classifica de classe 1, é o produto final.

A história de Josh, Alex, Miles e Connor, que têm entre 23 e 25 anos, começa na Universidade de Santa Clara, em Silicon Valley, mas muda-se para a quinta do avô dos dois irmãos pouco tempo depois de terminarem os estudos. A engenharia informática de Alex e a análise financeira de Josh deram lugar a um campo onde só existiam vacas a pastar e é aí que querem construir um negócio de milhões de dólares – tal como qualquer empreendedor de Silicon Valley. Estarão os quatro amigos a estrear uma nova área de negócio em pleno epicentro tecnológico?


A história é contada no Mashable. Enquanto os colegas de universidade trabalham em empresas como Facebook ou Google, incubadoras tecnológicas ou sociedades de capital de risco, os quatro amigos renderam-se a um mercado que acabava de emergir. Josh já tinha trabalhado em seis ou sete startups, mas queria arriscar num negócio que lhe permitisse crescer. Encontrou-o na marijuana. A quinta tem, neste momento, cerca de 2.200 plantas em várias fases do crescimento, mas tem capacidade para mais sete mil.

Por ser considerada uma droga de classe 1, os empreendedores são obrigados a reportar diariamente a sua atividade ao Governo. A estufa, onde produzem a marijuana, demorou cerca de um ano a ser construída e os jovens puderam contar com a ajuda de agricultores locais. Mas para erguer a empresa, a Amerifarms, houve uma ajuda que foi fundamental: a da mãe de Miles e Connor.

"Eu e o Miles fomos apanhados muitas vezes pela nossa mãe a fumar marijuana", explicou Connor, o que justifica o facto de a mãe não ter ficado surpreendida quando os filhos lhe contaram que queriam fazer da planta negócio.

Foi ela quem ajudou a convencer o avô a alinhar no investimento dos netos. Para lançar a empresa, os quatro jovens precisaram de cerca de 350 mil dólares (290,4 mil euros), que pediram emprestados a amigos e familiares.

O dinheiro não era o único problema dos quatro amigos. Por ser uma startup pioneira, não existia nada escrito sobre o assunto. Durante o processo, os quatro amigos visitaram várias empresas que produzem marijuana para fins medicinais, na Califórnia, e Josh aumentou as suas competências em agronomia e liderança.

Como gerir um negócio de grande escala de marijuana? Nada como aprender com os melhores. Foi por isso que Josh dedicou parte do ano a ler sobre Steve Jobs. Outro grande aliado: o Youtube. Na Amerifarms, não existe um presidente executivo - a liderança é partilhada pelos quatro jovens.


3,6 mil quilogramas de marijuana para produzir óleo de haxixe

Em dezembro de 2014, a empresa começou a vender o "Juicy Fruit" aos comerciantes. Miles disse ao Mashable que fazem cerca de 40 mil dólares (33,2 mil euros) por dia em óleo de haxixe – utilizado em produtos medicinais – e que têm um contrato de cerca de um ano para transformar 3,6 mil quilogramas de marijuana nesse produto.

A Amerifarms tem uma licença que permite produzir e embalar marijuana, mas também produtos feitos à base da planta. É por isso que podem produzir óleo de haxixe – resina extraída das folhas e das inflorescências femininas da planta cannabis sativa. Antes de venderem a marijuana aos comerciantes, esta tem de ser testada em laboratório. Objetivo: verificar se as plantas cumprem com os requisitos legais, ou seja, se não têm mofo, bolor ou outro organismo vivo.


Tal como uma startup tecnológica, uma quinta de marijuana precisa de escalar rapidamente, explicou Michael Zaytsev, um empreendedor de Nova Iorque que trabalha para ligar o mundo tecnológico à cannabis. Nos próximos 14 meses, os jovens esperam atingir o break-even (ponto de equilíbrio, em que não há nem perdas nem lucros). Isto significa que vão ser capazes de reembolsar a dívida de 290 mil dólares (240 mil euros) que contraíram, em breve. Um dos próximos passos passa por aumentar os salários dos fundadores e começar a expandir a empresa.


De acordo com a agência independente Economic and Revenue Forecast Council, é espectável que a marijuana consiga gerar cerca de 600 milhões de dólares (498 milhões de euros) em impostos nos próximos cinco anos. Não é de estranhar que a cannabis seja uma das culturas que mais rende no estado de Washington, tendo ficado logo atrás das maçãs e do trigo.

Em Washington, existem 66 produtores e foram concedidas 266 licenças para a produção de marijuana. À espera de autorização, estão cerca de 180 candidaturas. De acordo com Condotta, do House Government Accountability and Oversight (responsável pela regularização do tabaco, bebidas alcoólicas e marijuana) – que se descreve a si próprio como conservador -, a marijuana "é uma indústria de mil milhões de dólares" e que iniciativas deste género já deviam ter surgido há cerca de dez ou quinze anos.

Transformar um produto pouco ortodoxo num negócio de milhões? Em Washington, parece que sim. O futuro do empreendedorismo também pode vir da terra. Neste caso, da "erva".

Jerónimo Martins e Sonae sobem no ranking mundial de retalhistas

Grupo proprietário dos supermercados portugueses Pingo Doce figura no top 50 das empresas que mais cresceram em 2013 em todo o mundo

Supermercados pingo Doce, da Jerónimo Martins
D. R.
12/01/2015 | 19:46 |  Dinheiro Vivo
Apesar da Crise, os grupos de distribuição portugueses Jerónimo Martins (JM), proprietário da cadeia de supermercados Pingo Doce, e Sonae, dono das marcas Continente e Modelo, subiram no ranking mundial das maiores retalhistas, elaborado pela Deloitte e a revista Stores.
No relatório Global Powers of Retailing 2015, o grupo Jerónimo Martins surge na 62.ª posição de uma lista de 250 empresas ordenadas por volume de receitas da sua atividade retalhista, estando também no top 50 das que mais cresceram em 2013.
Com um aumento das receitas de 10,7%, para 15,712 mil milhões de dólares (cerca de 13,265 mil milhões de euros), o grupo presidido por Pedro Soares dos Santos passou a ocupar a 45ª posição. Mas em relação ao ano anterior houve porém um retrocesso de 20 lugares nesta classificação, com a Jerónimo Martins a cair do 25º para o 45º lugar da lista das 50 empresas retalhistas que mais cresceram em 2013.
Além da Jerónimo Martins, só a Sonae marca a presença portuguesa no ranking das 250 maiores retalhistas do mundo, ocupando a 155.ª classificação, com receitas líquidas de 6,144 mil milhões de dólares (5,187 mil milhões de euros),10 posições acima do ano anterior, quando se situou na 165ª posição.
A lista é liderada, em termos mundiais, pelas norte-americanas Wal-Mart Stores e Costco Wholesale Corporation, com 476,294 mil milhões de dólares e 105,156 mil milhões, respetivamente. Seguiram-se o grupo francês Carrefour, o alemão Schwarz Unternehmens Treuhand e a britânica Tesco PLC.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Politica Agrícola Comum - Regras do 1º Pilar /Greening - Preocupação

COMUNICADO

Agrotejo e Agromais

Com a recente reforma da política agrícola comum, as regras do chamado 1º pilar foram substancialmente alteradas a nível europeu, dando origem a um novo regime de apoio, com início no passado dia 1 de Janeiro de 2015.

Do cumprimento dessas regras depende a planificação das culturas a instalar, das parcelas a cultivar assim como toda a planificação de gestão das explorações agrícolas.
Concretamente, desde 1 de Janeiro de 2015, os agricultores estão obrigados a cumprir um conjunto de regras ambientais, agora denominadas " Greening".

Na sequência das definições estabelecidas pela união europeia, devem os estados membros concretizar, a nível nacional, a operacionalização destas novas regras ambientais.

O estado português ainda não deu a conhecer um conjunto de regras fundamentais que os agricultores já deveriam conhecer e estar a cumprir.

A Agrotejo e a Agromais manifestam assim a preocupação generalizada que se verifica nos agricultores associados, que, não conhecendo as regras da presente campanha, podem, involuntariamente, incorrer em penalizações gravosas e de enorme impacto económico nas explorações agrícolas.

O desconhecimento das regras de aplicação da nova política agrícola comum pode dar ainda origem ao não enquadramento de muitas explorações neste novo regime, que se traduziria na perda de verbas disponibilizadas pela União europeia para os agricultores da Região e do país.

