segunda-feira, 25 de abril de 2011

Conheça as grandes empresas nacionais espalhadas pelo mundo

Internacionalização
Económico
24/04/11 15:17
Galp Energia detinha 1.436 estações de serviço na Península Ibérica.
Cerca de 44% destas situam-se em Espanha.
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Desenvolvem a sua actividade em sectores estratégicos para a economia
portuguesa. Conheça as grandes empresas lusitanas do mundo.
Combustíveis, automóveis, engenharia e tecnologia de ponta, pasta e
papel, alimentação e distribuição, cortiça. São das maiores empresas
portuguesas, com fortes planos de internacionalização. E o negócio lá
fora está a correr de vento em popa. Todas elas têm assistido ao
crescimento das vendas por via da componente internacional. Enquanto
as empresas continuam a investir, o Governo já anunciou a criação de
um fundo de 250 milhões de euros para apoiar a internacionalização e
as exportações nacionais.
Galp lidera o ranking das maiores empresas com presença internacional
Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas colocam a Galp Energia
no topo das maiores empresas exportadoras. A empresa conta com uma
forte presença internacional em Espanha, Brasil, Angola, Venezuela,
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Suazilândia, Gâmbia,
Timor-Leste, Uruguai e Guiné-Equatorial.
De acordo com números da empresa liderada por Ferreira de Oliveira, no
segmento de exploração e produção o investimento está sobretudo
direccionado para o Brasil em especial para campos 'offshore', com
destaque para o campo Tupi, que recebeu 173 milhões de euros.
Angola é outro mercado importante neste segmento, em que para o
projecto de desenvolvimento do bloco 14 foram canalizados 93 milhões
de euros, dos quais 52 milhões de euros são relativos ao campo BBLT
(Belize, Lobito e Tomboco).
No final de Dezembro de 2010, a Galp Energia detinha 1.436 estações de
serviço na Península Ibérica, em que cerca de 44% das estações de
serviço situam-se em Espanha, enquanto África acolhe 103 postos de
abastecimento da empresa portuguesa.
No que se refere às lojas de conveniência, a Galp conta já com 509
espaços, sendo cerca de metades estavam localizadas no mercado
espanhol.
Autoeuropa é a segunda maior exportadora portuguesa
A Volkswagen Autoeuropa exportou 98,6% da produção total, no ano
passado. Um volume que faz da fábrica de Palmela a segunda maior
exportadora portuguesa, de acordo com o ranking do Instituto Nacional
de Estatística. No total foram produzidos 101.284 unidades dos modelos
VW Sharan (23.229 carros), Seat Alhambra (10.050 viaturas), VW Eos
Cabrio (22.775 unidades) e VW Scirocco (45.230 carros). No ano
passado, a VW Autoeuropa registou um volume de negócios de 1.646
milhões de euros, mais 16,7% que no ano anterior. Quanto ao
investimento, a empresa diz que aplicou um total de 191 milhões de
euros.
Para este ano, a Volkswagen já anunciou que vai aumentar as encomendas
à fábrica portuguesa com a condição de uma parte desse volume ser
entregue no mês de Agosto. Com esta encomenda, a produção prevista
para 2011 passou para 130 mil unidades, em vez das 120 mil previstas
no início do ano. Ainda em Abril, a VW Autoeuropa irá contratar 300
trabalhadores temporários com um contrato inicial de seis meses. "A
renovação por um período igual ou superior irá depender das encomendas
para 2012, bem como do desempenho e assiduidade de cada um", refere o
comunicado da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa.
Efacec está entre as melhores do mundo na tecnologia
A Efacec, grupo electromecânico de capitais portugueses, concorre hoje
com as grandes multinacionais do sector, como a Siemens, ABB,
Schneider ou Toshiba. A empresa conseguiu impor-se no mundo altamente
competitivo da tecnologia, nas áreas da engenharia, transportes e
logística e ambiente. E, por isso, nos últimos anos, a componente
internacional da empresa acentuou-se, valendo actualmente quase 67% do
seu volume de negócios. Em 2010, o grupo ultrapassou a fasquia dos mil
milhões de euros de vendas, concretamente 1.035 milhões, e apenas 33%
foram geradas em Portugal. A Efacec, que marca presença em mais de 60
países, detém uma unidade de produção de transformadores nos Estados
Unidos e prepara-se para investir na mesma área no Brasil. A fábrica
dos Estados Unidos é uma aposta no mercado de substituição, com base