Golegã, 12 de Janeiro de 2015

Douro, Alentejo e Bairrada, os melhores vinhos de 2014

ViniPortugal premiou os melhores 280 vinhos portugueses


29/05/2014 | 23:30 |  Dinheiro Vivo
Alentejo, Dão e Porto foram eleitos os melhores do ano no Concurso Vinhos de Portugal organizado pela ViniPortugal.Tomando como referência o ano passado merecem destaque na edição de 2014 - para além das regiões do Alentejo e Douro - Bairrada, Dão e Tejo se tivermos em conta o número de Grandes Ouros e Ouros atribuídos.
Esta quinta-feira, no jantar de entrega de prémios no Palácio da Bolsa no Porto, com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, foram distinguidos 280 vinhos, 22 Grandes Ouros, 45 Ouro e 213 Prata.
A categoria Melhores do Ano distinguiu Terra D'Alter Reserva, Tinto 2011 como Melhor Vinho de Lote, Rozés, Porto Tawny, 40 anos, como Melhor Vinho Fortificado, e Quinta das Marias Touriga Nacional Reserva, Tinto 2011, como o Melhor Vinho Varietal.
De acordo com a organização os 1070 vinhos em concurso demonstraram que "Portugal dispõe manifestamente de uma elevada consistência de qualidade. 75% dos vinhos alcançaram nota que lhes permitira a obtenção de uma medalha". No entanto, salienta, o regulamento estabelece um limite máximo o que não permitiu ir além das 280 medalhas.Frisam ainda, que "também pelas elevadas notas obtidas não foram atribuídas medalhas de bronze, ficando-se pelas medalhas de Prata".
Veja aqui os vinhos distinguidos
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirma que "O Concurso Vinhos de Portugal conseguiu reunir um importante painel de jurados nacionais e internacionais que em unanimidade valorizaram a consistência da qualidade dos nossos vinhos. A diversidade e a autenticidade das nossas castas são de facto únicas", referindo que a gala de entrega de prémios tem "como objectivo promover o que de melhor se faz em Portugal".
A ViniPortugal é a associação interprofissional do setor vitivinícola que tem como missão promover a imagem de Portugal, enquanto produtor de vinhos por excelência, valorizando a marca "Vinhos de Portugal".
A ViniPortugal agrupa estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio (ANCEVE e ACIBEV), à produção (FENAVI e FEVIPOR), às cooperativas (FENADEGAS), aos destiladores (AND), aos agricultores (CAP) e às regiões demarcadas (ANDOVI).
O seu Plano de Marketing para 2014, no montante de 7,5 Milhões de euros, atingirá 11 mercados internacionais estratégicos, onde serão implementadas mais de 100 acções de diferentes perfis.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Produtores contra "intromissão política" no vinho

Manifestação convocada pela Câmara de Melgaço está a causar polémica

09/01/2015 | 21:34 |  Dinheiro Vivo
A Avitiviver, associação de viticultores da região dos Vinhos Verdes, representativa de mais de cinco mil viticultores das principais cooperativas da região rejeitou hoje "a intromissão dos políticos" nas regras de produção e comercialização do Vinho Verde Alvarinho, que se encontram em debate na região. Em causa a manifestação de produtores promovida pela Câmara Municipal de Melgaço frente à sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, no Porto, na próxima terça-feira, dia 13, quando decorre, em Arcos de Valdevez, a última ronda negocial entre os produtores de Alvarinho em busca de um consenso.

Para a Avitiviver, o "melhor contributo" para este processo negocial "é dar-lhe tempo e espaço para que atinja um acordo justo". Razão porque assume "estranhar" que, "enquanto está em curso esta negociação, surja uma manifestação convocada por uma autarquia que financia transportes a todos (produtores e não) que queiram dispor de um dia completo no Porto".
Uma posição que é partilhada pelo presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. "Estranho que uma manifestação seja convocada por uma empresa privada, cujo capital social é maioritariamente detido pela Câmara de Melgaço e que a autarquia subsidie o transporte e dê licença aos seus trabalhadores quando, em simultâneo os representantes dos produtores estarão a negociar nos Arcos de Valdevez", diz Manuel Pinheiro. Também a Adega de Monção assume que o protesto ocorre "fora de tempo" porque, primeiro, "que esgotar as vias negociais", sublinhou Armando Fontaínhas em declarações ao Dinheiro Vivo.

Mas a Ativiver vai mais longe nas suas críticas ao autarca de Melgaço. Em comunicado, a associação sublinha estranhar, ainda mais, a atitude de Manoel Batista atendendo às suas declarações no Parlamento dizendo que "privilegia o diálogo sobre a questão do Alvarinho". Para agora "convocar e financiar uma manifestação precisamente para obstaculizar qualquer acordo que, de livre vontade os produtores queiram estabelecer". A associação divulga, ainda, parte de um vídeo do Canal Parlamento, datado de 22 de julho, quando os autarcas de Monção e de Melgaço estiveram na comissão de Agricultura a falar da polémica do Alvarinho.
A terminar, a Avitiviver apela aos produtores e ao Ministério da Agricultura para que "não se deixem intimidar" pelo que classifica como "pouco mais que um movimento político local". Porque, garante, "os verdadeiros viticultores estão a podar e a cuidar das vinhas e não têm um dia livre para passar no Porto, mesmo que financiado à custa dos contribuintes".
O Dinheiro Vivo tentou ouvir Manoel Batista as suas declarações no Parlamento, mas o autarca de Melgaço mostrou-se indisponível. No vídeo, Manoel Batista surge a dizer que "relativamente às questões da negociação [sobre o Alvarinho] que aqui foram aventadas, queremos uma negociação. Faz sentido, é importante que haja uma conversa com a região sobre isto".

Portugal bateu recorde nas energias renováveis


     
11/01/2015 10:08:51 5595 Visitas   

Portugal bateu recorde nas energias renováveis
Portugal atingiu um valor recorde de produção de electricidade através de fontes renováveis em 2014, o que permitiu evitar a emissão de 13 milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, revelaram hoje duas associações.

A Quercus e a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) analisaram dados da REN - Redes Energéticas Nacionais sobre a produção de electricidade em 2014 e concluíram que "foi o ano mais renovável" e que, sem esta forma de conseguir energia eléctrica, "as emissões atingiriam 26 milhões de toneladas de CO2" (dióxido de carbono), ou seja, "o dobro do actual, [ou] cerca de 40% do total de emissões de gases de efeito de estufa" de Portugal.

"Sem electricidade renovável em Portugal e, partindo do princípio que seria possível assegurar o consumo recorrendo somente à utilização de toda a capacidade instalada das centrais a carvão e nas centrais de ciclo combinado a gás natural", as emissões atingiriam 26 milhões de toneladas de CO2, explicam as organizações, em comunicado.

O contributo das renováveis permitiu poupanças de 1.565 milhões de euros: 1.500 milhões na importação de gás natural e carvão e 65 milhões em licenças de emissão de CO2.

Por isso, a Quercus e a APREN apelam à continuação do investimento em energias amigas do ambiente e "mostram como o investimento em fontes de energia renovável é vital para a independência económica e energética do país, para além do respeito pelos compromissos climáticos internacionais".

Em 2014, a electricidade obtida a partir de fontes renováveis foi responsável por 62,7% do total energia eléctrica consumida, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Em cada hora de consumo de electricidade, 38 minutos tiveram origem em centrais renováveis, dos quais 14 minutos foram produzidos pela energia eólica.

Este comportamento levou à redução do valor de electricidade importada para 1,8% do consumo, o mais baixo desde 2002, segundo as associações.

O ano passado foi mais húmido do que a média (em 27%) e favorável em termos de vento, enquanto no aproveitamento solar se verificou uma subida de 31% da capacidade instalada para a obtenção de energia fotovoltaica.

"Não podemos deixar de continuar a apostar nas energias renováveis e na eficiência energética, permitindo a recuperação da economia sem onerar o ambiente. Para tal, é preciso um investimento na sensibilização e um planeamento adequado do sector energético também em prol de uma desejável política climática exigente", defende o coordenador do grupo de energia e alterações climáticas da Quercus, Francisco Ferreira, citado no comunicado.

O presidente da APREN, António Sá da Costa, salienta que "2014 foi um ano em que Portugal beneficiou em ter apostado nos seus recursos renováveis para produzir electricidade pois, além de se terem evitado importações de combustíveis fósseis e emissões de gases com efeito de estufa, o facto de quase dois terços da electricidade consumida ser de origem renovável possibilitou estabilizar o preço deste bem".

Lusa / SOL

Exportações de vinho verde cresceram dois dígitos em volume e em valor


As exportações de vinho verde entre janeiro e outubro de 2014 cresceram em volume e em valor, 15,01% e 12,44%, respetivamente, face a igual período de 2013, segundo a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

ECONOMIA Exportações de vinho verde cresceram dois dígitos em volume e em valor Lusa
20:18 - 08 de Janeiro de 2015 | Por Lusa

Nos primeiros dez meses do ano passado, Portugal exportou 19,8 milhões de litros de vinho verde, contra 17,2 milhões no período homólogo do ano anterior. O valor exportado foi de 43,9 milhões de euros, mais 4,9 milhões do que entre janeiro e outubro de 2013.

"Comercialmente, 2014 foi um ano muito bom", resumiu o presidente daquela Comissão, Manuel Pinheiro.

O responsável salientou, por outro lado, que "há que plantar mais vinha, porque já não há produção suficiente" para a procura que vem de fora e que não cessa de aumentar.

"Precisamos claramente de mais vinha e de produzir mais, porque o vinho está a escoar-se todo e a produção responde à justa para as necessidades", reforçou.

Manuel Pinheiro referiu também que a "produção de vinho verde vai aumentar, mas muito lentamente".

Ao contrário do que se verifica na frente externa, que já absorve 40% da produção de vinho verde, o mercado nacional está mau", ressentindo-se da crise que o país atravessa.

Manuel Pinheiro afirmou esperar que o mercado externo absorva este ano "45%" da produção total.

A Alemanha confirmou a sua ascensão entre os principais mercados consumidores de vinhos verde. De janeiro a outubro de 2014, os alemães ocuparam o primeiro lugar, com 4,7 milhões de litros comprados, pagando dois euros por litro.

Os Estados Unidos desceram para o segundo lugar, com 4,2 milhões de litros (2,1 euros por litro).

A França, o Canadá e o Brasil são os países que se seguem na lista dos principais destinos externos de vinho verde. O Canadá sobressai por ser o que melhor paga, 2,6 euros por litro, de acordo com a CVRVV.

A Comissão informa ainda que foi exportado vinho verde para 98 países.

O vinho verde branco é mais vendido, de longe. No período referido, as exportações subiram 3,7% face ao mesmo período de 2013.

"O rosado é a grande estrela, tendo aumentado 50%", de dois para três milhões de litros salienta ainda a CVRVV.

Câmara de Melgaço promove protesto contra alargamento da produção de Alvarinho



A Câmara Municipal de Melgaço anunciou hoje uma manifestação para dia 13, no Porto, contra o alargamento da produção de vinho Alvarinho a todos os concelhos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

Em comunicado de hoje, o município liderado pelo socialista Manoel Batista adiantou que o protesto vai decorrer pelas 10:00 em frente à sede da CVRVV, no Porto.
«A manifestação, liderada pelo Município de Melgaço, pretende reforçar a posição de defesa da exclusividade e de salvaguarda da qualidade deste vinho único produzido na Sub-Região de Monção e Melgaço, em oposição ao alargamento, em negociação entre as partes por imposição do Governo e com a chancela da CVRVV», lê-se na nota.
Dinheiro Digital / Lusa

Vinho verde Alvarinho de Monção e Melgaço vai ter rótulo próprio


08-01-2015 18:52 | Norte
Fonte: Agência Lusa 
Porto, 08 jan (Lusa) - Os produtores da Sub-Região de Monção e Melgaço (SRMM) vão poder usar uma rotulagem própria dos seus vinhos Alvarinho, que os distinga face aos que são produzidos na Região dos Vinhos Verdes.

O Alvarinho daquela Sub-Região poderá chegar ao mercado com a designação extra de Premium, sendo esta uma das contrapartidas que produtores locais garantiram nas negociações sobre o alargamento da denominação daquele tipo de vinho a toda a região

A informação foi hoje adiantada pelo presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, num encontro com alguns jornalistas em que fez o "ponto da situação" das negociações sobre a denominação do vinho Alvarinho na região.

As negociações, que têm decorrido sob a égide da CVRVV, são entre produtores da SRMM e da restante região. Monção e Melgaço detêm o exclusivo da denominação vinho verde Alvarinho e os outros produtores reclamam o fim desse exclusivo.

É permitido plantar e produzir Alvarinho em toda a região, mas a menção da casta no rótulo ainda só é possível naqueles dois concelhos do Alto Minho. Fora daqui, o rótulo pode ter Alvarinho mas não pode ser identificado como Vinho Verde, tendo que ser identificado como Vinho Regional Minho.

Manuel Pinheiro acredita que será possível "fechar um acordo ou ficar perto" na última reunião entre as duas partes reunião que terá lugar dia 13, em Arcos de Valdevez.

"Resulta claro que pouco trabalho falta para que se consiga um acordo equilibrado que traduza ganhos para todos os envolvidos", concluiu a CVRVV.

Depois daquele dia, o Governo vai ser informado sobre "os pontos em aberto e os fechados" e estará apto a informar a União Europeia (EU) sobre a questão

Recorde-se que a UE pediu a Portugal esclarecimentos sobre o problema, por haver dúvidas sobre se o exclusivo detido pela SRMM é conforme com a legislação comunitária. A resposta portuguesa tem que ser dada até ao dia 31.

A menos de uma semana da reunião marcada para Arcos de Valdevez, a CVRVV dá como "fechado" o ponto sobre a "distinção da Sub-Região (de Monção e Melgaço) na rotulagem" do seu vinho verde Alvarinho, como forma de reforçar a sua qualidade inequívoca.

Manuel Pinheiro disse ainda haver acordo sobre a "possibilidade de lotar" Alvarinho de Monção e Melgaço com castas oriundas da restante região, como a Trajadura ou a Loureiro.

Ao contrário, está ainda em aberto a percentagem mínima de Alvarinho que um vinho de lote deve ter para poder mencionar aquela casta no rótulo respetivo. "As propostas em discussão mencionam valor4es entre 20 e 50%", refere a CVRVV.

Também "não é pacífico" se as uvas Alvarinho de Monção e de Melgaço podem ser vinificadas fora dali "ou se lá devem ser vinificadas em exclusivo".

A CVRVV refere que "algumas medidas entrarão em vigor já em 2015", sendo uma delas a que prevê a rotulagem diferenciada para Monção e Melgaço. Outras, porém, segundo a mesma entidade, terão "um período gradual de aplicação" ainda em estudo, "mas não inferior a quatro anos".

A Câmara Municipal de Melgaço anunciou na quarta-feira uma manifestação para dia 13, no Porto, contra o alargamento da produção de vinho Alvarinho a todos os concelhos da CVRVV.

AYM // MSP

Lusa/fim

52 detidos a furtar azeitona no Alentejo


TEIXEIRA CORREIA | Ontem
A GNR deteve, este sábado, 52 pessoas que estavam a furtar azeitona em Baleizão, no concelho de Beja.
 

TEIXEIRA CORREIA/JNSuspeitos foram detidos pela GNR

Na operação, foram apreendidas 22 viaturas e, apesar das autoridades ainda não terem a contagem final, terão sido recuperadas mais de quatro toneladas de azeitona.

Os detidos são 51 adultos e um menor, todos de origem romena, com residência em Espanha.

Entre quarta-feira e quinta-feira, a GNR tinha detido 20 pessoas apanhadas a furtar azeitona em Beja e Moura. 2,5 toneladas de azeitona foram recuperadas na ocasião.

Produtores de Alvarinho a um passo do acordo

Chave do sucesso está nas uvas. Monção e Melgaço exigem que não possam ser vendidas


Casta Alvarinho no seio da polémica nos Vinhos Verdes
José Mota
10/01/2015 | 00:00 |  Dinheiro Vivo
É o tudo ou nada. Os produtores de Vinho Verde sentam-se sentam-se terça-feira, dia 13, pela última vez à mesa das negociações do Alvarinho. O Governo tem, até ao fim de janeiro, de explicar a Bruxelas porque é que a lei trata de forma diferente os produtos de Alvarinho de Monção e Melgaço dos restantes e um acordo entre as partes facilitaria tudo porque permitiria mudar a legislação. A chave de sucesso da negociação parece residir na questão das uvas de Alvarinho de Monção e Melgaço, cujos produtores exigem que continuem a não poder sair da sub-região sem serem vinificadas. E ameaçam mesmo bater com a porta negocial se houver insistência em mudar isso.
De um lado e do outro da mesa de negociações estão produtores de Vinho Verde. Mas uns têm, por lei, a exclusividade da produção de Vinho Verde Alvarinho (os de Monção e Melgaço) e outros, os restantes viticultores da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, são obrigados a rotular os seus Alvarinhos como vinho regional Minho. A mediar está a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e o Instituto da Vinha e do Vinho que acompanha as negociações em nome do Ministério da Agricultura.
Há questões já praticamente fechadas, como a criação de um selo de garantia diferenciador para os Vinhos Verdes Alvarinho de Monção e Melgaço - que, tal como o Dinheiro Vivo avançou em novembro, passarão a ostentar nos rótulos a designação Premium -, e de um plano de apoio à competitividade das empresas desta sub-região ( falta estabelecer o montante do pacote financeiro ), mas o tema das uvas e o prazo de aplicação das novas regras são questões delicadas em cima da mesa.
O presidente da Adega de Monção, reconhece que a intenção de manter as uvas Alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço está a ser um entrave ao acordo, mas garante que "é inegociável". Armando Fontaínhas explica que tem havido "cedêcias de parte a parte" e que este é o único ponto negocial que "recebeu um não completo". E se os restantes produtores insistirem em mexer neste ponto, a Adega de Monção abandona as negociações. "Já abdicamos de muita coisa, não abdico dos meus princípios neste tema. Não estamos a negociar a saída de uvas da sub-região para que depois quem as compre faça Alvarinhos como sendo seus", diz o responsável por aquela que intitula como "a maior adega cooperativa da Região dos Vinhos Verdes", com dois mil sócios, uma produção anual de 5,5 milhões de garrafas e um volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros.
A APA - Associação de Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço partilha do ponto de vista, mas mostra abertura para ir mais longe. Miguel Queimado assegura que, se houver acordo nos restantes pontos, designadamente no que se prende com "a introdução de regras mais apertadas para os vinhos regional Minho e fazendo a alteração do paradigma do Alvarinho de modo regulado e faseado", também o tema das uvas poderá ser ultrapassado. Desde que seja garantido "um prazo substancialmente alargado" para a mudança, sublinha.
Do outro lado, António Guedes, da Aveleda, diz apenas que "tudo o que seja um prazo temporal demasiado longo fará com que toda esta negociação perca interesse". No entanto, admite que o ambiente negocial "tem sido bom" e mostra-se convicto que será possível chegar a bom porto "se os pequenos pormenores que faltam forem trabalhados".
Também Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) se mostra confiante numa solução negociada. Atendendo à aproximação das partes nos últimos meses, a Comissão irá apelar ao Governo para que avance com a alteração legislativa sobre o Alvarinho. Até porque, diz Manuel Pinheiro, "o Governo não pode ignorar que Bruxelas considera a lei atual incompatível com a legislação comunitária".