em tecnologia totalmente portuguesa. O projecto industrial no Estado
de Pernambuco deverá arrancar ainda este ano e está orçado em cinco
milhões. Recentemente e fruto da sua experiência na área dos
transportes, ganhou uma encomenda de cinco milhões para o metro
ligeiro de Bergen, na Noruega. A Efacec, detida em partes iguais pelos
grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, é presidida por João
Pereira Bento.
Portucel Soporcel contribuiu com 3% do total das exportações para Europa
O grupo Portucel Soporcel é outro grande exportador português. E numa
altura em que o aumento de exportações ganham uma importância ainda
maior para o desenvolvimento da economia portuguesa, "o grupo
mantém-se fortemente empenhado em contribuir para esse desígnio
nacional", admite fonte oficial.
Os dados mais recentes do INE, referentes a Dezembro de 2010, mostram
que a Portucel Soporcel representou 3% das exportações nacionais para
a Europa. Grande parte das vendas do grupo é conseguida nos mercados
externos. Para este volume, o destaque vai para a Polónia com 9% das
exportações, seguida muito de perto pela Suíça, com 8%, Itália com 7%
e Alemanha com 3%. Também noutros países onde o grupo opera, o peso
chegou a ganhar maior relevo. É o caso da Letónia com 48% e da Croácia
com 38%.
Fora da Europa, no mesmo período em análise, o grupo liderado por
Pedro Queiroz Pereira representou 8% das exportações portuguesas para
os EUA, 19% para a Turquia, 18% para a Arábia Saudita e 17% para o
Peru .
O valor global das suas exportações cresceu 25% em 2010, para cerca de
1,2 mil milhões de euros. O volume de negócios do grupo cresceu 26,5%
para cerca de 1,4 mil milhões de euros.
Polónia representa 55% das vendas da Jerónimo Martins
Nas contas da Jerónimo Martins (JM), a rede de supermercados que o
grupo tem na Polónia já factura mais de metade das vendas consolidadas
do grupo. Em 2010, a JM trouxe da Polónia 4,8 mil milhões de euros, ou
seja, 55% das vendas consolidadas do grupo, que atingiram os 8,7 mil
milhões de euros. Líder no retalho alimentar na Polónia, destacado do
segundo lugar, é lá que as vendas continuam a crescer mais todos os
anos. Enquanto em Portugal, as vendas do Pingo Doce aumentaram 10,5%,
na Polónia o crescimento das vendas foi 29,1% em comparação com 2009.
O administrador-delegado da JM, Pedro Soares dos Santos, já intitulou
a empresa de "luso-polaca", estando em cima da mesa da administração a
possibilidade de entrar na bolsa polaca. O que está fora do baralho da
JM é a mudança de sede para Varsóvia, porque "antes de ser empresário
e gestor", Alexandre Soares dos Santos, 'chairman' da JM é
"português", disse recentemente.
Na Polónia, a Biedronka tem já mais de 1.600 supermercados de
'hard-disccount' e a intenção é atingir as duas mil lojas em 2012 e as
três mil lojas daqui a cinco anos. Mas, com o atingir da maturidade do
mercado polaco, a JM está já a estudar dois novos países para entrar
depois de 2012.
Amorim elege os BRIC's como países com potencial de crescimento
"A Corticeira Amorim é uma das mais internacionais empresas
portuguesas", assume fonte oficial do grupo que figura na lista das
maiores exportadoras, segundo dados do INE. Hoje a empresa exporta
para mais de 100 países, com uma presença directa em dezenas de países
de todos os continentes.
Actualmente conta com 28 unidades industriais que processam cerca de
35% da cortiça a nível mundial. Fonte oficial do grupo liderado por
António Rios de Amorim afirmou que "a internacionalização surgiu de
forma natural e integrada no processo de expansão da empresa."
Hoje as exportações representam 95,5% das vendas totais do grupo sendo
que as rolhas de cortiça são o produto de maior importância na cadeia
de valor representando mais de 50% do volume de negócios. A produção
de aplicações de cortiça para a construção, assim como aplicações
técnicas de compósitos para a indústria aeroespacial ou mesmo design
de moda ganham peso.
Questionada sobre a entrada em novos mercados, a mesma fonte explicou
que "é importante reconhecer que o crescimento deve ser uma prioridade
contínua, pelo que continuaremos a reforçar a aposta em países de
elevado potencial de crescimento, como os BRICs."
http://economico.sapo.pt/noticias/conheca-as-grandes-empresas-nacionais-espalhadas-pelo-mundo_116510.html

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