Cowspiracy: É preciso ser radical?


10/1/2015, 18:22117 PARTILHAS

O documentário promove o veganismo enquanto expõe os problemas ambientais causados pela alimentação à base de animais. Mas há quem defenda que não é preciso ser tão radical, o que é preciso é mudar.


O documentário estreou este sábado Lisboa

"Cowspiracy", um documentário centrado nos problemas ecológicos causados pela produção animal, estreou este sábado em Lisboa, no Saldanha Residence. O filme que tem feito com que muitas pessoas mudem os hábitos alimentares, incluindo os do apresentador João Manzarra, encontrou uma sala maioritariamente composta por vegetarianos e veganos, muito deles já sensibilizados para as questões ambientais abordadas ou com uma perspetiva mais centrada no bem-estar animal como a associação Animal, promotora do evento. Para chegar a mais pessoas, incluindo os "carnívoros" que não estavam presentes, os realizadores esperam que o documentário chegue aos canais de televisão.

João Manzarra, vegano há cerca de dois meses, foi convidado para apresentar o documentário e moderar o debate. Mudou os hábitos alimentares e abdicou do restaurante de sushi do qual era sócio depois de ter visto o filme quando viaja de Amesterdão para Lisboa. "Já sei o que estão a pensar: a erva era boa!", diz no tom humorístico que o caracteriza. Aliás, faz questão de frisar que é o mesmo Manzarra de sempre – "não sou ambientalista, nem nutricionista", "não sou uma pessoa muito espiritual, sou mais prático".

Tal como o apresentador, outras pessoas se sentiram tentadas a mudar os hábitos alimentares depois de verem o documentário que aponta a produção animal como a atividade humana com maior impacto no planeta, seja pela produção de gases com efeito de estufa, pela destruição das florestas para pastagens ou para produzir alimento para os animais, ou pela poluição da água e dos solos. Muitas das pessoas presentes vieram à procura de mais informação. Mas o canadiano Stephen Leahy, jornalista de ambiente, disse ao Observador que considera que o filme perde na parte em que tenta convencer as pessoas que a única solução para o planeta é se todos se tornarem veganos.

O jornalista critica ainda a acusação que o realizadores do documentário, Kip Andersen e Keegan Kuhn, fazem às organizações ambientalistas. Estas organizações são acusadas, no documentário, de não assumirem que o consumo de animais tem um enorme impacto no planeta e de não quererem falar do assunto. Durante o debate Keegan Kuhn referiu mesmo que os maiores fundos recebidos pela Greenpeace provêm dos maiores exploradores de gado nos Estados Unidos.

MORRINSVILLE, NEW ZEALAND - APRIL 18:  A herd of cows are seen through the lush green grass at a dairy farm on April 18, 2012 in Morrinsville, New Zealand. Raw milk sales are growing as more people are educating themselves on what they believe healthy food is. (Photo by Sandra Mu/Getty Images)
"O gado produz 130 vezes mais excrementos do que a população humana", Nuno Sequeira, presidente da Quercus – Sandra Mu/Getty Images

Ao Observador, a Greenpeace respondeu que "encorajava iniciativas como o 'Cowspiracy' que expõe o lado destruidor da indústria agropecuária intensiva e os efeitos negativos no nosso planeta". Cientes de que a desflorestação na Amazónia ocorre também para a plantação de soja que servirá de alimento aos animais, a Greenpeace conseguiu em 2006, o McDonald's e outras empresas de fast food, mas não o Kentucky Fried Chicken (KFC), aceitassem deixar de vender galinha que tivesse sido alimentada pela soja plantada em terrenos de floresta amazónica.

A World Wide Fund for Nature (WWF) – que não foi entrevistada no âmbito do documentário – tem como objetivo de trabalho ter 10% da carne de vaca consumida no mundo certificada como sustentável até 2020. Ângela Morgado, responsável pelo Programa Mediterrânico da WWF em Portugal explica ao Observador que o objetivo da associação é envolver todas as partes – desde o produtor ao consumidor, passando pela distribuição, transformação, transporte e Estado – para se chegar a uma solução sustentável tendo em conta os aspetos ambientais, sociais e económicos. "Não dizemos que ninguém pode comer ou produzir carne, mas dizemos que tem de o fazer de uma forma sustentável." Em Portugal o principal foco da organização são a produção de madeira e papel e as pescas.

A sobrepesca e a quantidade de animais que são apanhados involuntariamente nas redes são outro dos problemas abordados por Kip Andersen e Keegan Kuhn. Na Oceana, associação ligada à conservação dos oceanos, ambientes e espécies marinhas, não encontraram as respostas que procuravam. Ao Observador, a Oceana respondeu que não tinha ninguém neste momento que pudesse comentar o filme.

O documentário defende que ao ritmo a que se pesca, ao ritmo a que se destroem florestas para plantar soja ou produzir óleo de palma e ao ritmo a que aumentam o número de cabeças de gado para alimentar a população humana o planeta não resistirá. "Cada cidadão na Europa vive como se tivesse quatro planetas à disposição. Em termos mundiais, como se tivéssemos um planeta e meio", refere Ângela Morgado. Mas há quem defenda que as vacas poderão ter um papel importante no sequestro de carbono, na fertilizar os solos e combate à desertificação e no desempenho das funções que outrora couberam aos animais selvagens, que pastavam nas áreas agora ocupadas pela agropecuária.

Fishermen collect bonitos as they sail on the Black Sea, near Zonguldak, on September 1, 2013, during the start of the fishing season. Horse mackerel and bonito are caught in nets during the beginning of the fishing season. AFP PHOTO/GURCAN OZTURK        (Photo credit should read GURCAN OZTURK/AFP/Getty Images)
"Se os oceanos morrerem, nós também morremos", Chad Nelsen, Surfrinder Foundation (documentário) – GURCAN OZTURK/AFP/Getty Images

Nuno Sequeira, presidente da associação ambientalista portuguesa Quercus, confirma que "existem muitos bons casos de compatibilização do ambiente com a atividade agrícola, porque Portugal tem um longo historial de agricultura tradicional". Em projetos realizados em conjunto com os agricultores, a associação ajuda-os a angariar fundos para uma agricultura tradicional ao mesmo tempo que promove a conservação da natureza. Numa zona de produção extensiva de de gado bovino em Elvas colocaram uma estrutura para a nidificação do peneireiro-das-torres. "As aves estepárias [que vivem em zonas de pastagem de gramíneas] são dependentes de um tipo de ambiente que não seria possível manter no mediterrâneo sem a intervenção humana."

O ambientalista acrescenta que "quando feita de uma forma tradicional pode ser importante para a preservação da biodiversidade" e dá o exemplo da gralha-de-bico-vermelho. Esta espécie prefere as zonas de clareira na Serra de Aire e Candeeiros. Estas zonas de clareira eram abertas tradicionalmente pelos rebanhos, por isso a Quercus arranjou, para o projeto, um rebanho de cabras criadas de forma tradicional que além de abrirem clareiras para as gralhas, ajudavam a controlar o crescimento dos matos e consequentemente a prevenir incêndios.

A associação considera que acabar com a produção animal é inviável, mas defende que é importante que as pessoas reduzam o consumo de carne. "Não é preciso ser radical, mas se forem alterando os hábitos alimentares gradualmente estão a fazer mais pela saúde pessoal e pelo ambiente." A saúde era o mote para a alimentação vegetariana que Célia Bastos, mãe de João Manzarra presente no debate, começou a praticar há 40 anos. E a espiritualidade também. Ao longo do tempo viu juntar-se aos princípios do vegetarianismo o bem-estar animal e mais recentemente o impacto no ambiente. Durante a intervenção mostrou-se satisfeita pela escolha do filho, mas também pela quantidade de caras jovens que a acompanhavam na audiência. "No meu tempo, eu era uma jovem, mas o resto estava tudo na casa dos 50 anos."

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"Se todos comermos menos carne e menos peixe, estaremos a fazer melhor", diz Pedro Costa, do Geota.

João Manzarra diz que se sente como se estivesse em plena faixa de Vegano (numa ligação ao que se passa na faixa de Gaza) – "é uma guerra", uns adoram-no, outros odeiam-no -, mas no geral sente-se bem com a opção que tomou e muito mais honesto consigo e com os outros. Entre a audiência estão duas amigas veganas que trazem uma amiga "carnívora" para ver se a convencem a mudar de alimentação, mas acima de tudo as três procuram mais informação.

Tânia Simões é "vegetariana a caminho do vegano" – uma descrição escutada entre outros presentes – e explica que ainda tem de mudar a forma como compra os produtos de higiene e limpeza ou a roupa. Lucia Antunes já se preocupa com o tema a algum tempo e além da alimentação que já mudou – é vegetariana – quer ter uma atitude mais ativa, fazer mais coisas.

Kip Andersen também começou por mudar alguns comportamentos. Seguia os conselhos do ex-vice-presidente norte-americano Al Gore e reduzia o tempo no duche, separava o lixo e optava pela bicicleta em vez do carro. Até que descobriu que a produção animal era uma das grandes responsáveis pela emissão de gases com efeito de estufa – 14,5% das emissões causadas por atividades humanas, segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Os números e percentagens expostos são uma das formas de impressionar quem vê o documentário a julgar pelas reações obtidas, mas Stephen Leahy alerta que o relatório de Robert Goodland and Jeff Anhang, citado no filme, em que se afirma que a produção animal emite acima de 50% dos gases com efeito estufa, não foi revisto por outros cientistas e não reúne consenso na comunidade científica.

Kip Andersen lamenta que Al Gore nunca tenha feito referência ao problema da produção animal no documentário "Uma verdade inconveniente". Mas durante o debate afirmou saber que o político se afirmou vegano, mas sem atribuir essa decisão a questões ambientais. O realizador especula que pode ser porque parte da família de Al Gore tem ligações com a indústria agroalimentar.

Quebra na produção do azeite potencia o furto de azeitona e a exploração de pessoas

Carlos Dias 10/01/2015 - 12:27 

GNR de Beja recuperou 14 toneladas de azeitona e identificou 39 indivíduos suspeitos, mas só quatro foram detidos porque os proprietários dos olivais furtados não quiseram apresentar queixa.
 

Ao longo das últimas semanas e à medida que a campanha de apanha de azeitona decresce de intensidade, brigadas da GNR envolvidas na operação "Operação Azeitona Segura" apreenderam 14 toneladas de azeitona furtada, adiantou ao PÚBLICO o tenente-coronel Joaquim Figueiredo comandante do Comando Territorial de Beja. A redução da época da colheita frustrou as expectativas dos engajadores de mão-de-obra, que agora vêem no furto e na exploração dos trabalhadores uma forma de compensação financeira.

 O militar da GNR adiantou que no decorrer da operação, foram identificados 39 indivíduos suspeitos mas só quatro é que foram detidos porque os proprietários das explorações onde ocorreram os furtos "não quiseram apresentar queixa". Um dos empresários vítima de furto, de nacionalidade espanhola, justificou a sua recusa em apresentar queixa com a carga burocrática que as autoridades portuguesas impõem a quem recorre para a Justiça.

Numa das suas intervenções mais recentes, uma brigada da GNR deteve 15 suspeitos que transportavam em quatro viaturas 2500 quilos de azeitona furtada na zona de Baleizão, concelho de Beja. Na sua maioria eram homens, com idades entre os 14 e 38 anos, mas também havia crianças e eram todos cidadãos romenos que se faziam transportar em veículos de matrícula espanhola.

A azeitona furtada, com maior incidência nos concelhos de Serpa e Moura, é depois vendida em Espanha a "receptadores que se concentram na localidade de Rosal de la Frontera", junto à fronteira com Portugal, afirmou o empresário agrícola António Barradas.

"Este ano, os furtos notam-se mais porque o trabalho (apanha de azeitona) acabou mais cedo" e os cidadãos romenos que são engajados por indivíduos da mesma nacionalidade não conseguiram ganhar o dinheiro que esperavam, adianta o proprietário agrícola.  

O impacte desta actividade à margem da lei reflecte-se também "nos danos provocados nas oliveiras", assinala o comandante da GNR de Beja, frisando que há casos em que as árvores são sujeitas a processos de varejamento que danificam a ramada e podem afectar a produção no próximo ano.

O deputado do PSD, Mário Simões, já analisou com Joaquim Figueiredo o problema dos roubos da azeitona, realçando o "elevado número de participações" e as consequências dos furtos na economia das explorações e o grupo parlamentar do PCP endereçou ao Ministério da Administração Interna um pedido de esclarecimento sobre as acções que pensa tomar para travar a "ocorrência de roubos de azeitona".

Os comunistas precisam que os olivicultores "dão conta dos roubos da azeitona quando iniciam o seu dia de trabalho", admitindo que estas acções possam ocorrer durante a noite, o que vem "agravar a situação de rentabilidade das explorações" num ano já de si difícil por causa da doença que afectou a produção.

Para além do prejuízo económico, os furtos têm associado um outro problema: a maior parte da azeitona é recolhida do chão, expediente que vai afectar, inevitavelmente a qualidade do azeite que "vai ser péssima", antecipa António Barradas. Desta forma, o mercado paralelo da produção olivícola assume maior dimensão. Acresce para este facto a elevada quebra (quase 60%) da produção na região espanhola de Andaluzia, onde é produzido quase metade do azeite a nível mundial, como descreve a Oil World, organismo internacional que fornece informações sobre óleos, produtos oleaginosos e gorduras.

Tal como em Portugal as razões desta quebra são imputadas ao clima: as baixas temperaturas e excessivas chuvas estivais em 2014 conduziram a uma infestação anormal de moscas que afectaram a quantidade e a qualidade do azeite.  

No último Outono, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses, já advertia que a produção estava a ser afectada pela praga da mosca da azeitona, admitindo que o "ano não seria bom para a produção de azeite".

Estes condicionalismos reflectiram-se no encurtamento da campanhas de recolha de azeitona e, consequentemente, na menor necessidade de mão-de-obra. Como os engajadores romenos não tiveram o retorno financeiro esperado, "forçam agora os que engajaram a envolverem-se no furto de azeitona para compensar os ganhos", prolongando um problema social que começou com o tráfico de pessoas na Roménia para trabalhar no Alentejo, alerta António Barradas.

O comandante da GNR de Beja acrescenta ainda a exploração desumana de pessoas, que "até crianças envolve", garantindo que a intervenção das forças sob o seu comando vai prosseguir. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

Fim das quotas leiteiras preocupa

 Serrão Santos

O eurodeputado socialista açoriano defende que a Comissão Europeia deve assumir e acautelar as consequências do fim das quotas leiteiras.
Realizou-se, esta terça-feira, em Bruxelas, uma conferência debate dos Socialistas Europeus sobre a gestão do mercado do leite no cenário de fim das quotas leiteiras.
A conferência que teve como objectivo auscultar o sector acerca do impacto do fim daquele regime contou com intervenções de quatro especialistas europeus de entre os quais Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores, que participou a convite do eurodeputado socialista Ricardo Serrão Santos.
A conferência debate foi encerrada por Ricardo Serrão Santos, responsável dos socialistas Europeus pelo "relatório do leite", um relatório de iniciativa acerca do impacto do fim das quotas no mercado do leite.
Na sua intervenção, Ricardo Serrão Santos realçou as especificidades da Região onde "muitas vezes a produção leiteira como actividade económica não tem alternativa. E a decisão de acabar com o regime de quotas, tal como as suas consequências, tem que ser devidamente assumida e acautelada".
Para o eurodeputado "se o objectivo é retirar restrições para que os que querem e podem produzir mais o possam fazer, então também haverá que encontrar forma de acautelar as consequências para aqueles que fizeram investimentos na modernização das explorações que levam anos para amortizar".
Ricardo Serrão Santos referiu ainda que as explorações leiteiras "contribuem para o dinamismo do meio rural e operam em zonas em que outras alternativas económicas são limitadas. Numa época em que a Europa se focaliza na questão do emprego, com especial incidência no emprego jovem, devem acautelar-se os sectores económicos com impacto relevante na manutenção e geração de empregos".
O eurodeputado chamou ainda atenção para o facto da Comissão Europeia continuar a defender que "as medidas da nova Política Agrícola Comum, incluindo os programas de desenvolvimento rural, devem ser suficientes para amparar os produtores".
Para Serrão Santos, no caso dos Açores é no mínimo estranho que a Comissão Europeia faça referência à importância do POSEI para "fazer face ao que pode potencialmente vir a ser um contexto de crise" uma vez que são "medidas estabelecidas para tempos normais ou fortemente dependentes dos orçamentos nacionais" ainda mais "num contexto em que os mesmos responsáveis europeus reconhecem que o fim das quotas virá com perdas de rendimento para algumas regiões da Europa e ainda que estas perdas são difíceis de quantificar".
Para o futuro, o eurodeputado referiu ainda a importância da regulação da cadeia de valor no sentido de evitar que os preços pagos aos produtores sejam esmagados a jusante, nomeadamente pela distribuição, e a necessidade de reunir consensos no sentido de encontrar mecanismos que possam produzir um efeito regulador equivalente ao das quotas leiteiras.
JornalDiario
2015-01-08 12:00:00

By the wine, José Maria da Fonseca em versão loja e restaurante



Loja está aberta de 3ª a domingo, das 12h às 24h.
09/01/2015 | 17:55 |  Dinheiro Vivo
Há pão caseiro algarvio, presunto ibérico de Bellota e embutidos de Guijuelo (Salamanca). Tábuas de queijos, ostras do Sado, salada de mexilhão, ceviche de salmão e sobremesas para acompanhar os Moscatéis de Setúbal.
Abriu no 41-43 da Rua das Flores, em pleno Chiado, em Lisboa, a primeira loja - e loja-bandeira - da José Maria da Fonseca. Chama-seBy the Wine - José Maria da Fonseca e é reflexo de um conceito que andava na cabeça dos produtores da marca Periquita há algum tempo. Agora, está aberta a todos, de terça a domingo, das 12h às 24h.
Com a loja inaugura-se, segundo o produtor de vinhos, um conceito inovador na área de promoção e divulgação de vinhos a nível nacional. "Há muito que queríamos ter um espaço que representasse os valores da José Maria da Fonsecae que estivesse em Lisboa. Este é um projeto muito importante que nos enche de boas expectativas e responsabilidade. Servirá a promoção e divulgação da marca e será mais uma sala de visitas para os nossos consumidores e clientes", diz Sofia Soares Franco, responsável pela comunicação da José Maria da Fonseca, em comunicado.
O conceito alia a promoção exclusiva das marcas e dos valores do produtor de vinhos nacional juntando-lhe alguns elementos para que acompanham a degustação, "uma experiência gastronómica completa ", acrescenta Ricardo Santos, responsável do projeto.

Disparam queixas de maus-tratos de animais


     
Sónia Balasteiro Sónia Balasteiro | 08/01/2015 13:50:00 2213 Visitas   

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Disparam queixas de maus-tratos de animais
Desde que entrou em vigor a lei que criminaliza os maus-tratos e o abandono de animais de companhia, em Outubro último, dispararam as denúncias às autoridades: em apenas três meses (até 17 de Dezembro), o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR recebeu 517 queixas. 

Os dados avançados ao SOL pelo SEPNA mostram, aliás, que o total de participações mensais às autoridades quintuplicaram: se até Outubro o SEPNA recebia em média 41 denúncias por mês, a partir da criminalização passou a averiguar 197.

18 crimes em três meses

Um número bastante inferior, porém, foi confirmado pelos agentes do SEPNA: do total das queixas recebidas, só 18 foram confirmadas como crimes contra animais de companhia. Findos os inquéritos, os autores estão sujeitos a serem condenados a penas de prisão até um ano ou multas até 120 dias.

Desses 18 inquéritos, metade refere-se a situações de maus-tratos – nove foram por maus-tratos a animais de companhia e nove estão tipificadas na lei como abandono.

Aveiro e Faro são os distritos onde os agentes do SEPNA registaram mais ocorrências, com três casos em cada. Em Aveiro, duas das situações referem-se ao abandono de animais, outra ao abate de uma ninhada de cães, logo em Outubro. Já em Faro, duas das queixas chegadas à GNR (uma das quais através do Facebook) referem-se a maus-tratos: num dos casos, os agentes encontraram dois cães subnutridos e abandonados numa habituação em Loulé e noutro caso um cão foi abandonado, desta vez em Faro. 

No Alentejo, mais precisamente em Portalegre, também foram reportadas duas situações: uma referia-se a um gato (ao contrário de grande parte das denúncias verificadas pelo SEPNA, que envolvem cães) alvejado com um tiro de espingarda de pressão de ar e a outra tratou-se de um abandono de um cão.

No Porto, também foram encontrados dois animais abandonados e, na Guarda, foi detectado, em Novembro, um caso de negligência por parte de uma clínica veterinária na assistência a animais. Outro caso de maus-tratos naquela cidade beirã diz respeito, novamente, a tiros de tiros de pressão de ar a um gato.

Em Leiria, os felinos também não escaparam aos humanos: vários gatos foram capturados numa armadilha.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, foram denunciadas duas situações de violência contra cães pelos próprios donos: em Ponta Delgada, o dono de um cão queixou-se às autoridades do envenenamento do seu animal e, na Madeira, outro proprietário queixou-se por terem queimado o seu cão na barriga.

Enquanto decorrem os inquéritos às situações, os animais em causa "são recolhidos e é informado o veterinário municipal com o intuito de tentar encontrar um centro que possa acolhê-los, normalmente canis municipais" – explicou ao SOL o major Ricardo Alves, do SEPNA. Quanto às investigações, o Ministério Público entrega-as, normalmente ao SEPNA, mas pode delegar o inquérito a outras forças policiais.


Importante subida nas exportações de vinho verde

Janeiro 09
14:43
2015

Segundo dados da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, as exportações de vinho verde cresceram, nos primeiros 10 meses de 2014, 15,01% em volume e 12,44% em valor, em relação a igual período de 2013.

Neste período de 2014 foram exportados 19,8 milhões de litros, correspondendo a um valor de 43,9 milhões de euros.

O ano foi muito bom do ponto de vista comercial e este aumento da procura internacional vai obrigar à plantação de mais vinhas, se quisermos satisfazer a procura.

Neste momento, 40% do vinho verde é exportado, sendo o principal cliente, a Alemanha, que importou 4,7 milhões de litros, a um preço médio de 2€. Os Estados Unidos, que foram ultrapassados pela Alemanha, ocupam o segundo lugar com 4,2 milhões de litros, a um preço médio de 2,1€.

Foi exportado vinho para 98 países , com destaque para o Canadá, como o que melhor paga, com um valor de 2,6€.

A novidade do vinho verde rosado tem tido uma grande aceitação no mercado.

Continua a polémica sobre a delimitação da zona de produção do vinho alvarinho

Janeiro 08
17:42
2015

A Câmara Municipal de Melgaço anunciou uma manifestação para dia 13 de Janeiro, no Porto, contra a última decisão de alargar a zona de denominação do vinho verde alvarinho a todos os concelhos que produzem vinho verde.

De referir que esta denominação era exclusiva dos concelhos de Melgaço e Monção desde 1908 e, por insistência da Comissão Europeia numa definição concreta da zona, as autoridades nacionais decidiram alargar essa zona aos 47 concelhos que integram a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

Além desta manifestação, está ainda marcada uma iniciativa para dia 17, intitulada "Só no rio Minho desce o alvarinho", que terá uma descida do rio Minho em rafting, seguido de uma caminhada pedestre e uma concentração em defesa do alvarinho.

Estes protestos estão a ser organizados pelos cerca de 400 produtores da Adega Quintas de Melgaço, que detém 30% da empresa, sendo a Câmara Municipal o sócio maioritário com 70%.

A decisão de alargamento da zona do alvarinho é vista como o resultado da pressão das grandes empresas produtoras de vinho verde, que estão pouco implantadas naquela sub-região.

Outro argumento utilizado é o da qualidade, a qual, segundo os discordantes da decisão, vai ser posto em causa com este alargamento, o que pode vir a desvalorizar um produto fundamental para a economia da região.

Autorizada a destruição de cadáveres de porcos nas explorações

Janeiro 08
15:22
2015

Foi publicado no Jornal Oficial das Comunidades de 07/01/2015 o regulamento comunitário 2015/9, que autoriza cinco países comunitários, entre eles, Portugal, a proceder à destruição de cadáveres de porcos na própria exploração.

O método da compostagem é fácil, exigindo apenas uma estrutura simples onde os cadáveres e placentas são colocados em camada alternadas com palha ou serradura e onde fazem a sua decomposição natural, que tem de ser no mínimo de 3 meses, findo os quais o composto resultante será transportado para uma incineradora legalizada, de modo a ser destruído.

O investimento é pequeno e reembolsável em menos de 1 ano, se tivermos em conta o valor que é pedido aos suinicultores para a recolha dos cadáveres.

Tanto quanto o AGROINFO conseguiu apurar, a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) já tem um projecto piloto pronto para poder fornecer aos associados que o desejem, de modo a poderem ter uma alternativa mais económica do que o que está ser proposto pelas empresas que recolhem e destroem os cadáveres, hoje em dia.

Este método tem uma vantagem muito grande do ponto de vista sanitário, pois evita as visitas dos camiões de recolha de cadáveres que percorrem várias explorações.

Volatilidade do mercado mundial de cereais devido a medidas russas

09-01-2015 
 

As medidas russas anunciadas durante o Natal para reduzir as suas exportações de cereais provocaram uma subida das cotações nos mercados de futuro. Estas medidas supõem a introdução de uma taxa à exportação, que será aplicada a partir de 01 de Fevereiro e até 30 de Junho.

A importância da taxa seria de 15 por cento do valor total de exportação mais7,5 euros a tonelada, pelo que a taxa presume cerca de 35 euros a tonelada. As autoridades russas estimam que com esta medida podem vir a reduzir as exportações em 6,5 por cento.

A queda do rublo levou a uma descida do preço do cereal russo aos operadores internacionais. Mediante a introdução da taxa, o governo russo tenta evitar as exportações de cereais e o fornecimento do mercado interno, que implicaria a subida do preço do pão e de outros alimentos ao consumidor russo.

Em anos anteriores, a Rússia estabeleceu taxas semelhantes à exportação de cereais em diversas ocasiões. Para além das medidas russas, a ameaça de um possível Inverno rigoroso em algumas zonas produtoras dos Estados Unidos da América têm vindo a pressionar os mercados.

Fonte: Agrodigital

Vinho verde Alvarinho de Monção e Melgaço vai ter rótulo próprio

09-01-2015 
  
Os produtores da Sub-Região de Monção e Melgaço (SRMM) vão poder usar uma rotulagem própria dos seus vinhos Alvarinho, que os distinga face aos que são produzidos na Região dos Vinhos Verdes.

O Alvarinho daquela Sub-Região poderá chegar ao mercado com a designação extra de Premium, sendo esta uma das contrapartidas que produtores locais garantiram nas negociações sobre o alargamento da denominação daquele tipo de vinho a toda a região

A informação foi adiantada pelo presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, num encontro com alguns jornalistas em que fez o «ponto da situação» das negociações sobre a denominação do vinho Alvarinho na região.

As negociações, que têm decorrido sob a égide da CVRVV, são entre produtores da SRMM e da restante região. Monção e Melgaço detêm o exclusivo da denominação vinho verde Alvarinho e os outros produtores reclamam o fim desse exclusivo.

É permitido plantar e produzir Alvarinho em toda a região, mas a menção da casta no rótulo ainda só é possível naqueles dois concelhos do Alto Minho. Fora daqui, o rótulo pode ter Alvarinho mas não pode ser identificado como Vinho Verde, tendo que ser identificado como Vinho Regional Minho.

Manuel Pinheiro acredita que será possível «fechar um acordo ou ficar perto» na última reunião entre as duas partes reunião que terá lugar dia 13, em Arcos de Valdevez. «Resulta claro que pouco trabalho falta para que se consiga um acordo equilibrado que traduza ganhos para todos os envolvidos», concluiu a CVRVV.

Depois daquele dia, o Governo vai ser informado sobre «os pontos em aberto e os fechados» e estará apto a informar a União Europeia (EU) sobre a questão.

Recorde-se que a UE pediu a Portugal esclarecimentos sobre o problema, por haver dúvidas sobre se o exclusivo detido pela SRMM é conforme com a legislação comunitária. A resposta portuguesa tem que ser dada até ao dia 31.

A menos de uma semana da reunião marcada para Arcos de Valdevez, a CVRVV dá como «fechado» o ponto sobre a «distinção da Sub-Região de Monção e Melgaço na rotulagem» do seu vinho verde Alvarinho, como forma de reforçar a sua qualidade inequívoca.

Manuel Pinheiro disse ainda haver acordo sobre a «possibilidade de lotar» Alvarinho de Monção e Melgaço com castas oriundas da restante região, como a Trajadura ou a Loureiro.

Ao contrário, está ainda em aberto a percentagem mínima de Alvarinho que um vinho de lote deve ter para poder mencionar aquela casta no rótulo respectivo. «As propostas em discussão mencionam valores entre 20 e 50 por cento», refere a CVRVV.

Também «não é pacífico» se as uvas Alvarinho de Monção e de Melgaço podem ser vinificadas fora dali «ou se lá devem ser vinificadas em exclusivo».

A CVRVV refere que «algumas medidas entrarão em vigor já em 2015», sendo uma delas a que prevê a rotulagem diferenciada para Monção e Melgaço. Outras, porém, segundo a mesma entidade, terão «um período gradual de aplicação» ainda em estudo, «mas não inferior a quatro anos».

A Câmara Municipal de Melgaço anunciou na quarta-feira uma manifestação para dia 13, no Porto, contra o alargamento da produção de vinho Alvarinho a todos os concelhos da CVRVV.

Fonte: Lusa

IFAP - MEDIDAS DE INVESTIMENTO


O IFAP disponibiliza atualmente no Portal um conjunto de Perguntas Frequentes (http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_util/GC_faq), associadas às "Medidas de Investimento", através das quais se efetua um enquadramento geral das regras e procedimentos associados aos apoios ao investimento dos projetos cofinanciados pelo FEADER e pelo FEP, no período de programação 2007-2013.

A informação foi recentemente atualizada nos seguintas rúbricas disponiveis para as Medidas de Investimento:

Prazo de execução da Operação
Registo de Pedidos de Pagamento
Documentos de despesa
Elegibilidade

A atualização/revisão das perguntas mais frequentes, no âmbito do investimento, será realizada, sempre que possível,  numa base trimestral, por forma a facilitar a todos os intervenientes, de forma transversal, as respostas às questões/dúvidas que mais recorrentemente são colocadas no âmbito dos procedimentos e regras para esses apoios.

08-JAN-2015

Exportação da UE de frutas e hortícolas para países terceiros cresceu 12 por cento

09-01-2015 
 

 
A exportação de frutas e hortícolas frescas da União Europeia para países terceiros aumentou 12 por cento em volume de Janeiro a Setembro de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013, totalizando 5,1 milhões de toneladas.

Segundo os últimos dados actualizados pelo Eurostat, os Países Baixos e a Polónia são os principais Estados-membros que exportam frutas e hortícolas para fora da União Europeia (UE), com 1,17 milhões de toneladas, mais 11 por cento; e 1,11 milhões, menos dois por cento, respectivamente, seguidos pela Espanha, com 732.293 toneladas, mais 19 por cento, a Alemanha, com 481.561 toneladas, mais 30 por cento e a França com 336.537 toneladas, mais 42 por cento.

Por grupos e produtos, a exportação comunitária de frutas frescas para países terceiros aumentou 15 por cento até Setembro de 2014, em relação ao período homólogo de 2013, situando-se em 3,1 milhões de toneladas. A exportação de hortícolas assinalou um total de dois milhões de toneladas, com um crescimento de sete por cento.

Em valor, a exportação da UE para países terceiros registou um total de 3.885 milhões de euros até Setembro, menos um por cento frente ao mesmo período de 2013. Deste valor, 1.434 milhões de euros correspondem a produtos hortícolas, com menos sete por cento e 2.456 milhões de euros a frutas frescas, com mais dois por cento.

O crescimento de volume da exportação de frutas e hortícolas frescas da União Europeia para países terceiros contrasta com o retrocesso do comércio intracomunitário, que caiu cerca de sete por cento e volume no mesmo período.

Fonte: Agrodigital

PAC: Seis países pedem revisão das normas do greening

 09-01-2015 
 

 
Seis países da União Europeia enviaram uma carta ao comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, onde solicitaram uma revisão das normas para receber o pagamento verde nas ajudas da política agrícola comum, em vigor desde 01 de Janeiro.

Os Estados-membros signatários foram a Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, República Checa e a Estónia, os quais pedem uma revisão completa deste regime, de forma a aumentar a sua flexibilidade e simplificar os controlos.

Fonte: Agrodigital

Queda do comércio intracomunitário de frutas e hortícolas

08-01-2015 
 

 
O valor do comércio intracomunitário de frutas e hortícolas frescas nos três primeiros trimestres de 2014, que reflecte as exportações e importações entre os Estados-membros da União Europeia, caiu cerca de oito por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 21.165 milhões de euros, segundo dados do Eurostat.

A descida do comércio intracomunitário atingiu todos os principais países exportadores da União Europeia, como Espanha, com 6.922 milhões de euros; Países Baixos, com 5.142 milhões; Itália, com 2.134 milhões; Bélgica, com 1.975 milhões de euros e a França, com 1.643 milhões.

À excepção dos meses de Janeiro e fevereiro, o comércio intracomunitário reduziu em todos os meses analisados. Por grupos de produtos, os hortícolas desceram nove por cento, até um total de 9.613 milhões de euros e as frutas cerca de oito por cento, até um total de 11.563 milhões de euros.

Em volume, o comércio intracomunitário de frutas e hortícolas de Janeiro a Setembro de 2014 situou-se em 26 milhões de toneladas, cerca de menos sete por cento que no mesmo período de 2013. O comércio de hortícolas frescas foi de 13,6 milhões e toneladas e o de frutas em 12,4 milhões de toneladas, segundo o Eurostat.

Fonte: Agrodigital

CE publica proposta de Acordo Comercial Transatlântico

 08-01-2015 
 

 
A Comissão Europeia publicou uma série de textos com as propostas da União Europeia para o texto legal do Acordo de Parceria Transatlântico de Comércio e Investimento, em negociações com os Estados Unidos da América.

Esta é a primeira vez que a Comissão divulgou publicamente este tipo de propostas nas negociações comerciais bilaterais e reflecte o seu compromisso com uma maior transparência das mesmas.

Os documentos publicados, denominados "propostas de texto", recolhem compromissos vinculativos aos que a União Europeia gostaria de estabelecer no acordo. As oito propostas de texto incluem a concorrência, a segurança alimentar e a saúda animal e vegetal, assuntos alfandegários, obstáculos técnicos ao comércio, as pequenas e médias empresas e solução de disputas de governo a governo.

Para além destes, a Comissão também publicou documentos de posição do acordo que explicam a abordagem da União Europeia em matéria de engenharia, veículos e desenvolvimento sustentável, com o qual o número total de documentos publicados sobe para 15.

Fonte: Agrodigital

FAO: Preço dos alimentos em baixa pelo terceiro ano consecutivo

09-01-2015 
 

 
O índice mensal de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação baixou em Dezembro após três meses de estabilidade.

Uma contínua oferta e as existências recorde, combinadas com a força do dólar norte-americano e a queda dos preços do mercado do petróleo, contribuíram para esta descida.

O índice de preços dos alimentos em Dezembro teve uma média de 188,6 pontos, com uma queda a partir de Novembro, arrastado pelo açúcar e o óleo de palma. Para 2014, o índice de preços dos alimentos registou uma média de 202 pontos, com uma descida de 3,7 por cento em relação a 2013, marcando a terceira redução anual consecutiva.

Esta queda ano após anos aconteceu apesar do subíndice da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para a carne ter alcançado uma média anual histórica de 199 pontos, mais 9,1 pontos em relação ao ano passado. Os cereais, pelo contrário, caíram 12,5 por cento frente a 2013, afectados pelas previsões de uma produção recorde e stocks abundantes.

O índice de preços dos alimentos da FAO tem como base as trocas comerciais que faz o seguimento dos preços nos cincos principais grupos de alimentos básicos no mercado internacional, como os cereais, a carne, lacticínios, óleos vegetais e açúcar.

O índice médio de preços dos cereais foi de 183,9 pontos em Dezembro, o que supõe mais 0,4 por cento em relação a Novembro com o aumento de preços do trigo, devido aos receios de restrições por parte da Rússia às exportações. Assim, o aumento ficou limitado pela força do dólar norte-americano. Por outro lado, os preços do arroz caíram significativamente em consequência d e uma boa oferta para a exportação.

O dos óleos vegetais baixou em dezembro cerca de 2,4 por cento até o seu nível mínimo em cinco anos de 161 pontos, sobretudo devido a uma quebra da procura de óleo de palma como matéria-prima para o biodiesel, vinculada á descida dos preços mundiais do petróleo. Contudo, o excesso de chuva no final do ano atrasou a colheita, o que favoreceu os preços do óleo de palma, o qual que tem um maior peso neste subíndice.

Para os lacticínios verificou-se uma redução de 2,3 por cento, até 174 pontos, o nível mais baixo desde finais de 2009, desacelerando as importações da China e da Rússia e aumentado a oferta para a exportação nos mercado internacionais. As quebras de preços foram maiores para o leite em pó, manteiga e queijo.

O índice da carne também passou por uma redução em Dezembro de 1,9 por cento frente ao mês anterior, já que o dólar travou as cotações dos preços da carne de cordeiro da Oceânia e da carne de porco da Europa. Assim, em 204 pontos, este índice encontra-se nos seus máximos mensais históricos e durante um ano aumentou cerca de 8,1 por cento em 2014, em comparação a 2013, sendo o único grupo de produtos básicos que registou os maiores preços médios durante o ano.

Para o açúcar, o índice da FAO caiu cerca de 4,8 por cento, com 291 pontos em Dezembro, o nível mais baixo em menos de quatro anos, em grande parte devido à forte oferta nos principais países produtores, como o Brasil. A descida dos preços do crude, que reduziu a procura de cultura de açúcar para produção de etanol, também influenciou as cotações internacionais do açúcar em Dezembro.

A diminuição de preços do crude levaram a uma baixa dos preços das matérias-primas que podem utilizar-se para biocombustíveis, em especial o açúcar, mas também o óleo de palma, assinalou o economista da FAO, Abdolreza Abbassian.

Fonte: Agrodigital

Aplicação da disciplina financeira – Campanha 2014 (IFAP)

Dezembro 30
09:37
2014

De acordo com o princípio da Disciplina Financeira, referido no artigo 11º do Regulamento (CE) n.º 73/2009, os montantes destinados a financiar as despesas relacionadas com o mercado e os pagamentos diretos da Política Agrícola Comum, devem respeitar os limites máximos anuais fixados por Decisão dos representantes dos Governos dos Estados-Membros. Com este objetivo, sempre que as previsões do financiamento daquelas medidas indiquem que o limite máximo anual será excedido deverá ser fixado um ajustamento dos pagamentos diretos.

Uma vez que as previsões relativas aos pagamentos diretos e às despesas relacionadas com o mercado, constantes do projeto de orçamento da Comissão para 2015, indicaram a necessidade de disciplina financeira, revelou-se necessário proceder à fixação de uma taxa de ajustamento dos pagamentos diretos.

Deste modo, o Regulamento (UE) n.º 1227/2014, vem determinar que os montantes dos pagamentos diretos, incluindo o POSEI, superiores a 2000 euros, a conceder aos agricultores por conta de pedidos de ajuda apresentados relativamente ao ano de 2014, serão deduzidos em 1,302214%, independentemente da data em que são efetuados.

Governo quer facilitar criação de mercados de proximidade, diz Cristas



O Governo está a preparar legislação que visa facilitar a constituição de mercados de proximidade com venda direta do produtor ao consumidor, mobilizando fundos comunitários para o efeito, anunciou hoje a ministra da Agricultura.

"Temos já a circular um diploma legislativo para facilitar a constituição dos mercados de proximidade que depois nos permita utilizar os fundos comunitários e os fundos estruturais para dinamizar, com o apoio do tecido autárquico, mercados de proximidade em que há uma venda direta do produtor ou da sua família para o consumidor", afirmou Assunção Cristas no encerramento das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar.
"Quando pensamos em acesso aos mercados pensamos naturalmente não só nos mercados internacionais e nas exportações - e há muita agricultura familiar a trabalhar para o mercado exportador-, não pensamos só no mercado das grandes superfícies (...) mas estamos também a pensar nos mercados de proximidade e nas cadeias curtas de distribuição", salientou a ministra.
A responsável da tutela da Agricultura destacou que existem no país "exemplos extraordinários de modernidade, de inovação, de sofisticação, de capacidade exportadora precisamente na agricultura familiar" e adiantou que esta deve ser encarada como "motor de valorização do território" e "aprofundamento da riqueza e diversidade do país".
Assunção Cristas lembrou que a agricultura familiar representa a maior parte da agricultura praticada no país e que "não se opõe a uma arquitetura sofisticada, moderna ou inovadora, mas que é complemento de outros modelos de agricultura dita mais empresarial".
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, apontando o seu papel na erradicação da fome e pobreza, no fornecimento de alimentos, na melhoria das condições de vida, na gestão de recursos naturais, na proteção do meio ambiente e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Dinheiro Digital com Lusa

Lisboa teve a temperatura máxima mais baixa dos últimos 33 anos


por J.C. e I.B.Ontem3 comentários

Lisboa teve a temperatura máxima mais baixa dos últimos 33 anos
Fotografia © MIGUEL A. LOPES/LUSA
Depois de um mês de dezembro em que choveu 20% do que é habitual, o ano inicia-se com um tempo muito seco e demasiado frio.
Em 33 anos, nunca a estação meteorológica Lisboa-Gago Coutinho registou uma temperatura máxima tão baixa como na quarta-feira: os termómetros não passaram dos cinco graus. Mas este não é o único fenómeno raro recente. Há 25 anos que não chovia tão pouco como no mês de dezembro. É uma realidade: o tempo está muito mais frio e muito mais seco do que é normal e, segundo as previsões, deverá manter-se assim nos próximos dias.
De acordo com Fátima Espírito Santo, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "em dezembro só choveu 20 por cento do que é habitual." Já a temperatura média foi de 8.6º, -1.4º do que o normal. Nos primeiros dias deste mês, "tivemos valores de temperatura muito baixos na generalidade do país, sobretudo da mínima." Reflexo disso foi um aumento de 3.6 % no consumo de energia elétrica na primeira semana, relativamente ao mesmo período do ano passado, de acordo com informações fornecidas pela REN. Anteontem atingiram-se 8620 MW, valor que já ultrapassou em 300 o máximo verificado em 2014, mas ainda longe dos 9403 MW atingidos em 2010.

Azeite: Estudo português distinguido lá fora



Quarta-feira, 07 de Janeiro de 2015
Azeite: Estudo português distinguido lá fora
A investigação verificou que o consumo de 20 mililitros de azeite por dia é suficiente para reduzir problemas cardiovasculares
Um recente estudo liderado por investigadores portugueses comprova os benefícios do azeite para a saúde das veias e do coração. A investigação foi distinguida pela entidade britânica Nutrition Society e, este mês, será publicada num prestigiado jornal de nutrição dos EUA.

O estudo, liderado por investigadores do iBET - Instituto de Biologia Experimental Tecnológica e da Faculdade de farmácia (ambos em Lisboa),  foi realizado no âmbito do projeto pan-europeu "Azeite+Global". 

A investigação envolveu 69 voluntários e verificou, através do acompanhamento de bio marcadores, que o consumo de 20 mililitros de azeite por dia é suficiente para reduzir problemas cardiovasculares.

Os voluntários eram indivíduos saudáveis que não tinham o hábito de consumidor azeite. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um dos grupos adicionou à sua dieta diária o consumo de 20 mililitros de azeite rico em fenólicos (compostos antioxidantes). O outro grupo adicionou à dieta um azeite com menos fenólicos.